Desculpem-me os leitores, mas final de ano, correria para o vestibular, recuperação, aulas extras para dúvidas pré-vestibular. Só quem é professor sabe como é esse período.
Mas, vamos lá. Faz muito tempo que não consigo por minhas leituras em dia. Nessas últimas cinco semanas só li duas Cartas (e a segunda ainda não terminei).
Da segunda achei um comentário interessante do Maurício Dias em sua coluna Andante Mosso com os titulos "Nas Entranhas do PV e Nas Entranhas do PMDB", em relação à doações do empresariado (poluente) para a campanha de Marina Silva, e no PMDB, levantadas pelo deputado Chico Alencar do PSOL. O que me intrigou nesse comentário é que ou Chico Alencar apagou da memória, ou não teve a preocupação de olhar o próprio rabo do partido. Mas Luciana Genro (PSOL) recebeu na campanha anterior (essa eu não pesquisei) dinheiro para campanha do Grupo Gerdau, entre outros. Bom, aí eu pergunto: socialismo com dinheiro da burguesia?
Muito se tem discutido em relação ao crime organizado no Brasil, depois dessa ação recente no Rio de Janeiro. Muitos ficaram pasmados com o poder de fogo dos traficantes. Vamos lembrar que esse poder de fogo, juntamente com a organização dos grupos que dominam o tráfico, são consequências diretas da ausência do poder público nas favelas cariocas que permitem a expansão do poder paralelo do crime organizado, e da sua organização herdada e ensinada pela nossa "Resistência" (tendo uns e outros entrado para o ramo) que como dizem alguns só lutou pela liberdade do país.
Enquanto não houver um política pública de ocupação, e aí não falo a militar, mas sim do poder público com infraestrutura de educação, saúde, segurança e saneamento básico nessas áreas, o crime organizado vai permanecer recrutando jovens para a atividade.
Por sinal, alguém por acaso viu alguma imagem da esposa de Fernandinho Beiramar? Isso foi algo que me intrigou. Será que a mídia temeu represálias desse que é considerado um dos maiores "capos" do crime carioca e provavelmente do Brasil?
Estou com Sanguinetti no caso PC Farias, assim como ele, acreditar em crime passional é a mesma coisa que acreditar em Papai Noel, coelhinho da páscoa e fadas ao mesmo tempo. Se a fontes oficiais são tão seguras, porque grande parte da mídia, sociólogos e políticos duvidam até hoje de suicídios ocorridos nos DOPS dos anos 70? Vamos acordar, já é hora.
Me impressionei com a informação na Carta sobre a lavagem de nome. Incrível como com alteração de nomes o crime organizado se safa da punição. Conhecia somente o uso de corpos de indigentes para captura de digitais e fabricação de documentação falsa, provavelmente os dois casos são faces da mesma moeda.
O crescimento dos gastos da OTAN nada tem a ver com perigos reais. É tudo fictício. O problema aí, são os interesses financeiros da indústria bélica que necessita de conflitos novos e instauração do medo para que venda mais armas.