"E aqueles que foram vistos dançando foram julgados insanos por aqueles que não podiam escutar a música"
Friedrich Nietzsche

quarta-feira, fevereiro 27, 2008

Instituto Humanitas Unisinos - 22/02/07

Dívida interna se mantém acima de R$ 1,2 trilhão

A dívida interna do governo federal em títulos recuou R$ 21 bilhões em janeiro e ficou em R$ 1,204 trilhão. A queda foi determinada pelo resgate líquido de títulos (resgates menos emissões) de R$ 34,3 bilhões no mês passado, valor que superou o impacto de R$ 13,4 bilhões dos juros no estoque da dívida. A reportagem é de Adriana Fernandes e Fabio Graner e publicada pelo jornal O Estado de S. Paulo, 22-02-2008.

Apesar da queda, os dados - divulgados no mesmo dia em que o governo comemorou a superação do problema do endividamento externo - mostram que o Brasil ainda tem muito o que avançar na dívida interna, considerada o maior entrave para a chegada do grau de investimento, mesmo com a melhora dos últimos anos.

Em janeiro, apesar da queda no estoque, o pagamento de R$ 13,4 bilhões em juros foi o maior desde agosto de 2007, e ficou acima da média do ano passado.

O impacto do juros reflete uma dívida ainda elevada e um custo médio que tem trajetória lenta de queda. Nos últimos 12 meses encerrados em janeiro, esse custo atingiu 12,8% ao ano, ficando acima da média da taxa básica de juros, que no mesmo período foi de cerca de 11,7%.

Atualmente, a taxa Selic está em 11,25% ao ano, ante 13% em janeiro de 2007, ou seja, o custo médio está próximo da taxa de um ano atrás.

O custo mais alto da dívida é o resultado da combinação de uma das taxas básicas mais altas do planeta e do processo de mudança no perfil da dívida, que, em troca de maior segurança na administração do endividamento, trouxe, em contrapartida, custos mais elevados aos cofres públicos.

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