"E aqueles que foram vistos dançando foram julgados insanos por aqueles que não podiam escutar a música"
Friedrich Nietzsche

sexta-feira, setembro 24, 2010

Eleições 2010 - seja consciente

Recebi por e-mail, mas como não havia modo de publicar powerpoint aqui resolvi encontrá-lo na net e achei-o publicado no slideshare,  site que abriga powerpoints criados pelos usuários cadastrados.
Aí vai o link:  http://www.slideshare.net/luciano.ob/eleies-2010-seja-consciente

QUANTO DILMA ESTÁ PEDINDO NA "BOLSA GUERRILHA"?

Recebido por e-mail, 24 set 10



Veja o link que vai direto ao processo dela: http://portal.mj.gov.br/anistia/data/Pages/MJDC5E093DPTBRNN.htm
coloque o número do processo:200201.13016 - REQUERENTE:DILMA VANA ROUSSEFF


A candidata Dilma Rousseff (PT) está movendo um processo contra o Estado brasileiro. Ela está requerendo indenização pelos tempos em que militou na guerrilha armada, tentando implantar o comunismo no Brasil.
Enquanto esteve na guerrilha, o grupo guerrilheiro do qual participava ativamente assassinou soldados, praticou atentados à bomba, roubou cofres, sequestrou.
Desde 2002, Dilma está processando o Estado. O processo já teve 23 movimentações.
Agora chegou ao gabinete do Presidente Lula. É importante saber quanto a Dilma quer ganhar.
Especialmente neste momento em que o TCU está disposto a revisar os verdadeiros absurdos cometidos na distribuição da bolsa guerrilha.
Lula ganha perto de 5 mil mensais por ter passado 30 dias na prisão, assediando o menino do MEP e pedindo pizza para o jantar. Não perdeu o emprego porque já não trabalhava, já era pelego do sindicato.
Quanto será que a Dilma está querendo faturar em cima dos impostos que nós pagamos?
Quanto será que ela está pedindo?
É uma boa pauta para os jornalistas ou para o que ainda resta deles. Quem pergunta? Os cofres públicos agradecem.

Todos que acompanham o blog sabem do meu apoio à candidatura de Dilma, e também sabem que para mim uma das maiores idiotices que hoje se pratica no Brasil é a tal Bolsa Didatura.
Em postagem recente já publiquei o absurdo do salário milionário de Dilma junto à Petrobrás e também do meu receio em relação a alguns "companheiros" que a acompanham nesta eleição e que podem voltar a centro do poder como José Dirceu.
Será realmente que Dilma necessita desse dinheiro? Ou Lula? Ou qualquer outro político que já tenha passado pelo Legislativo que se sabe garante salário integral exercendo poucos meses de mandato? 
Acho isso uma palhaçada, e vindo de uma candidata e de representantes que deveriam preservar o bom uso do orçamento público, isso é, no mínimo, irresponsável.   

Professores-de-Elite! - ou professor do município, vc não vale nada!

recebido por e-mail, 24 set 10


"Professores de elite"



"Um programa vai selecionar os melhores alunos das melhores universidades para dar aula em escolas públicas"

"Organização de US$ 200 milhões, a Teach for America, que já formou 17 mil professores e ajudou a melhorar o desempenho de 500 mil alunos carentes", está chegando ao Brasil para atuar na prefeitura de quem? quem? quem...? do DUDUZINHO - o (faz de conta que é) prefeito do Rio!




Pelo programa, jovens professores recém formados serão selecionados e treinados para resolver de vez todos os problemas da educação no município do Rio de Janeiro - e por quê? Porque, como bem define a (fora-de-)Época, eles não são concursados, por isso são melhores!





Está escrito na reportagem da (segunda)Época:



"Parte do segredo do sucesso desses professores é a seleção rigorosa dos candidatos, muito diferente dos concursos públicos, que falham ao medir conhecimento e habilidades práticas. Será assim também no Brasil. Quem quiser participar terá de apresentar seu currículo escolar, uma carta de recomendação e fazer uma prova escrita. Se passar dessa etapa, enfrentará dinâmicas de grupo, entrevistas e terá de planejar e apresentar uma aula."



E sabem quanto esses jovens talentos (não-concursados) vão ganhar?



R$ 2.500,00 - isso mesmo que vc leu, com todos esses zeros: dois mil e quinhentos reais - duas vezes o inicial do concursado (que não presta!) da prefeitura. Quase CINCO vezes o inicial do recém-concursado do estado (que também não presta!)



Encare a verdade, professor (concursado): para a atual prefeitura do Rio vc não vale nada! Vc é um reles concursado mal selecionado, que não trabalha por metas e não sabe ensinar. E só programas privados, de preferência estrangeiros, pagando muito mais do que a prefeitura paga a vc (afinal, vc é apenas um concursado inútil!) serão capazes de dar jeito
na educação do Rio de Janeiro.

Se vc ainda quer checar a notícia, vai lá:

http://revistaepoca.globo.com/Revista/Epoca/0,,EMI159292-15223,00-PROFESSORES+DE+ELITE.html


E lembre-se, se algum desses excelentes-professores-não-concursados chegar em sua escola, trate-o muito bem, porque afinal de contas, ele será um "PROFESSOR-DE-ELITE". E vc é um reles, um mero, um insignificante professor concursado.

Depravados

Lembrando do texto de Antonio Luis Simas publicado recentemente, vi que seu ponto de vista está errado. No real o politicamente correto deveria ir mais longe.

Obras como: O Cortiço de Aluizio de Azevedo que incita a promiscuidade e revela desigualdades sociais. Dom Casmurro de Machado de Assis com sua famosa Capitu que incita o adultério e posterior abandono da família pelo marido "corno". O que dizer então de Memória Póstusmas de Brás Cubas do mesmo Machado de Assis (esse deve ser banido da leitura escolar com certeza)? Posso continuar com Dias Gomes (O Pagador de Promessas) que promove intolerância religiosa, política e uso excessivo de força pólicial, de Hilda Hirst (A Obscena Senhora D) com essa mulher que não consegue se ater a regras, João Ubaldo Ribeiro (Viva O Povo Brasileiro) que torna divertido e suave a leitura sobre a exploração do próximo por alguns  personagens ao longo da história do país, Jorge Amado (Gabriela: Cravo e Canela; Dona Flor e Seus Dois Maridos) que assim com Machado deveria ser banido por estimular com seus personagens uma vida promíscua, Nelson Rodrigues então nem preciso citar obras.

Estendendo um pouco essa linha de raciocínio poderíamos também rever com olhos criticos a obra de Vinicius de Moraes  (entre outros contemporâneos), aquela estória de "as feias que me perdoem, mas a beleza é fundamental" é uma verdadeira agressão às mulheres que não se enquadram no biotipo vigente e determinado pela moda. Outra coisa seria as novelas da Globo e "malhação", que passam uma visão de que se pode tudo (todo mundo faz e acontece) e punição, nada.

Somente para encerrar, enquanto estava escrevendo as linhas acima me veio à mente em um insight, como dizem os psicólogos, lembrei-me da "Éguinha Pocotó". Esse pessoal então, deveria ser varrido do mapa.

 

quinta-feira, setembro 23, 2010

Estudo indica que Moisés teve ajuda do vento para abrir o Mar Vermelho

yahoo noticias Qui, 23 Set, 10h29


WASHINGTON (AFP) - Pesquisadores americanos acreditam ter descoberto o exato ponto onde Moisés teria dividido as águas do Mar Vermelho, 3.000 anos atrás, para que o povo judeu pudesse fugir em segurança do faraó egípcio, e também como ele teria conseguido: com uma ajudinha do vento.

"As pessoas sempre foram fascinadas por essa história do Êxodo, indagando se tinha base em fatos históricos", estimou Carl Drews, do Centro Nacional de Pesquisas Atmosféricas, principal autor do estudo, publicado no site da Public Library of Science.

"O que este trabalho mostra é que a descrição das águas se abrindo de fato possui uma base nas leis da física", acrescentou.

A Bíblia descreve como os israelitas "passaram pelo meio do mar no chão seco", com uma parede de água de cada lado, enquanto um forte vento soprava do leste.

Os pesquisadores não podiam simplesmente usar a Bíblia como referência para deduzir a localização geográfica da travessia, porque "embora o autor do Êxodo tenha tentado de fato apontar o local onde Moisés atravessou, infelizmente os nomes usados não são mais reconhecidos", disse o cientista à AFP.

Drews e seu coautor, o oceanógrafo Weiqing Han, da Universidade do Colorado, focaram sua busca pelo local onde a travessia poderia ter ocorrido em um ponto onde há uma faixa de terra na água, descartando lugares considerados anteriormente por outros estudos, como o Golfo de Suez ou em um ponto perto de Aqaba, na atual Jordânia.

A dupla descobriu que, quando o vento sopra, a água pode se levantar e se "dividir" no local da faixa de terra, explicou Drews.

"Um monte de refugiados pode correr pelo meio, e quando o vento para, a água subitamente volta a ficar como antes, atingindo quem estiver no caminho", afirmou.

Drews e Han chegaram a um local no leste do Delta do Nilo, em um sítio arqueológico chamado de Tell Kedua, a norte do Canal de Suez na costa mediterrânea.

Neste ponto, acreditam que um antigo braço do Nilo e uma lagoa costeira um dia tenham formado um 'U' à beira do Mar Mediterrâneo.

Com a ajuda de um satélite, os cientistas fizeram um modelo da área, e modificaram o terreno para que se parecesse com a forma que tinha há 3.000 anos. Depois, preencheram o modelo com água e fizeram vento soprar.

De acordo com seus cálculos, um vento de 100 km/h soprando durante 12 horas teria sido capaz de empurrar a água em até dois metros de profundidade por cerca de quatro horas - tempo suficiente para que Moisés e seu povo atravessassem para a liberdade.

terça-feira, setembro 21, 2010

Comentário

Já havia anteriormente comentado a respeito da democracia reinante na revista Carta Capital, e que eu considerava isso extremamente salutar.
Na edição com título de capa "O Império Vacila" percebe-se perfeitamente isso em duas opiniões opostas dadas por dois colunistas (um da própria revista e outro do "The Observer"). Mas, antes gostaria de salientar que a muito tempo não lia um artigo tão infantil (pois dizer superficial seria dar muito crédito a ele) como o da revista "The Economist" (que a Carta publica trechos) sobre a capa, que é intitulado o "O Império Fraturado". O artigo faz propaganda pró-americana explícita, não promove uma unica discussão séria sobre o título ou algo relacionado ao assunto. Aborda dados irrelevantes e emite opiniões no mínimo subservientes aos interesses americanos. Foi uma grande decepção, uma vez que, em outras edições em que traz artigos da "Economist" a Carta tem acertado no alvo. Espero que tal fato tenha sido derivado de um acordo entre ambas revistas e não erro de julgamento do Mino, e, se tiver sido, bem, erros todos cometemos.
Mas, voltando ao assunto do início. Podemos cometer erros, mas não podemos nos esquecer que a especialização que temos em certas áreas nos transforma em excelentes julgadores de apenas alguns aspectos da vida, de outros deveríamos nos abster para não chafudarmos na lama. Digo isso, pois apesar de ser um adorador da música, não me sinto capaz de fazer um comentário crítico (no máximo critico os críticos, mas tudo isso dentro do meu gosto pessoal que nada tem de análise realmente séria) sobre o assunto, assim como em outros assuntos. Bom, depois deste longo preâmbulo digo que Andrew Anthony do "The Observer" escreveu muita besteira sobre a visão política de Juliette Binoche. Pelo jeito o rapaz nunca assistiu Zeitgeist, ou qualquer documentário do tipo que fala sobre as falcatruas do 11 de setembro, ou então, ele acrítico, engoliu toda a baboseira da propaganda sobre o fantasioso 11 de setembro.
Enquanto isso Renato Pompeu, ao descrever o livro "Diplomacia Suja", mostra ao leitor que esse livro contém as reais condições das ações do Estado Americano em que todas as suas ingerências com ocupação ou desestabilização de governos pelo mundo afora, nunca levaram à criação de uma democracia. Temos desde ditaduras apoiadas pelos estadunidenses, até ditaduras que foram colocadas pelos mesmos, mas, democracia, ainda estou para conhecer uma.
Por esse tipo de linha de ação é que reafirmo o grande diferencial que faz da Carta uma revista que aborda idéias diferentes, não se deixando direcionar apenas por uma linha dirigida por seu editor.

O CRAVO NÃO BRIGOU COM A ROSA

Antonio Luis Simas - sexta-feira, 17 de setembro de 2010

Chegamos ao limite da insanidade da onda do politicamente correto. Soube dia desses que as crianças, nas creches e escolas, não cantam mais O cravo brigou com a rosa. A explicação da professora do filho de um camarada foi comovente: a briga entre o cravo - o homem - e a rosa - a mulher - estimula a violência entre os casais. Na nova letra "o cravo encontrou a rosa/ debaixo de uma sacada/o cravo ficou feliz /e a rosa ficou encantada".

Que diabos é isso? O próximo passo é enquadrar o cravo na Lei Maria da Penha. Será que esses doidos sabem que O cravo brigou com a rosa faz parte de uma suíte de 16 peças que Villa Lobos criou a partir de temas recolhidos no folclore brasileiro?

É Villa Lobos, cacete!

Outra música infantil que mudou de letra foi Samba Lelê. Na versão da minha infância o negócio era o seguinte: Samba Lelê tá doente/ Tá com a cabeça quebrada/ Samba Lelê precisava/ É de umas boas palmadas. A palmada na bunda está proibida. Incita a violência contra a menina Lelê. A tia do maternal agora ensina assim: Samba Lelê tá doente/ Com uma febre malvada/ Assim que a febre passar/ A Lelê vai estudar.

Se eu fosse a Lelê, com uma versão dessas, torcia pra febre não passar nunca. Os amigos sabem de quem é Samba Lelê? Villa Lobos de novo. Podiam até registrar a parceria. Ficaria assim: Samba Lelê, de Heitor Villa Lobos e Tia Nilda do Jardim Escola Criança Feliz.

Comunico também que não se pode mais atirar o pau no gato, já que a música desperta nas crianças o desejo de maltratar os bichinhos. Quem entra na roda dança, nos dias atuais, não pode mais ter sete namorados para se casar com um. Sete namorados é coisa de menina fácil. Ninguém mais é pobre ou rico de marré-de-si, para não despertar na garotada o sentido da desigualdade social entre os homens.

Dia desses alguém [não me lembro exatamente quem se saiu com essa e não procurei a referência no meu babalorixá virtual, Pai Google da Aruanda] foi espinafrado porque disse que ecologia era, nos anos setenta, coisa de viado. Qual é o problema da frase? Ecologia, de fato, era vista como coisa de viado. Eu imagino se meu avô, com a alma de cangaceiro que possuía, soubesse, em mil novecentos e setenta e poucos, que algum filho estava militando na causa da preservação do mico leão dourado, em defesa das bromélias ou coisa que o valha. Bicha louca, diria o velho.

Vivemos tempos de não me toques que eu magôo. Quer dizer que ninguém mais pode usar a expressão coisa de viado ? Que me desculpem os paladinos da cartilha da correção, mas isso é uma tremenda babaquice. O politicamente correto é a sepultura do bom humor, da criatividade, da boa sacanagem. A expressão coisa de viado não é, nem a pau (sem duplo sentido), ofensa a bicha alguma.

Daqui a pouco só chamaremos o anão - o popular pintor de roda-pé ou leão de chácara de baile infantil - de deficiente vertical . O crioulo - vulgo picolé de asfalto ou bola sete (depende do peso) - só pode ser chamado de afrodescendente. O branquelo - o famoso branco azedo ou Omo total - é um cidadão caucasiano desprovido de pigmentação mais evidente. A mulher feia - aquela que nasceu pelo avesso, a soldado do quinto batalhão de artilharia pesada, também conhecida como o rascunho do mapa do inferno - é apenas a dona de um padrão divergente dos preceitos estéticos da contemporaneidade. O gordo - outrora conhecido como rolha de poço, chupeta do Vesúvio, Orca, baleia assassina e bujão - é o cidadão que está fora do peso ideal. O magricela não pode ser chamado de morto de fome, pau de virar tripa e Olívia Palito. O careca não é mais o aeroporto de mosquito, tobogã de piolho e pouca telha.

Nas aulas sobre o barroco mineiro, não poderei mais citar o Aleijadinho. Direi o seguinte: o escultor Antônio Francisco Lisboa tinha necessidades especiais... Não dá. O politicamente correto também gera a morte do apelido, essa tradição fabulosa do Brasil.

O recente Estatuto do Torcedor quer, com os olhos gordos na Copa e 2014, disciplinar as manifestações das torcidas de futebol. Ao invés de mandar o juiz pra putaqueopariu e o centroavante pereba tomar no olho do cu, cantaremos nas arquibancadas o allegro da Nona Sinfonia de Beethoven, entremeado pelo coro de Jesus, alegria dos homens, do velho Bach.

Falei em velho Bach e me lembrei de outra. A velhice não existe mais. O sujeito cheio de pelancas, doente, acabado, o famoso pé na cova, aquele que dobrou o Cabo da Boa Esperança, o cliente do seguro funeral, o popular tá mais pra lá do que pra cá, já tem motivos para sorrir na beira da sepultura. A velhice agora é simplesmente a "melhor idade".

Se Deus quiser morreremos, todos, gozando da mais perfeita saúde. Defuntos? Não. Seremos os inquilinos do condomínio Cidade do pé junto.

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