"E aqueles que foram vistos dançando foram julgados insanos por aqueles que não podiam escutar a música"
Friedrich Nietzsche

domingo, fevereiro 01, 2009

As novelas e o divórcio

Blog do Luis Nassif - 01/02/2009 - 08:00

Por paulo frança

BBC diz que Globo causa divórcios

Um estudo do Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID) sugere uma ligação entre as populares novelas da TV Globo e um aumento no número de divórcios no Brasil nas últimas décadas.

Na pesquisa, foi feito um cruzamento de informações extraídas de censos nos anos 70, 80 e 90 e dados sobre a expansão do sinal da Globo – cujas novelas chegavam a 98% dos municípios do país na década de 90.

Segundo os autores do estudo, Alberto Chong e Eliana La Ferrara, “a parcela de mulheres que se separaram ou se divorciaram aumenta significativamente depois que o sinal da Globo se torna disponível” nas cidades do país.

Além disso, a pesquisa descobriu que esse efeito é mais forte em municípios menores, onde o sinal é captado por uma parcela mais alta da população local.

Instrução

Os resultados sugerem que essas áreas apresentaram um aumento de 0,1 a 0,2 ponto percentual na porcentagem de mulheres de 15 a 49 anos que são divorciadas ou separadas.

“O aumento é pequeno, mas estatisticamente significativo”, afirmou Chong.

Os pesquisadores vão além e dizem que o impacto é comparável ao de um aumento em seis vezes no nível de instrução de uma mulher. A porcentagem de mulheres divorciadas cresce com a escolaridade.

O enredo das novelas freqüentemente inclui críticas a valores tradicionais e, desde os anos 60, uma porcentagem significativa das personagens femininas não reflete os papéis tradicionais de comportamento reservados às mulheres na sociedade.

Foram analisadas 115 novelas transmitidas pela Globo entre 1965 e 1999. Nelas, 62% das principais personagens femininas não tinham filhos e 26% eram infiéis a seus parceiros.

Nas últimas décadas, a taxa de divórcios aumentou muito no Brasil, apesar do estigma associado às separações. Isso, segundo os pesquisadores, torna o país um “caso interessante de estudo”.

Segundo dados divulgados pela ONU, os divórcios pularam de 3,3 para cada 100 casamentos em 1984 para 17,7 em 2002.

“A exposição a estilos de vida modernos mostrados na TV, a funções desempenhadas por mulheres emancipadas e a uma crítica aos valores tradicionais mostrou estar associada aos aumentos nas frações de mulheres separadas e divorciadas nas áreas municipais brasileiras”, diz a pesquisa.

Laerte Braga: Qual é a de gilmar mendes?

Conversa Afiada - Atualizado e Publicado em 01 de fevereiro de 2009 às 13:41

QUAL É A DE gilmar mendes?

Laerte Braga


O ministro presidente do supremo tribunal federal tem sido pródigo na concessão de hábeas corpus a notórios criminosos do chamado colarinho branco. O crime legalizado. Gilmar Mendes integrou o governo de Fernando Henrique Cardoso e à época de sua indicação para o STF teve seu nome ligado à corrupção geral e absoluta que permeava o governo fhc, como permeia qualquer governo tucano. É genético.

A aprovação do seu nome pelo senado federal custou esforços e verbas, favores políticos sem tamanho por parte do então presidente da República Fernando Henrique Cardoso. Foi notório caso de pagamento de favores prestados.

No STF Gilmar Mendes tem se notabilizado por suas ligações com figuras como Daniel Dantas e outros egressos da quadrilha tucana de FHC, envolvidos nos mais variados matizes de crimes possíveis.

O tal grampo do seu gabinete está provado foi pura armação da revista veja e dele mesmo para jogar sobre o delegado Protógenes Queiroz responsabilidades que ele não tinha e nem tem, mas livrar a cara de Dantas e do próprio Gilmar.

Os fatos, essa semana que passou, que acabou, mostram que tudo o que foi levantado por Protógenes e sua equipe vai se confirmando gradativamente. A ação da quadrilha de Gilmar, ou melhor, da quadrilha a qual Gilmar pertence, foi para desmontar o esquema de combate ao crime legalizado.

Quando da decisão do ministro da Justiça Tarso Genro, o presidente da stf dantas incorporation ltd negou a libertação de Cesare Battisti, recebeu o embaixador da itália pela porta dos fundos do tal tribunal e agora declara que Battisti vai ter uma decisão justa.

Qual é a concepção de justiça de Gilmar Mendes? O que é decisão justa para o presidente do stf dantas incorporation ltd?

Arriar as calças e convidar o duce italiano Silvio Berlusconi para a festa?

Ou o deputado fascista da liga norte que afirmou que o Brasil não é famoso por seus juristas, mas "por suas dançarinas?"

Tem um trem errado por aí. Ou falta vergonha mesmo a Gilmar Mendes, aliás, falta, não tem pudor algum, desafia impunemente a lei e desmoraliza a corte dita suprema e pior, dita de justiça, ou é incompetência, busca holofotes. Em qualquer das duas situações a lei de algemas, ou a decisão do stf que limitou o uso de algemas, para restabelecer a dignidade de um tribunal que já foi supremo, tem que ser revista nem que gilmar saia pela porta dos fundos, mas algemado. E muito "fundos" demais.

As trapaças do presidente da empresa de Daniel Dantas que cuida de hábeas corpus em Diamantino onde o irmão foi prefeito e gilmar tem uma faculdade com vários convênios com a "prefeitura" são públicas e notórias, mesmo que a globo, lógico, faz parte das quadrilhas, silencie sobre o fato.

O receio que tenho é que a decisão do stf acabe determinando que o embaixador da itália volte, assuma o governo do Brasil e Sílvio Berlusconi desembarque aqui cheio de apitos e coisas que tais para as "nossas dançarinas".

O ministro, vá lá, Cezar Peluso, oriundi, concedeu ao governo da itália o direito de falar no processo, sabe-se lá com que intuito, com que fim, mesmo que seja protelatório, um expediente de ganha tempo e abre espaço para que os permanentes insultos do governo italiano ao governo brasileiro e agora às mulheres brasileiras, se materializem em xaropada jurídica para justificar a farsa que condenou Battisti na itália.

Já imaginou se cada vez que gilmar mendes e qualquer ministro do stf dantas incorporation ltd fizesse uma trapaça, ou uma besteira soasse uma campainha em todo o País? Estaríamos surdos, todos.

O institucional está falido. É como a mesa depois de um jantar farto. Não adianta tentar limpar a toalha. É juntar levar ao lixo, sacudir e depois lavar. No caso, jogar fora e arrumar outra, não tem sabão em pó ou tira manchas que dê jeito.

Michel Ttemer, do pmdb, mas de genética tucana, vai ser o presidente da câmara dos deputados. José Sarney ameaça ser presidente do senado. Tudo bem que Calígula tenha nomeado Incitatus para o Senado romano, mas Incitatus não era múmia e nem era espertalhão como temer. Era só um cavalo. Menos mal, no máximo deve ter relinchado.

O que se pretende é encurralar e desmoralizar o governo brasileiro, o Brasil como nação soberana (pátria de tucano como gilmar mendes é propina, é aquela que paga) e abrir as portas para josé serra, chefe da quadrilha em São Paulo.

A propósito, o prefeito de Juiz de Fora (o anterior saiu algemado), bandido sem caráter nenhum, está prestes a fechar um contrato de 240 milhões de reais, num negócio que atualmente custa 150 milhões de reais para fazer caixa, com a diferença, para a campanha de Aécio parceiro/sócio de Gerson Camata nos perfumes, truques e chamegos que resultaram num rebento, além de amigo do peito de Maradona – "o Maradona por que parou, parou por que? O aecinho cheira mais que você" –. Coro no Mineirão no jogo Brasil versus Argentina ano passado. Mais de cem mil pessoas em uníssono.

A mídia, globo, folha de são paulo, estado de são paulo, veja, época, essa turma, senta em cima e põe William Bonner para vender a mentira, seguido por Pedro Bial para divertir e lesar incautos (milhões de telefonemas) com os heróis da pornochanchada BBB-9.

Aquele programa/bordel dirigido pelo tal de boninho, que gosta de jogar ovos podres da janela de seu apartamento contra as "dançarinas" brasileiras.

Ou o País recobra a sua dignidade e manda essa gente e Silvio Berlusconi para o raio que os parta, ou estarão partindo e repartindo a soberania nacional.

Supervalorizada, escrava do Brasil vale R$ 5.000

Instituto Humanitas Unisinos - 01/02/09

Os escravos sexuais brasileiros, na maioria mulheres jovens de zonas rurais, têm um valor relativamente mais alto no mercado internacional, especialmente na Itália, tanto para aquisição quanto em termos de preço do "ato sexual comercial", diz Siddharth Kara, autor de "Sex Trafficking -Inside the Business of Modern Slavery" (Tráfico Sexual -Por Dentro do Negócio da Escravidão Moderna, Columbia University Press).

A reportagem é de Pedro Dias Leite e publicada na Folha de S.Paulo, 01-02-2009.

Uma comparação entre 12 países revela que o Brasil lidera no preço de compra da escrava e na hora cobrada no mercado italiano. Segundo tabela que consta do livro lançado pelo pesquisador, a mulher brasileira é vendida em média por 5.000 (cerca de R$ 15 mil), e seu "ato sexual comercial" custa em torno de 40. O país aparece à frente de Rússia ( 3.500 pela mulher, 30 pela relação sexual), Romênia ( 2.000 e 20, respectivamente) e mais nove países, a maioria do Leste Europeu.

De acordo com o autor, as brasileiras acabam vítimas de um mecanismo mais "sofisticado" desenvolvido no país, em que as escravas sexuais passam por uma "triagem" ou "estágio" nos grandes centros urbanos antes de serem "exportadas".

"O processo em duas etapas - tráfico interno seguido de tráfico internacional - é um desenvolvimento novo, baseado num modelo de negócio mais sofisticado. As escravas ficam menos resistentes, então se avalia quais serão mais facilmente exploradas no exterior - com menos chances de escapar", diz. "Outras são traficadas internacionalmente desde o início."

Na escravidão em geral, o Brasil é um dos países mais lucrativos para o crime: os escravos que trabalham em carvoarias são a terceira categoria mais lucrativa no mundo, só atrás dos que são explorados sexualmente e dos que são usados para o tráfico de órgãos. Os lucros da escravidão nas carvoarias do país são de US$ 7.500 por ano, por escravo, pelos cálculos do autor. "No Brasil, a escravidão por dívida é uma das principais formas e ocorre principalmente na agricultura e nas carvoarias, nas zonas rurais do país", diz Kara.

Desemprego faz município cancelar o Carnaval

Instituto Humanitas Unisinos - 01/02/09

Leôncio Domingues dos Santos, lojista na principal rua comercial de Itabira, já sabe bem o que é globalização econômica. O ciclo da fartura do setor mineral, puxado pela China, produziu prosperidade. E Santos prosperou. As duas lojas vendiam como nunca. Na quarta-feira passada, desanimado, anunciou à reportagem a decisão: "Vou fechar uma loja. Em 60 dias, se nada mudar. Não tem jeito", afirmou.

A reportagem é de Agnaldo Brito e publicada no jornal Folha de S.Paulo, 01-02-2009.

A inadimplência disparou. De módicos 4,2% a 4,5%, normais segundo ele, foi para 13%. "E é gente honesta que não está pagando. Nunca fui bater na porta de ninguém para cobrar um cheque, um carnê atrasado. O cidadão me diz: "Leo, não tenho como pagar, perdi o emprego, me dá mais tempo". O que digo a ele?", indaga.

Das 9 funcionárias, restaram 4. "E, quer saber, consigo trabalhar com três", afirma. Na manhã de quarta-feira, nenhum cliente entrou na loja, salvo uma. "Veio renegociar uma dívida", explica Santos. A estimativa da CDL (Câmara de Dirigentes Lojistas de Itabira) é a de que a circulação de divisas na economia local despencou. O giro de R$ 25 milhões, número que agrega as vendas dos 700 associados, não deverá ser alcançado em janeiro. Com o consumidor recluso, seja em razão de ter sido atingido pelo desemprego, seja porque tem medo de gastar a renda agora, o fato é que o comércio da cidade vive um mergulho sem precedentes.

Maurício Henrique Martins, presidente da CDL, teme agora os efeitos de uma eventual redução de 50% do salário dos funcionários da Vale. "O impacto para Itabira será enorme. Já vivemos uma recessão. Se houver encolhimento da renda garantida hoje pela principal empregadora, o impacto no comércio será devastador."

Tradição na cidade de Itabira, o Carnaval - uma festa que arrastava 15 mil foliões por noite - foi cancelado por causa da crise social. O prefeito João Izael Querino Coelho explica os motivos da decisão: "Não há clima na cidade para festa e é até um respeito a quem perdeu seu emprego e não tem razão nenhuma para folia".

Não será a única medida a ser tomada pela prefeitura, cujo impacto na redução das exportações de minério sobre o Orçamento será de R$ 30 milhões neste ano. O Orçamento de R$ 260 milhões em 2008, um bom caixa para uma cidade de 110 mil habitantes, cairá para R$ 230 milhões neste ano.

Com isso, os R$ 200 mil para o campeonato de futebol amador serão cortados pela metade e as nomeações de novos funcionários comissionados foram adiadas.

Corte de vagas atinge mais mulheres, jovens e negros

Instituto Humanitas Unisinos - 01/02/09

Em tempos de crise, o desemprego também revela a sua face nas grandes metrópoles do país. E ela é majoritariamente feminina, preta ou parda, jovem e com pelo menos o ensino médio completo, segundo dados da PME (Pesquisa Mensal de Emprego) levantados pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística).

A reportagem é de Pedro Soares e publicada no jornal Folha de S.Paulo, 01-02-2009.

Sujeitas a um rendimento menor, mais voltadas para o emprego doméstico e com menor inserção no mercado de trabalho, as mulheres representaram, na média de 2008, 58,1% dos desocupados. O percentual em dezembro, quando a crise já havia se instalado, era de 58,4%. Em 2003, ficara em 54,6%. Elas ganhavam cerca de 70% do salário dos homens.

Considerando a escolaridade, cresce a cada ano a parcela de desempregados com mais de 11 anos de estudo. Era de 39,9% em 2003. Passou para 52,9%, sob impacto do maior nível de escolarização no país e do ingresso das mulheres no mercado de trabalho -elas têm mais anos de estudo do que os homens. Em dezembro passado, o percentual avançou um pouco mais: 53,6%.

No retrato do desemprego, cabe ainda um recorte por cor e raça: pretos e pardos, segundo o IBGE, eram a maioria ao final de 2008 - 52,4% do 1,606 milhão de desocupados nas seis principais regiões metropolitanas em dezembro de 2008.

Segundo Cimar Azeredo Pereira, gerente da Pesquisa Mensal de Emprego do IBGE, em dezembro, quando o mercado de trabalho passou a sentir mais a crise, o perfil da desocupação pouco se alterou. Ele diz, porém, que, se a renda ficar comprometida, haverá uma mudança mais forte, com o ingresso de mulheres e jovens no mercado de trabalho, engrossando as filas de agências de emprego. "Quando há crise e o chefe de família perde o emprego, mais pessoas entram no mercado de trabalho para complementar o rendimento familiar. Isso pode se repetir agoa", afirma.

Azeredo Pereira avalia, no entanto, que o rendimento não deve ceder muito neste ano em razão do reajuste real do salário mínimo, importante vínculo dos salários mais baixos. Para ele, não estão claros ainda os impactos da crise sobre o mercado de trabalho, que se mostraram muito sutis na pesquisa do IBGE em dezembro. Ele afirma que a concessão de férias não aumentou fora do padrão histórico em dezembro, diferentemente do que poderia se esperar diante das notícias de férias coletivas em empresas como a Vale e montadoras e fabricantes de autopeças.

Segundo Fábio Romão, economista da LCA especializado em mercado de trabalho, a crise surtiu efeito, primeiro, nos dados do Caged (Cadastro Geral de Empregados e Desempregados), que apurou 655 mil demissões em dezembro. Na pesquisa do IBGE, uma piora só se verá nos dados de janeiro. Romão diz ainda não ter certeza de que a atual crise terá um impacto muito forte no perfil do desempregado. Isso porque o rendimento será de algum modo preservado graças ao reajuste do mínimo. Sofrerá menos, estima, na atual turbulência do que a ocupação, diferentemente do que ocorreu na recessão de 2003, quando o rendimento despencou e a ocupação até subiu na esteira da maior informalidade.

Diante desse cenário, não deve ocorrer, segundo Romão, nem uma explosão da informalidade nem um ingresso expressivo de mulheres e jovens em busca de complementar a renda doméstica. De todo modo, ele espera mais mulheres ocupadas, que devem recuperar o terreno perdido por causa da composição setorial do desemprego na atual crise. É que ela bate com mais força na indústria e na construção civil, setores que empregam mais homens.

Por seu turno, a instabilidade atinge menos o comércio e os serviços, que empregam proporcionalmente mais mulheres do que a indústria e a construção. "Esse cenário pode contribuir para uma inversão da tendência de aumento da desocupação feminina." Segundo Romão, o retrato mais marcante da atual crise é seu impacto no emprego industrial, cujo emprego já registrou queda de 2,4% (90 mil pessoas) em dezembro.

Ao afetar mais a indústria e menos os serviços, o emprego fora dos grandes centros urbanos terá um desempenho relativamente melhor neste ano. Esse é um dos motivos, afirma Romão, do descompasso entre os dados da pesquisa do IBGE e os do Caged, comportamento que deve se repetir neste e nos próximos meses.

Dança macabra de políticos ucranianos

darussia.blogspot.com - 31/01/09

























O Presidente da Ucrânia, Victor Iuschenko, responsabilizou a primeira-ministra Iúlia Timochenko da situação catastrófica na economia do país e exige alterações urgentes no Orçamento de 2009.
“Em nome do país, exijo do Governo e do Parlamento que preparem imediatamente um orçamento honesto, onde as despesas correspondam às possibilidades da economia. É o vosso dever constitucional, estatal e político”, declarou Iuschenko, numa mensagem televisiva transmitida por todos os canais ucranianos.
“Sublinho, continuou o dirigente ucraniano, que segundo a Constituição, a primeira-ministra Iúlia Timochenko é totalmente responsável pela situação económica, pela ruptura do processo orçamental, pela destruição do sistema bancário”.
“Quando chegar ao limiar crítico, ela não conseguirá esconder-se na oposição”, sublinhou.
Iuschenko declarou ter decidido recorrer à mensagem televisiva para prevenir da situação catastrófica da economia ucraniana.
“Decidi dirigir-me a vós para transmitir uma avaliação exacta e sincera da situação económica, orçamental e financeira na Ucrânia. Apelo-vos que aumentem as exigências face ao Governo e à maioria parlamentar para que ponham fim à torrente de mentiras, falsidades e ajam imediatamente, sublinho, imediatamente, para salvar a economia nacional”, dramatizou Iuschenko.
O Presidente ucraniano acusou também a primeira-ministra de ter assinado contratos sobre gás com a Rússia prejudiciais para o seu país, que obrigarão a Ucrânia a gastar mais dois mil milhões de euros em 2009.
“Os contratos não correspondem às minhas ordens. As decisões da primeira-ministra foram pessoais, sem uma opinião colectiva do governo”, frisou, mas acrescentou que “eles devem ser cumpridos”.
As relações entre Iuschenko e Timochenko deterioram-se rapidamente à medida que se aproximam as eleições presidenciais, que se deverão realizar em finais de 2009 ou início de 2010.
Timochenko tem acusado Iuschenko de ter feito tudo para enfraquecer a grivna, moeda nacional que, em três meses, perde metade do valor em relação ao euro.
A oposição parlamentar ao Presidente decidiu afastar do cargo o dirigente do Banco Estatal da Ucrânia do seu cargo, mas Iuschenko não acatou a decisão.
Segundo a imprensa ucraniana, a primeira-ministra pretende, na próxima semana, realizar uma remodelação governamental com vista a afastar do executivo os ministros próximos do Presidente.


P.S. Apenas gostaria de deixar aqui algumas perguntas: será que os actuais dirigentes ucranianos só terminarão estas guerras pessoais quando o seu país estiver completamente em ruínas? Até onde vai a falta de vergonha de pessoas que ocupam os mais altos cargos de Estado? E é com uma política destas que os dirigentes ucranianos querem ingressar na União Europeia?


Nada mais me resta do que apresentar aqui as minhas condolências aos ucranianos.

Eleição de Patriarca Ortodoxo 8

darussia.blogspot.com - 31/01/09



Comunismo sem padres

O clero e os crentes ortodoxos viram na morte de José Estaline uma espécie de nova era com grandes perspectivas para o desenvolvimento da sua Igreja. Um decreto do Presidium do Soviete Supremo da URSS, publicado em 1954, deixou sair antecipadamente das prisões os reclusos que tinham cumprido dois terços da pena e os idosos, o que permitiu a libertação de numerosos sacerdotes e bispos.
Ao mesmo tempo, as autoridades comunistas preparavam uma nova campanha anti-religiosa. O jornal Pravda publicou duas decisões do CC do PCUS: no dia 7 de Julho de 1954, “Sobre as grandes insuficiências na propaganda científico-ateísta e as medidas para o seu melhoramento” e, a 10 de Novembro de 1954, “Sobre os erros na realização da propaganda científico-ateísta entre a população”(30).
Esta contradição na política da direcção soviética em relação à religião, em geral, e à Igreja Ortodoxa Russa, em particular, devia-se à luta pelo poder nela. Por paradoxal que possa parecer, os “estalinistas” defendiam uma posição mais ponderada nessa questão do que Nikita Khrutchov, político que sucedeu a Estaline à frente do Partido Comunista da União Soviética e, por conseguinte, do Estado.
A última campanha anti-religiosa e anticlerical na União Soviética, realizada sob direcção do ideólogo comunista Mikhail Suslov, teve início nos finais de 1958. A explicação oficial para a nova campanha rezava: “...O que significa permitir o reforço da religião? Iso significa resistir à causa da educação comunista do povo e, por conseguinte, travar o movimento da sociedade soviética para o comunismo”(31).
Em relação às campanhas anteriores deste tipo, a nova política anticlerical tinha um objectivo bem maior: acabar definitivamente com a religião na União Soviética.
“A semelhança (com campanhas anteriores) consistia na intenção de liquidar a Igreja como um instituto importante, afastá-la da vida social do país. Mas a diferença consistia em que nunca antes foi oficialmente colocado o objectivo de liquidá-la totalmente, exterminar a religião no país. Esse objectivo foi colocado no início dos anos 60” – escreve o historiador Alexandre Vinnikov (32).
No XXII Congresso do PCUS, realizado em 1960, Nikita Khrutchov proclamou que “a próxima geração dos soviéticos irá viver no comunismo” e prometeu, nessa altura, mostrar pela televisão “o último padre”.
O sistema comunista recorria aos mais diversos meios para conseguir este seu objectivo: propaganda anticlerical, detenção de membros do clero acusados de “fuga ao fisco” ou “desvio de meios financeiros”, infiltração de agentes do Comité de Defesa do Estado (KGB) nas comunidades religiosas com vista a dividí-las e desintegrá-las, proibição de baptizar as crianças sem autorização de ambos os pais.
Neste último caso, a decisão dos pais de baptizar o seu filho era comunicada à empresa onde trabalhavam e as represálias não tardavam a chegar.
É também nesta época que é criado o Instituto do Ateísmo da Academia de Ciências Sociais junto do CC do PCUS e os alunos universitários são obrigados a estudar uma nova disciplina: “Ateísmo Científico” (33).
Além disso, as autoridades comunistas publicavam um grande número de jornais e revistas de cariz anti-religioso, bem como obras literárias estrangeiras que continham críticas à religião. Por exemplo, obras de Eça de Queirós como “Crime do Padre Amaro” e “Relíquia” foram publicadas, em russo e noutras línguas dos povos da União Soviética (georgiano, estónio, ucraniano, etc.), em épocas de campanha anticlerical mais intensa como nos anos 30 e 60 do séc. XX.
Vladimir Kuroedov, presidente do Conselho para os Assuntos da Igreja Ortodoxa, informava: “Só em 1960, foram retirados dos registos (leia-se encerrados) 1365 templos e casas de oração..., encerrados 12 mosteiros, liquidados os seminários de Stavropol e Kiev, fechadas 7 dioceses. No ano corrente de 1961, colocamos um sério objectivo: devolver às organizações sociais todos os edifícios ... que o clero conseguiu manhosamente ocupar nos anos da guerra e do pós-guerra”(34).

Será Serra Mr Burns?

Conversa Afiada - 29/janeiro/2009 11:54


O navegante do Conversa Afiada Éverton Pelegrini enviou essa imagem do Mr Burns.

É aquele personagem dos Simpsons, dono de uma usina nuclear e um canguinha, quer dizer, pão duro.

Não dá aumento aos funcionários, tem sempre uma desculpa …

O importante não é a semelhança de caráter – mas … não é a cara do Serra, essa simpatia?

José Pedágio aumenta

Conversa Afiada - 31/janeiro/2009 10:25

Os tucanos de São Paulo dizem que aumentar impostos é ser eficiente

Os tucanos de São Paulo dizem que aumentar impostos é ser eficiente

. Depois de aumentar a tarifa de um trem que não existe.

. E do aumento do IPTU na calada da noite, por Gilberto Taxab, seu funcionário para a Prefeitura de São Paulo, José Pedágio aumenta o metrô na calada da noite de sexta-feira.

. É o “choque de gestão” de Serra.

. E os tucanos falavam mal da Martaxa…

. Saiba por que o Conversa Afiada passou a chamar Gilberto Kassab, funcionário do Pedágio para a prefeitura de São Paulo, de Gilberto Taxab.

. E os paulistas ainda votam nos tucanos.

. Ainda bem que são só os paulistas …

Os 10 anos de Chávez - Pong

Blog do Luis Nassif - 31/01/2009 - 12:35

Da Folha

Chávez, 10

Por Fábio Maisonavve

O PRESIDENTE Hugo Chávez acaba de ser derrotado no governo distrital de Caracas. Mau perdedor, decidiu esvaziá-lo. A canetadas, transferiu da administração local para a federal todos os hospitais e escolas e ainda arrebatou a TV Ávila, de alcance metropolitano. A Governadoria, totalmente pichada, foi atingida por disparos e dias atrás esteve bloqueada por militantes armados.

Na segunda-feira, Chávez completa dez anos como presidente -com a saída de cena do aliado Fidel Castro, já é o latino-americano há mais tempo no poder. E faz de tudo para ficar outros dez.

Pela segunda vez, mergulhou o país numa campanha para aprovar a reeleição indefinida em referendo. E seu principal inimigo, concluiu, são os estudantes universitários.Para não dar nova chance ao azar, Chávez decidiu reprimir as marchas estudantis. À polícia ordena jogar “gás do bom” contra quem desafiá-lo nas ruas. Reuniões nas universidades são atacadas impunemente por grupos paramilitares pró-governo armados com lacrimogêneo. Alguns carros de dirigentes são incendiados. Claro, sempre com o cuidado para não deixar mortos ou feridos graves.

Chávez faz uma campanha trôpega -seu principal argumento é que, sem ele, haverá guerra civil.

Em Caracas, militantes distribuem folhetos com os dez mandamentos para votar pelo “sim”: “Porque Chávez nos ama, e amor com amor se paga”, diz o primeiro.

Nos órgãos federais, os chefes obrigam seus funcionários a doar um dia de salário à campanha. Para não perder o emprego, todos vão às marchas oficiais a gritar: “Uh! Ah! Chávez no se va!”.

O país derrapa na economia, mas nem todos se dão conta. Beneficiado pelo recente boom do petróleo, Chávez distribui generosas verbas à população mais pobre. Para ocultar a inflação mais alta do continente (30% ao ano), o governo subsidia alimentos importados. A Venezuela, apesar das férteis terras, importa 80% do que come. O desequilíbrio é pago pela PDVSA, mas a estatal já começa a sentir a crise -vários de seus fornecedores não recebem há meses.

No Brasil, diplomatas e membros do governo respiram aliviados por não terem de vestir camisas vermelhas, ouvir discursos presidenciais diários por horas a fio e acatar ordens indefensáveis. Mas, em público, deitam elogios -Lula disse até que Chávez sofre de excesso de democracia. A ordem é não melindrar o aliado, cujas compras representaram um quinto do superávit brasileiro de 2008.

A oposição tem criticado a aproximação do Planalto com um regime autoritário, principalmente ao forçar a sua entrada no Mercosul.

Mas os tucanos também reconhecem que, em tempos de Chávez, quem tem um Lula é rei.

http://www1.folha.uol.com.br/fsp/opiniao/fz3101200906.htm

Os 10 anos de Chávez - Ping

Blog do Luis Nassif - 31/01/2009 - 12:32

Da BBC Brasil

Em década de Chávez, pobreza caiu na Venezuela

Claudia Jardim
De Caracas para a BBC Brasil

Há dez anos, cerca de 4,8 milhões de venezuelanos viviam em situação de pobreza e a saúde e a educação eram um privilégio.

Desde que o presidente Hugo Chávez assumiu o governo, a área social passou a ser prioritária em sua gestão, que contou com o incremento dos preços do petróleo para o financiamento dos projetos sociais.

Até mesmo os críticos da política econômica do governo, cuja estrutura continua dependente fundamentalmente da exploração petrolífera, concordam que as condições de vida dos venezuelanos melhoraram sob a administração chavista.

“Os setores sociais antes marginalizados e excluídos, realmente saíram da pobreza crítica, estão melhor, ninguém pode negar isso. Os que não comiam nem o suficiente, agora estão comendo”, afirmou Domingo Maza Zavala, ex-diretor do Banco Central da Venezuela (BCV).

De acordo com o Instituto Nacional de Estatísticas, em 1999, 20,1% dos venezuelanos viviam na extrema pobreza. Em 2007, o índice havia caído para 9,5%.

O número de pobres total no início do governo era de 50,5 % - mais de 11 milhões de venezuelanos. Esse número caiu para 31,5%.

De um universo de 26,4 milhões de pessoas, 18,8% dos venezuelanos saíram da linha da pobreza (cálculo realizado com base nos dados oficiais).

Para o historiador norte-americano Steve Ellner, professor da Universidade dos Andes, no Estado de Mérida (Venezuela), entre apostar no desenvolvimento econômico e na industrialização do país ou investir no setor social, Chávez privilegiou o segundo na divisão da renda obtida com o petróleo.

“No curto prazo, programas de desenvolvimento econômico teriam dado resultados mais rápidos, mas a prioridade era o social”, afirmou.

O relatório da Cepal de 2008, que aponta a diminuição da pobreza na América Latina, indica que os programas sociais foram os responsáveis pela queda no número de pobres na Venezuela.

De acordo com uma pesquisa realizada em 2007 pela empresa Datanálisis, nos últimos oito anos o consumo das classes E e D havia aumentado em 22%, impulsionado pelo incremento do salário mínimo (que subiu de US$ 47 em 1999 para US$ 371) e pela ajuda financeira que provém dos programas sociais.

Com exceção dos programas relacionados com a saúde, os beneficiários das “missões” (nome dado por Chávez aos programas sociais) recebem uma ajuda média de US$ 100.

“Parte dos recursos obtidos com o petróleo foi distribuída por meio desses programas”, afirmou o ex-diretor do BCV Maza Zavala.

http://www.bbc.co.uk/portuguese/reporterbbc/story/2009/01/090130_venezuela_social_cj_cq.shtml

O Bolsa Família 2.0

Blog do Luis Nassif - 31/01/2009 - 09:22

”Estamos no Bolsa-Família 2.0”

Do Estadão

Economista defende efeito do benefício contra desigualdade e diz que seu aumento pode compensar contração do crédito

Wilson Tosta

O economista Marcelo Néri, da Fundação Getúlio Vargas (FGV), afirma que a expansão do Bolsa-Família anunciada esta semana pelo governo federal poderá ajudar no combate à crise econômica entre os mais pobres. Para ele, ao expandir a distribuição de dinheiro em setores em que é mais alta a propensão para gastá-lo, a iniciativa, além de combater a pobreza, estimulará a economia, compensando em parte a redução do crédito. “Essa é uma medida adequada”, diz ele, por e-mail, de Washington. Néri destaca o efeito “direto e potente” do programa sobre a redução da desigualdade no País, mas reconhece que, nas pesquisas sobre o Bolsa-Família, a hipótese de que gere acomodação nos beneficiários não foi afastada.

Expandir o Bolsa-Família é uma escolha correta?

O que se pode dizer é que não existe programa de transferência de renda no Brasil mais bem focalizado que o Bolsa-Família e seus antecessores. Por exemplo, cada real gasto no Bolsa-Família tem 2,5 vezes mais chances de chegar ao pobre que cada real gasto com o reajuste do salário mínimo na Previdência. Além disso, agora o mundo está keynesiano, no sentido de que a falta de demanda agregada é o que tem de ser combatido. Essa opção implica não só combater a pobreza, mas destinar recursos para onde a propensão de gastar o dinheiro é mais alta. Ainda tem um bônus, você injeta moeda onde ela é mais escassa, gerando um efeito lubrificador na demanda, que compensa em parte o efeito da contração de crédito.

Foi correto o critério adotado, aumentar em R$ 17 o teto de renda per capita dos possíveis beneficiários?

Você está incluindo os mais pobres que não estavam no programa. Esses R$ 17 reais a mais levam os valores do critério muito próximos da nossa linha de miséria calculada pela FGV há anos (exceto que a nossa varia pelo custo de vida entre regiões R$ 142 em São Paulo, mas R$ 134 na média no Brasil). Logo, eu não poderia ser contra esse número cabalístico.

Não seria mais correto investir o dinheiro em ajudar quem já está no programa a não precisar mais dele?

O menor custo hoje para aliviar totalmente a pobreza no Brasil é de R$ 21,3 bilhões no ano. Isso é quanto custaria para completar a renda de cada brasileiro até a linha de R$ 134 reais/mês. Agora, transferências de renda têm forte efeito no curto prazo, é preciso de ações estruturais que aumentem a capacidade dos pobres gerarem sua própria renda a prazo mais longo. Mas talvez o que se queira agora seja um efeito de curto prazo em época de crise.

O Bolsa-Família não pode estimular a acomodação?

O programa pode levar à acomodação. Alguns estudos anteriores rejeitaram esse efeito no Brasil e no México. Nos nossos últimos estudos, estamos achando efeitos desse tipo. Ainda é prematuro afirmar, mas nós não conseguimos rejeitar a hipótese de que que há efeito-preguiça derivado do Bolsa-Família. Nossos resultados quantitativos estão em linha com relatos que escuto da população mais sofrida. Por exemplo, “se eu conseguir um emprego formal, eu sou excluído do programa, então eu não busco emprego formal”. Isso preocupa e precisamos de desenho mais arrojado para combater essa e outras limitações.

Quais são os efeitos do Bolsa-Família na redução da desigualdade?

No que tange a redução da desigualdade de renda o efeito é direto e potente. Cerca de 40% da inédita queda da desigualdade ocorrida a partir de 2001 se dá pelo efeito Bolsa-Família. Há impactos positivos sobre os beneficiários do programa, como aumento da matrícula de 3 pontos de porcentagem e na frequência escolar. Agora a extensão recente das condicionalidades educacionais até a faixa de 17 anos é promissora, pois só 74,5% destes estão na escola.

Se o programa tem resultados benéficos, a que atribuir as reações contrárias, a grita contra ele e contra sua ampliação?

Há uma grita interna, mas de natureza diferente daquela que houve contra os programas Fome Zero ou Primeiro Emprego, do qual participei desde a primeira hora. Esses programas caíram pois eram mal desenhados. Já o Bolsa-Familia foi criticado por alguns desde seu nascimento, mas hoje ainda não só se expande no Brasil, como em outras partes, inclusive nações desenvolvidas, vide o programa em Nova York. O programa nasceu forte e vai evoluindo ao longo do tempo. Estamos já no Bolsa-Família 2.0.
http://www.estadao.com.br/estadaodehoje/20090131/not_imp315980,0.php
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De juristas e bailarinas

Blog do Luis Nassif - 31/01/2009 - 08:49

Por Ricardo

Segue documento importantíssimo sobre outro ex-presidente do STF, o Nelson Jobim. Trata-se de investigação sobre a famosa fraude à Constituição que o José Afonso da Silva apontava em seu livro. Esclarecimento a respeito do José Afonso da Silva, para os não-juristas: ele é professor titular de Direito Constitucional na USP, aposentado. Jurista renomado, há tempos, ao contrário de Gilmar Mendes.

http://www.cic.unb.br/docentes/pedro/trabs/fraudeac.html#topo

Vale observar a hospedagem em que este documento está inserido, além dos dois autores, que tem um currículo tanto ou mais respeitável do que qualquer ministro do STF atual.

Infelizmente parece parcialmente correta a mensagem do senador italiano que diz:

“Não me parece que o Brasil seja conhecido por seus juristas, mas sim por suas dançarinas. Portanto, antes de pretender nos dar lições de Direito, o ministro da Justiça brasileiro faria bem se pensasse nisso não uma, mas mil vezes”

Os juristas que estão lidando com as questões práticas importantes, por exemplo no STF, não são reconhecidos por terem escrito algo relevante. Ao mesmo tempo, vemos o STF promovendo congressos para difundir a jurisprudência da corte, feita por eles mesmos, em enfadonha autopromoção.

E o ciclo vicioso se reproduz: a corte de juristas medianos produz jurisprudência mediana. Esta não pode ser criticada por aqueles que estão mais preparados para a crítica, que são os juízes, advogados, promotores e professores. Alguns para não se arriscarem a perder causas, outros para não terem o CNJ no encalço, e outros porque a perseguição é algo incômodo para uma crítica improdutiva que não vai ser ouvida.

Então o STF se dedica a propagar a sua jurisprudência pela América do Sul. E vende-se para dentro do Brasil a falsa mensagem de que o resto do mundo está muito interessado.

Morre um ministro, aposenta-se outro, e coloca-se mais dois sujeitos de produção científica ou política igualmente irrelevante, em ciclo permanente de jurisprudência capenga. É o ciclo Otto do nosso Judiciário, alimentado por toneladas de papel branco e caro, todo dia.

Enquanto isso esquecemos gente como Teixeira de Freitas e Pontes de Miranda, com ampla produção científica, pautada nos valores nacionais.

O primeiro, copiado em suas idéias por toda a América do Sul, dando base aos códigos civis elaborados por lá a partir de sua obra, foi esquecido pela nossa política de futricas. O segundo, respeitado na Alemanha pela sua obra absurdamente vasta e científica, foi esquecido por aqui.

Nossos melhores juristas ficam trancafiados nas universidades, quase sem voz enquanto os tribunais mais importantes são tocados por políticos com diploma de Direito, como se ciência jurídica não merecesse reflexão e debate de alto nível.

O resultado é esta imagem que se tem do país. A de um país de bundas brilhantes, e juristas irrelevantes, aos olhos da direita italiana.

Veja: A candidata afundou

site do Azenha - Atualizado e Publicado em 31 de janeiro de 2009 às 17:04

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Maurício Lima, em "Veja", 13/03/2002

A governadora Roseana Sarney passou a semana dizendo o seguinte aos aliados do PFL: a Lunus, empresa de consultoria da qual ela é sócia junto com seu marido, Jorge Murad, nunca se envolveu em operações irregulares e jamais se meteu em negócios com dinheiro público. Segundo diz a governadora, a operação da Polícia Federal, que entrou no escritório da empresa no dia 1º de março, não teria passado de uma ação política planejada pelo candidato tucano José Serra e executada por ordem do ministro da Justiça, Aloysio Nunes Ferreira. O propósito dos dois seria, sem medir esforços, destruir sua candidatura. Quanto ao presidente Fernando Henrique Cardoso, Roseana tem dito que ele sabia de tudo e nada fez para impedir que um ataque de interesse exclusivamente político ganhasse ares de ação policial supostamente legítima. "Estou no governo do Estado há sete anos, governo com transparência, com seriedade, sou filha de presidente da República, nunca levantaram nada contra mim. Acho que estamos vivendo um período pior do que a ditadura militar", afirmou Roseana.

Já as evidências obtidas pela polícia após a apreensão de documentos e dinheiro apontam para outra direção. A Lunus (repita-se: empresa da qual Roseana é sócia com o marido, Murad) manteria uma sociedade oculta com uma empresa que teria desviado até 15 milhões de reais num projeto agrícola financiado pela Superintendência do Desenvolvimento da Amazônia (Sudam) (veja reportagem). O escritório de Roseana mantinha em arquivo papéis referentes à obra da Usimar Componentes Automotivos, um escândalo de proporções amazônicas envolvendo dinheiro público. O projeto, que previa o gasto de 1,38 bilhão de reais na construção de uma fábrica de produção de peças para carro, teve a ajuda de Jorge Murad nos bastidores e foi aprovado em 1999 pelo conselho deliberativo da Sudam, que era presidido por Roseana (veja reportagem). Para dimensionar o escândalo, basta saber que a Usimar custaria pelo menos dez vezes mais que uma fábrica de autopeças semelhante. Pela metade do preço seria possível construir uma montadora inteira de carros, como a General Motors acaba de fazer na Rússia. Há ainda a questão do 1,34 milhão de reais que a Polícia Federal encontrou no escritório. Esse valor superava no final daquele dia a soma de todo o numerário reunido das agências bancárias de São Luís.

Auxiliares da governadora passaram a semana apresentando diferentes versões para o dinheiro. Na quinta-feira, Roseana declarou à imprensa: "Não é crime ter dinheiro em caixa". De fato não é. Só que ninguém faz isso na proporção em que fizeram a governadora e o marido. VEJA procurou todas as 500 maiores empresas do Brasil para saber quanto elas mantêm guardado na sede. Delas, 108 concordaram em responder à pergunta com a condição de não ter o nome revelado. Mais da metade mantêm em caixa até 5.000 reais, no máximo. Apenas 4% guardam uma soma acima de 40.000 reais. Nenhuma das companhias ouvidas pela revista possui mais de 100.000 reais no próprio cofre. "Eu arriscaria afirmar que nenhuma empresa séria no mundo mantém essa quantia em dinheiro no cofre", diz um dos maiores empresários brasileiros, ligado ao setor da construção civil.

Diante do volume e da gravidade das denúncias, aconteceu aquilo que se esperava. No mercado financeiro, o dólar subiu e a bolsa em São Paulo chegou a cair num primeiro momento. O Congresso Nacional ficou paralisado e nenhuma votação importante foi realizada. O presidente Fernando Henrique Cardoso interrompeu uma viagem ao Panamá para tentar administrar a confusão que o PFL provocou ao decidir deixar o governo para demonstrar solidariedade à governadora.

Em meio à crise, começaram a surgir indícios da existência de uma guerra de dossiês. O primeiro deles teria chegado às mãos do governador Anthony Garotinho. Faz acusações a Roseana Sarney e lhe teria sido entregue por um líder tucano. O governador do Rio não nega a informação. Há cerca de dois meses, o ex-presidente José Sarney esteve com FHC e fez um alerta a respeito da presença de supostos agentes da Agência Brasileira de Inteligência (Abin) xeretando a vida de sua filha. "Vou mandar apurar", respondeu Fernando Henrique. O presidente ouviu a mesma queixa dos senadores Jorge Bornhausen e Edison Lobão. Na conversa com FHC, Sarney acusou o deputado Márcio Fortes, secretário-geral do PSDB, de ter contratado, no Rio de Janeiro, uma empresa de arapongagem para investigar Roseana. O deputado desmente a informação. "Não tenho nada a ver com isso. Não é do meu estilo." Rastros de arapongas na campanha pela sucessão já começam a aparecer. Na semana passada, VEJA teve acesso a cinco documentos redigidos por agentes ligados à Abin no Rio de Janeiro. Um deles, de número 153/2001, escrito em dezembro passado, faz denúncias de improbidade administrativa contra o governo de Garotinho. Outro, de número 118/2001, acusa um assessor do governador do Rio de estar investigando irregularidades do candidato oficial tucano, José Serra.

O impacto das descobertas feitas pela Polícia Federal no escritório de Roseana é tão devastador que já produziu um primeiro prejuízo eleitoral. De acordo com pesquisa realizada pelo Instituto Vox Populi depois da devassa policial, Roseana Sarney caiu de 25% das intenções de voto referentes ao mês de fevereiro para 20% na semana passada. Isso significa que, de cada cinco pessoas que votariam nela antes do escândalo, uma mudou de opinião. Com a queda, aumentou a distância de Roseana em relação a Lula, do PT, que passou de 26% para 28%. Os demais candidatos se beneficiaram de maneira mais ou menos homogênea, crescendo de 1 a 2 pontos cada um.

Os aliados já previam uma queda de Roseana nas pesquisas de opinião pública. Em 31 de janeiro, a candidata do PFL fez o último de uma série de 240 comerciais na TV. Nenhum candidato ficou tanto tempo no ar quanto Roseana. Pelo cronograma eleitoral, depois de esgotar o tempo gratuito a que tinha direito, Roseana só voltará ao ar quando começar o horário eleitoral, em agosto. Enquanto isso, os outros candidatos começam a aparecer mais. Na semana passada foi a vez de José Serra ocupar a totalidade do programa do partido para exibir sua biografia, listar suas realizações no Ministério da Saúde e lembrar ao eleitorado que o presidente Fernando Henrique o apóia. O surgimento dos papéis relacionando a governadora a suspeitos de fraude na Sudam e a pilha de dinheiro recolocam o debate num outro patamar. A partir de agora, já não será mais possível aos marqueteiros apresentar a governadora do Maranhão como uma alternativa ao país pelo fato de ser uma mulher batalhadora que venceu preconceitos. Esse discurso, perfumado como um sabonete, pertence ao passado. Chegou a hora das explicações. A esperança dos políticos do PFL é que o efeito da devassa na empresa da governadora seja minimizado pelo fato de estarmos a sete meses da eleição. De acordo com as pesquisas, cerca de 60% do eleitorado não está preocupado em escolher agora o nome do candidato no qual votará em outubro. Mais: um eleitor em cada grupo de cinco se decide por um candidato quando falta apenas uma semana para a votação.

Na semana passada, Roseana Sarney travava duas batalhas ferozes. Uma delas, de natureza jurídica e policial, visava barrar as investigações. Seus advogados, liderados pelo experiente ex-ministro Saulo Ramos, obtiveram uma vitória significativa nesse campo. Eles conseguiram tirar a investigação das mãos da primeira instância da Justiça Federal e passaram o caso para o Superior Tribunal de Justiça (STJ). Com a medida, os procuradores federais de primeira instância serão substituídos por subprocuradores da República, indicados pelo procurador-geral, Geraldo Brindeiro. As provas e os documentos obtidos até agora, inclusive na invasão da empresa Lunus, continuam no inquérito. No mundo jurídico, a percepção é de que a transferência de foro pode desacelerar a investigação. "Os procuradores e juízes de primeira instância são mais jovens e muitas vezes agem por impulso. Não seria tão fácil conseguir no STJ um mandado de busca e apreensão contra uma empresa de propriedade de uma governadora", avalia um renomado advogado criminalista de Brasília. Caso os procuradores decidam denunciar criminalmente Roseana, transformando o inquérito policial em processo, será preciso obter autorização da corte especial do STJ, formada por 21 ministros. Se o caso continuasse na primeira instância, bastaria a decisão de um único juiz.

Um detalhe intrigava os aliados de Roseana na semana passada. O foro privilegiado só vale enquanto Roseana tiver um mandato. Ele acaba imediatamente caso ela deixe o cargo para se candidatar à Presidência da República, o que precisa ocorrer até o mês de abril. Algumas raposas pefelistas acharam estranho que a governadora tivesse feito a solicitação apenas para ganhar pouco mais de um mês de foro especial e depois se envolver numa difícil competição pela vaga de presidente. Alguns suspeitam que ela tenha um plano B, como candidatar-se a uma vaga certa no Senado Federal. Mas Roseana assegura que não, apesar de ter passado a semana ameaçando largar a candidatura caso o partido não abandonasse o governo. Ganhou também essa batalha, dizendo, por exemplo, que seu partido precisava afastar-se da "banda irada do PSDB que vive criando encrenca". A governadora passou a dar declarações desse tipo depois de ficar alguns dias trancada no palácio do governo em São Luís. Nesse período de recolhimento, chegou a chorar algumas vezes, conforme se divulgou. Para alguns intérpretes apressados, as lágrimas e a indignação de Roseana teriam passado aos brasileiros uma impressão negativa de que ela seria uma pessoa emocional e destemperada, sem o necessário equilíbrio para governar. Pode ter acontecido o inverso. Segundo alguns analistas experimentados, Roseana, num primeiro momento, e o PFL, logo em seguida, tentaram transmitir à opinião pública a indignação de quem se considera vítima de arbitrariedade. E essa é uma atitude correta – ou a menos incorreta em situações tão delicadas como a da governadora.

O presidente Fernando Henrique Cardoso se empenhou para evitar o rompimento com o PFL. Uma de suas primeiras medidas foi pedir ao PSDB que parasse de dar declarações provocativas e que cancelasse a divulgação de uma nota oficial. O partido rebateria por escrito as acusações segundo as quais o candidato tucano, José Serra, estaria por trás da operação da Polícia Federal que apreendeu documentos e dinheiro no escritório de Roseana e Murad. Fernando Henrique chegou ainda a redigir e entregar ao presidente do partido, Jorge Bornhausen, uma cópia do discurso que faria caso a tropa pefelista permanecesse no governo. No texto, FHC reconhecia a importância do PFL para o governo e afirmava que o partido era fundamental para o prosseguimento das reformas. Também fazia referência a Roseana Sarney, exaltando qualidades suas à frente do governo do Maranhão. Nada disso funcionou e o partido resolveu deixar o governo após uma megarreunião ocorrida na quinta-feira num hotel de Brasília.

Atenção: o rompimento do partido com o governo deve ser analisado com cuidado. Da mesma forma que ninguém adere como o PFL, ninguém rompe como o PFL. Do primeiro escalão, aquele que despacha diretamente com o presidente da República, saíram os quatro ministros do partido. Três deles apenas precipitaram uma decisão que já tinham tomado. José Sarney Filho, titular do Meio Ambiente, Carlos Melles, do Esporte e Turismo, e Roberto Brant, da Previdência, haviam anunciado que deixariam o cargo em abril para concorrer à Câmara dos Deputados. Apenas José Jorge, das Minas e Energia, deveria ficar no cargo até o fim do governo e mudou os planos. Mas pára por aí. A cúpula do partido decidiu que não haverá desembarque em massa dos mais de 2.000 ocupantes de cargos públicos nomeados por pefelistas. E o senador Jorge Bornhausen tomou o cuidado de ligar para o presidente Fernando Henrique e ler em primeira mão os termos da carta de rompimento. Mais: o pefelê avisou que não se recusará a votar questões de interesse do governo. Como contrapartida, Fernando Henrique garantiu que não demitirá um único funcionário indicado pelo PFL, a não ser que esse servidor peça para sair. "Precisamos manter as pontes para uma reconciliação", explicou FHC a Bornhausen. Ou seja, foi tudo muito gentil, tudo muito pacífico, tudo muito racional. Não há crise de governabilidade.

Jorge Bornhausen foi o primeiro a explicar a lógica da separação amigável. Ele afirmou: "Não estamos declarando guerra ao governo, mas mostrando a nossa independência". O ex-chefe da pasta da Previdência Roberto Brant, um dos quatro ministros do partido que deixaram o cargo, também falou sobre o assunto. "É desembarque harmonioso e civilizado. Não somos inimigos, apenas escolhemos um caminho próprio. O PFL continuará servindo ao país." Ficou claro? Não? Então ouçamos um analista experiente capaz de traduzir o pefelês. "O PFL não brigou, não rompeu, não romperá jamais. Só se nascer de novo", analisa o cientista político Sérgio Abranches, colunista de VEJA. "O partido está apenas se afastando de um governo que está chegando ao fim, com objetivos muito específicos", observa. E que objetivos são esses? Abranches diz que o PFL precisava evitar que a opinião pública ficasse com a impressão de que a candidatura de Roseana Sarney não era para valer. "Isso significaria o mesmo que anular o papel do partido na negociação sucessória", diz Abranches. Portanto, o PFL se afasta do governo por algum tempo para voltar a grudar nele quanto antes. Ouvido por VEJA na semana passada, um ex-ministro pefelista fez uma leitura franca do episódio de rompimento: "Se ficássemos sem Roseana, teríamos de bater na porta do Serra com a cabeça baixa. Com ela, temos uma perspectiva de poder e, na pior das hipóteses, algo importante a oferecer em troca".

Ao decidir afastar-se do governo Fernando Henrique Cardoso, o PFL põe fim a um casamento que durou quase oito anos. Os cardeais pefelistas gostavam de repetir um slogan para definir a qualidade da relação que mantinham com o presidente. Diziam: "PFL: mais fiel do que os tucanos". De fato, enquanto muitos integrantes do PSDB viviam tendo crises ideológicas ao discutir a privatização e outras reformas estruturais, o PFL marchava unido como um trator para defender as teses centrais do governo. Como é normal em relações longas, o PFL e o Palácio do Planalto enfrentaram alguns estremecimentos. O primeiro deles ocorreu já no início do governo FHC, em 1995, quando o senador Antonio Carlos Magalhães não conseguiu impedir que o Banco Central interviesse no Banco Econômico, cuja sede ficava na Bahia e cujo proprietário, Ângelo Calmon de Sá, era seu amigo pessoal.

O desembarque do partido marca também o fim de outro casamento, muito mais longo, entre o PFL e o poder. Em Brasília, a brincadeira é que os pefelistas estão no governo há tanto tempo que a relação deveria ser alvo de estudo dos paleontólogos, não dos sociólogos. Existem duas datas possíveis para definir o momento em que o PFL virou governo. Como legenda, pode-se falar em 1985, quando o partido foi fundado para apoiar a candidatura de Tancredo Neves. Ao lado do PMDB, formava a Aliança Democrática. Com a morte do presidente eleito, o PFL foi peça-chave na condução do governo de José Sarney. Por essa conta, o PFL estaria completando dezoito anos de governo, dezoito anos de acesso ao Palácio do Planalto, dezoito anos de ministérios e cargos públicos variados em todos os escalões, com um hiato no governo Itamar Franco. Quando se olha para os cardeais que o compõem, no entanto, percebe-se que o partido está no poder desde 1964, apoiando todos os generais-presidentes que chefiaram o Brasil a partir do golpe que destituiu João Goulart. O nome do partido governista na época era Arena, depois alterado para PDS. Está neles a matriz do PFL. "Estamos certos de que tivemos uma participação decisiva na transformação do Brasil", diz a nota de rompimento do partido, divulgada na semana passada. A ambição – legítima – é voltar a ter esse tipo de participação. Pode-se talvez definir o rompimento da semana passada como recuo tático.

Ministério do Trabalho estuda criação de novo seguro para garantir emprego

Instituto Humanitas Unisinos - 31/01/09

O trabalhador brasileiro vai ganhar, ainda este ano, uma nova ferramenta de estimulo à geração ou manutenção do emprego. O seguro emprego está sendo estudado pelos técnicos do Ministério do Trabalho, anunciou o ministro do Trabalho e Emprego, Carlos Lupi. “Nós estamos terminando uma formulação para garantir o emprego do trabalhador. Para evitar o mal do desemprego”.

A reportagem é de Alana Gandra e publicada na Agência Brasil, 30-01-2009.

Lupi destacou a importância do seguro desemprego, que “é muito positivo e traz um benefício real para a economia e para o trabalhador. Mas, ele acaba sendo uma conseqüência. Nós temos que trabalhar agora – e estamos finalizando estudos – para que a gente garanta a empregabilidade do trabalhador brasileiro com várias medidas”, afirmou.

O ministro do Trabalho não quis, entretanto, antecipar detalhes. Disse que estão sendo estudados os impactos da medida sobre o Fundo de Amparo ao Trabalhador (FAT). “Enquanto esse estudo não for terminado, eu não posso detalhar, porque isso significa dar informação errada”, disse.

Lupi fez questão de enfatizar que o novo seguro não invalidará o atual seguro desemprego.“Muda o foco da linha. O seguro desemprego significa que a pessoa já ficou desempregada. A gente já tem ele e vai mantê-lo. Mas, a gente, garantindo mais emprego, evita que ele [trabalhador] fique desempregado”.

De acordo com o ministro, com o novo seguro, sobrariam mais recursos que seriam gastos no seguro desemprego. E os trabalhadores seriam duplamente beneficiados. “Garante o emprego dele, garante para o empresário algum benefício. E garante para o trabalhador a cidadania do seu emprego”, afirmou.
Lupi esclareceu que o seguro desemprego tem o seu valor atrelado ao aumento do salário mínimo. E que as medidas relativas ao seguro emprego terão caráter geral, mas atenderão a especificidades de cada setor. “E sempre baseado no diálogo tripartite: trabalhadores, empregadores e governo. Essa mesa de negociação é que definirá os beneficiários”.

Em relação aos dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) do Ministério do Trabalho, referentes ao mês de janeiro de 2009, o ministro esclareceu que as informações só estarão disponibilizadas em fevereiro. Assegurou, entretanto, que sua expectativa é positiva. Lupi admitiu, no entanto, que “vamos ter janeiro e fevereiro fracos, como já falei desde setembro do ano passado, por causa das conseqüências da crise, principalmente no setor de exportação”. Mas, afirmou que as áreas agrícola e de serviços já começaram a efetuar contratações.

Na análise do ministro do Trabalho, Carlos Lupi, o emprego no Brasil sofrerá queda em relação a 2008, “mas nada que acompanhe o alarmismo que alguns querem colocar. O Brasil vai passar por essa fase bem”, afirmou.

Grandes empresas cortam mais de 300 mil vagas em janeiro

Instituto Humanitas Unisinos - 31/01/09

Com a crise não dando sinais de arrefecimento e continuando a se espalhar pelo mundo e em diversos setores, grandes empresas globais cortaram mais de 300 mil vagas neste início de ano. A notícia é do jornal Folha de S.Paulo, 31-01-2009.

O maior corte foi realizado pela Circuit City, até então a segunda maior rede de eletrônicos dos EUA, que anunciou o seu fechamento e a demissão de todos os seus 34 mil funcionários. Outra grande redução foi realizada pela também americana Caterpillar, fabricante de equipamentos pesados, com a eliminação de mais de 22 mil postos de trabalho. A japonesa NEC demitiu mais 20 mil.

Em alguns casos, o anúncio das demissões foi complementado com a decisão de fechamento de fábricas ou lojas. Foi o caso da rede de cafeterias Starbucks, que disse que fechará até 6.700 vagas e 300 unidades -cem delas fora dos EUA.

Apesar de chamarem a atenção, essas demissões de grandes empresas (a maioria delas envolvendo mais de mil funcionários) são apenas uma parte do problema. Nos Estados Unidos, por exemplo, as demissões em massa (pelo menos 50 trabalhadores) em dezembro do ano passado abrangeram 226 mil funcionários, menos da metade dos 524 mil cortes realizados naquele mês.

Desafiando o Rio-Mar: Manacapuru/Iranduba

Desafiando o Rio-Mar: Manacapuru/Iranduba

                  “Há mais pessoas que desistem do que pessoas que fracassam”. (Henry Ford)

Por Hiram Reis e Silva (Iranduba, AM, 25 de janeiro de 2009)

- ‘Inconstância Tumultuária’

Gostaríamos de voltar a tratar da dinâmica do Rio-Mar, fazendo menção a alguns tópicos do livro ‘Manacapuru e sua História’, do senhor ‘Josué Ferreira Ruis’ dono do Hotel ‘Boa Vida’, onde ficamos hospedados em Manacapuru e tivemos o privilégio de conhecê-lo.

Ilha de Manacapuru: ficava em frente à cidade e desapareceu, totalmente, na década de 60. Vinte anos depois, o rio iniciou sua reconstrução com uma grande praia e hoje é conhecida pelo nome de Ilha de Santo Antônio.

Ilha de Pirapitinga: situava-se na foz do rio do mesmo nome e com o tempo foi levada pela força das águas.

Ilha da Conceição: localizava-se próxima à Colônia Bela Vista e em dois anos foi removida pelo rio-mar.

Ilha do Barroso: era uma grande ilha de mais ou menos 5 por 6 quilômetros e, na década de 50, por ocasião das vazantes, a distância entre a ilha e a costa de Bela Vista era tal que permitia que as lavadeiras de ambas as margens conversassem entre si enquanto lavavam as roupas.

- Ciclo da Juta e Malva

Na nossa estada em Manacapuru, tivemos a oportunidade de visitar as instalações da ‘Companhia Têxtil Castanhal’, que classifica e enfarda a juta recebida dos produtores para encaminhar, posteriormente, para industrialização. A gerente, senhora Patrícia, nos relatou alguns fatos interessantes que vamos procurar reproduzir. A Juta e a Malva são plantadas nas várzeas na época das vazantes e colhidas na época das cheias. A juta pode ser colhida após 3 meses de plantio e a malva depois de 4 meses o que permite duas safras ao ano.

Embora durante aproximadamente dez anos o ciclo da Juta e da Malva tenha coexistido com o da Borracha, foi com a queda do comércio da borracha, em 1957, que este ciclo ganhou força, tornando-se a principal economia da região de Manacapuru. Desde 1988, porém, que, sem políticas governamentais em nível federal e estadual adequadas, sua comercialização entrou em franco declínio.

A semente, antes entregue pela Companhia aos produtores cadastrados e que era paga pelo produtor com parte de sua produção, passou a ser repassada pelo governo. A ‘bolsa semente’, como as demais bolsas governamentais, presta-se à corrupção, graças à falta de controle, permitindo que as sementes sejam vendidas por funcionários corruptos a atravessadores que repassam o produto aos ribeirinhos por preços exorbitantes. Achamos que a criação de cooperativas com maquinário adequado para a retirada da fibra seria uma medida mais adequada que a ‘bolsa esmola semente’, permitindo não só um aumento significativo na produção, mas também na qualidade do produto. Em nível federal, deveria ser sancionada uma lei que determinasse o emprego obrigatório de sacos de fibra vegetal na embalagem de determinadas sementes, assim como existe para o café exportado, que estaria muito mais de acordo com o desenvolvimento sustentável, diferentemente dos produtos que se encontram no mercado atual.

- Largada para Iranduba

Ligamos para o 190 e nossos amigos policiais prontamente nos atenderam e nos levaram até o ‘Paraíso D’Angelo’ onde estava o caiaque. Passamos bom tempo conversando com o mestre D’Angelo e retardamos a saída para não perder a oportunidade de ouvir nosso dileto e sábio amigo. Vamos sentir saudade do ‘homem de branco’ de Manacapuru que passeia pela sua propriedade com a serenidade de um ‘Anjo no Paraíso’. Partimos bem depois das 8 horas, sem pressa, já que o deslocamento era bastante curto. O Lago Miriti com suas águas tranqüilas e limpas nos encantou e dele partimos rumo a Iranduba. Depois de menos de 4 horas de navegação, sem paradas, enfrentando mau tempo durante boa parte do percurso, chegamos ao flutuante do senhor Zé Cipó, onde se encontrava o caiaque do Romeu. O Romeu estava me aguardando já há algum tempo, porque normalmente saio muito cedo, mas a companhia do mestre D’angelo me fez alterar a rotina.

- Iranduba

Os policiais já estavam alertados sobre todo o apoio a ser prestado e nos levaram à ‘Pousada Santa Rita’, administrada pela senhora Terezinha da Silva Cunha Crisóstomo. A limpeza das instalações e a cortesia de seus proprietários nos impressionaram muito favoravelmente e o fato de encontrarmos outra grande ‘coincidência’ na nossa viajem nos convenceu que o Grande Arquiteto vem trabalhando do nosso lado nos apontando o rumo a ser seguido. Mais uma coincidência Amazônica: a dona Terezinha é viúva do senhor José Silvestre do Nascimento e Souza, um dos maiores nomes da ‘Ciranda’ do estado do Amazonas, cujo nome já tinha sido mencionado em Manacapuru onde organizou a primeira Ciranda no Colégio Nossa Senhora de Nazaré. Fizemos contato com o Secretário do Turismo e Meio Ambiente para contatarmos elementos da prefeitura para nos mostrar a cidade e principalmente o sítio das ‘Terras Pretas Indígenas’. A Polícia Militar nos levou, depois do banho, até o ‘Restaurante Sertanejo do Paraíba’ onde já nos esperava o pessoal de Comunicação do município. O senhor José Raimundo, conhecido como ‘J. Rai’, nos fez um interessante relato sobre a história da cidade e, depois do almoço, acompanhados do senhor Levenilson Mendonça da Silva, o ‘lei’, fomos até o sítio onde estão fazendo as escavações arqueológicas.

O ‘Restaurante Sertanejo do Paraíba’ foi colocado, pela prefeitura, à nossa disposição e, como fica afastado da cidade, pedimos apoio da PM local para chegar até ele. Infelizmente, mais uma vez, a velocidade da internet local não permitiu que fizéssemos o upload das imagens que fizemos desde Anori. Entrevistamos o senhor José Raimundo, o ‘J. Rai’, que gravou um relato sobre a cidade e o senhor Levenilson sobre as ‘terras pretas indígenas’ de Iranduba.

(*) Coronel de Engenharia; professor do Colégio Militar de Porto Alegre (CMPA); membro da Academia de História Militar Terrestre do Brasil (AHIMTB); presidente da Sociedade de Amigos da Amazônia Brasileira (SAMBRAS)

Desafiando o Rio-Mar: Anamã/Manacapuru

Desafiando o Rio-Mar: Anamã/Manacapuru

                  “Há mais pessoas que desistem do que pessoas que fracassam”. (Henry Ford)

Por Hiram Reis e Silva (Iranduba, AM, 24 de janeiro de 2009)

- Anamã

Conseguimos contato com os familiares e com a equipe de apoio apenas pela internet. Infelizmente, a forte chuva que se abateu sobre Anamã impediu que tirássemos mais fotos das belas casas de madeira e dos quiosques do braço do Anamã. Fui dormir cedo, pois a jornada de 108 quilômetros do dia seguinte ia exigir muito esforço. No lago Guaíba e na Lagoa dos Patos já havíamos enfrentado um desafio, o desafio ‘Rosa Mística’, de 90 quilômetros, que exigira 13 horas e meia de pura navegação com algumas paradas de descanso, numa jornada que iniciou à 03h15min da madrugada e se prolongou até às 21h45min. Diferentemente do Lago e da Lagoa, aqui contávamos com uma valiosa aliada, que era a correnteza do Rio Solimões, mas, mesmo assim, era uma longa e demorada travessia.

- Largada para Manacapuru

Acordei às 04h30min e me preparei para o maior desafio físico do Projeto Rio-Mar. O silêncio das ruas só era quebrado pelo som das vassouras empunhadas pelos garis na sua labuta diária para manter a cidade limpa. Com a colaboração da nossa valorosa Polícia Militar mais uma vez, preparamos o caiaque para a desafiadora jornada. Partimos às 05h15min, enfrentando uma pequena correnteza contra nosso deslocamento, mantendo uma média de 6 km/h durante os 30 minutos que levamos para atingir a foz do Anamã. Nesta época do ano, as águas barrentas do Solimões invadem o braço do Anamã, represando suas águas pretas.

- Solimões sem paradas

Logo que iniciei meu deslocamento no Solimões, um forte vento de proa prenunciou as dificuldades que eu iria enfrentar. O vento forte durou aproximadamente 2 horas, diminuindo a velocidade e, como o tempo estivesse muito carregado, decidi, por segurança, não aportar nas margens para me alimentar ou hidratar. Sempre que sentia necessidade de hidratação, fazia-o no meio do rio, sem perder tempo e energia tendo de remar até a margem. A tática deu certo e, apesar de enfrentar ainda por duas vezes ventos adversos, cheguei à Manacapuru às 14h15min, com exatas 9 horas, praticamente ininterruptas, de remo. Embora tivesse passado todo este tempo sentado na mesma posição, não tive dificuldade em me locomover quando pus os pés na ‘Terra Preta’ do porto de Manacapuru.

- Manacapuru

Manacapuru é uma palavra de origem indígena derivada das expressões Manacá e Puru. Manacá (Brunfelsia hospeana) é uma planta que significa, em tupi, Flor. Puru, da mesma origem, quer dizer enfeitado, matizado. Logo, Manacapuru quer dizer ‘Flor Matizada’. A história da Cidade está vinculada à aldeia dos Índios Mura. A cidade está assentada na margem esquerda do Rio Solimões. A sede municipal está localizada na margem esquerda do Rio Solimões, na confluência com o Rio Manacapuru. A população de 73.304 habitantes, segundo o Censo de 2000, traz consigo a beleza, a determinação e a bravura dos índios Muras, descendentes das tribos Tupi. Fundadores, juntamente com os portugueses, do povoado de Manacapuru, lutaram com os cabanos em meados do século 19. Manacapuru se destaca como o primeiro município, no Amazonas, a ter um Sistema Municipal de Unidade de Conservação - a Reserva de Desenvolvimento Sustentável do Piranha, além da Área de Proteção Ambiental do Miriti e os Lagos de Manutenção do Paru e Calado.

- Polícia Militar (PM) e Prefeitura Solidárias

Pedi a um cidadão que acionasse o 190 de seu celular, chamando novamente os amigos da PM. O caiaque e o material foram transportados para o Batalhão da PM, onde tomei um banho e nos deslocamos até a Prefeitura Municipal para conseguirmos um alojamento, onde foi providenciado o Hotel Boa Vida. Em seguida, fomos levados à presença do Secretário de Turismo e Meio ambiente, que fez uma preleção sobre a cidade e nos colocou à disposição sua secretária, Zilmara Moreira de Holanda, e a diretora de eventos, senhora Mara Regina Marques de Oliveira. Mais tarde, por uma dessas amazônicas coincidências, descobrimos que a Zilmara era cunhada do prefeito de Anamã, cuja residência e filhos tínhamos fotografado quando lá estivéramos, e que a Mara era aparentada do escritor Jones Cunha, que nos presenteara com seu livro em Jutica. Fiquei sabendo que o Romeu e a Maria Helena já haviam consertado o caiaque, avariado no rio Purus, e estavam em Iranduba me aguardando. Informei-lhes que seguiria o cronograma planejado, tendo em vista o muito a ser visto em Manacapuru. A data prevista para chegar a Manaus era segunda-feira às 14h00min e não antes.

- Amigas Maras

Acordei cedo, comprei uns salgados na panificadora Esmeralda para o desjejum, dei um pulo até a lan house onde verifiquei que a velocidade era lenta demais para o upload das fotos. Fui até a igreja Matriz Nossa Senhora de Nazaré para umas fotos e, em seguida, pedi apoio da PM para um giro pela cidade, com apoio das minhas amigas ‘Maras-Vilhas’. A Zilmara me encaminhou até o gabinete da diretora de eventos, Mara, que conseguiu amavelmente material sobre a cidade e seu principal evento cultural, as cirandas. Nos três dias que passeamos pela cidade e seus principais pontos turísticos, tive a atenção despertada pelo seu principal evento cultural que é o ‘Festival das Cirandas’, pela ‘Casa da Restauração’ e do Complexo Turístico ‘Paraíso D’Angelo’.

- Festival das Cirandas

A Ciranda é uma dança em que os participantes, de mãos dadas, imitam o ondulado suave das ondas do mar. ‘A ciranda de origem portuguesa, é dançada em rodas, (...) música e letra são originalmente portuguesas, embora já totalmente abrasileiradas. Existe uma versão infantil, que lhe é anterior, a cirandinha (...) que atravessou séculos sem alterações, como costuma acontecer com as brincadeiras infantis. ’ A ciranda chegou no Brasil Colônia pelas praias pernambucanas. A Ciranda nordestina foi incorporada às manifestações culturais do Amazonas, no final do século XIX, pelo pernambucano chamado Antônio Felício, inicialmente na cidade de Tefé. No início da década de 80, o senhor José Silvestre do Nascimento e Souza e a professora Perpétuo Socorro organizaram a primeira Ciranda no Colégio Nossa Senhora de Nazaré. Com o passar dos anos, a tímida manifestação local ganhou notoriedade no cenário folclórico regional e nacional e, em virtude disso, foi criado, em 1997, o Parque do Ingá, destinado exclusivamente às cirandas. A criação do anfiteatro com capacidade para vinte mil pessoas precipitou a idealização de um festival próprio, dirigido unicamente à apresentação das Cirandas. No mesmo ano da criação do Parque do Ingá, foi realizado o primeiro Festival de Cirandas de Manacapuru, contando com as Cirandas: Flor Matizada, Tradicional e Guerreiros Mura, sendo então estabelecida uma data fixa para a realização do mesmo: o último final de semana do mês de agosto, sendo destinada uma noite para a apresentação de cada ciranda.

- Casa da Restauração

A curiosa denominação prende-se ao fato de que seus proprietários, de origem lusitana, desejavam prestar uma homenagem à restauração na nação portuguesa que ficara sob jugo espanhol durante 60 anos. A Restauração foi, sem dúvida, a mais importante casa de comércio da região, e não se tratava apenas de uma loja, mas de uma casa de aviamentos fornecendo mercadorias para os caboclos em troca de produtos naturais que eram a base da economia naquela época. O prédio, hoje, totalmente recuperado é uma parada obrigatória para aqueles que desejam conhecer um pouco da história da cidade.

- Paraíso D’Angelo

Dentre as várias opções de ecoturismo, ou locais agradáveis que visitamos, uma, sobretudo, se destaca, que é o ‘Complexo Turístico Paraíso D’Angelo’. Às margens do belo lago do Miriti, com uma infra-estrutura que inclui hotel, restaurante, cabanas, tobo-água, dentre outras, chama a atenção pela serenidade de cada um de seus integrantes a começar pelo amigo Ângelo. Conversar com o senhor Ângelo João Saraiva, que se caracteriza como um italiano-cearense-amazonense, é um privilégio. Por isso fizemos questão de fazer a entrevista para a televisão local nas suas instalações e partir para Iranduba também de seu paraíso. Os entalhes do hotel ‘Itaceam’ e o bom gosto da decoração do restaurante são realmente encantadores; em cada um destes lugares a marca D’Angelo está presente. O filho da amiga Mara passeou conosco no caiaque pelo lago Miriti.

- Poluição

A cidade que se diz voltada para o meio-ambiente tem uma grande mácula no seu centro, que é a Serraria Porto das Madeiras, na frente do Hotel Boa Vida onde ficamos hospedados. A poluição física e sonora não combina com a bela cidade de Manacapuru.


- Conclusão

A receptividade por parte dos amigos de Manacapuru foi fantástica. Guardaremos com carinho cada momento passado ao seu lado e, quem sabe, retornemos no último fim de semana de agosto para o Festival de Cirandas. Nosso muito obrigado ao Secretário e às amigas Mara e Zilmara, da Secretaria de Turismo e Meio Ambiente do município; aos membros do Batalhão da Polícia Militar, em especial aos policiais Matos e Farissa, nossos anjos da guarda; ao senhor D’Angelo, ao seu filho e demais funcionários do Paraíso D’Angelo’; aos proprietários do Hotel Boa Vida e seus colaboradores e a todos aqueles com quem, de uma forma ou outra, tivemos a oportunidade de travar contato na cidade de Manacapuru.

(*) Coronel de Engenharia; professor do Colégio Militar de Porto Alegre (CMPA); membro da Academia de História Militar Terrestre do Brasil (AHIMTB); presidente da Sociedade de Amigos da Amazônia Brasileira (SAMBRAS)