"E aqueles que foram vistos dançando foram julgados insanos por aqueles que não podiam escutar a música"
Friedrich Nietzsche

sexta-feira, abril 17, 2009

O Brasil dos imigrantes

Blog do Luis Nassif - 15/04/09

Atualizado

Nada como essas viagens para nos colocar em contato com o Brasil profundo, aquele onde está sendo modelado o futuro.

Rio Verde é cidade antiga, 150 anos, mas pertence à fronteira agrícola mais recente. Aqui se encontram mineiros, paulistas, paranenses, catarinas, gaúchos. Mas não apenas eles.

Há três colônias de imigrantes estrangeiros: russos, holandeses e americanos.

Os russos se confraternizam com os brasileiros em torno da cachaça. Bebem esplendidamente, como bons russos. Os holandeses são, de longe, os que mais se enturmaram. E os americanos pertencem a uma dessas seitas remanescentes dos velhos colonizadores.

São quarenta famílias, com pequenas propriedades, em torno de um pequeno povoado em que todos compartilham as tarefas comuns. As mulheres vestem trajes escuros, vestidos compridos e os homens ternos escursos.

Vendem seus produtos na cidade, menos para a cooperativa, devido a alguma proibição na sua religião.

De vez em quando, uma família volta para os EUA. Eles fazem, então, um leilão onde se oferece tudo quanto é tranqueira, de mobília a cachorros. A cidade inteira comparece e é recebida com sanduíches e bebidas que eles preparam pessoalmente.

Não há nada que se compare a esse paisão. 15/04/2009

Por Pierre Alfredo

Tenho a impressão de que esses americanos aí não são os “pilgrims”, colonizadores ou qualquer coisa do tipo. São, na verdade, grupos religiosos e quase étnicos (quase étnicos é dose, eu sei) que, mesmo nos Estados Unidos, vivem em comunidades isoladas.

Se eu não me engano, esses de Goiás são menonitas, que falam alemão e não se misturam com os “ingleses”, como eles chamam, pelo menos nos estados unidos, quem não é do grupo deles.

Um ramo dos menonitas são os Amish que, até hoje, não utilizam energia elétrica nem automóveis e vivem em comunidades agrícolas cooperativas. É bonito vê-los em suas charretes fechadas andando às margens das estradas americanas.

As roupas e os costumes também são diferentes: eles sempre de preto, com chapéu de abas largas e barba (sem bigodes). Elas de vestidos compridos, de cores fortes e com uma espécie peculiar de chapeuzinho. São pacifistas.

Ouvi falar que, por viverem totalmente à parte do resto da população, por consumirem apenas o que produzem e etc, o governo americano não lhes cobra empostos, nem outras obrigações civis.

Tive contato com eles em Indiana. São simpáticos e, hoje, já há restaurantes Amish espalhados pelo meio-oeste. Tambémé comum ver as mulheres com suas vestimentas pitorescas fazendo compras no…. Wal-Mart!!!!

Não conheci pessoalmente os menonitas mas ouvi falar que esses são ainda mais radicais quanto ao isolamento e à religiosidade.

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