"E aqueles que foram vistos dançando foram julgados insanos por aqueles que não podiam escutar a música"
Friedrich Nietzsche

segunda-feira, abril 09, 2007

Instituto Humanitas Unisinos - 09/04/07

Brasil tem 2,4 milhões de jovens analfabetos
Dados da última Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad), mostram que o Brasil ainda luta com o alarmante número de 2,4 milhões de jovens analfabetos. Dos 15,5 milhões de brasileiros acima de 10 anos que não sabem ler nem escrever, 15% têm menos de 30 anos. A maior concentração está no Nordeste, onde estão 65% dos jovens analfabetos do país. A notícia é do jornal O Globo, 9-4-2007.
Ainda segundo os dados estimados pelo IBGE em 2005, a partir da última Pnad, considerados apenas os jovens entre 15 e 29 anos, são 1,8 milhão de iletrados. É uma situação grave. Num país populoso e de extensão territorial como o Brasil, um pequeno percentual que fique fora da escola já representa muita gente. Tem que haver uma política específica para esse público - diz a coordenadora de Programas da organização não-governamental Ação Educativa, Vera Masagão Ribeiro.
A Pnad 2005 mostra que o analfabetismo atinge 578 mil crianças de 10 a 14 anos. São crianças que podem ter freqüentado a escola, sem aprender a ler e escrever, ou mesmo nunca ter estudado. O IBGE estima que 2,7% dos 27,4 milhões de brasileiros com idade entre 7 e 14 anos $ão estavam matriculados. Ou seja, o país tinha, em 2005, 741 mil crianças e jovens fora da escola nessa faixa etária.
A secretária de Educação do Distrito Federal, Maria Helena Guimarães de Castro, que foi ministra interina no governo Fernando Henrique, afirma que o problema é agravado pela baixa qualidade do ensino. O Sistema de Avaliação da Educação Básica (Saeb), prova aplicada a cada dois anos, mostra que mais da metade dos alunos de 4ª série tem dificuldade de compreender o que lê.
O ministro Fernando Haddad lançará nos próximos dias o novo formato do programa Brasil Alfabetizado. A principal inovação é que professores da rede pública serão contratados para dar aulas, no lugar de alfabetizadores leigos. Com isso, o governo espera melhorar a eficácia do ensino não só de jovens e adultos, mas das próprias crianças, uma vez que os docentes receberão treinamento específico para ensinar a ler e escrever.

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