"E aqueles que foram vistos dançando foram julgados insanos por aqueles que não podiam escutar a música"
Friedrich Nietzsche

quinta-feira, junho 17, 2010

Aposentadoria

Em recente artigo em Carta Capital, Delfim Neto aborda a grande diferença entre os salários pagos na administração privada em relação ao que se paga no setor público, e que a equanimidade de ambos os setores é de vital importância para a o futuro equilibro da previdência nacional.
O artigo esconde uma armadilha de raciocínio, que deve ter sido considerada irrelevante para o articulista, uma vez que, quando escreve-se sobre algo que se conhece profundamente às vezes informações que parecem óbvias (mas, não o são para os leigos) são deixadas de lado.
Nesse caso em específico, creio eu, estaria a possibilidade de redução dos salários do Executivo. Os do Legislativo e Judiciário realmente extrapolam o senso crítico. O problema é que com tal noção corre-se o risco de querer nivelar os salários por baixo, no caso, reduzir os salários dos servidores públicos para os níveis de exploração que hoje acomete o setor privado.
Segundo o DIEESE, o salário mínimo de maio deveria ser de R$ 2.157,88, para que o trabalhador brasileiro tivesse uma vida digna. Levando isso em consideração, uma grande parte dos funcionários públicos do executivo estaria numa faixa que oscilaria entre 1 e 2 salários mínimos.
O fato de o setor privado não pagar um salário digno ao trabalhador, não deve ser utilizado com parâmetro de comparação com o nível salarial do setor público e assim ser utilizado como bandeira de luta para redução dos salários do servidor público, que creio não ter sido o objetivo de Delfim Neto, mas que pode ser muito bem utilizado por mentes criativas para a promoção da redução da qualidade de vida do servidor público.

quarta-feira, junho 16, 2010

O consenso do IPCC sobre aquecimento global era falso, diz especialista do IPCC

O Painel Inter-governamental da ONU sobre Mudanças do Clima enganou a imprensa e o público em fazê-los acreditar que milhares de cientistas apoiaram suas reivindicações sobre o aquecimento global causado pelo homem, de acordo com Mike Hulme, um proeminente cientista climático e um dos autores principais do IPCC. O número real dos cientistas que apoiaram esta a afirmação (sobre o consenso sobre o aquecimento global antropogênico) era "apenas uma dúzia de especialistas", afirma em um artigo para o Progresso da Geografia Física, com co-autoria com o estudante Martin Mahony.

"Afirmações como '2.500 dos principais cientistas do mundo chegaram a um consenso de que as atividades humanas estão tendo uma influência significativa no clima' são hipócritas", afirma o documento de forma inequívoca, acrescentando que eles deixaram desta forma o "o IPCC vulnerável às críticas externas."

Hulme, professor da Mudança do Clima na Escola de Ciências Ambientais da Universidade de East Anglia - a universidade no centro do Climategate - é o fundador e Diretor do Centro Tyndall para Pesquisas sobre Mudanças Climáticas e um dos mais proeminentes cientistas climáticos do Reino Unido. Entre suas muitas funções na comunidade dominante de alterações climáticas, Hulme foi o coordenador e autor principal do IPCC em seu capítulo sobre "a elaboração de cenários de clima" para o seu Terceiro Relatório de Avaliação e um autor de contribuição de vários outros capítulos.

domingo, junho 13, 2010

Infra-estrutura

Há várias reportagens e artigos que abordam o gargalo que é nossa infraestrutura para o desenvolvimento econômico do país. O que é perfeitamente aceitável, uma vez que, nossa produção que em alguns setores iniciam mais barato, acabam saindo dos portos com preços equivalentes ao do mercado internacional exatamente devido à nossa precária rede de transportes por exemplo. No caso do maior porto da América Latina (Santos), não é possível a atracação dos maiores navios de carga hoje existentes no mundo.
Mas, contudo, é preciso que a mesma mídia se decida a encarar a bandeira da necessidade de ampliação nos investimentos de infraestrutura de transporte, energia, etc., ou se vai defender a luta dos movimentos ambientalistas e afins, que buscam barrar exatamente esse crescimento.