"E aqueles que foram vistos dançando foram julgados insanos por aqueles que não podiam escutar a música"
Friedrich Nietzsche

sexta-feira, abril 20, 2012

Bons Tempos

Assistindo a um desenho hoje com um de meus filhos lembrei-me de Mio e Mao, do antigo programa TV Globinho com a apresentadora Paula Saldanha. Que diferença de nível dos anos Xuxa e posteriores.

Ao dar uma pesquisada no youtube encontrei também os curtas da “linha”, também de espetacular bom gosto.

É, fomos crianças felizes, que apesar da “babá eletrônica”, essa pelo menos passava um conteúdo mais elaborado.

Seguem dois videos:

A Linha

 

Mio e Mao

 

Comentário

Agora no dia 11 de abril, alguns imbecis do MST invadiram uma fazenda inapropriada para a agricultura onde eram realizadas pesquisas para produção de vacinas contra a febre aftosa.

Os idiotas, que provavelmente não conseguem enxergar um milímetro além do próprio nariz, não perceberam que ao destruir ou inviabilizar resultados imediatos de uma série de pesquisas na área, trabalharam contra o próprio movimento, ou será que em assentamentos não se pensa em criar gado? Ou, será que o gado dos assentamentos é superior ao gado das propriedades privadas e não corre o risco de ser contagiado com febre aftosa.

Além dos danos gerais à economia, afinal de contas o Brasil vive as turras com países compradores de carne exatamente por esse problema do controle da febre aftosa, os incapazes prejudicaram com certeza uma série de pequenos produtores que vivem da venda do seu leite produzido e em algumas vezes acumulados sob a forma de cooperativas.

Em minha opinião esses retardados deveriam ser inscritos na dívida ativa da União após processo de cobrança por danos causados à área de pesquisa da Embrapa.

Quando em 2006 a Via Campesina invadiu a área de pesquisa da então Aracruz Celulose e destruiu anos de pesquisa, sesus reflexos foram essencialmente sobre uma empresa privada, e a ação visava contestar o uso de propriedades com único objetivo de monocultura para exploração pela empresa. Isso é outra realidade. Agora, invadir uma área de pesquisa da Embrapa que beneficia a todos os produtores nacionais, de pequenos a grandes, é de uma irracionalidade que só poderia vir de lorpas.

Em um artigo de 1996 José Graziando da Silva trás vários argumentos válidos para que se realize a reforma agrária no Brasil. Quando vejo uma ação como essa imagino que esse grupo esteja coadunado com a UDR para impedir um verdadeiro progresso nessa área.  É uma pena.

quinta-feira, abril 19, 2012

Dos insensatos e dos omissos

retirado do site: http://2011.cursoripe.com/2011_09_01_archive.html


Nm universo de 1.012 entrevistados, 70% não sabem quais são seus direitos sociais; 78% desconhecem o que é a Constituição Federal de 1988
Você provavelmente não tomou conhecimento, não ao menos por meio dos principais veículos da imprensa nacional, das duas notícias seguintes. A primeira: a pesquisa coordenada pelo professor André Trindade, da Unopar (Universidade do Norte do Paraná), a respeito do grau de conscientização social e política de alunos do ensino médio de escolas públicas de Londrina (PR), Chapecó (SC) e Passo Fundo (RS).
Citada pelo colega Zé Beto no blog (http://zebeto.jornale.com.br/), a sondagem revelou números assustadores, ainda que estejamos falando de jovens. De acordo com a pesquisa, em um universo de 1.012 entrevistados, 70% não sabem quais são seus direitos sociais; 78% desconhecem o que é a Constituição Federal de 1988; 40% ignoram os Três Poderes; 68% não têm muita noção do que faz um deputado estadual; e 70% não sabem o que é a democracia, muito menos como exercê-la.
A segunda notícia também é uma sondagem, desta vez encomendada pelo jornal Gazeta do Povo, feita pelo Instituto Paraná Pesquisas. O jornal quis conhecer o humor dos paranaenses sobre os governos da presidenta Dilma Rousseff e do governador do Estado, o tucano Carlos Alberto Richa.
Os dois dados mais significativos deste levantamento são igualmente assustadores, assim como os da pesquisa anterior: 70% dos entrevistados não souberam dizer ou não citaram nenhuma realização dos dois governantes nos oito primeiros meses de mandato. Mesmo assim, 80% deles avaliaram as duas administrações como ótimas/boas ou regulares.
Não é o caso de se fazer juízo de valor a respeito das opiniões dos jovens sobre temas complexos, que muitas vezes gente desta idade ainda não compreende direito, como o arcabouço constitucional do País ou a organização política do sistema federativo. Nem de se analisar se os adultos que compõem a amostragem da segunda pesquisa têm ou não razão no seu posicionamento favorável aos governos Dilma e Richa.
O eixo deste artigo é outro: o desinteresse e a desinformação de parte expressiva da sociedade brasileira a respeito dos atores da política nacional e, por extensão, pela própria democracia representativa. E mais: a recusa da imprensa em debater este tema com a seriedade e a profundidade que o assunto merece.
En passant, já abordamos este assunto em outro texto, no mesmo espaço generoso que a Carta Capital nos concede. Voltamos ao tema para lembrar que estamos a um ano das eleições municipais de 2012 e que, mantido o atual grau de ojeriza da sociedade brasileira em relação aos políticos, teremos mais do mesmo nas câmaras municipais e prefeituras. Ou coisa ainda pior. Em bom português: o desprezo da sociedade pelos profissionais da desonestidade travestidos de homens públicos não atende a nenhum interesse, senão dos próprios políticos.
Mas não é apenas nisto que reside nossa preocupação. O papel assumido por grande parte da mídia neste processo também é deplorável. Não que tenha causado estranheza o fato de a grande imprensa nacional ter praticamente ignorado as duas notícias. E não se diga que o motivo foi o fato de as informações terem origem no Paraná. Afinal, ao sabor das conveniências, a imprensa é célere na conversão de assuntos locais em notícias nacionais.
A verdade é que notória a repulsa de grande parte da mídia à divulgação de temas que reportem a questões de fundo, sobretudo quando exigem que se trave um debate sobre assuntos delicados, como o baixo grau de conscientização política da Nação. Para esta gente, melhor mesmo é tratar de perfumarias no menu de notícias que oferecem á patuléia. E enfiar goela abaixo das pessoas os escândalos envolvendo celebridades instantâneas, atletas e políticos, que dão mais audiência – e sobretudo mais dinheiro.
É hora de a sociedade brasileira levar a política mais a sério. Não exatamente pelos políticos que possui, mas por si própria. Ignorar a política, baseada na falsa premissa de que todo governante e legislador é corrupto, é pura insensatez.
Igualmente, porém, está na hora de a grande imprensa cosmética brasileira deixar de ser omissa na execução do seu papel de promover um debater sério e consistente sobre a Política, os políticos, a cidadania e a democracia.
Boa parte da atual cepa de políticos faz por merecer o tratamento raivoso que recebe da imprensa, mas converter suas maldades em espetáculo de horrores para levantar a audiência não basta para tornar esta Nação melhor. Ainda que defensável, há uma boa dose de canalhice na prática de se ganhar dinheiro às custas do denuncismo. Como diria o colega Ricardo Kotscho, imprensa não é polícia e nem juiz, ainda que uma das suas atribuições seja denunciar as mazelas do Estado.
Para cumprir sua função social, a imprensa precisa ir além da espetacularização da notícia. Precisa usar seu poder de multiplicação para estimular a reflexão e o debate – sobretudo à base da pirâmide social – sobre o País que somos e desejamos.
A Carta Capital tem feito isso, aliás, ao veicular – seja na edição impressa, seja na internet – textos que vão muito além do registro factual dos acontecimentos. E, ainda, ao desenvolver o projeto Diálogos Capitais, uma série de encontros regionais, envolvendo diversos setores da sociedade civil, destinados ao debate e à apresentação de propostas sobre as grandes questões das agendas política e econômica nacional.
A conquista da cidadania é um processo lento e doloroso, como ensinava o mestre Raymundo Faoro. Não será obtida, portanto, a curto prazo e sem sacrifícios de todos – sociedade e mídia.
Não encarar este necessário desafio nos compara aos passageiros da “nau dos insensatos”, alegoria citada tantas vezes por literatos e artistas para descrever os habitantes do planeta que passam pela vida sem saber exatamente a razão de estarem aqui. A eles, tudo o que importa é viver por viver, mesmo que sem sentido. O desafio que compete ao Brasil que desejamos é se recusar a este destino.
Aurélio Munhoz no Twitter: http://twitter.com/aureliomunhoz

quarta-feira, abril 18, 2012

O mundo é finito, não é?

resistir info – 18 abr 2012

por Tadeusz Patzek [*]

Ontem fiz uma palestra para um grupo de distintos líderes de negócios. Na palestra tentei mostrar que a taxa global de produção de petróleo e dos condensados associados está numa na altura máxima de todos os tempos ou num "pico" que, se a escala for muito ampliada, aparece como um "planalto". Utilizei minhas extensões, já publicadas, da abordagem de King Hubbert para apoiar meus argumentos.

Gráfico desenhado por King Hubbert.

Tive uma oposição significativa de vários membros da audiência. Os seus argumentos foram os seguintes:
1. King Hubbert tentou tratar da questão de recursos finitos e hoje sabemos que ele estava errado.
2. Apesar de ciclos de Hubbert emergirem para províncias petrolíferas individuais, eles não podem emergir para o mundo todo.
3. Estivemos a prever o pico da produção global de petróleo desde há muito e ele nunca aconteceu até agora.
4. A tecnologia estará sempre à frente da geologia e, portanto, continuaremos a produzir ainda mais petróleo a cada ano, apenas de lugares diferentes e a preços mais altos.
5. A produção de óleo de xisto nos EUA e alhures e o jogo da substituição tecnológica compensarão os declínios em curso dos reservatórios de petróleo convencional tais como Ghawar, Burgan, Cantarell, Samotlor, Prudhoe Bay e muitos outros.
Eu infringi claramente crenças pessoais profundamente enraizadas em alguns dos membros do meu público e eles ficaram transtornados comigo. Mas os seus argumentos estão no centro do mito nacional nos EUA, o que significa que estou numa minoria pequena e impopular.
Então, como é que alguém convence o povo nos EUA de que a Terra é esférica e finita, que a sua crusta é muito delgada e que os seus recursos fósseis não podem ser produzidos para sempre a taxas arbitrariamente elevadas? Citando meu amigo Dr. Albert A. Bartlett, Professor Emérito de Física na Universidade do Colorado, tal convencimento é uma tarefa árdua.

Estas pessoas acreditam que o crescimento perpétuo é desejável, consequentemente ele deve ser possível e isso possivelmente não pode ser um problema. Ao mesmo tempo ainda há uns poucos remanescentes de pessoas da "terra esférica" que se movem a falar acerca de "limites" e em particular acerca dos limites que estão implícitos na expressão "capacidade biótica" ("carrying capacity"). Mas limites são embaraçosos, pois conflitam com o conceito de crescimento perpétuo, de modo que há um movimento crescente para abolir o conceito de limites.
“The Physics Teacher,” Vol. 34, No. 6, pp. 342-343, 1996.

Deixem-me tentar tratar dos pontos 1-3 acima com o gráfico abaixo. Digitalizei a previsão original de King Hubbert da produção global de petróleo apresentada no seu relatório de 1956 para a Shell Development Co. Sobrepuz a história real da produção mundial de petróleo bruto e dos condensados líquidos associados em milhões de barris de petróleo por dia (mi.b/d). Ao longo dos últimos 8 anos, esta taxa oscilou em torno dos 72-74 mi. b/d apesar do mundo todo tentar fazer o melhor possível para atender à procura sempre crescente por petróleo.

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A previsão de King Hubbert da produção global de petróleo e condensados revisitada 54 anos depois. Os dados da produção real provém de uma combinação de estatísticas da EIA e de outras fontes para a produção inicial. Parece que Hubbert obteve o momento do planalto (pico) da produção de petróleo quase perfeitamente e saiu fora num factor de dois no nível de produção. Ele não podia ter contado a produção offshore no Mar do Norte, na Nigéria, Angola, Brasil, águas profundas, etc. E ele não tinha qualquer meio para prever as descobertas e a ascensão de Cantarell, Tengiz, Majoon, Samotlor, Zakum, Prudhoe Bay e muitos outros campos de petróleo super-gigantes. A maior parte destes campos super-gigantes já foram descobertos e é cada vez mais improvável que outros mais sejam descobertos no futuro. Os dados de Hubbert nada dizem acerca do impacto da sísmica 3D, de furos desviados, furos horizontais, furo hidrofracturados maciçamente, perfuração no mar em lâminas de água de dois quilómetros, etc. Ainda assim, quase 60 anos atrás, Hubbert afastou-se apenas um factor de dois no nível de produção e acertou perfeitamente acerca do momento do pico. Agora pense-se acerca de uma previsão económica para todo o mundo que seja boa apenas uns meros 10 anos depois. Se encontrar um, por favor partilhe-a comigo e eu a mencionarei neste blog.

Considerando o incrível impactos que a tecnologia (ponto 4 acima) tem tido sobre a produção de petróleo à escala mundial ao longo dos últimos 60 anos, a previsão de Hubbert é quase um milagre, demonstrando que a soma de variáveis aleatórias não relacionadas (incrementos anuais da produção de petróleo e condensados de todos os campos petrolíferos do mundo) com distribuições arbitrárias e variâncias finitas tende a uma [curva] gaussiana, não importa o que digam economistas e outros leigos. Hubbert simplesmente não dispunha de suficientes variáveis aleatórios no seu conjunto de dados, porque estas variáveis ainda estavam no futuro quando ele traçou a sua Figura 22. Nas seis décadas que nos separam, a tecnologia criada por pessoas como eu trouxeram estas novas variáveis aleatórias (campos petrolíferas) à vida e duplicaram a produção resultante, mas não mudaram a localização [temporal] do pico.
O ponto 5 necessita de tratamento cuidadoso, para além do âmbito deste blog elementar. Basicamente, se o gasto energético necessário para produzir um recurso for maior do que a energia proporcionada por aquele recurso, a produção será travada mesmo que os pagamentos sejam em ouro puro. As grandes formações de xistos limosos(mudstone), chamadas erradamente de "xistos", são muito difíceis de produzir e um bocado de energia deve ser investido para que estas formações produzam energia como petróleo bruto leve. Portanto a nossa capacidade para por a produzir os xistos limosos impermeáveis de baixa qualidade a taxas constantes que recordem os campos de petróleo de alta qualidade como Ghawar ou Cantarell é nula. Ponto. Deixarei o assunto para peritos, como jornalistas, economistas e alunos do quinto ano pintarem, um quadro róseo das novas oportunidades ilimitadas.
Agora deixem-me centrar sobre o meu outro assunto favorito: a demonstração da arrogância cósmica e da ignorância ilimitada de alguns economistas. O meu economista menos favorito, Dr. Julian Simon, é famoso pela sua crença de que não há limites para o crescimento e por "derrotar" o professor Paul Ehrlich na igualmente famosa aposta da mercadoria.
Simon também escreveu o seguinte absurdo, pelo qual se tornou um professor de faculdade e o querido de alguns decisores políticos e think (sic!) tanks:

  • Existe agora tecnologia para produzir em quantidades virtualmente inexauríveis todos os produtos feitos pela natureza – alimentos, petróleo, mesmo pérolas e diamantes...
  • Temos agora nas nossas mãos – realmente nas nossas bibliotecas – a tecnologia para alimentar, vestir e fornecer energia para uma população sempre crescente durante o próximo 7 mil milhões de anos...
  • Mesmo que nenhum novo conhecimento fosse alguma adquirido ... seríamos capazes de avançar aumentando a nossa população para sempre...

Como observou secamente o Prof. Bartlett, mesmo que Simon se desviasse num factor de 1000 (economistas habitualmente desviam-se um bocado) na sua estimativa da duração da expansão futura da humanidade (7 milhões e não 7 mil milhões de anos) e a humanidade crescesse apenas 1 por cento ao ano, o número de humanos seria excedido por 10 à potência 30410. Acontece que a previsão de Simon do número de humanos suportados pela tecnologia e pela ciência económica é 1 seguido por 30.000 vezes maior (como em 1.000.000.000.000.000.000.000.000...) do que o número de átomos do Universo. Como lhe parece agora o factor 2 de Hubbert?
Meu outro favorito de todos os tempo é uma previsão de três de Irving Fisher, professor de teoria económica de Yale, que em 21/Outubro/1929 declarou: "As acções alcançaram o que aparenta ser um patamar permanentemente alto". Três dias depois, a Quinta-feira Negra introduziu os Estados Unidos na Grande Depressão. Recentemente, outro economista génio de Princeton declarou que o petróleo era irrelevante para economias modernas.
O meu primeiro encontro pessoal com a previsão económica de alto nível foi na Shell. A Shell pagou uma fortuna à Goldman Sachs, Chase Manhattan Bank, Deutsche Bank e uma dúzia de outras organizações para previsões do preço do petróleo bruto abarcando um espaço de tempo de 1 a 30 anos. A Shell ficou muito feliz com estas previsões, até que nós a pusemos todas junto num gráfico, com vários anos de pontos de partida. Todo os zigzags começariam tangencialmente no último segmento de dados reais e então perder-se-iam em todas as direcções cobrindo literalmente toda a página como spaghetti confuso, com os preços finais previsto indo desde US$5 por barril a US$300 por barril. Concluímos que estas suposições económicas muito caras não tinham capacidade preditiva e estabelecemos um preço de petróleo constantemente baixo para o planeamento do negócio. Desde 1985, aquela suposição bruta da engenharia foi boa durante quase 20 anos e nada custou.
Temo pensar o que possa ser a consequência imediata de tal arrogância. A Deusa sem misericórdia de Rhamnous, Nemesi, ou o o próprio Zeus podem ficar irados:

Vê tu como Deus atinge sempre os maiores animais com o seu raio, e não lhes permite fazerem discursos insolentes, ao passo que aqueles de menor vulto não o irritam? Como da mesma forma seus raios caem sempre sobre as casas mais altas e as maiores árvores? Portanto, Ele manifestamente gosta de deitar abaixo todo aquele que se exalta a si próprio. Assim, muitas vezes um exército poderoso é derrotado por uns poucos homens, quando Deus nos seus ciúmes envia o medo ou a tempestade do céu e eles perecem de uma maneira indigna de si. Pois Deus não permite a ninguém ter pensamentos elevados, salvo ele próprio.
História de Herodoto, VII, 10, traduzido por George Rawlinson (1910).

Vamos pensar sobre isto. Recentemente não vi quaisquer economistas a sacrificarem seus melhores carneiros ou touros com eferendas a Deus, de modo a que Ele possa lançar alguma luz sobre a magia opaca a que eles chamam de previsão.
PS: E aqui está
como as previsões de 1972 do amplamente desacreditado Clube de Roma se parecem 30 anos depois . Será que as verificou? Nada mal para um punhado de loucos ignorantes. Agora pense por um segundo: o que acontecerá se as suas previsões se mantiverem nesta Terra finita e esférica? Sim, posso ouvi-lo a dizer: "Por que incomodar-me a pensar acerca de coisas tão desagradáveis? Conseguiremos mais, ainda mais de tudo com a nossa tecnologia superior. Sempre o fizemos".

16/Abril/2012

[*] Do Conselho Director da ASPO-USA. Professor de petróleo e geosistemas do Departamento de Engenharia da Universidade do Texas-Austin. Entre 1990 e 2009 foi professor de geoengenharia na Universidade da Califórnia-Berkeley. Antes de Berkeley foi investigador na Shell Development, uma companhia de investigação administrada durante 20 anos por M. King Hubbert. A sua investigação e ensino envolve modelação matemática e numérica de sistemas terrestres, bem como a termodinâmica e a ecologia da oferta de energia para a sobrevivência humana. Ele também está dirigir investigação sobre gás natural não convencional e recursos petrolíferos. É co-autor de mais de 200 documentos e relatórios. Seu blog é LifeItself .
O original encontra-se em
http://www.aspousa.org/index.php/2012/04/the-world-is-finite-isnt-it/

Os arquivos do passado colonial da Grã-Bretanha

Enviado por luisnassif, qua, 18/04/2012 - 20:00

Da BBC Brasil

Arquivos revelam segredos do passado colonialista do Império Britânico

Levante de Mau Mau

Grupo anti-império Mau Mau tentou expulsar britânicos do Quênia entre 1952 e 1960

Arquivos secretos do passado colonial da Grã-Bretanha, que muitos historiadores acreditavam terem sido destruídos, foram divulgados pelo governo do país. A medida foi tomada seguindo uma determinação feita pela Justiça britânica há um ano.

documentos contêm dados sobre assuntos polêmicos, como o Levante de Mau Mau contra os britânicos, no Quênia, e uma insurreição de comunistas na Malaia Britânica (atual Malásia), ambos ocorridos nos anos 1950. Um dos documentos revela que um insurgente foi queimado vivo pelas autoridades.

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Entre outras coisas, os papéis divulgados agora revelam que:

  • Os britânicos temiam que nazistas disfarçados de caçadores de borboletas estivessem planejando invadir o Leste da África em 1938;
  • Eles confiscaram o rebanho de quenianos suspeitos de apoiar rebeldes Mau Mau nos anos 1950;
  • Havia um plano para extraditar um líder grego-cipriota para as Ilhas Seychelles, apesar de o governo estar negociando com ele formas de por fim a uma rebelião violenta no Chipre em 1955;
  • Havia preocupação de que muitos estudantes quenianos que foram estudar nos Estados Unidos em 1959 estavam começando a demonstrar sentimentos "anti-americanos e antibrancos"; este foi o ano em que o pai do presidente Barack Obama foi estudar em uma universidade no Havaí.
  • O processo foi movido por quatro quenianos envolvidos no conflito de Mau Mau. O governo foi obrigado a admitir que havia mantido 8,8 mil arquivos secretos, desde o tempo em que o Império Britânico recebia correspondência confidencial de suas colônias.

'Cultura do sigilo'

Um acadêmico que serviu de consultor para os quenianos elogiou a medida, mas disse que ela não acaba com a "cultura preocupante de sigilo" do governo britânico em relação a seu passado colonialista.

"O governo britânico mentiu sobre isso no começo. Esta saga é tanto uma conspiração colonial, quanto uma trapalhada burocrática", disse o professor David Anderson, de História Africana da universidade de Oxford.

Os 1,2 mil arquivos divulgados agora são a primeira parte de seis grandes grupos que serão abertos ao público até novembro de 2013. Eles dizem respeito a eventos acontecidos entre 1930 e 1970.

Segundo os arquivos do ministério da Defesa do Quênia de 1961, que fazem parte dos documentos divulgados, os administradores da colônia criaram classificações especiais para impedir que certas informações chegassem a governantes locais.

Alguns dos arquivos eram classificados com a letra "w", a inicial da palavra "white" ("branco", em inglês). Estes documentos só podiam ser vistos por "sujeitos britânicos de ascendência europeia".

Um porta-voz da chancelaria britânica disse que o ministro das Relações Exteriores, William Hague, manifestou estar "feliz" com a divulgação dos documentos e se comprometeu a disponibilizar todos os dados ao grande público "o mais rápido possível".

Luiz Leduino: Educação é mesmo prioridade do governo?

viomundo - 17 de abril de 2012 às 23:02

por Luiz Leduino de Salles Neto


A presidenta Dilma afirmou, em palestra realizada no dia 10 de abril na Escola de Governo John F. Kennedy da Universidade de Harvard, que é “gravíssimo” o atraso na educação no Brasil. Poucos devem discordar.

É no mínimo curioso, contudo, notar que a área de educação, e de políticas públicas, tema principal da unidade onde a presidenta proferiu a palestra, não estão elencadas como prioritárias pelo programa Ciência sem Fronteiras. De fato, as prioritárias são: Engenharias e demais áreas tecnológicas; Ciências Exatas e da Terra; Biologia, Ciências Biomédicas e da Saúde; Computação e Tecnologias da Informação; Tecnologia Aeroespacial; Fármacos; Produção Agrícola Sustentável; Petróleo, Gás e Carvão Mineral; Energias Renováveis; Tecnologia Mineral; Biotecnologia; Nanotecnologia e Novos Materiais; Tecnologias de Prevenção e Mitigação de Desastres Naturais; Biodiversidade e Bioprospecção; Ciências do Mar; Indústria Criativa (voltada a produtos e processos para desenvolvimento tecnológico e inovação); Novas Tecnologias de Engenharia Construtiva; Formação de Tecnólogos.

E a educação?  É mesmo prioridade do governo? E o que dizer de áreas como ciências sociais, economia, gestão pública, história, relações internacionais? A resposta está presente no discurso que a presidenta fez na Escola de Governo da Universidade de Harvard: “não podemos dar mais importância a uma publicação do que uma patente. Nós temos que dar importância à patente”.

Resgatando entrevista que o renomado ministro da Ciência, Tecnologia e Inovação, Marco Antonio Raupp, concedeu ao jornal Folha de S. Paulo em 22 de julho de 2008, nota-se que o mesmo tem outra opinião. De fato, ao ser questionado que o Brasil tinha poucas patentes, Raupp, então presidente da Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência, concordou:

“É 0,2% da produção de patentes no mundo. E a participação de produtos de pesquisa básica é 2%. Então, olha a diferença. Temos que fazer um esforço brutal. Agora, isso não é responsabilidade da academia, quem tem que puxar são as empresas. Elas têm que adotar a inovação como mecanismo fundamental para se capacitarem para a competitividade(…)”

Ou seja, Raupp defende que as empresas adotem a inovação como prioridade para a competitividade e que a mesma não é responsabilidade da academia.

Recentemente, como traz a edição de abril desse ano da Revista Pesquisa Fapesp, Raupp ratifica essa posição ao responder à mobilização de entidades científicas contra um injustificado corte de 23% no orçamento do MCTI.  Cabe então uma pergunta ao governo: por que colocar a inovação como carro chefe de um programa intitulado “Ciência sem fronteitas”?

A presidenta, que acerta no diagnóstico, nossa educação está muito aquém do que o país necessita, deveria refletir sobre o que e como fazer para acelerar a reversão desse quadro, reavaliando, por exemplo, as prioridades estabelecidas pelo programa “Ciência sem Fronteiras”.

Com efeito, o objetivo de toda e qualquer política pública deve ser a melhoria da qualidade de vida da população. Todo e qualquer avanço no conhecimento pode acarretar desenvolvimento humano. Logo, todas as áreas do conhecimento devem ser contempladas pelos programas governamentais de educação, ciência e tecnologia, sem cortes, sem recortes.

Luiz Leduino de Salles Neto – Doutor em Matemática Aplicada, docente e pró-reitor de Assuntos Estudantis da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp)

Para entender a arapongagem do Cachoeira

viomundo - 18 de abril de 2012 às 18:57

por Luiz Carlos Azenha

A arapongagem promovida por Carlinhos Cachoeira através de Jairo Martins, o sargento PM do Distrito Federal que foi agente da ABIN, e por Idalberto Matias Araújo, o Dadá, sargento da Aeronáutica que foi agente do CISA, o Centro de Informações da Aeronáutica — cedido posteriormente para a ABIN — tem uma longa história.

Como muitos de nós leremos sobre ela antes e durante a CPI do Cachoeira, é importante saber se existe um nexo entre as operações mais importantes. Por enquanto, há um esboço a ser preenchido por gravações de áudio e vídeo, das operações Vegas e Monte Carlo — e, eventualmente, das próprias gravações feitas por arapongas que forem obtidas a partir de eventuais acordos de delação premiada ou com a esperada prisão do contador da quadrilha, Giovani Pereira da Silva, que está foragido. Há fortes rumores de que um destacado membro da quadrilha fez acordo com o MPF para entregar todo o esquema.

Uma cronologia básica de ações com a qual promotores e policiais trabalham:

1. Gravação de Valdomiro Diniz;

2. Gravação de Maurício Marinho;

3. Gravação do deputado André Luiz, que pediu propina para abafar CPI dos Bingos na Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro;

4. gravação de personagem importante em campanhas eleitorais do PSDB, que nunca foi utilizada nos esquemas midiáticos de Cachoeira;

5. infiltração na Operação Satiagraha;

6. inflitração na campanha de Dilma Rousseff;

7. Gravação no hotel Naoum, do ex-ministro José Dirceu e autoridades do governo.

Repito, este é apenas um roteiro genérico, que contabiliza apenas operações que tiveram grande repercussão na mídia (com a exceção notada). Outras podem ter sido feitas, abortadas ou engavetadas. Por isso, a importância da delação premiada.

Nassif: Veja e Cachoeira é um troca-troca

conversa afiada - Publicado em 18/04/2012


Saiu no Nassif:


Mais peças do quebra-cabeças Civita-Cachoeira

A Folha tem dois bravos repórteres – Cátia Seabra e Rubens Valente – lutando com um braço amarrado. É isso que explica o fato do lide da matéria sobre Cachoeira (a informação mais importante, que deveria estar na abertura) ter ficado no pé:
“Em conversas no primeiro semestre de 2011, Cachoeira disse a Claudio Abreu, diretor da Delta no Centro-Oeste, que estava fornecendo informações sobre irregularidades no Dnit para a revista “Veja” durante a apuração de uma reportagem”.
Na verdade, a Folha (e a Globo) têm muito mais que isso. Pelas matérias divulgadas, a Globo teve acesso às gravações do Guardião – a máquina de grampo da Polícia Federal. A Folha tem acesso a relatórios da Operação Monte Carlo, provavelmente do material reservado que está no Supremo Tribunal Federal (STF), envolvendo o senador Demóstenes Torres e dois deputados federais.
Nesse relatório existem informações relevantes sobre a relação Veja-Cachoeira – que a Folha ainda não deu.
O primeiro, a íntegra das conversas entre Cachoeira e e o diretor da Delta, Cláudio Abreu, comprovando que estavam por trás da denúncia da Veja. O segundo, as negociações da Veja, Cachoeira e o araponga Jairo para combinar a invasão do Hotel Nahoum – na qual foram feitos vídeos ilegais de encontros do ex-Chefe da Casa Civil José Dirceu com políticos e autoridades.
A matéria da Veja sobre o DNIT saiu em 3 de julho de 2011. A diretoria estava atrapalhando os negócios da Construtora Delta. Foi o mesmo modo de operação do episódio dos Correios: Cachoeira dava os dados, Veja publicava e desalojava os adversários de Cachoeira.
Coincidiu com investigações que já estavam em curso na Casa Civil, alimentando algumas versões de que o próprio governo vazara os dados para a revista. Fica claro que era Cachoeira.
No dia 8 de julho, as escutas captaram a seguinte conversa de Cachoeira:
Cachoeira: Não. Tá tudo tranquilo. Agora, vamos trabalhar em conjunto porque só entre nós, esse estouro aí que aconteceu foi a gente. Foi a gente. Quer dizer: mais um. O Jairo, conta quantos foram. Limpando esse Brasil, rapaz, fazendo um bem do caralho pro Brasil, essa corrupção aí. Quantos já foram, rapaz. E tudo via Policarpo.
A partir da divulgação da íntegra do relatório e das escutas, será possível entender alguns dados relevantes das negociações entre as duas organizações – a de Cachoeira e a de Roberto Civita.
Nas negociações sobre o DNIT, Policarpo se compromete a dar matéria em defesa do Bingo Online. A matéria do Bingo Online acabou não saindo na Veja (apenas no Correio Braziliense, em matéria de Renato Alves).
Provavelmente foi o não cumprimento do acordo que levou Cachoeira a se queixar amargamente de Policarpo e a aconselhar os comparsas a não passarem informações de forma descoordenada. Nas conversa, aliás, ele confessa ter sido ele quem aproximou os arapongas da revista Veja.
Cachoeira: Não, Jairo, foi isso não. Deixa eu falar pra você. Se Dadá estiver aí pode pôr até no viva-voz. Olha, é o seguinte: a gente tem que trabalhar em grupo e tem que ter um líder, sabe? O Policarpo, você conhece muito bem ele. Ele não faz favor pra ninguém e muito menos pra você. Não se iluda, não. E fui eu que te apresentei ele, apresentei pro Dadá também. Então é o seguinte: por exemplo, agora eu dei todas as informações que ele precisava nesse caso aí. Por que? É uma troca. Com ele tem que ser uma troca.

Cerra quer tomar o dinheiro do Amaury

conversa afiada - Publicado em 18/04/2012


O Conversa Afiada reproduz post do Azenha no Viomundo:

Serra aciona Amaury e quer lucro do Privataria

por Luiz Carlos Azenha
O candidato do PSDB a prefeito de São Paulo, ex-governador e duas vezes candidato ao Planalto, José Serra, está acionando na Justiça o autor do livro Privataria Tucana, Amaury Ribeiro Jr. e a Geração Editorial, editora do livro.
Amaury recebeu hoje a notificação. A MPTAP, de Arnaldo Malheiros e sócios, representa o candidato. É uma ação ordinária de indenização por dano moral, em que Serra pede que o cálculo do valor a ser pago, em caso de condenação, tenha relação com a vendagem do livro, considerando o preço de R$ 34,90.
“Esse componente da indenização deverá ser fixado sobre parte do valor de capa, não inferior ao percentual praticado para a remuneração do autor e não inferior à margem de lucro da própria editora, de modo que os réus não prossigam auferindo lucros que resultem de uma conduta ilícita”, diz a ação.
Serra alega ter sido acusado, no livro:
a) ter recebido propina de empresas envolvidas nas licitações realizadas nos processos de privatização de empresas públicas nacionais, valendo-se da sua condição de Ministro do Planejamento e coordenador do programa de desestatização no Governo do Presidente Fernando Henrique Cardoso;
b) ter criado rede de espionagem para investigar Aécio Neves, Governador do Estado de Minas Gerais — a quem teria chantageado — valendo-se, para tanto, da sua condição de Governador do Estado de São Paulo e do uso de recursos do Tesouro paulista.
Segundo Amaury, Serra nunca foi acusado diretamente no livro de receber propinas. O jornalista diz que dispõe de provas sobre a segunda acusação.
“Como não consegue contestar o conteúdo do livro, a ação indenizatõria se baseia em fatos deturpados por Serra ou distorcidos pela imprensa durante a campanha eleitoral de 2010″, diz Amaury. Na ação, Serra diz que Amaury, ao depor na Polícia Federal, teria confessado a quebra de sigilo de parentes do tucano, “o que não aconteceu”, afirma o jornalista.
“A ação é fraca, uma piada, uma aberração jurídica, que com certeza me dará subsídios para escrever a Privataria Tucana II”, disse.
“Foi feita na prorrogação do segundo tempo, só depois que o Serra se declarou candidato a prefeito, para que ele se justifique se o tema vier à tona durante a campanha eleitoral”, continua.
“Eu nunca perdi uma ação na minha vida e não vou dar ao Serra o prazer de ficar com o dinheiro de meu trabalho”, conclui.

 

Sem comentários…

terça-feira, abril 17, 2012

Procuradora militar diz que obras do Exército em Guarulhos são exemplo

recebido por e-mail - 10 abr 2012

LUIZ ROIZ
A procuradora-geral da Justiça Militar, Cláudia Márcia Ramalho Moreira Luz, visitou ontem as obras militares no Aeroporto de Guarulhos e, ao final de uma vistoria de três horas, disse que elas  “são motivo de orgulho, não só para o Exército mas para todo o Brasil”.
Ela ficou especialmente impressionada como fato de a equipe do “Destacamento Guarulhos” não apenas ter concluído a maior parte das obras antes do prazo, mas tê-las realizado com menos recursos do que os previstos em orçamento – cerca de 35% a menos, o que representou uma economia para os cofres públicos de R$ 150 milhões.
“Está havendo devolução de dinheiro público, isso é uma coisa formidável”, disse a procuradora, em entrevista exclusiva ao DG. “É a primeira vez que eu vejo isso.”
Segundo ela,  o papel do Ministério Público Militar não é apenas apontar e punir eventuais erros de militares, “mas também aplaudir o que está certo”.
“Vim até aqui para verificar in loco as obras e dar um testemunho, para que este exemplo se espalhe”, disse.
Informou que fará um relatório a respeito do que viu e o encaminhará ao comandante do Exército, general Enzo Peri.
As obras em questão são duas: a reforma da pista principal de 3.700 m por 45 m de largura, que já foi concluída entregue em dezembro (antes do prazo); e a terraplenagem e preparação do pátio de aeronaves do futuro Terminal Três do Aeroporto, numa área de 300 mil m2.
A obra do pátio deverá ficar pronta até o início do próximo ano, com seis meses de antecedência, segundo o coronel Carlos Alberto Maciel Teixeira, comandante da equipe militar (hoje, 80 pessoas) que coordena a operação, em conjunto com empreiteiras civis.
As duas obras estavam orçadas, inicialmente, em R$ 430 milhões; ao final, deverão custar cerca de R$ 280 milhões.
A procuradora foi recebida no Aeroporto, nesta quinta, 22, pelo general de brigada Wagner Oliveira Gonçalves, diretor de Obras de Cooperação do Departamento de Engenharia do Exército, e pelo tenente-coronel Carlos Alberto Maciel Teixeira, comandante da equipe de soldados e oficiais que toca as obras militares em Guarulhos.
Ela é procuradora há 17 anos e está concluindo (em abril) seu segundo mandato como chefe do Ministério Público Militar. Antes, foi promotora de justiça do Rio de Janeiro, seu estado de origem.

segunda-feira, abril 16, 2012

Alborghetti fala do envolvimento do PT com as FARCs

É antigo, mas só para que não corramos o risco de algumas figuras citadas pelo então reporter e deputado Alborghetti (falecido em 2009), voltarem à cena política como vítimas do Cachoeira.

domingo, abril 15, 2012

O Rock Ronca'In Rio, de Tom Zé

 

Enviado por luisnassif, dom, 15/04/2012 - 17:00

Por Jair Fonseca

Tom Zé, rumo aos 76 anos, ainda é um "menino experimental", como diria o poeta Murilo Mendes.

Lembro-me de há uns 8 anos atrás estar vindo pela Lima e Silva do supermercado quando dois universitários discutindo música estavam a falar de mpb. Um deles se vira para o outro e fala era um “tal” de Tom Zé.

Fiquei a imaginar a profundidade do conhecimento musical dos rapazes. Reconheço que não temos como saber de tudo, agora no Ano Novo descobri que existia uma cantora chamada Paula Fernandes e que estava fazendo muito sucesso.

Mas, se eu fosse falar sobre sertanejo romântico (isso existe mesmo?) tentaria ao menos conhecer os integrantes do estilo (principalmente os que o definiram).

Investigar Cachoeira, uma ameaça à liberdade de expressão

viomundo - 14 de abril de 2012 às 19:02

por Luiz Carlos Azenha

Por dever de ofício, li o texto de capa de revista que tenta provar que investigar os crimes do Carlinhos Cachoeira, no Congresso, é um atentado à liberdade de expressão.

O que chamou minha atenção foi a frase abaixo, que interpretei como defesa do uso de fontes-bandidas:

Qualquer repórter iniciante sabe que maus cidadãos podem ser portadores de boas informações. As chances de um repórter obter informações verdadeiras sobre um ato de corrupção com quem participou dele são muito maiores do que com quem nunca esteve envolvido. A ética do jornalista não pode variar conforme a ética da fonte que está lhe dando informações. Isso é básico. Disso sabem os promotores que, valendo-se do mecanismo da delação premiada, obtêm informações valiosas de um criminoso, oferecendo-lhe em troca recompensas como o abrandamento da pena.

Registre-se, inicialmente, a tentativa dos autores de usar os promotores de Justiça como escada. Tentam sugerir ao leitor que o esforço da revista, ao dar espaço em suas páginas a fontes-bandidas,equivale ao dos promotores de Justiça.

Sonegam que existe uma diferença brutal: os promotores de Justiça usam a delação premiada para combater o crime. Os criminosos que optam pela delação premiada têm as penas reduzidas, mas não são perdoados. E a ação ajuda a combater um mal maior. Um resultado que pode ser quantificado. O peixe pequeno entregou o peixe grande. Ambos serão punidos.

O mesmo não se pode dizer da relação de um jornalista com uma fonte-bandida. Se um jornalista sabe que sua fonte é bandida, divulgar informações obtidas dela não significa, necessariamente, que algum crime maior será evitado. Parece-me justamente o contrário.

O raciocínio que qualquer jornalista faria, ao divulgar informações obtidas de uma fonte que ele sabe ser bandida, é: será que não estou ajudando este sujeito a aumentar seu poder, a ser um bandido ainda maior, a corromper muito mais?

Leiam de novo esta frase: As chances de um repórter obter informações verdadeiras sobre um ato de corrupção com quem participou dele são muito maiores do que com quem nunca esteve envolvido.

Não necessariamente. Ele não tem qualquer garantia de que as informações são verdadeiras se vieram de um corrupto. Que lógica é esta?

O policial que não estava lá mas gravou a conversa que se deu durante um ato de corrupção provavelmente vai fornecer uma versão muito mais honesta sobre a conversa do que os corruptos envolvidos nela.

O repórter que lida com alguém envolvido em um ato de corrupção sabe, antecipadamente e sem qualquer dúvida, que a informação passada por alguém que cometeu um ato de corrupção atende aos interesses de quem cometeu o ato de corrupção. Isso, sim, é claro, não que as informações sejam necessariamente verdadeiras.

O repórter sabe também que, se os leitores souberem que a informação vem de alguém que cometeu um ato de corrupção, imediatamente perde parte de sua credibilidade. Não é por acaso que Carlinhos Cachoeira, o bicheiro, se transformou em “empresário do ramo de jogos”.

É por saber que ele era um “mau cidadão” que a revista escondeu de seus leitores que usava informações vindas dele. Era uma fonte inconfessável.

Não foi por acaso que Rubnei Quicoli, o ex-presidiário, foi apresentado como “empresário” pela mídia corporativa quando atendia a determinados interesses políticos em plena campanha eleitoral. A mídia corporativa pode torturar a lógica, mas jamais vai confessar que atende a determinados interesses políticos.

Carlinhos Cachoeira não é, convenhamos, nenhum desconhecido no submundo do crime. Vamos admitir que um repórter seja usado por ele uma vez. Mas o que dizer de um repórter usado durante dez anos, por uma fonte que ele sabe ser bandida?

Sim, porque o texto, sem querer, é também uma confissão de culpa: admite que a revista se baseou em informações de um “mau cidadão”. Ora, se a revista sabia tratar-se de um “mau cidadão” e se acreditava envolvida em uma cruzada moral para “limpar a sociedade” de “maus cidadãos”, não teria a obrigação de denunciá-lo?

Concordo que jornalistas não têm obrigação de dar atestado de bons antecedentes a todas as suas fontes.

Mas onde fica a minha obrigação de transparência com meus leitores se divulgo seguidamente informações que sei serem provenientes de um “mau cidadão”? Qual é o limite para que eu seja considerado parceiro ou facilitador do “mau cidadão”?

Se imperar, a lógica da revista será muito conveniente para aqueles policiais presos por associação ao crime.

Tudo o que terão de dizer, diante do juiz: “Ajudei a quadrilha de assaltantes de bancos, sim, doutor, matando e prendendo os inimigos deles. Mas foi para evitar um mal maior, meritíssimo: uma quadrilha que era muito mais bandida”.

À CPI, pois.

Concordo parcialmente com o Azenha. Considero que o uso da fonte bandida não pode e não deve ser descartada. A credibilidade depende do trabalho do repórter, afinal de contas é uma reportagem investigativa ou não? Se a mídia não tem poder para investigar a credibilidade de suas fontes, que desista de fazer reportagens investigativas, simples assim.

Mas, por outro lado. Se o repórter denunciar suas fontes elas continuarão a abastecê-lo? Existe uma questão ética importante nessa pergunta. Não creio que uma série de denuncias envolvendo tantos grupos não respingassem antes no Cachoeira. Então, porquê seu nome não foi pronunciado antes? Havia blindagem de interessados ou a dita reportagem investigativa no Brasil tem esse nome só para enfeite?

Embraer: Dilma não se bica com Obama. Que horror !

conversa afiada - Publicado em 15/04/2012

Saiu no Globo:

Dilma põe Obama em saia justa ao falar sobre aviões da Embraer
CARTAGENA – A presidente Dilma Rousseff aproveitou a deixa dada pelo americano Barack Obama, durante debate no fórum empresarial das Américas, e defendeu a venda de aviões da Embraer à Força Aérea dos Estados Unidos. O processo foi suspenso há cerca de um mês e até o momento nada foi resolvido, apesar dos apelos do governo brasileiro.
- O Brasil está mudando. Mais brasileiros vão comprar iPad e aviões – disse Obama, referindo-se aos caças americanos que disputam com os franceses e os suecos a preferência da Força Aérea Brasileira. – Ou a Embraer – retrucou Dilma rapidamente.
No fim de fevereiro, a Força Aérea dos Estados Unidos cancelou o contrato de US$ 355 milhões para fornecimento de 20 aviões Super Tucano, da Embraer, citando problemas com a documentação.
Em outro negócio, dessa vez de fornecimento de jatos de combate para a Força Aérea brasileiro, o governo Dilma pode preterir a americana Boeing se escolher os caças Rafale, da francesa Dassault Aviation. Fontes do governo brasileiro disseram recentemente que “muito provavelmente” o país escolherá o caça militar francês.
(…)

Navalha

Já em Washington, a Presidenta tinha discutido o cancelamento da compra de aviões da Embraer.

O pessoal do PiG (*) ainda não se acostumou à ideia de que a diplomacia brasileira (desde o Nunca dantes e o grande chanceler Celso Amorim) não tira mais o sapato.

O Itamaraty,agora, não lê mais a “Teoria da Dependência” (eterna) do Farol de Alexandria.

A cartilha é outra.

Que horror !

Paulo Henrique Amorim