"E aqueles que foram vistos dançando foram julgados insanos por aqueles que não podiam escutar a música"
Friedrich Nietzsche

segunda-feira, abril 28, 2008

Instituto Humanitas Unisinos - 26/04/08

BNDES vai emprestar R$ 1,330 bilhão a Carlos Jereissati e Sérgio Andrade

A reestruturação acionária da Telemar Participações, controladora da Oi, será bilionária e quase toda financiada pelo Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), acionista da empresa. Ontem, o banco confirmou apoio de R$ 2,569 bilhões à operação.

Pouco mais da metade (R$ 1,330 bilhão) custeará o aumento de participação da Andrade Gutierrez e da La Fonte (Carlos Jereissati). O BNDES, por sua vez, reduzirá sua participação atual de 25% para 16,89%.

"A reestruturação societária será decisiva para a prevista consolidação de duas operadoras, a Oi e a Brasil Telecom, que resultará na criação de um grupo com escala eficiente, estratégia empresarial alinhada, com capacidade de crescimento e porte para competir internacionalmente no setor de telecomunicações", afirmou, em nota, o presidente do BNDES, Luciano Coutinho.

"Ademais, cria-se uma nova competidora com rede nacionalmente integrada em telefonia celular e em transmissão de dados, aumentando a concorrência no mercado brasileiro, em benefício dos consumidores e usuários."

O BNDES destacou que está apoiando o processo "na condição de sócio" e ressaltou que a operação conduzida pela empresa de participações do banco (BNDESPar) é "típica do processo de gestão de participações acionárias" de sua carteira. "Por ser operação de renda variável, não usaremos recursos do Fundo de Amparo do Trabalhador (FAT), nem outras fontes de recursos institucionais no processo de mudança societária da Telemar. Portanto, esse apoio não vai comprometer a capacidade de crédito do BNDES para novos projetos em infra-estrutura e indústria. O objetivo da BNDESPar é fortalecer empresas brasileiras, sua capacidade de crescer, inovar e melhorar sua governança", enfatizou Coutinho.

O acordo de acionistas da nova companhia prevê que, sem o voto da BNDESPar, a empresa não poderá realizar operações que ponham em risco a estabilidade do controle. O banco também manterá veto qualificado sobre matérias relevantes, como fusões, cisões e reestruturações societárias em geral.

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