"E aqueles que foram vistos dançando foram julgados insanos por aqueles que não podiam escutar a música"
Friedrich Nietzsche

quarta-feira, março 12, 2008

Instituto Humanitas Unisinos - 12/03/08

Governo quer desestimular entrada de capital especulativo


O governo discutia ontem a adoção de uma “cunha fiscal” que desestimule o ingresso de capitais especulativos interessados em obter ganhos na arbitragem entre a taxa de juro interna e a externa. A alternativa considerada mais adequada pela área técnica do governo era o uso do Imposto sobre Operações Financeiras (IOF). A reportagem é de Ribamar Oliveira e publicada pelo jornal O Estado de S. Paulo, 12-03-2008.

A nova tributação incidiria unicamente na entrada dos recursos para aplicações em renda fixa, como a compra de títulos públicos. Ela não penalizaria o estoque das aplicações, na saída desses recursos do País. Essa poderá ser uma das medidas a serem anunciadas hoje, com o objetivo de conter a excessiva valorização do real.

O objetivo do governo com a “cunha fiscal” é reduzir a rentabilidade que as aplicações em títulos brasileiras oferecem aos investidores estrangeiros. Dessa forma, a área econômica espera conter o ingresso de dólares, que provoca uma excessiva valorização do real e prejudica as exportações brasileiras.

Atualmente, os investidores estrangeiros ganham ao apostar contra o real. Com a certeza de que a moeda será valorizado diante do dólar, eles ingressam com recursos e compram títulos, que pagam as maiores taxas de juros do mundo. Assim, ganham com a valorização do real e com os juros. Em 2007, a cotação do dólar recuou 17,2% em relação ao real e a taxa real de juro ficou em torno de 8%.

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