"E aqueles que foram vistos dançando foram julgados insanos por aqueles que não podiam escutar a música"
Friedrich Nietzsche

sexta-feira, setembro 05, 2008

Moscovo propõe embargo à venda de armas a Tbilissi

Darussia.blogspot.com - 01/09/08




Serguei Lavrov, ministro dos Negócios Estrangeiros da Rússia, propôs hoje a proibição da venda de armas à Geórgia até à queda do actual regime do Presidente Saakachvili.
“Para começar, seria correcto impor a proibição do fornecimento de armas a este regime, enquanto outro poder não transformar a Geórgia num Estado normal”, declarou Lavrov durante uma palestra no Instituto de Relações Internacionais de Moscovo.
O ministro russo sublinhou que “para proteger a região da repetição da violência, a Rússia deve continuar a tomar medidas para castigar os culpados, para que este regime nunca mais faça mal”.
Peritos russos ouvidos pela Lusa consideram que se trata de um sinal dirigido principalmente a Washington, que é acusado por Moscovo de estar a reorganizar e a reaquipar as forças armadas georgianas, e a Kiev, que, recentemente, manifestou a intenção de continuar a fornecer armas à Geórgia
“Estamos interessados na mais estreira cooperação com a OSCE, com a ONU, para dar garantias de segurança firmes à Ossétia do Sul e da Abkházia, tal como está previsto nos seis princípios avançados pelos Presidentes Medvedev e Sarkozy”, acrescentou.
O chefe da diplomacia russa considerou que “a opção pelo regime de Saakachvili em prejuízo dos interesses russos será um erro histórico dos Estados Unidos e seus aliados”.
Após declarar que a Rússia, no conflito na Ossétia do Sul e Abkházia, mostrou que “ela regressou à arena internacional como Estado responsável, que pode defender os seus cidadãos”, Lavrov frisou: “a Rússia e as suas forças de manutenção da paz seguiram “a tradição profundamente cristã de dar a vida pelos seus amigos”.
“A América, continuou Lavrov, tem de reconhecer o chamado mundo post-americano e começar a adaptar-se ao novo mundo. Nós iremos falar com Washington enquanto existir a mais pequena esperança de que nos entenderemos e chegaremos a acordo”.
E deixou um aviso: “Não nos deixaremos envolver de forma alguma no confronto, os amantes de configurações de confronto terão de passar sem nós. Se os nossos parceiros não estiverem para acções conjuntas, a Rússia será obrigada, a fim de defender os interesses nacionais, a agir independentemente, mas sempre na base do Direito Internacional”.

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