"E aqueles que foram vistos dançando foram julgados insanos por aqueles que não podiam escutar a música"
Friedrich Nietzsche

domingo, setembro 21, 2008

União Europeia reinicia conversações com Moscovo sobre acordo estratégico em Outubro

darussia.blogspot.com - sexta-feira, Setembro 19, 2008




A União Europeia recomeçará em Outubro as conversações com a Rússia sobre o novo acordo de parceria e cooperação, anunciou Fançois Fillon, primeiro-ministro francês.
“Não há razões para não recomeçar as conversações no início do próximo mês”, declarou o chefe do Governo de França, país que preside à UE, depois de conversações com o homólogo russo, Vladimir Putin.
A UE suspendeu as conversações depois da Rússia ter enviado tropas para o território da Geórgia.
“Tencionamos recomeçar as conversações só após o cumprimento do acordo Medvedev-Sarkozy”, acrescentou Fillon numa conferência de imprensa na cidade russa de Sotchi.
O novo acordo estratégico irá definir os campos de cooperação entre Moscovo e Bruxelas.
Vladimir Putin sublinhou, na mesma conferência de imprensa, que o seu país está pronto a cumprir todos os acordos.
“A Rússia, tal como os seus parceiros da União Europeia, está interessada na cooperação”, frisou.
Fillon anunciou também que o seu país irá enviar 40 observadores para as zonas georgianas adjacentes da Ossétia do Sul e da Abkházia.
“A UE decidiu enviar até 200 observadores. A França irá participar nisso e enviará cerca de 40 pessoas”, acrescentou.
O primeiro-ministro francês mostrou-se aberto quanto à continuação do diálogo sobre as divergências existentes, mas sublinhou que “a França condena o reconhecimento da independência da Abkházia e da Ossétia do Sul. Respeitamos as fronteiras de outros Estados e essas questões devem ser resolvidas ao nível de consultas internacionais”.
Putin, pelo seu lado, apelou uma vez mais aos países ocidentais que meditem sobre a arquitectura da segurança internacional.
“Todos nós precisamos de pensar sobre a mudança da arquitectura das finanças internacionais e a diversificação dos riscos. Não pode toda a economia mundial basear-se numa máquina de imprimir notas”, acrescentou.
“Ela deve ser analisada muito atentamente, sem qualquer pressa, calmamente com os nossos colegas europeus, americanos”, frisou.
O chefe do Governo russo deu uma nota alta aos esforços de mediação da França na crise do Cáucaso.
“A França, que preside à União Europeia, mostrou na prática que é capaz de desempenhar um papel independente e bastante visível na regularização da crise”, concluiu.

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