"E aqueles que foram vistos dançando foram julgados insanos por aqueles que não podiam escutar a música"
Friedrich Nietzsche

sábado, setembro 17, 2011

2ª Guerra Mundial

A tv5 francesa realizou uma minissérie sobre a Segunda Guerra Mundial e disponibilizou na internet uma cronocarta interativa em que se pode ver as estratégias, avanços de tropas e reações, com imagens e videos.

O link é http://www.tv5.org/apocalypse/ 

quinta-feira, setembro 15, 2011

Belo Monte e a OEA

 

Enviado por luisnassif, qui, 15/09/2011 - 20:18

Autor: 

Alberto Porém Júnior

Depois do fato esclarecido a OEA deu a resposta correta ao assunto Belo Monte, mais uma bandeira midiática capitaneada por Miriam Leitão que naufraga. mas esta noticia você só encontrará em rodapés e cantinhos...

OEA volta atrás sobre Belo Monte

Comissão de Direitos Humanos pedira suspensão da obra da usina em abril
Autora: Eliane Oliveira

BRASÍLIA. Sem fazer alarde, o Palácio do Planalto saboreia, há um mês, uma importante vitória no processo de instalação da Usina Hidrelétrica de Belo Monte, no Pará. A Comissão Interamericana de Direitos Humanos (CIDH) da Organização dos Estados Americanos (OEA), que há cinco meses havia baixado uma medida cautelar pedindo ao governo brasileiro que suspendesse o empreendimento, enviou uma carta à presidente Dilma Rousseff se retratando e pondo um ponto final no impasse.

A revelação foi feita ontem ao GLOBO pelo especialista em segurança pública da OEA, Adam Blackwell. Ele está em visita ao Brasil desde o último domingo, conversando com autoridades brasileiras sobre desarmamento e processos de pacificação de favelas.
— Esse assunto está encerrado para nós. Creio que o que houve foi falta de informação dos integrantes da comissão — disse Blackwell, acrescentando que a medida cautelar foi retirada no dia 1o de agosto.

Especialista da OEA espera melhora nas relações
A medida cautelar — que despertou a ira do Palácio do Planalto e teve como consequência a divulgação de uma dura nota do chanceler Antonio Patriota — foi publicada para atender a comunidades indígenas representadas por Organizações Não Governamentais (ONGs). Patriota chegou a chamar a Brasília o embaixador do Brasil em Washington junto à OEA, Ruy Casaes, em uma demonstração de descontentamento.

Foi a primeira vez que as pressões contra Belo Monte ultrapassaram a fronteira, e uma comissão da OEA tentou interferir diretamente no processo de construção da hidrelétrica. Se a CIDH mantivesse sua posição e o Brasil não cumprisse a determinação, o país poderia ser julgado pela Corte Interamericana de Direitos Humanos e, numa hipótese tida como improvável por técnicos do governo e especialistas, em última instância seria expulso da OEA.

Ao receber o comunicado sobre a medida cautelar, o governo brasileiro enviou uma carta à CIDH com informações técnicas a respeito do processo de licenciamento para a construção da hidrelétrica. A comissão argumentava que as comunidades indígenas não foram ouvidas.
Além de enviar uma resposta sobre Belo Monte baseada em critérios técnicos à CIDH, o governo brasileiro retirou a candidatura de Paulo Vannuchi para representante do país na comissão, no lugar de Paulo Sérgio Pinheiro. Foi encaminhada uma carta ao secretário-geral da OEA, José Miguel Insulza.

— Vencida essa etapa, vamos melhorar ainda mais nossas relações — afirmou Blackwell.
Ele, que é canadense, esteve no Rio no início da semana, onde conheceu algumas favelas pacificadas, como as do Complexo do Alemão. Em Brasília, conversou com o ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, sobre a possibilidade de o Brasil transmitir aos vizinhos sua experiência no processo de desarmamento no país.

Autoridades prevêem redução da população activa em 10 milhões nos próximos quatro anos

darussia.blogspot.com – quarta-feira, 14 de setembro, 2011

PUBLICADA POR JOSE MILHAZES

Autoridades prevêem redução da população activa em 10 milhões nos próximos quatro anos. O número de população activa na Rússia sofrerá uma redução de pelo menos 10 milhões de pessoas entre 2011 e 2015, declarou hoje Nikolai Patruchev, secretário do Conselho de Segurança da Rússia.
“As reservas de aumento do nível da atividade económica nas idades jovem e adulta estão praticamente esgotadas. Isso exige novas soluções e medidas para atrair para o nosso país força de trabalho altamente qualificada”, precisou Patruchev, citado pela agência Interfax.
Ele frisou que o país “entra no período mais complicado do ponto de vista da situação demográfica”.
Nikolai Patruchev revelou que, por incumbência do Presidente da Rússia, Dmitri Medvedev, está a ser elaborada a “conceção da política estatal de migração”.
O alto funcionário russo propõe a criação de “um corpo de engenharia que possa garantir a vinda de quadros qualificados, necessários à economia russa”.
Em junho passado, peritos da Academia das Ciências da Rússia publicaram o relatório “Estado do emprego e do mercado do trabalho na Rússia”, onde calculam que, até 2025, o número de população ocupada na economia diminuirá 12,9 por cento e o número de russos capazes de trabalhar descerá entre 18,5 e 21 por cento.
Nikita Mkrtchian, analista do Instituto de Demografia da Escola Superior de Economia de Moscovo defende que esse processo só pode ser combatido com um forte aumento do número de imigrantes, mas frisa que essa decisão esbarra com dificuldades sérias.
“Pode-se conseguir esses dez milhões à custa da migração laboral temporal. Se no nosso país já se encontram de 3 a 5 milhões de trabalhadores estrangeiros, isso significa que deverão trabalhar 15 milhões, o que é um número gigantesco, difícil de garantir mesmo que se abra completamente as portas”, precisou.

Rússia não quer ver União Europeia no Mar Cáspio

darussia.blogspot.com - TERÇA-FEIRA, SETEMBRO 13, 2011

PUBLICADA POR JOSE MILHAZES

A Rússia criticou hoje a decisão do Conselho da União Europeia ter confirmado o mandado da Comissão Europeia para as conversações com Turquemenistão e Azerbaijão com vista à assinatura de um acordo de realização do projeto do Gasoduto Transcaspiano.

“O Ministério dos Negócios da Rússia lamenta a decisão do Conselho da UE. A julgar por tudo, ela foi tomada sem ter em conta a situação jurídica e geopolítica realmente hoje existente na bacia do Cáspio”, considera Alexandre Lukachevitch, porta-voz da diplomacia russa.

Lukachevitch recorda, num comunicado publicado em Moscovo, que “os Estados do “quinteto do Cáspio” (Rússia, Cazaquistão, Turquemenistão, Azerbaijão e Irão) acordaram que todas os problemas na região serão exclusivamente solucionados pelos Estados ribeirinhos. Sem dúvida que entre essas questões estão os planos de construção de um Gasoduto Transcaspiano em águas fechadas e com grande atividade sísmica”.

“Semelhante gasoduto é uma qualidade completamente nova, pela envergadura e riscos potenciais, incomparavelmente maiores do que os necessários quando da extração de recursos minerais no fundo com oleodutos tecnológicos do jazigo até à costa, que existem no Mar Cáspio. Pelo que sabemos, esta é a primeira experiência da União Europeia e ficamos espantados ao saber que haja intenção de o instalar no Cáspio, em cuja costa não há Estados da UE”, justificou Lukachevitch.

Segundo ele, “as tentativas de ingerência externa nos assuntos do Cáspio, tanto mais sobre questões sensíveis para os membros do “quinteto do Cáspio”, são capazes de complicar seriamente a situação nessa região, refletir-se negativamente nas conversações entre os cinco Estados sobre o novo estatuto jurídico do Cáspio”.

“Decisões sobre projetos de tal envergadura devem ser aprovados por todos os Estados do Cáspio”, frisou.

“Esperamos que o Conselho da União Europeia olhe com a devida atenção para a posição da Rússia e dos outros Estados do “quinteto do Cáspio” e se abstenha de ações não acordadas nesse formato”, concluiu o diplomata.

O Gasoduto Transcaspiano deve ser parte integrante do chamado “Corredor do Sul”, projeto da UE com vista a reduzir a dependência europeia dos fornecimentos de gás russo.

Segundo ele, o gás do Turquemenistão será transportado através do Azerbaijão, Geórgia e Turquia para a Europa, através do gasoduto Nabucco.

As autoridades turcomenas calculam poder fornecer à Europa até 40 mil milhões de metros cúbicos de gás por ano.

Governo francês proíbe orações muçulmanas nas ruas de Paris

RFI - Artigo publicado em 15 de Setembro de 2011 - Atualizado em 15 de Setembro de 2011

 

Oração na rua des Poissonniers, em Paris.

Oração na rua des Poissonniers, em Paris.

AFP PHOTO MIGUEL MEDINA

RFI

Responsáveis de duas mesquitas do18o arrondissement, bairro do norte de Paris, assinaram com o Estado francês, um acordo que permite acabar com as orações dos muçulmanos nas ruas da capital. As orações de rua serão proibidas a partir dessa sexta. Os muçulmanos terão que utilizar um quartel do Corpo de Bombeiros, transformado em lugar de culto, para realizar suas reuniões.

As orações acontecem na rua porque as duas mesquitas do bairro não têm capacidade para acolher os fiéis. Eles se reúnem no exterior dos prédios e oram nas calçadas e na rua. O quartel do corpo de bombeiros será transformado em mesquita improvisada, capaz de receber 2.700 fiéis, a partir dessa sexta-feira. Segundo o acordo, concluído na quarta-feira, o prédio dos bombeiros será alugado por 30.000 euros por ano, e poderá ser usado por três anos.

As reuniões geraram polêmica. Grupos de extrema-direita franceses se manifestaram contra o que chamaram de “islamização da França”. Marine Le Pen, presidente do partido de extrema-direita Frente Nacional, chegou a falar em dezembro do ano passado de uma “ocupação”, comparando a presença muçulmana na França à ocupação alemã durante a Segunda Guerra Mundial.

O ministro do Interior, Claude Guéant, um dos idealizadores da proposta, está determinado a acabar com as orações de rua, que serão oficialmente proibidas a partir dessa sexta-feira.

As obras para transformar o quartel em lugar para orações ainda não terminaram e o imã de uma das duas mesquitas do bairro, Mohamed Salah Hamza, teme um “clima de anarquia”. Segundo ele, as reivindicações dos fiéis muçulmanos não foram completamente satisfeitas, o carpete não foi instalado e a sala de abluções para mulheres ainda não foi realizada.

O tempo de utilização do lugar também não agrada os responsáveis muçulmanos que gostariam que os fiéis tivessem acesso ao local todos os dias. A polícia só autoriza que eles usem o quartel durante a oração de sexta-feira e em duas datas comemorativas.

A construção de um Instituto de culturas islâmicas deve acabar em 2013. A prefeitura de Paris vai investir 23 milhões de euros na parte cultural. Até lá, todas as orações de rua ficam proibidas.

quarta-feira, setembro 14, 2011

Débora Vaz: As escolas de photoshop do Ceará

recebido por e-mail - 13 set 2011

segunda-feira, 15 de agosto de 2011
O lamentável estado da educação pública no Ceará


Desde a mais tenra idade sempre ouvi falar que as pessoas que escolhem trabalhar com a educação de crianças e jovens são dotadas de uma vocação especial, algo similar ao que é dito sobre os homens que renunciam a uma série de prazeres materiais para abraçar o sacerdócio católico. A meu ver, por trás desse discurso meigo está escondida uma ideologia lamentável: para alguns, quem trabalha na educação pública, área historicamente desprezada em nosso País, merece um salário ínfimo, afinal, é uma pessoa vocacionada, quase mártir, que certamente terá um lugar reservado no paraíso depois de uma vida de sofrimentos e incompreensão não apenas por parte do poder público, como também pela sociedade de modo geral.
Em meio à constante desvalorização da docência pública do Brasil e, em especial, a do Estado do Ceará, professores articulam greves para alertar os governantes e a sociedade civil sobre as dificuldades vividas cotidianamente dentro e fora das salas de aula, sendo a mais grave delas a questão salarial. Por conta de uma extrema má vontade, o governador cearense Cid Gomes continua se recusando a pagar corretamente o piso salarial dos professores da rede pública estadual, além de não querer tentar qualquer acordo com tal categoria, pois, segundo ele, “Quem quer dar aula faz isso por gosto, e não pelo salário. Se quer ganhar melhor, pede demissão e vai para o ensino privado”.
Após essa declaração desastrada vinda de um homem que supostamente deveria governar para o povo, não pude deixar de sentir indignação, revolta e um certo sentimento de impotência, já que tanto a imprensa quanto a maioria esmagadora da Assembleia Legislativa de meu Estado dificilmente contestarão a visão torta do governador. Para eles, detentores do poder nas mais diversas esferas da sociedade cearense, é muito mais interessante voltar os holofotes para as belezas naturais desta terra, enaltecendo as possibilidades de lucro com o turismo (que só serão sentidas em seus bolsos), do que centrar esforços para melhorar a educação básica e dar melhores oportunidades às milhares de crianças pobres que jamais frequentarão uma escola privada. Afinal, quem vai querer uma massa de gente esperta e crítica para derrubar os poderosos?
Sei que o descaso com a educação pública não começou na administração de Cid Gomes nem é exclusividade do meu Estado. O Brasil inteiro padece desse problema. Em 2010, comemoramos a derrocada do tucano Tasso Jereissati, cujo mandato prejudicou bastante a educação cearense. Hoje vemos que tal derrota foi apenas simbólica, pois Cid Gomes, que hoje pertence a um partido dito “socialista”, está apenas reproduzindo os mesmos discursos e práticas de seu antigo preceptor, mesmo dizendo que os vínculos políticos entre eles estão rompidos.
Como é possível ter esperança em um futuro melhor para o nosso Ceará com uma liderança de visão torta como Cid Gomes? É terrível pensar que, com a força que ele tem, poderá eleger um sucessor com grande facilidade. E quem sabe até dizendo que seu governo “beneficiou” a educação pública, mostrando, na propaganda eleitoral, escolas fabricadas no photoshop e atores sorridentes fingindo ser professores.

terça-feira, setembro 13, 2011

Sete pontos acerca da Líbia


resistir info - 27 ago 2011

por Domenico Losurdo
Doravante mesmo os cegos podem ver e compreender o que está a acontecer na Líbia:

1. O que se passa é uma guerra promovida e desencadeada pela NATO. Esta verdade acaba por se revelar até mesmo nos órgãos de "informação" burgueses. No La Stampa de 25 de Agosto, Lucia Annunziata escreve: é uma guerra "inteiramente externa, ou seja, feita pelas forças da NATO"; foi "o sistema ocidental que promoveu a guerra contra Kadafi". Uma peça do International Herald Tribune de 24 de Agosto mostra-nos "rebeldes" que se regozijam, mas eles estão comodamente instalados num avião que traz o emblema da NATO.

2. Trata-se de uma guerra preparada desde há muito tempo. O Sunday Mirror de 20 de Março revelou que "três semanas" antes da resolução da ONU já estavam em acção na Líbia "centenas" de soldados britânicos, enquadrados num dos corpos militares mais refinados e mais temidos do mundo (SAS). Revelações ou admissões análogas podem ser lidas no International Herald Tribune de 31 de Março, a propósito da presença de "pequenos grupos da CIA" e de uma "ampla força ocidental a actuar na sombra", sempre "antes do desencadeamento das hostilidades a 19 de Março".

3. Esta guerra nada tem a ver com a protecção dos direitos humanos. No artigo já citado, Lucia Annunziata observa com angústia: "A NATO que alcançou a vitória não é a mesma entidade que lançou a guerra". Nesse intervalo de tempo, o Ocidente enfraqueceu-se gravemente com a crise económica; conseguirá ele manter o controle de um continente que, cada vez mais frequentemente, percebe o apelo das "nações não ocidentais" e em particular da China? Igualmente, este mesmo diário que apresenta o artigo de Annunziata, La Stampa, em 26 de Agosto publica uma manchete a toda a largura da página: "Nova Líbia, desafio Itália-França". Para aqueles que ainda não tivessem compreendido de que tipo de desafio se trata, o editorial de Paolo Paroni (Duelo finalmente de negócios) esclarece: depois do início da operação bélica, caracterizada pelo frenético activismo de Sarkozy, "compreendeu-se subitamente que a guerra contra o coronel ia transformar-se num conflito de outro tipo:   guerra económica, com um novo adversário:   a Itália obviamente".

4. Desejada por motivos abjectos, a guerra é conduzida de modo criminoso. Limito-me apenas a alguns pormenores tomados de um diário acima de qualquer suspeita. O International Herald Tribune de 26 de Agosto, num artigo de K. Fahim e R. Gladstone, relata: "Num acampamento no centro de Tripoli foram encontrados os corpos crivados de balas de mais de 30 combatente pró Kadafi. Pelo menos dois deles estavam atados com algemas de plástico e isto permite pensar que sofreram uma execução. Dentre estes mortos, cinco foram encontrados num hospital de campo; um estava numa ambulância, estendido numa maca e amarrado por um cinturão e tendo ainda uma transfusão intravenosa no braço".

Cartoon de Vicman.5. Bárbara como todas as guerras coloniais, a guerra actual contra a Líbia demonstra como o imperialismo se torna cada vez mais bárbaro. No passado, foram inumeráveis as tentativas da CIA de assassinar Fidel Castro, mas estas tentativas eram efectuadas em segredo, com um sentimento de que se não é por vergonha é pelo menos de temer possíveis reacções da opinião pública internacional. Hoje, em contrapartida, assassinar Kadafi ou outros chefes de Estado não apreciados no Ocidente é um direito abertamente proclamado. O Corriere della Sera de 26 de Agosto de 2011 titula triunfalmente: "Caça a Kadafi e seus filhos, casa por casa". Enquanto escrevo, os Tornado britânicos, aproveitando também a colaboração e informações fornecidas pela França, são utilizados para bombardear Syrte e exterminar toda a família de Kadafi.

6. Não menos bárbara que a guerra foi a campanha de desinformação. Sem o menor sentimento de pudor, a NATO martelou sistematicamente a mentira segundo a qual suas operações guerreiras não visavam senão a protecção dos civis! E a imprensa, a "livre" imprensa ocidental? Ela, em certo momento, publicou com ostentação a "notícia" segundo a qual Kadafi enchia seus soldados de viagra de modo a que eles pudessem mais facilmente cometer violações em massa. Como esta "notícia" caiu rapidamente no ridículo, surge então uma outra "nova" segundo a qual os soldados líbios atiram sobre as crianças. Nenhuma prova é fornecida, não se encontra nenhuma referência a datas e lugares determinados, nenhuma remessa a tal ou tal fonte: o importante é criminalizar o inimigo a liquidar.

7. Mussolini no seu tempo apresentava a agressão fascista contra a Etiópia como uma campanha para libertar este país da chaga da escravidão; hoje a NATO apresenta a sua agressão contra a Líbia como uma campanha para a difusão da democracia. No seu tempo Mussolini não cessava de trovejar contra o imperador etíope Hailé Sélassié chamando-o "Negus dos negreiros"; hoje a NATO exprime seu desprezo por Kadafi chamando-o "ditador". Assim como a natureza belicista do imperialismo não muda, também as suas técnicas de manipulação revelam elementos significativos de continuidade. Para clarificar quem hoje realmente exerce a ditadura a nível planetário, ao invés de citar Marx ou Lénine quero citar Emmanuel Kant. Num texto de 1798 (O conflito das faculdades), ele escreve: "O que é um monarca absoluto? Aquele que, quando comanda: 'a guerra deve fazer-se', a guerra seguia-se efectivamente". Argumentando deste modo, Kant tomava como alvo em particular a Inglaterra do seu tempo, sem se deixar enganar pela forma "liberal" daquele país. É uma lição de que devemos tirar proveito: os "monarcas absolutos" da nossa época, os tiranos e ditadores planetários da nossa época têm assento em Washington, em Bruxelas e nas mais importantes capitais ocidentais. 
27/Agosto/2011

O original encontra-se em http://domenicolosurdo.blogspot.com/ ; a versão em francês em
http://www.legrandsoir.info/sept-points-sur-la-libye.html 

11/Set: Demolições controladas

resistir info - 10 set 2011

por Manlio Dinucci
Aço fundido no WTC. O que pensaria você se a polícia, após uma explosão suspeita que teria feito ruir uma casa matando as pessoas que nela habitavam, antes de mais nada removesse e destruísse tudo aquilo que restasse? Foi o que fizeram, há dez anos, as autoridades estado-unidenses: ordenaram a remoção imediata das estruturas em aço das torres caídas a 11 de Setembro em Nova York. Não há nenhuma dúvida, na versão oficial, de que a causa não foi o incêndio provocado pelo impacto dos aviões desviados por terroristas. As 300 mil toneladas de aço das torres foram em grande parte recicladas em fundições asiáticas, salvo 24 toneladas dadas à sociedade Northrop Grumman (um dos maiores empreiteiros militares do Pentágono) para construir um navio-símbolo, o New-York: o primeiro de uma nova geração de unidade de assalto anfíbias para a guerra global ao terrorismo, justificada pelo ataque contra as torres gémeas mostradas em directo.

Em contrapartida, nem um grama de aço foi dado aos engenheiros especialistas de estruturas que o haviam pedido com o objectivo de examinar as colunas e vigas, para remontar algumas secções a fim de determinar com certeza as causas da derrocada. "Uma tal decisão – declara Frederick Mowrer da Universidade de Maryland, professor de engenharia de protecção contra incêndios – compromete todo o inquérito sobre as derrocadas. Julgo muito inquietante a rapidez com a qual foram removidas e recicladas provas potencialmente importantes" ( The New York Times, 25/Dezembro/2001). Nenhuma torre deste tipo, de facto, jamais ruiu por causa de um incêndio. O combustível dos aviões não teria podido desenvolver um calor capaz de fundir a maior parte no exterior das torres ainda que, no interior do ponto de impacto, se vejam pessoas indemnes. A dinâmica da derrocada das torres gémeas e da torre 7 (que não foi tocada pelos aviões) – sustentam diferentes peritos – lembra uma demolição controlada, provocada por explosivos situados no interior. Por ter sustentado isso, o professor Steven Jones, professor de física, foi expulso da Universidade Brigham Young (Utah). Contudo, ele não desistiu. Com uma equipe de que fazem parte também cientistas de outros países, publicou em 2009 na revista The Open Chemical Physics Journal (que submete a uma revisão científica todos os seus artigos a publicar) um estudo fundamentado na análise das amostras de poeiras recolhidas no Ground Zero. Estas revelam a presença de termite , uma substância não explosiva que produz uma reacção química a uma temperatura de 2500 graus Celsius, com capacidade de fundir o aço, cortando-o como uma faca quente corta a manteiga. Vê-se numa foto uma coluna de aço cortada limpamente, em diagonal, com cores semelhantes às de uma vela. E como a termite não precisa de ar para queimar, a reacção continua durante vários dias a desenvolver calor sob os escombros, enquanto os bombeiros as arrefecem com jacto de água contínuos.

É sobre estas provas e outras, todas científicas, que se fundamenta o estudo do professor Steven Jones que desafia os cientistas apoiantes da versão oficial a refutarem a sua. Estes, contudo, recusaram-se a lê-la, dizendo que não tinham tempo para isso. Mas a versão oficial está em vias de ruir do mesmo modo como ruíram as torres: como um castelo de cartas.
06/Setembro/2011
[*] http://en.wikipedia.org/wiki/Steven_E._Jones

  • Ver também: Why Indeed Did the WTC Buildings Completely Collapse?

    O original encontra-se em http://www.ilmanifesto.it/area-abbonati/in-edicola/manip2n1/...
    e a versão em francês em http://www.legrandsoir.info/demolition-controlee-il-manifesto.html
  • Militares russos preparados para “piores dos cenários” no país depois das revoluções em África

     darussia.blogspot.com - 12 set 2011

     

    As revoluções na Tunísia, Egito e Líbia mostram que as forças armadas russas devem estar prontas para os piores dos cenários de desenvolvimento da situação política na Rússia, declarou hoje o chefe do Estado Maior das Forças Armadas da Rússia.

    “A situação no mundo é complicada, muda de forma rápida, principalmente na África do Norte e no Médio Oriente. Era difícil prever o que aconteceu numa série de países dessa região, os acontecimentos aí desenvolveram-se com uma velocidade enorme”, acrescentou o general Nikolai Makarov, numa conferência de imprensa.

    Segundo ele, “hoje ninguém pode dizer o que se irá passar aí. Trata-se de um sinal para todos os Estados”.

    “Nós, militares, devemos estar prontos para os piores dos cenários”, concluiu.

    Rússia irá apoiar adesão da Palestina à ONU

     

    A Rússia irá apoiar a adesão da Palestina à ONU, declarou hoje Vitali Tchurkin, embaixador russo nas Nações Unidas, numa entrevista ao canal televisivo Rossia-24.
    « Claro que iremos votar a favor de qualquer uma das propostas dos palestinianos, mas devo dizer que nós não os empurramos a agir assim. Nós dissemos que os apoiaremos no que decidirem. Trata-se de uma questão da estratégia política e diplomática deles, eles decidem sozinhos se querem aderir à ONU », acrescentou.
    O diplomata russo frisou que essa será « uma das intrigas mais interessantes da 66ª Sessão da Assembleia Geral da ONU, que deverá começar a 21 de setembro.
    Segundo Tchurkin, a Palestina pode utilizar duas vias para conseguir a sua independência.
    « A primeira via é apresentar o pedido de adesão à ONU. Aqui, o candidato tem de ter a respetiva recomendação do Conselho de Segurança », explicou.  
    « Mas aqui a principal dificuldade reside em que os Estados Unidos não escondem que empregarão o direito de veto a essa resolução », precisou.
    « Além disso, alguns países membros do CS, que ainda não reconheceram a Palestina, podem abster-se na votação », acrescentou.
    Vitali Tchurkin recordou que « no que respeita à Rússia, não temos qualquer problema porque reconhecemos a Palestina em 1968 ».
    A segunda possibilidade, segundo ele, consiste na aprovação pela Assembleia Geral da ONU uma resolução sobre o aumento do estatuto da Palestina nas Nações Unidas.
    « Hoje, a Palestina é observadora na ONU, mas enquanto formação. Há a possibilidade de conseguir o estatuto de observadora como Estado que não é membro da ONU », assinalou.
    « Semelhante desenvolvimento é bem possível e, caso a Palestina consiga esse estatuto, terá a possibilidade de aderir a uma série de importantes institutos internacionais, organizar de forma completamente as suas relações com o FMI e o Banco Mundial », frisou.
    « Para que a Palestina percorra com êxito essa vida, ela precisa de receber 129 botos, ou seja, conseguir o apoio de 2/3 dos membros da Assembleia Geral. Hoje, 125 países reconheceram a Palestina e há mais países que simpatizam com ela », concluiu o representante russo.

    Explosão de forno em usina nuclear francesa deixa 1 morto e 4 feridos

    França/Nuclear - Artigo publicado em 12 de Setembro de 2011 - Atualizado em 12 de Setembro de 2011

    A explosão do forno aconteceu no complexo nuclear de Marcoule, no sul da França.
    REUTERS/Sebastien Nogier

    RFI
    A explosão do forno aconteceu no complexo nuclear de Marcoule, no sul da França.Uma explosão numa instalação anexa a uma usina nuclear no sul da França deixou um morto e quatro feridos nesta segunda-feira, segundo a Agência de Segurança Nuclear francesa. O acidente aconteceu em um forno usado para derreter e reciclar lixo nuclear metálico de baixa radioatividade, localizado em uma instalação secundária do complexo nuclear de Marcoule, principal centro de tratamento e armazenamento de resíduos nucleares do país.

    Um porta-voz da EDF, companhia nacional de energia elétrica, cuja filial opera a usina, informou que se trata de um acidente industrial e não nuclear, pois não foi detectado vazamento de radiação ou de produtos químicos e além disso o acidente não aconteceu em um reator.
    As informações foram confirmadas pelo Ministério da Energia e do Meio Ambiente. O porta-voz da EDF acrescentou que os feridos não foram contaminados e uma pessoa morreu na explosão. Um dos feridos se encontra em estado grave. O ministro da Energia, Eric Besson, disse que lamenta profundamente o drama humano causado pelo acidente.
    A ministra francesa do Meio Ambiente, Nathalie Kosciuscko-Morizet, foi chamada para ir ao local para avaliar os estragos. Seus assessores informaram que a origem da explosão está sendo investigada e que o incêndio já foi controlado. Um plano de emergência foi ativado, mas, segundo a EDF, o complexo nuclear não precisou ser evacuado nem foram ordenadas medidas de quarentena.
    A Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA) pediu às autoridades francesas informações detalhadas do acidente e informou que o seu centro de crise foi imediatamente ativado.
    Pelo menos 75% da eletricidade consumida na França são provenientes da exploração de energia nuclear. Segundo país com o maior número de usinas nucleares do planeta, atrás dos Estados Unidos, a França conta atualmente com 58 reatores nucleares em atividade, em 19 centrais de produção de energia elétrica. Doze reatores estão paralisados e duas centrais estão sendo desmanteladas.
    O anúncio da explosão provocou uma queda no valor das ações da EDF na bolsa de valores de Paris.

    Forças navais turcas passam a escoltar navios com ajuda humanitária a Gaza

    Jornal de Angola - 10 de Setembro, 2011
    Recep Tayyip Erdogan anuncia medidas de retaliação e o direito de controlar as águas territoriais do leste do mar Mediterrâneo
    Fotografia: Afp
    O primeiro-ministro da Turquia, Recep Tayyip Erdogan, afirmou, quinta-feira, que as forças navais do seu país vão passar a escoltar os navios turcos que levarem ajuda humanitária à Faixa de Gaza.
    A decisão, que pode acirrar ainda mais as relações entre os governos de Ancara e Telavive, foi tomada em resposta às posições de Israel, que se recusa a apresentar um pedido de desculpas pelo assalto a um navio turco em Maio de 2010.
    “A partir de agora, os navios de guerra turcos encarregam-se de proteger os barcos turcos com ajuda humanitária para a Faixa de Gaza”, submetida a um bloqueio israelita, declarou Recep Tayyip Erdogan ao canal de televisão Al Jazeera.“De agora em diante não permitiremos que estes barcos sejam objecto de ataques da parte de Israel, como foi o caso da ‘frota da liberdade’, já que Israel vai enfrentar a resposta adequada”, afirmou.
    “A Turquia será firme no seu direito de controlar as águas territoriais no leste do Mediterrâneo” e já “adopta medidas para impedir que Israel explore unilateralmente os recursos naturais” desta região, acrescentou.“Israel começou a proclamar direitos sobre zonas económicas exclusivas no Mediterrâneo, mas logo verão que jamais obterão estes direitos, porque a Turquia, como fiadora da República Turca do Norte de Chipre, ­tomou medidas na região e será firme com o seu direito de controlar as águas territoriais do leste do Mediterrâneo”, adiantou o primeiro-ministro turco.O Estado judaico apresentou em Julho, às Nações Unidas, o traçado da sua zona económica exclusiva no Mediterrâneo, onde há gás natural, mas a região também é reivindicada pelo Líbano.As relações entre a Turquia e Israel, até então excelentes, deterioraram-se após a publicação, há uma semana, do relatório da ONU sobre o ataque à frota humanitária de ­Gaza.O relatório considera que o Exército israelita empregou força “excessiva e pouco razoável” na operação que matou nove activistas turcos em Maio de 2010, mas considerou legal o bloqueio naval imposto por Israel à Faixa de Gaza.
    Na passada sexta-feira, a Turquia decidiu expulsar o embaixador israelita em Ancara e congelar as relações bilaterais, para protestar contra a rejeição de Israel de se desculpar pela operação contra a flotilha.Recep Tayyip Erdogan já manifestou o desejo de visitar a Faixa de Gaza por ocasião da viagem prevista para a próxima semana ao Egipto, o que pode ser um duro golpe nas relações entre os dois países.
    O primeiro-ministro israelita, Benjamin Netanyahu, elogiou na quarta-feira os membros do comando que abordou o navio “Mavi Marmara”, que integrava a frota de ajuda aos palestinianos interceptada por Israel quando seguia para a Faixa de Gaza.“O povo de Israel, que os enviou nesta missão, está orgulhoso de vocês”, afirmou o primeiro-ministro em Haifa.