"E aqueles que foram vistos dançando foram julgados insanos por aqueles que não podiam escutar a música"
Friedrich Nietzsche

sábado, outubro 30, 2010

Vulcão Merapi tem nova erupção na Indonésia

30/10/2010 09h22 - Atualizado em 30/10/2010 11h50

Nova erupção foi mais forte que a da última terça-feira.
Buscas por vítimas de tsunami são prejudicadas por mau tempo.

Da France Presse
O vulcão indonésio Merapi, que provocou a morte de 34 pessoas na terça-feira, voltou a entrar em erupção neste sábado (30), provocando a fuga de milhares de pessoas aterrorizadas. Em outra região do país, a mais de mil quilômetros ao norte do vulcão, o tempo ruim prejudica a ajuda às vítimas do tsunami que devastou ilhas na segunda-feira.
A série de erupções é uma das duas catástrofes naturais que o país enfrenta desde o início da semana e que provocaram no total a morte de quase 400 pessoas. As más condições meteorológicas dificultavam as tarefas de ajuda aos desabrigados pelo tsunami que devastou o arquipélago de Mentawai, no Oceano Índico.
O governo da Indonésia anunciou neste sábado que 135 pessoas declaradas desaparecidas foram encontradas vivas em uma das ilhas devastadas pelas ondas gigantes. De acordo com Agus Prahyitno, coordenador da gestão dos desastres, agora a lista de desaparecidos tem 163 nomes, contra os 298 anteriores.
Vulcão Merapi, em atividade neste sábado (30)Vulcão Merapi, em atividade neste sábado (30) (Foto: Clara Prima/AFP )
A nova erupção do Merapi, que aconteceu à 1h (16h de Brasília, sexta-feira), foi mais forte e fez mais barulho que a de terça-feira, projetando cinzas a 20 km, segundo moradores da região.
Ao contrário da erupção de terça-feira, a deste sábado não provocou mortes diretas, mas duas pessoas faleceram em um acidente de trânsito quando milhares de pessoas tentavam fugir, de madrugada, da área afetada. Com as duas mortes, o balanço de óbitos relacionados com o Merapi desde terça-feira subiu para 38.
"Esta erupção foi duas vezes mais forte", afirmou Terman, que mora a 12 km da cratera.
"Ouvi várias explosões que pareceram trovões. Estava tão assustada que o corpo todo tremia", disse Mukinem, uma habitante da região de 42 anos.
"Novas erupções vão acontecer, já que há uma grande quantidade de magma acumulado sob a cratera", informou Subandrio, um dos vulcanologistas que trabalha na supervisão das atividades do Merapi. "No momento o vulcão é muito perigoso", completou, antes de anunciar que as autoridades ampliaram a 20 km o raio da zona de segurança ao redor do Merapi, que antes era de 10 km.
Quase 50 mil pessoas estão abrigadas em centros temporários abertos desde segunda-feira nas proximidades de Yogyakarta, a grande cidade vizinha.
As operações de ajuda aos desabrigados pelo tsunami são dificultadas pelas chuvas e o mar agitado, que impede o transporte de alimentos e medicamentos aos vilarejos pesqueiros.
"Uma grande quantidade de ajuda está disponível. Infelizmente, o número de barcos é insuficiente para distribuir a ajuda rapidamente", lamentou Suryadi, coordenador das operações, em resposta às críticas de muitos desabrigados pela lentidão do socorro.
Muitos países já anunciaram ajuda à Indonésia, como a Comissão Europeia, que liberou 1,5 milhão de euros (quase US$ 2 milhões).

Cardeal, o Homem da Dilma!

Hiram Reis e Silva, Porto Alegre, RS, 26 de outubro de 2010.

“Se alguém acha que pode chegar aqui e se servir, sabe, cai do cavalo. Porque a pessoa pode me enganar um dia, pode me enganar, sabe, mas a pessoa não engana todo mundo ao mesmo tempo”. (Lulla da Silva)

A Revista Época expõe, mais uma vez, as entranhas da enxovalhada e putrefata camarilha petista. Grupo de filiados ao partido, ocupando posições de relevo junto ao governo federal, burlam a lei e graças a informações e contatos privilegiados conseguem empréstimo milionário no exterior. O banco alemão KfW acusa Valter Cardeal, homem de confiança de Dilma Rousseff, de engendrar uma fraude de € 157 milhões.


- Banco KfW ajuiza ação e diz que Cardeal, o homem forte de Dilma, sempre soube de toda a fraude na CGTEE.

Políbio Braga, segunda-feira, 18 de outubro de 2010 

O inquérito da Polícia Federal e a ação posteriormente movida na Justiça Federal sobre o caso, não responsabilizam diretamente o presidente do Conselho de Adminsitração da CGTEE e diretor da Eletrobrás, Valter Cardeal, tampouco sua madrinha política e superiora hierárquica na época, Dilma Roussef, mas isto nada teve a ver com o que foi investigado. O editor requereu em juízo as cópias do inquérito e da ação e está de posse delas. O que revela com testemunhos, documentos e fotos a revista Época deste domingo: Cardeal e Dilma sabiam das negociações sobre os avais. Marcelo Ceccin, militante petista à época, como seus companheiros de diretoria, como Júlio Quadros, o presidente da CGTEE (Quadros foi presidente do PT), chegaram a viajar com ele para a Alemanha, mas ele acabou pagando o pato sozinho. Ceccin, que acompanhou Cardeal durante 20 anos, desde a CEEE, e trabalhou sob as ordens de Dilma, começou a abrir a boca.
 
Quando o editor denunciou as malfeitorias ocorridas nas barbas das diretorias da CGTEE e da Eletrobrás por gente sua, liderados por um diretor da própria estatal federal gaúcha, Marcelo Ceccin, mais uma série de empresários brasileiros e estrangeiros, o presidente do Conselho de Administração da CGTEE, Valter Cardeal, homem de confiança de Dilma Roussef, contratou uma das mais caras bancas de advogados do Paraná e ajuizou uma ação criminal contra o editor. Este foi o segundo processo judicial movido por Valter Cardeal contra o editor. O editor já tinha colocado restrições à ação do então presidente da Eletrobrás (hoje, Cardeal é um dos vices) no caso da usina eólica de Tramandaí, cuja implantação ele sistematicamente procurou obstaculizar. A fraude (avais falsos concedidos ilegalmente por diretores da CGTEE, visando empréstimos de US$ 157 milhões para a construção de usinas eólicas e de biomassa no RS e no PR) foi contra o banco alemão KfW.
 
Valter Cardeal acompanha Dilma Roussef há 20 anos. O caso atinge diretamente Dilma, porque à época das malfeitorias ocorridas na CGTEE ela era a ministra da área e superior hierárquico de todos os envolvidos, quase todos dirigentes e militantes do PT do RS. O banco KfW revela documentos em que demonstra que Dilma discutiu a questão dos avais na Alemanha. Ela o levou a Brasília. Dilma não dá um só passo na área de energia elétrica sem ouvir seu companheiro, amigo e confidente. O delegado Protógenes Queiroz, na Operação Satiagraha, chegou a investigar as relações existentes entre ambos. A última edição da revista Piauí, em reportagem de Rodrigues Pereira sobre Protógenes, revela que ele possui um pen drive com imagens do que viu.
 
O homem forte da Eletrobrás, presidente do Conselho de Administração da CGTEE, Valter Cardeal, costuma comparecer às audiências na 9ª. Vara Criminal, acompanhado dos advogados e de assessores que se deslocam do Rio e de Brasília. O editor defende-se nos casos através do advogado Luiz Francisco Corrêa Barbosa, mas também chegou a atuar sozinho num dos casos. O editor chamou para o banco de testemunhas o presidente da CGTEE, Sereno Chaise, além de uma dúzia de testemunhas, inclusive o então ministro Silas Rondeau. O caso da fraude está na Justiça Federal. Via judicial, o editor conseguiu todo o inquérito da Polícia Federal e também a cópia do processo, capa a capa. Está tudo resguardado por segredo de justiça.
 
Pois neste final de semana a revista Época revela uma notícia que ninguém conhecia no RS: a CGTEE está sendo processada pelo banco alemão KfW, uma espécie de BNDES da Alemanha, que quer indenização por prejuízos morais e materiais. A ação foi ajuizada na 10ª Vara Cível, em agosto, em Porto Alegre. 
 
O banco alega que o sr. Valter Cardeal sempre soube de tudo o que ocorria nas suas barbas, acosta fotos da visita dele a fornecedores alemães que forneceriam equipamentos para as usinas para as quais a CGTEE concedeu aval e transcreveu depoimentos comprometedores obtidos na própria Alemanha por gente que participou dos negócios em Porto Alegre.


Coronel de Engenharia Hiram Reis e Silva
Professor do Colégio Militar de Porto Alegre (CMPA)
Presidente da Sociedade de Amigos da Amazônia Brasileira (SAMBRAS)
Acadêmico da Academia de História Militar Terrestre do Brasil (AHIMTB)
Membro do Instituto de História e Tradições do Rio Grande do Sul (IHTRGS)
Colaborador Emérito da Liga de Defesa Nacional
Site: http://www.amazoniaenossaselva.com.br

sexta-feira, outubro 29, 2010

Aborto

 Recebido por e-mail - 30 out 10

>GOVERNO FEDERAL CONTRATA ASSESSORIA ESPECIALIZADA PARA LEGALIZAR ABORTO NO BRASIL
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 Em contraposição ao silêncio dos bispos, a candidata à  presidência por parte do PT não cessa de falar. Ela explica  continuamente à imprensa e às emissoras de televisão que está sendo vítima de uma campanha de difamação movida pela Igreja, que espalha > os boatos de que seu governo seria a favor do aborto.
 Para desmentir estes supostos boatos, a candidata assinou, nos últimos dias do primeiro turno das eleições, uma carta onde ela afirma ser pessoalmente contrária ao aborto e que nada fará para legalizar a prática no Brasil.
 Na segunda feira dia 4 de outubro de 2010, o primeiro dia do  segundo turno das eleições, porém, em um momento em que, até poucas horas antes, acreditava-se que a candidata do PT estaria eleita, o governo esqueceu-se de avisar o Diário Oficial da União para que adiasse por mais um mês, até o dia 1 de novembro, após o segundo turno, a publicação do contrato de uma parceria entre o Governo Federal e a Fundação Osvaldo Cruz, para continuar as atividades do GRUPO DE ESTUDO E PESQUISA PARA DESPENALIZAR O ABORTO NO BRASIL.
 Confira a parceria no no texto do Diário Oficial no alto da coluna da esquerda:
 http://www.in.gov.br/imprensa/visualiza/index.jsp?jornal=3&pagina=88&data=04/10/2010

O Grupo de Estudo e Pesquisa para Despenalizar o Aborto no Brasil, criado pelo governo Lula, é coordenado pelo Dr. Thomas Gollop, um histórico promotor do aborto no país. Segundo afirma o Dr. Gollop em entrevista dada ao jornal O Estado de São Paulo,
 "A IDEIA DO GRUPO É IR MAIS LONGE E NÃO
 FAZER MAIS DO ABORTO UM CRIME. O
 OBJETIVO MAIOR NO FUTURO É A [COMPLETA]
 DESCRIMINALIZAÇÃO DO ABORTO".

 http://www.estadao.com.br/noticias/nacional,governo-prorroga-estudo-para-mudar-lei-do-aborto,625412,0.htm

Esta notícia, e entre dezenas de outras, é apenas uma pequena amostra do quanto a candidata à presidência da República merece credibilidade quando afirma estar sendo vítima de uma campanha difamatória, quando declara ser a favor da vida e promete que nada fará que venha a promover a legalização do aborto no Brasil.

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 O ESTADO DE SÃO PAULO: HOMEM É AUTUADO POR DISTRIBUIR MATERIAL  ANTI-DILMA

 http://ultimosegundo.ig.com.br/eleicoes/homem+e+autuado+em+sao+paulo+por+distribuir+material+antidilma/n1237807094973.html

 O acusado foi identificado como Celmo Felski e tinha 150 panfletos semelhantes ao encontrado na Gráfica Pana, com o logo da CNBB
iG São Paulo - 19/10/2010

 Um homem identificado como Celmo Felski foi autuado nesta terça-feira em Campos do Jordão (Vale do Paraíba - SP), por distribuir panfletos com mensagens de acusação contra a candidata do PT, Dilma Rousseff, e o partido dela.

 Com assinatura da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), o material prega o voto contra a candidata do PT por suposto apoio à legalização do aborto.

 No último domingo, a CNBB divulgou uma nota desautorizando qualquer material político com o nome da entidade e explicando que as  mensagens descobertas na gráfica não correspondiam a opinião da entidade.

 De acordo com a polícia, Celmo Felski foi denunciado pelo deputado estadual Carlinhos Almeida (PT) e pelo presidente da Câmara Municipal de Campos do Jordão, Sebastião Aparecido César (DEM).

 O acusado foi visto distribuindo o material contra Dilma no centro comercial de Campos e foi denunciado também por eleitores que receberam os panfletos da mão de Felski.

A polícia de Campos diz que o acusado foi identificado em sua casa e enquadrado na lei 4737/65 do código eleitoral por difamação e propaganda eleitoral irregular.

 Celmo Felski é diretor do Hospital São Paulo, de Campos do Jordão. Ele foi ouvido pela polícia e liberado. Os panfletos foram apreendidos pelo delegado de plantão.

Resolvi publicar esses dois trechos do e-mail que recebi (é bem maior), por três razões. A primeira é por não entender o pessoal do partideco (essa turma não cansa de dar tiro no pé?). A segunda é que pessoalmente sou contra o aborto (a não ser em casos já previstos em lei), pois considero a situação não um problema de saúde pública, mas um problema de falta de caráter, falta de caráter do Estado que não tem políticas públicas que permitam acesso à informação e melhoria das condições de vida da camada mais carente da população, falta de caráter dos pais que ao invés de acompanharem os filhos em um momento delicado da vida (uma grande parte dos abortos acomete as adolescentes) preferem partir para uma solução prática e rápida, falta de caráter das mulheres adultas, que, essas sim tem total compreensão do que estão fazendo e seus parceiros também (não é aceitando a irresponsabilidade que solucionaremos o problema) e finalmente falta de caráter de quem apóia simplesmente por fazer parte das idiotices do politicamente correto. A terceira é que não entendo a perseguição do rapaz tendo a tal publicação e ainda mais, aonde está o direito de expressão tão propalado pela turma do partideco e direitos humanos, ou isso só é direito para alguns (os perseguidos e coitadinhos eternos)?

Bakunin

Bakunin, Kropotkin, Malatesta e Proudhon, principalmente no caso o primeiro , sempre comprovaram as besteiras defendidas por Marx e seus seguidores (é claro que antes Marx aos neoliberais), mas ainda hoje existem os iludidos por Marx e seus escritos. 
Acho incrível até hoje ninguém ter reescrito ou melhorado tais teorias. 



https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEj5SlCj9UvsX8FQ6ZKBrVGTJYTaC0X_u3zCSlsO0hx3rupTJBWaJ0BYYYJyoT97VXfP_G83HVHYDDvf_U7Nat9naL9ESYDUNV1p6Ei3r95UayLUCRCbiGsLFrPLdY22Rv26o6_mDw/s1600/Mikhail.jpg

É assim que surgem os mensalões, o dinheiro nas cuecas, apropriação do erário e o tráfico de influência.

quinta-feira, outubro 28, 2010

Um Estado Palestino em 2011?


Por Edson Joanni
Da BBC Brasil

Guila Flint
De Tel Aviv para a BBC Brasil

O primeiro-ministro palestino, Salam Fayyad, declarou nesta quinta-feira que o Estado Palestino será fundado em 2011 e que está preparando a infraestrutura para possibilitar sua criação.
"Agosto de 2011 será o prazo final da ocupação israelense" nos territórios palestinos e "no próximo verão (no hemisfério norte, inverno no hemisfério sul) os palestinos vão festejar o nascimento de seu Estado", disse Fayyad.
No entanto, analistas se dizem céticos sobre as promessas, a menos que sejam firmados acordos com Israel e com o grupo islâmico Hamas. O governo de Fayyad não tem controle algum sobre a Faixa de Gaza, dominada pelo Hamas desde 2007 e onde moram 1,5 milhão de palestinos.
Fayyad, que assumiu o cargo de premiê em 2007, é um economista respeitado internacionalmente que trabalhou no Banco Mundial durante 8 anos.
Desde que foi nomeado primeiro-ministro pelo presidente palestino, Mahmoud Abbas, Fayyad vem se dedicando a construir a infraestrutura de um futuro Estado Palestino, consolidando a economia, as instituições e as forças de segurança na Cisjordânia.
Israel
O primeiro-ministro de Israel, Binyamin Netanyahu, já declarou que o país "não aceitará medidas unilaterais" por parte dos palestinos.
O ministro das Relações Exteriores, Avigdor Lieberman, instruiu nesta semana o departamento de planejamento do Ministério a elaborar um estudo sobre a possibilidade de que os palestinos declarem um Estado de maneira unilateral e obtenham o apoio da ONU.
"Temos que estar prontos para essa eventualidade", afirmou Lieberman.
Em suas declarações desta quinta-feira, Salam Fayyad também criticou Netanyahu e disse que "se o premiê israelense tem intenções sérias de fazer a paz, deve prender os colonos que envenenaram as oliveiras dos palestinos".
Fayyad se referiu a um incidente ocorrido nesta semana na Cisjordânia quando colonos do assentamento de Alon Moreh, nas proximidades da cidade de Nablus, contaminaram mais de 600 oliveiras da aldeia palestina de Dir Hatab com águas de esgoto.
Ele declarou também que Netanyahu "permite que os colonos façam atos de terrorismo contra os palestinos".
Negociações
Ainda nesta quinta-feira, o ministro das Relações Exteriores do Egito, Ahmed Aboul Gheit, e o ministro da Inteligência egípcio, Omar Suleiman, se reúnem em Ramallah com o presidente palestino, Mahmoud Abbas, para discutir a possibilidade de retomada das negociações diretas entre israelenses e palestinos.
Abbas suspendeu as negociações no dia 26 de setembro, quando o premiê Netanyahu se negou a prolongar o congelamento da construção dos assentamentos israelenses na Cisjordânia.
Netanyahu declarou que quer negociar "sem condições prévias", mas Abbas afirmou que não retomará as conversas "se os israelenses continuarem construindo os assentamentos".
As obras nos assentamentos israelenses na Cisjordânia já foram retomadas.

Médico conta como foi trabalhar com o ministro José Serra

Conversa Afiada - Publicado em 28/10/2010


Ele diz qualquer coisa (charge do Bessinha)

O Conversa Afiada republica psot do Portal Luis Nassif:

MINHA EXPERIÊNCIA DE TRABALHO COM O MINISTRO JOSÉ SERRA (Helvécio Bueno, Médico sanitarista)


Amigos,


Eis mais um caso daquele

que se diz “o melhor Ministro

da Sáude” de nosso PAÍS.


Marco Nogueira


MINHA EXPERIÊNCIA DE TRABALHO

COM O MINISTRO JOSÉ SERRA


Sou Helvécio Bueno, 57 anos, nascido em São Gotardo – MG, morei em Belo Horizonte de 1961 a 1971 e, desde 1972 moro em Brasília. Formei em medicina pela Universidade de Brasília – UnB, fiz especialização em saúde pública e administração de sistemas de saúde e sou mestre em saúde coletiva.


Entrei para a Secretaria de Saúde do DF em 1982. Na SES-DF fui médico sanitarista do Centro de Saúde n° 4 de Taguatinga – CST4, depois da Coordenação de Saúde da Comunidade, em seguida Chefe do CST4 e vice diretor do Hospital Regional de Taguatinga – HRT.


Em 1985 fui convidado para trabalhar no Ministério da Saúde – MS como técnico do Grupo de Trabalho para a Erradicação da Poliomielite no Brasil – GT Pólio. Trabalhei no MS de 1985 a 1999. Foram quase 15 anos e nesse período convivi com os seguintes ministros da saúde:


1. Carlos Corrêa de Menezes Sant’anna 15 de março de 1985 13 de fevereiro de 1986 José Sarney


2. Roberto Figueira Santos 14 de fevereiro de 1986 23 de novembro de 1987


3. Luiz Carlos Borges da Silveira 23 de novembro de 1987 15 de janeiro de 1989


4. Seigo Tsuzuki 16 de janeiro de 1989 14 de março de 1990


5. Alceni Guerra 15 de março de 1990 23 de janeiro de 1992 F. Collor de Mello


6. José Goldemberg 24 de janeiro de 1992 12 de fevereiro de 1992


7. Adib Jatene 12 de fevereiro de 1992 2 de outubro de 1992


8. de outubro de 1992 29 de dezembro de 1992


8. Jamil Haddad 29 de dezembro de 1992 18 de agosto de 1993 Itamar Franco


9. Saulo Moreira 19 de agosto de 1993 30 de agosto de 1993


10. Henrique Santillo 30 de agosto de 1993 1 de janeiro de 1995


11. Adib Jatene 1 de janeiro de 1995 6 de novembro de 1996 FHC


12. José Carlos Seixas 6 de novembro de 1996 13 de dezembro de 1996


13. Carlos Albuquerque 13 de dezembro de 1996 31 de março de 1998


14. José Serra 31 de março de 1998 20 de fevereiro de 2002


Nesses anos tive a oportunidade de ser o Coordenador do GTPólio e acompanhar o último caso desta doença ocorrido no Brasil; a seguir, como 1º diretor do Departamento de Operações da Fundação Nacional de Saúde – DEOPE/FUNASA pude coordenar a criação do Programa Nacional de Agentes Comunitários de Saúde – PNACS (depois mudado para PACS) e, do Programa Nacional de Parteiras Tradicionais – PNPT (descontinuado na gestão seguinte). Em 1991/1992 participei da reestrutração, por meio de empréstimos junto ao Banco Mundial, do Programa Nacional de Controle das DST/Aids – PN DST/Aids onde fui o 1° Chefe da Unidade de Controle das DST e posteriormente Chefe da Unidade de Assistência à Aids (o PN DST/Aids foi criado em 1985 na gestão do ministro Carlos Santana).


Em 1996 foi criada, no MS, a Secretaria de Políticas de Saúde da qual fui convidado para ser o 1º diretor do Departamento de Avaliação de Políticas de Saúde e depois, em 1998, diretor do Departamento de Informação em Saúde. Nesse período, participei da criação, em conjunto com a Organização Pan-Americana da Saúde – OPAS e fui o 1° coordenador da secretaria técnica da Rede Interagencial de Informações para a Saúde – RIPSA e, junto com o DATASUS, da Rede Nacional de Informações em Saúde – RNIS.


Aí assumiu o MS o ministro José Serra.


Meu 1º contato com o então ministro José Serra ocorreu da seguinte maneira: eu estava participando de uma reunião com todo o 1º escalão do MS na sala de reunião, ao lado do gabinete do ministro, que não se encontrava. A reunião era conduzida pelo Chefe de Gabinete. Depois de uma hora e meia de reunião, no momento em que falava o Secretário de Políticas de Saúde, o ministro Serra entrou na sala, não cumprimentou ninguém, interrompendo o palestrante, sem pedir licença, perguntou ao Chefe de Gabinete o que ele, Serra, precisava saber do que já havia ocorrido naquela reunião. Pegou o Chefe de Gabinete pelo braço e levou-o para seu gabinete deixando seu 1° escalão e alguns convidados sem dirigir-lhes uma única palavra. Essa era a forma com que tratava seus subordinados, o sorriso só aparecia na presença da mídia.


Porém, o mais importante e demonstrativo de seu caráter, foi quando, após 1 ano de sua posse, o ministro Serra solicitou uma avaliação da situação de saúde do país e, quando apresentei, entre outros dados, o aumento da mortalidade infantil na região nordeste ele simplesmente disse: “esta informação não pode sair deste ministério”. Foi quando, em setembro de 1999, pedi demissão do cargo que ocupava no MS.


Além disso, o candidato Serra diz, em sua propagando política, que criou o Programa de Aids e o medicamento genérico. O programa de Aids foi criado pelo ministro Carlos Santana em 1985 e reestruturado, ganhando dimensão internacional, em 1992, na gestão do ministro Adib Jatene; já o genérico foi criado em abril de 1993 pelo ministro Jamil Haddad, durante o governo de Itamar Franco.


Destes 14 ministros, com os quais convivi, destaco pela relevância do trabalho em prol da saúde da população brasileira o ministro Adib Jatene, Henrique Santillo e Carlos Albuquerque.


Se trago este depoimento é unicamente pela preocupação com o destino da maior parte da população brasileira que necessita continuar a melhorar sua qualidade de vida, não só de sobrevivência, mas de cidadania. Toda minha vida profissional, como médico sanitarista, foi dedicada à saúde pública, mas nunca me filiei a nenhum partido político, pois isso me dá a independência necessária para criticar quem precisa e elogiar só quem merece.


Brasília – DF, 20 de outubro de 2010.


Helvécio Bueno

Ficha Limpa. Gilmar sempre Gilmar: na treva

Conversa Afiada - Publicado em 28/10/2010

A História acolherá Gilmar Dantas (*) com espanto e vergonha

Saiu no O Globo Online: Com duras críticas à Lei da Ficha Limpa, Gilmar Mendes acolhe recurso de Jader

Depois que o Supremo conseguiu encontrar uma forma de aprovar a Ficha Lima, o que restou desse episódio foram duas frases lamentáveis do ex-Supremo Presidente do Supremo, Gilmar Dantas (*):

- Lei casuística para ganhar eleição no tapetão (sic).

- Acessos de moralismo, em geral, descambam em abusos.

Ainda bem que este ex-Supremo Presidente faz parte daquele Brasil atrasado, neo liberal, pefelista – o Brasil de FHC e Serra.

Clique aqui para ler sobre o artigo de Maria Inês Nassif e o requiem do PSDB.

Como se sabe, depois da Petrobrax, Gilmar Dantas (*) foi a mais nociva das heranças de Fernando Henrique Cardoso ao Brasil.

Como Serra e Fernando Henrique, a História o acolherá com espanto e vergonha.


Paulo Henrique Amorim


(*) Clique aqui para ver como um eminente colonista (**) do Globo se referiu a Ele. E aqui para ver como outra eminente colonista (**) da GloboNews e da CBN se refere a Ele.
(**) Não tem nada a ver com cólon. São os colonistas do PiG que combatem na milícia para derrubar o presidente Lula. E assim se comportarão sempre que um presidente no Brasil, no mundo e na Galáxia tiver origem no trabalho e, não, no capital. O Mino Carta costuma dizer que o Brasil é o único lugar do mundo em que jornalista chama patrão de colega. É esse pessoal aí.

STF decide que Lei da Ficha Limpa vale para eleições deste ano; Jader é barrado

Instituto Humanitas Unisinos - 28 out 10

Em sessão tensa, o STF (Supremo Tribunal Federal) decidiu ontem que a Lei da Ficha Limpa vale para as eleições deste ano.
A reportagem é de Felipe Seligman e publicada pelo jornal Folha de S. Paulo, 28-10-2010.
Depois de novo empate, os ministros resolveram (por 7 votos a 3) o impasse ao ratificar julgamento anterior do TSE (Tribunal Superior Eleitoral) que barrou a candidatura de Jader Barbalho (PMDB-PA) ao Senado e considerou a lei válida em 2010.
Ao analisar o mérito do caso de Jader, os ministros novamente empataram em 5 a 5. Mas coube ao ministro Celso de Mello sugerir a saída para o impasse.
Ele havia votado contra a validade da Ficha Limpa, acompanhando os votos de José Antonio Dias Toffoli, Gilmar Mendes, Marco Aurélio Mello e Cezar Peluso.
A favor da lei estavam os colegas Joaquim Barbosa, Cármen Lúcia, Carlos Ayres Britto, Ricardo Lewandowski e Ellen Gracie.
Após o empate, Celso evocou parte do regimento do STF que diz: "Havendo votado todos os ministros, salvo os impedidos ou licenciados por período remanescente superior a três meses, prevalecerá o ato impugnado".
A sugestão foi seguida pelos cinco ministros favoráveis à Lei da Ficha Limpa e por Peluso, desempatando a questão pendente.
Ministros ouvidos ontem pela Folha, porém, tinham dúvida se o STF, ao analisar outros casos, poderá decidir de forma diferente sobre a validade da lei para este ano. Marco Aurélio avalia que a questão já está decidida.
Alguns ministros acreditam que o entendimento pode ser alterado com o voto de um novo ministro, que deverá ser indicado pelo presidente Lula até o fim do ano.
O tribunal julgou recurso de Jader contra decisão que o considerou "ficha-suja" por ter renunciado ao cargo, em 2001, para escapar de processo de cassação. Jader teve nestas eleições 1,79 milhão de votos para o Senado.
Ministros dizem que ela também poderá ser aplicada a outros casos de renúncia, como o de Paulo Rocha (PT-PA), mas recursos de políticos condenados terão que ser analisados caso a caso.
A decisão pode gerar um impasse nas eleições para o Senado no Pará. Caso Rocha (PT) seja barrado, nova eleição pode ser convocada.

terça-feira, outubro 26, 2010

Legislativo x Mordomia

É extremamente assemelhado à situação de penúria que vivem nossos parlamentares, sem falar nas aposentadorias (cumulativas) e outros ganhos.



Número de ações terroristas no Cáucaso do Norte quadriplicou este ano

darussia.blogspot.com - Segunda-feira, Outubro 25, 2010



O número de ações terroristas no Cáucaso do Norte mais do que quadriplicou em 2010, tendo matado 205 polícias e militares e ferido 489, declarou hoje Ivan Sidoruk, vice-procurador-geral da Rússia.
“No ano corrente, nessa região mais do que quadriplicou o número de ações extremistas. Foram registados 352 crimes de caráter terrorista, 254 dos quais na Chechénia”, acrescentou ele ao discursar numa comissão do Conselho da Federação (Câmara Alta) do Parlamento russo.
“As regiões mais problemáticas neste sentido são o Daguestão, Chechénia, Inguchétia, onde agentes da ordem morrem em operações de combate à guerrilha, bem como a Cabardino-Balcária, onde bandos armados declararam guerra às forças de segurança”, frisou.
Segundo ele, “a ala chechena dos bandos armados, dirigida pelo comandante Gakaev, deixou de obedecer a Doku Umarov (comandante-chefe da guerrilha no Cáucaso do Norte) e tenta afirmar-se de todas as formas.
Sidoruk reconheceu que a parte fundamental das armadas utilizadas pela guerrilha vem dos depósitos militares, frisando que “nos últimos tempos, não foi registado nenhum ataque contra a vida de agentes de segurança sem o emprego de “armas e explosivos modernos”.
“A situação agrava-se devido ao alto grau de corrupção no território do Cáucaso”, reconheceu.

Veja vs. IstoÉ: Erenice, Paulo Preto, duas caras e o aborto

Viomundo - 26 de outubro de 2010 às 4:00


Serra defendeu a Petrobrax do PSDB. E quer privatizar a Petrobras do Brasil

Conversa Afiada - Publicado em 26/10/2010

Petrobrax: um dos momentos mais tristes do governo tucano pefelista de FHC

O Conversa Afiada republica texto do blog Amigos do Presidente Lula – aquele que a Dra Cureau tentou calar:

Serra defendeu a Petrobrax do PSDB…E quer privatizar a Petrobras do Brasil


Serra, o homem do trololó e do chororô. Ontem no debate  partiu para o ataque, foi agressivo e sem educação. Pior, mostra que não respeita mulher. Novidade? Nenhuma. Nem a própria mulher ele defendeu no debate passado. Serra levou a   levou a pior. Dilma mostrou que está preparada para presidir o Brasil. Serra nada respondeu, enrolou o tempo todo.


“Agora, quando Serra falar de Cardeal, a Dilma pode falar que o governo francês investiga o caso Alston”. No final, Serra  agradeceu a presença da Dilma, mas sua própria presença não aconteceu. Mostrou ser um candidato totalmente sem conteúdo e não conseguiu se defender quando acusado de querer privatizar a Petrobras. Na área de segurança Serra nada mostrou e ainda esqueceu que o PCC dominou São Paulo governando o estado.



Quem disse que a Petrobras não mudou de nome? Serra é mentiroso!


“Petrobrax”: a marca do Brasil Tucano Pefelista”


Um dos momentos mais tristes do governo tucano pefelista de FHC foi sua tentativa de iniciar um processo de privataria contra o maior patrimônio público brasileiro: a Petrobrás.


A sociedade civil se levantou impedindo mais este crime lesa-pátria. O jornalista Janio de Freitas, em janeiro de 2001, denunciava. “A necessidade comercial de mudança do nome Petrobras para PetroBrax em nada serviria às atividades da Braspetro e aos produtos BR. Mas, os fantásticos R$ 100 milhões constituiriam um negócio com muitas serventias. Como os R$ 2,7 milhões que, em acesso de modéstia, a ‘consultoria de comunicação’ diz ter gasto na operação frustrada.”


Ainda, Janio: “O acionista majoritário e controlador da Petrobras é o Estado, logo, o uso dos recursos financeiros da estatal interessa ao patrimônio público e ao Tesouro Nacional. Parlamentares, Tribunal de Contas da União e, se acionado, o Ministério Público são encarregados de verificar o que o governo e seus prepostos fazem com o dinheiro público em poder da Petrobras e de estatais em geral.”




Leia aqui, aqui e aqui so clippings dos jornais e veja; A Petrobras de Serra, FHC e PSDB, era chamada na época de “Escândalobrás”.

Carta aberta a Fernando Henrique Cardoso

Instituto Humanitas Unisinos - 26 out 10

“Lamento muito o destino do Serra. Se ele não ganhar esta eleição vai ficar sem mandato, mas esta é a política. Vocês vão ter que revisar profundamente esta tentativa de encerrar a Era Vargas com a qual se identifica tão fortemente nosso povo. E terão que pensar que o capitalismo dependente que São Paulo construiu não é o que o povo brasileiro quer. Vocês vão ficar na nossa história como um episódio de reação contra o vedadeiro progresso que Dilma nos promete aprofundar. Ela nos disse que a luta contra a desigualdade é o verdadeiro fundamento de uma política progressista. E dessa política vocês estão fora”.
O texto integra a ‘Carta aberta a Fernando Henrique Cardoso’, escrita por Theotonio Dos Santos publicada em seu blog, 25-10-2010.  Os textos em caixa alta são do autor. Theotonio Dos Santos é Professor Emérito da Universidade Federal Fluminense, Presidente da Cátedra da UNESCO e da Universidade das Nações Unidas sobre economia global e desenvolvimento sustentável. Professor visitante nacional sênior da Universidade Federal do Rio de Janeiro.
Eis a carta.
Meu caro Fernando
Vejo-me na obrigação de responder a carta aberta que você dirigiu ao Lula, em nome de uma velha polêmica que você e o José Serra iniciaram em 1978 contra o Rui Mauro Marini, eu, André Gunder Frank e Vânia Bambirra, rompendo com um esforço teórico comum que iniciamos no Chile na segunda metade dos nos 1960. A discussão agora não é entre os cientistas sociais e sim a partir de uma experiência política que reflete, contudo este debate teórico. Esta carta assinada por você como ex-presidente é uma defesa muito frágil teórica e politicamente de sua gestão. Quem a lê não pode compreender porque você saiu do governo com 23% de aprovação enquanto Lula deixa o seu governo com 96% de aprovação.
Já discutimos em várias oportunidades os mitos que se criaram em torno dos chamados êxitos do seu governo. Já no seu governo vários estudiosos discutimos, já no começo do seu governo, o inevitável caminho de seu fracasso junto à maioria da população. Pois as premissas teóricas em que baseava sua ação política eram profundamente equivocadas e contraditórias com os interesses da maioria da população. (Se os leitores têm interesse de conhecer o debate sobre estas bases teóricas lhe recomendo meu livro já esgotado: Teoria da Dependencia: Balanço e Perspectivas, Editora Civilização Brasileira, Rio, 2000).
Contudo nesta oportunidade me cabe concentrar-me nos mitos criados em torno do seu governo, os quais você repete exaustivamente nesta carta aberta.
O primeiro mito é de que seu governo foi um êxito econômico a partir do fortalecimento do real e que o governo Lula estaria apoiado neste êxito alcançando assim resultados positivos que não quer compartir com você... Em primeiro lugar vamos desmitificar a afirmação de que foi o plano real que acabou com a inflação. Os dados mostram que até 1993 a economia mundial vivia uma hiperinflação na qual todas as economias apresentavam inflações superiores a 10%. A partir de 1994, TODAS AS ECONOMIAS DO MUNDO APRESENTARAM UMA QUEDA DA INFLAÇÃO PARA MENOS DE 10%. Claro que em cada pais apareceram os “gênios” locais que  se apresentaram como os autores desta queda. Mas isto é falso: tratava-se de um movimento planetário.
No caso brasileiro, a nossa inflação girou, durante todo seu governo, próxima dos 10% mais altos. TIVEMOS NO SEU GOVERNO UMA DAS MAIS ALTAS INFLAÇÕES DO MUNDO. E aqui chegamos no outro mito incrível. Segundo você e seus seguidores (e até setores de oposição ao seu governo que acreditam neste mito) sua política econômica assegurou a transformação do real numa moeda forte.
Ora Fernando, sejamos cordatos: chamar uma moeda que começou em 1994 valendo 0,85 centavos por dólar e mantendo um valor falso até 1998, quando o próprio FMI exigia uma desvalorização de pelo menos uns 40% e o seu ministro da economia recusou-se a realizá-la “pelo menos até as eleições”, indicando assim a época em que esta desvalorização viria e quando os capitais estrangeiros deveriam sair do país antes de sua desvalorização. O fato é que quando você flexibilizou o cambio o real se desvalorizou chegando até a 4,00 reais por dólar. E não venha por a culpa da “ameaça petista”, pois esta desvalorização ocorreu muito antes da “ameaça Lula”. ORA, UMA MOEDA QUE SE DESVALORIZA 4 VEZES EM 8 ANOS PODE SER CONSIDERADA UMA MOEDA FORTE? Em que manual de economia? Que economista respeitável sustenta esta tese?
Conclusões: O plano real não derrubou a inflação e sim uma deflação mundial que fez cair as inflações no mundo inteiro. A inflação brasileira continuou sendo uma das maiores do mundo durante o seu governo. O real foi uma moeda drasticamente debilitada. Isto é evidente: quando nossa inflação esteve acima da inflação mundial por vários anos, nossa moeda tinha que ser altamente desvalorizada . De maneira suicida ela foi mantida artificialmente com um alto valor que levou à crise brutal de 1999.
Segundo mito; Segundo você, o seu governo foi um exemplo de rigor fiscal. Meu Deus: um governo que elevou a dívida pública do Brasil de uns 60 bilhões de reais em 1994 para mais de 850 bilhões de dólares quando entregou o governo ao Lula, oito anos depois, é um exemplo de rigor fiscal? Gostaria de saber que economista poderia sustentar esta tese. Isto é um dos casos mais sérios de irresponsabilidade fiscal em toda a história da humanidade.
E não adianta atribuir este endividamento colossal aos chamados “esqueletos” das dívidas dos estados, como o fez seu ministro de economia burlando a boa fé daqueles que preferiam não enfrentar a triste realidade de seu governo. UM GOVERNO QUE CHEGOU A PAGAR 50% AO ANO DE JUROS POR SEUS TÍTULOS, PARA EM SEGUIDA DEPOSITAR OS INVESTIMENTOS VINDOS DO EXTERIOR EM MOEDA FORTE A JUROS NORMAIS DE 3 A 4%, NÃO PODE FUGIR DO FATO DE QUE CRIOU UMA DÍVIDA COLOSSAL SÓ PARA ATRAIR CAPITAIS DO EXTERIOR PARA COBRIR OS DÉFICITS COMERCIAIS COLOSSAIS  GERADOS POR UMA MOEDA SOBREVALORIZADA QUE IMPEDIA A EXPORTAÇÃO, AGRAVADA AINDA MAIS PELOS JUROS ABSURDOS QUE PAGAVA PARA COBRIR O DÉFICIT QUE GERAVA.  
Este nível de irresponsabilidade cambial se transforma em irresponsabilidade fiscal que o povo brasileiro pagou sob a forma de uma queda da renda de cada brasileiro pobre. Nem falar da brutal concentração de renda que esta política agravou dráticamente neste pais da maior concentração de renda no mundo . VERGONHA FERNANDO. MUITA VERGONHA. Baixa a cabeça e entenda porque nem seus companheiros de partido querem se identifica com o seu governo... te obrigando a sair sozinho nesta tarefa insana .
Terceiro mito: Segundo você,  o Brasil tinha dificuldade de pagar sua dívida externa por causa da ameaça de um caos econômico que se esperava do governo Lula. Fernando, não brinca com a compreensão das pessoas. Em 1999 o Brasil tinha chegado à drástica situação de ter perdido TODAS AS SUAS DIVISAS. Você teve que pedir ajuda ao seu amigo Clinton que colocou à sua disposição uns 20 bilhões de dólares do tesouro dos Estados Unidos e mais uns 25 BILHÕES DE DÓLARES DO FMI, Banco Mundial e BID. Tudo isto sem nenhuma garantia.
Esperava-se aumentar as exportações do país para gerar divisas para pagar esta dívida. O fracasso do setor exportador brasileiro mesmo com a espetacular desvalorização do real não permitiu juntar nenhum recurso em dólar para pagar a dívida. Não tem nada a ver com a ameaça de Lula. A ameaça de Lula existiu exatamente em conseqüência deste fracasso colossal de sua política macro-econômica. Sua política externa submissa aos interesses norte-americanos, apesar de algumas declarações críticas, ligava nossas exportações a uma economia decadente e um mercado já copado.
A recusa dos seus neoliberais de promover uma política industrial na qual o Estado apoiava e orientava nossas exportações. A loucura do endividamento interno colossal. A impossibilidade de realizar inversões públicas apesar dos enormes recursos obtidos com a venda de uns 100 bilhões de dólares de empresas brasileiras. Os juros mais altos do mundo que inviabilizava e ainda inviabiliza a competitividade de qualquer empresa. Enfim, UM FRACASSO ECONÔMICO ROTUNDO que se traduzia nos mais altos índices de risco do mundo, mesmo tratando-se de avaliadoras amigas. Uma dívida sem dinheiro para pagar Fernando, o Lula não era ameaça de caos. Você era o caos. E o povo brasileiro correu tranquilamente o risco de eleger um torneiro mecânico e um partido de agitadores, segundo a avaliação de vocês, do que continuar a aventura econômica que você e seu partido criou para este país.
Gostaria de destacar a qualidade do seu governo em algum campo mas não posso faze-lo nem no campo cultural para o qual foi chamado o nosso querido Francisco Weffort (neste então secretário geral do PT) e não criou um só museu, uma só campanha significativa. Que vergonha foi a comemoração dos 500 anos da “descoberta do Brasil”. E no plano educacional onde você não criou uma só universidade e entou em choque com a maioria dos professores universitários sucateados em seus salários e em  seu prestígio profissional. Não Fernando, não posso reconhecer nada que não pudesse ser feito por um medíocre presidente.
Lamento muito o destino do Serra. Se ele não ganhar esta eleição vai ficar sem mandato, mas esta é a política. Vocês vão ter que revisar profundamente esta tentativa de encerrar a Era Vargas com a qual se identifica tão fortemente nosso povo. E terão que pensar que o capitalismo dependente que São Paulo construiu não é o que o povo brasileiro quer. E por mais que vocês tenham alcançado o domínio da imprensa brasileira, devido suas alianças internacionais e nacionais, está claro que isto não poderia assegurar ao PSDB um governo querido pelo nosso povo. Vocês vão ficar na nossa história como um episódio de reação contra o vedadeiro progresso que Dilma nos promete aprofundar. Ela nos disse que a luta contra a desigualdade é o verdadeiro fundamento de uma política progressista. E dessa política vocês estão fora.
Apesar de tudo isto, me dá pena colocar em choque tão radical uma velha amizade. Apesar deste caminho tão equivocado, eu ainda gosto de vocês (e tenho a melhor recordação de Ruth) mas quero vocês longe do poder no Brasil. Como a grande maioria do povo brasileiro. Poderemos bater um papo inocente em algum congresso internacional se é que vocês algum dia voltarão a freqüentar este mundo dos intelectuais afastados das lides do poder.
Com a melhor disposição possível, mas com amor à verdade, me despeço;
Theotonio Dos Santos

Fotos mostram soldados de Israel abusando de palestino

Yahoo notícias - Seg, 25 Out, 03h38
 
Reservistas israelenses críticos a forma como o Exército trata os palestinos divulgaram novas fotos mostrando soldados de Israel segurando rifles de assalto na direção da cabeça de um palestino vendado, e outros soldados pichando a frase "Voltamos logo" em uma parede de uma residência na Faixa de Gaza.
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As imagens, divulgadas hoje pelo grupo Breaking the Silence (Rompendo o silêncio, em uma tradução livre), são as mais recentes de uma série de fotos vazadas nos últimos meses, mostrando o que parecem ser abusos de soldados israelenses contra palestinos.
O grupo afirmou ter divulgado as imagens em sua página do Facebook para rebater a versão dos militares de que a conduta imprópria dos soldados é uma exceção.
"Nós continuaremos a liberar fotos de tempos em tempos para provar que esta é a norma, desse modo é que os soldados se comportam e esse é o preço da ocupação", afirmou um membro do grupo, Yehuda Shaul. "Nós perdemos nossa habilidade de ver os palestinos como nossos iguais".
Não é possível confirmar de modo independente a autenticidade das fotos, mas elas são semelhantes às divulgadas nos últimos meses. Os militares dizem "lamentar" que o grupo tenha publicado as fotos, em vez de levar o material diretamente ao Exército para uma investigação. A instituição ressaltou que as imagens não refletem os valores dos militares.
As faces dos soldados registrados nas fotos foram escurecidas. Shaul disse que o grupo recebeu as imagens há duas semanas, e foi informado de que elas foram tomadas durante a guerra na Faixa de Gaza, há quase dois anos. Ele disse que não podia confirmar absolutamente que essa era a verdade, mas os detalhes das fotos, como as unidades militares ali mostradas, sustentam essa versão.
Mais cedo neste mês, os militares israelenses lançaram uma investigação sobre um vídeo divulgado no YouTube mostrando um soldado israelense dançando de modo sugestivo em volta de uma mulher palestina que estava parada perto de uma parede. Em agosto, uma jovem ex-militar de Israel divulgou fotos pela internet em que ela, de uniforme, posava em frente a prisioneiros palestinos algemados e vendados. Mais cedo neste ano, um vídeo mostrou um grupo de soldados patrulhando na Cisjordânia parando de repente para realizar uma coreografia musical.

segunda-feira, outubro 25, 2010

Nós o merecemos!

Hiram Reis e Silva, Porto Alegre, RS, 25 de outubro de 2010.

“O PT é um partido orientado por intelectuais que estudam e não trabalham, formado por militantes que trabalham e não estudam, comandado por sindicalistas que não estudam nem trabalham e suportado por eleitores que trabalham pra burro e não têm dinheiro pra estudar”. (Anônimo)

Quando alguém, nos dia de hoje, sai em defesa do PT eu recordo, com saudade, que há pouco mais de uma década o partido era modelo de probidade. Convivi com familiares, amigos e conhecidos que eram militantes convictos e, na época, discordávamos por questões puramente ideológicas. Hoje, grande parte deles, frustrada, migrou para pequenos partidos que defendem as mesmas idéias que o antigo PT defendia. O PT com o passar do tempo foi se corrompendo pelas tramas do poder perdendo a identidade e a compostura. Quando me perguntam qual é o meu partido, respondo que é o BRASIL, nunca fui animal de rebanho, sempre tive idéias próprias e não vai ser agora, atingindo a melhor idade, que vou mudar. Não voto nos partidos e sim nos candidatos após analisar seu currículo, suas realizações anteriores sem me preocupar com a cor das bandeiras que defendem. Promessas de campanha viram fumaça tão logo os candidatos tomam posse e só seu passado pode assegurar que realmente cumprirão os compromissos eleitorais. Aqueles que não gostam do que escrevo e me acusam de reacionário eu afirmo que jamais empunhei armas, matei ou mutilei civis inocentes nem assaltei bancos em nome de ideologias alienígenas e muito menos reivindico a famigerada bolsa terrorismo.

Não sou apenas eu que denuncio os desmandos ou impropriedades petistas, são antigos militantes, clérigos e outros cidadãos de bem. Vejamos dois deles:

- PT, “Partido da Morte”

"O PT é o partido da mentira, o PT é o partido da morte. O PT descrimina o aborto, aceita o aborto até o nono mês de gravidez. Isso é assassinato de ser humano que não tem nem o direito de se defender".
 (Dom Luiz Gonzaga Bergonzini)

A afirmativa contundente é do bispo diocesano de Guarulhos Dom Luiz Gonzaga Bergonzini que mandou distribuir dois milhões de cópias de um folheto intitulado “apelo a todos os brasileiros e brasileiras”. O panfleto não trata apenas de uma manifestação contra a interrupção da gravidez ele recomenda taxativamente que “nas próximas eleições dêem seu voto somente a candidatos ou candidatas e partidos contrários ao aborto”.

"Eu tenho uma palavra só, eu não tenho duas ou três palavras como a dona Dilma tem. Ela apresentou três planos de governo, o segundo mascara o primeiro e o terceiro mascara o segundo". (Dom Luiz Gonzaga Bergonzini)

O PT não perde tempo e há uma semana a Polícia Federal apreendeu um milhão dos polêmicos folhetos seguindo determinação do Tribunal Superior Eleitoral (TSE).

- Nosso Problema é a Falta de...
Valmir Fonseca Azevedo Pereira, Brasília, DF, 23 de outubro de 2010

Ultimamente, a “nossa excrescência” esbraveja contra tudo e contra todos, e posa de perseguido, vítima de uma urdidura para desmoralizá-lo e arrebatar das mãos de seu fantoche, o galardão da presidência. Ardilosamente, engendra inimigos sem contornos definidos, a imprensa, as elites, os juízes... travestido, descaradamente, de cordeiro enquanto manipula os cordéis ao seu bel prazer.

Os esqueletos que habitam nos armários do PT, da canalhada de acólitos e dos marqueteiros que assessoram o “poste sem luz”, mal e porcamente, aparecem na grande imprensa e, quando colocados na vitrine, é por pouco tempo; logo surgem as maciças negativas e as esperadas distorções dos fatos. Para desmentir as acusações do “todo poderoso”, acerca da má vontade da imprensa, basta acompanhar a evolução das denúncias; quando expõem as vísceras do desgoverno, de pronto são desmentidas, e rebatidas com acusações contra o candidato Serra.

Maledicências sem qualquer embasamento e reles boatos soltos pelos marqueteiros da candidata adquirem, e são difundidos pela mídia como foros de verdade. Elas proliferam, crescem tornam-se frondosas arvores de frutos podres, que alimentam a fúria da canalha. A tática é exitosa, pois o plácido candidato Serra, de certa forma, submisso aos ditames de seus adversários, vive em posição defensiva, esgrimindo canhestramente para desvencilhar-se.

Nada mais escandaloso do que o manto invisível que encobre o “enviado” e a sua pupila. Ambos esmeram-se em distorcer os fatos, em enunciar dados e desconcertantes números para corroborar os êxitos do impune desgoverno mafioso. Mas o Serra, nada, ou pouco mais do que nada. Por vezes, aguardamos que uma luz celestial recaia sobre o cocuruto dos brasileiros, que aparvalhados com o futuro, reflitam, como pode um mandatário, que realmente nada fez pelo Brasil, que nada produziu de significativo, que não construiu absolutamente nada em oito anos, mas que viajou à beça, que inaugurou a FALTA de compostura no cargo, atingir padrões de popularidade que denigrem a população?

A FALTA de sobriedade da “impune metamorfose” tornou-se tão comum que não arrepia a ninguém, muito menos a dita mídia, que poderia repassar para a opinião pública, para o judiciário e para o TSE o seu clamor de indignação, e sob pressão teriam a coragem de tomar alguma providencia, por modesta que fosse.

Na verdade, por FALTA de dignidade, por FALTA das mínimas condições que compõem a imparcialidade dos homens, da justiça e por FALTA total de cidadania, por FALTA de coragem permitimos que declarados canalhas adquirissem um invólucro protetor de impunidade.

É, meus preclaros, com nossa complacência, conivência, FALTA de atitude, vestimos os patifes com a capa da impunidade. Assim, não adianta, quanto pior o desempenho da candidata, em quaisquer circunstâncias, somos atropelados no dia seguinte com uma estrondosa e maçiçamente divulgada pesquisa de que ela aumentou a diferença. É o milagre da multiplicação das intenções de votos.

Acreditamos, pelos resultados divulgados, posteriormente as gafes e as derrapadas da candidata, que será inútil qualquer debate. Não importa o seu ridículo desempenho, está escrito nas pesquisas, que ela sempre obterá os melhores dividendos. Não assistimos a uma disputa eleitoral, somos espectadores de uma baixaria, de um massacre. Isto não é um duelo de idéias e propostas, é o embate da máquina estatal com todos os seus recursos, com todas as suas armas, inclusive com o aval e a nefasta e virulenta FALTA de vergonha do “grande embusteiro”, contra um candidato.

É a FALTA total de respeito ao regime democrático.

É mais ou menos por aí, que o Chávez, democraticamente, vem tiranizando a Venezuela.

Nós merecemos.
 


Coronel de Engenharia Hiram Reis e Silva
Professor do Colégio Militar de Porto Alegre (CMPA)
Presidente da Sociedade de Amigos da Amazônia Brasileira (SAMBRAS)
Acadêmico da Academia de História Militar Terrestre do Brasil (AHIMTB)
Membro do Instituto de História e Tradições do Rio Grande do Sul (IHTRGS)
Colaborador Emérito da Liga de Defesa Nacional

Dizem que o povo tem o governo que merece. Não acredito que o brasileiro tenha os governantes que merece. Pessoas que se locupletam de "Bolsas Ditadura", que desviam verbas e produtos destinados ao povo, que superfaturam licitações para ganhar propina, que colocam dinheiro em meias, cuecas e só Deus sabe mais aonde, que se acham no direito de aumentar os próprios salários muito acima da inflação ou do reajuste do mínimo, que garantem para si aposentadorias cumulativas (e nada pouco modestas) enquanto o povo gasta sua aposentadoria com medicações de preços abusivos, entre tantas outras coisas. Não creio que o povo mereça isso. 
Mas, é a democracia, a melhor coisa do mundo, em que o povo vota, assina um cheque em branco, e perde o total controle sobre os desmandos dos políticos. Não tem com apeá-los do poder, de derrubar o mentiroso (sim, mentiroso porquê não cumpriu as promessas de campanha), de fiscalizar os poderes Judiciário e Legislativo, pois democraticamente têm que ser independentes e autogestados. 
Por favor, vamos parar com essa idiotice de "democracia" que não é, e realmente tentar criar um modelo que permita ao povo a cobrança de seus direitos e não apenas se manter como o gado da música de Zé Ramalho. Afinal de contas já são vinte e cinco anos de democracia contra vinte e uma de ditadura (ou ditabranda como alguns dizem), e o povo na mesma. Onde se encontra a competência dos democratas? Será que está nas peças íntimas?  

Pedro

Recebi uma daquelas famosas correntes que circulam pela net. Como na maioria das vezes antes de encaminhar pesquisei o assunto (existem sites que verificam a veracidade de tais correntes). Não é o objetivo do blog, mas às vezes gosto de pensar que nada acontece por acaso. O resultado dessa pesquisa foi o site abaixo com o seguinte texto:

 http://www.e-farsas.com/artigo.php?id=88
 

Original:

Leiam com atenção Estranho caso clínico O parto foi através de cesariana, pois até a data prevista 31/3 não houve sinais, então optamos pela cirurgia. Pedro nasceu muito bem. Chorou logo e teve nota 9 de Apgar. Nasceu com 48 cm e pesou 3,4... continuar lendo->>

Essa triste carta circula pela rede desde 2004 e emociona a todos. Em um texto desesperado, os pais de um garoto chamado Pedro, tentam achar alguém que descubra qual o problema do filho.

A mensagem pede para ser repassada e é claro que o mais fácil a se fazer nesses casos é apenas repassar o e-mail. É muito mais simples apenas encaminhar o e-mail e jogar o problema nas mãos dos outros do que tentar ajudar de alguma forma.

Mas não é bem por aí:

Fazendo uma simples busca na internet, descobrimos que o Pedro existe, sim, mas esse texto já está defasado. A própria família criou um site para o Pedro e através desse canal, avisa a todos:

"Se você recebeu este e-mail peço a gentileza de não repassá-lo.
Apenas divulgue o site por estar atualizado.
"

Mas, o que há por trás dessa história do garoto Pedro?

O que aconteceu foi o seguinte: Os pais do Pedro escreveram um carta direcionada aos médicos para que estes ajudassem no diagnóstico da doença do menino. Então, alguém deve ter desviado esse texto para a web e aí... já viu, né?

A família não reclama pelo fato da carta ter se espalhado pela internet! Pelo contrário, segundo o site do Pedro, isso fez com que a família tivesse contato com várias pessoas, no mundo inteiro.

Pedro fará 20 anos em abril de 2009. Até hoje seus pais não receberam um diagnóstico preciso do que seja a real doença de Pedro, mas estão escrevendo um livro que contará toda a vida de luta da família e do Pedro, que é, sem dúvida, um lutador!

Ao invés de repassar essa corrente, aproveite para conhecer o site do Pedro e, se quiser ajudar, veja lá o que a família está precisando e ajude de alguma forma.

No site do Pedro encontrei este belo vídeo: 
 

O Exército Brasileiro e o Plano Máximo Argentino

 SBPH

Na década de 1920, o Exército Brasileiro vivia momentos de grandes dificuldades. Com pequeno e despreparado efetivo, faltavam armamentos e munições modernas, os soldos eram baixos e, não possuía projeção social. A Argentina, no mesmo período, possuía o exército bem estruturado e qualificado, fato que causava preocupação à força terrestre brasileira. Na década de 1930, foram feitas reformas no Exército Brasileiro e, entre outras, elevou-se a profissionalização do efetivo e houve aumento na importação de material bélico. Em 1933, o Exército Argentino considerando o Exército Brasileiro como pretenso inimigo de guerra elaborou o Plano Máximo. O Exército Brasileiro, por sua vez, teve o Exército Argentino como seu rival número um e, passou a elaborar seus planos de guerra direcionados para uma contra-ofensiva ao Plano Máximo.
Introdução
Na última década do século XIX, as duas maiores nações do sul da América experimentavam situações distintas nas suas forças terrestres. Enquanto a Argentina possuía uma razoável organização nos quadros do Exército, o Brasil vivia uma angustiante situação de vencer seus problemas internos e organizar os meios de defesa contra o pretenso inimigo externo.
Em 1900, o Exército Argentino fundou a Escola Superior de Guerra e, a partir dessa época, passou a contar com o auxílio e instrução de diversos tenentes coronéis alemães, como Von Bellow e Von Thavenay em 1910, Von Goltz e Von Krestzchmer em 1911 e Schlegner em 1912. Segundo Armando Duval, adido militar brasileiro na Argentina, "os contratos dos professores alemães foram sempre feitos em Berlim pelo adido militar argentino".1
Além de receber instruções dos oficiais alemães, a Argentina também passou a importar material bélico da Alemanha, como afirma Potash:
Un aspecto significativo de la importância que se atribuyó después de 1900 al professionalismo fue la difusión de la influencia militar alemana em la forma de asesores, períodos de entrenamiento em ultramar y armamentos.Una serie de contratos firmados com lãs fabricas alemanas de municiones, a partir de la década de 1890, determino que el Ejército argentino se abactecia casi totalmente com armas y equipos fabricados em Alemania.2
O recorte temporal do artigo restringe-se às décadas de 20 e 30, e contextualiza-se na concorrência entre França e Alemanha pelos mercados militares na América do Sul. O envio de instrutores e / ou missões militares para países menos desenvolvidos ampliava o mercado bélico e expandia a língua e a cultura dos países de origem. A França e a Alemanha disputavam missões militares na América Latina: enquanto Brasil, Peru e Uruguai contrataram missões francesas a Argentina, o Chile e o Equador fizeram acordos com a Alemanha. 3
A preparação do Exército Argentino foi sempre motivo de preocupação e receio para o Exército Brasileiro. As comparações foram tornando-se inevitáveis, e aumentaram o fomento para a profissionalização e o aperfeiçoamento das forças nacionais. O Brasil, porém, fundou a sua Escola Superior de Guerra (ESG), apenas em 1958, com um programa extensivo as três forças (Exército, Marinha e Aeronáutica) e tendo por princípios fundamentais a segurança nacional, o desenvolvimento e o Brasil como grande potência.4
Na busca pela modernização e pela profissionalização dos quadros, o Exército resolveu, juntamente com o Poder Legislativo e com o aval do Ministro da Guerra, Pandiá Calógeras, contratar uma missão estrangeira para instruir seus oficiais. Calógeras viajou por muitos estados e constatou a precariedade da força terrestre, tanto nas instalações como em efetivo e nos armamentos e munições disponíveis. A escolha da nacionalidade da missão de instrução recaiu no Exército Francês, em virtude dos desígnios da Primeira Guerra Mundial.
As Preocupações do Exército Brasileiro com o Exército Argentino
Conscientes de suas carências e do atraso técnico-científico em que se encontravam, e conhecendo os passos à frente que a República Argentina dava em relação aos assuntos militares, os oficiais brasileiros passaram a traçar um panorama de comparações e o quanto estavam longe de dominar o cenário sul americano:
Na República Argentina foi o governo que tomou a iniciativa de apresentar um projeto que aumentando os vencimentos dos militares. (...) E os vencimentos dos oficiais argentinos já são bem superiores aos dos oficiais brasileiros, principalmente nos altos postos.5
Comprovando a afirmação acima, o mesmo número da revista traz como demonstrativo o quadro abaixo, em que os valores salariais estão expressos em Réis, moeda corrente brasileira à época:6
Quadro Comparativo dos Vencimentos de Oficiais dos Exércitos Brasileiro e Argentino
Posto
Vencimentos dos Brasileiros
Vencimento dos Argentinos.
Tenente General (Marechal)
2.800$000
3.315$000
General Divisão
2.350$000
2.890$000
General Brigada.
1.900$000
2.550$000
Coronel
1.450$000
1.870$000
Tenente. Coronel
1.200$000
1.360$000
Major
950$000
1.071$000
Capitão
750$000
714$000
Primeiro Tenente.
575$000
561$000
Segundo Tenente
450$000
510$000
FONTE: A Defesa Nacional, Rio de Janeiro: 15 de Setembro de 1919, Ano VI, N. 71 e 72. p. 03.
A Defesa Nacional, além de denunciar os problemas existentes no meio militar, passou a demonstrar o funcionamento do Exército Argentino, fazendo comparações entre as forças a fim de comprovar a situação inferior que o Brasil ocupava na América Latina, pois "na República Argentina o quadro é bem remunerado, sendo somente o valor profissional a base para promoções e, por isso, é zeloso, competente e vive satisfeito."7 E fez essa séria análise quanto ao quadro acima:
No Brasil, os militares, reduzidos à condição de simples funcionários comuns aos quais não se reconhece outra distinção que não seja a de algumas insígnias do traje que lhes é decretado, são naturalmente levados a pensar na recompensa do seu trabalho e dos seus riscos, caindo nas comparações, que não serão aliás com os contínuos ou serventes, mas com magistrados, os deputados e outros quaisquer funcionários de categoria superior, além do mais, porque é perfeitamente justo considerar o que cada um é e não o que deveria ser.8
Essa constatação se fez pertinente no período, porque os militares do Exército Nacional se sentiam desprestigiados, pelos civis e pelos destacamentos armados que cada estado da federação possuía. O poderio militar, a real força armada estava nas mãos de algumas importantes brigadas estaduais, que possuíam material bélico importado e grandes efetivos bem preparados.
A população brasileira não tinha nenhum apreço especial pelo exército nacional, enquanto "na República Argentina o povo está satisfeito com seu sistema militar, tendo orgulho dele e interesse por seu funcionamento regular."9 O Exército precisava resolver seus problemas internos para assegurar a unidade institucional, acabar com o poder paralelo das brigadas estaduais e colocar-se em posição de destaque entre os Exércitos da América Latina. Em meio a todas essas dificuldades o Exército Brasileiro não perdeu nunca de vista os progressos militares realizados pela Argentina, e mais uma vez a Defesa Nacional lançou um alerta, agora enunciando que a indústria de aviação argentina despontava e colocava o país em supremacia aérea na América do Sul, ainda na década de 20:
A fundação da indústria de fabrico de aviões na América do Sul, por qualquer país, coloca todos os outros numa situação de inegável inferioridade. E Como a Argentina acaba de fazê-lo, a sua supremacia aérea torna-se indiscutível. (...) A comissão argentina presidida pelo General Belloni, que se emprega na Europa em adquirir os armamentos necessários para a execução do programa militar argentino, comprou toda a maquinaria necessária, contratou técnicos e operários especialistas, adquiriu grande copia de material para a fabricação. (...) Os argentinos compraram o brevet da marca Lorraine-Dietrich, e estão em negociações para a aquisição de outras patentes, notadamente do Breguet e Spano-Suiza. (...) As firmas européias que venderam as patentes, são obrigadas nos termos do contrato, a produzir os mesmos tipos na Argentina, introduzindo-lhes os aperfeiçoamentos que forem conseguidos pelas suas matrizes na europa.10
A República Argentina empenhou-se desde o início do século XX pelo aperfeiçoamento de suas forças, pela profissionalização de seus quadros, pelos armamentos de última tecnologia, e empenhou-se ao máximo pela supremacia militar, principalmente em relação às nações que considerava suas iminentes rivais, Chile e Brasil. O Coronel Molina, chefe do Exército Argentino, em meados de 1926, defendia publicamente que Brasil e Chile planejavam formar uma aliança para aniquilar a Argentina, fato que obrigou os militares brasileiros a fazer a seguinte declaração:
(...) nada autoriza imaginar, como fez o ilustre coronel Molina, o Brasil formando aliança com o Chile as garras de uma tenalha para esmagar a Argentina, idéia essa que nem por hipótese se poderia enquadrar nos intuitos da política brasileira.11
O Plano Máximo Argentino
O Plano máximo é pouco referendado pelos livros especializados, a priori temos Frank McCann que em sua obra A Nação Armada, fez uma breve citação sobre o tema. O conhecimento desse artigo sobre o assunto advém do Arquivo Góes Monteiro, que se encontra no Arquivo Nacional.
Na afirmação feita pelo coronel Molina, anteriormente mencionada, repousou a idéia central do Plano Máximo, que foi desenvolvido pelo alto comando argentino, em meados de 1933. A Argentina adestrou e preparou seus quadros contra uma pretensa investida Chilena apoiada pelo Exército Brasileiro. A hipótese de guerra considerada mais pretensa e mais perigosa seria a união entre Chile e Brasil. Em contrapartida, o Brasil tinha a Argentina como seu potencial inimigo, e todas as manobras e distribuições de quadros eram executados pensando na ameaça Argentina.
A situação de desconfiança e de rivalidade militar foi tão intensa que gerou uma certa crise diplomática, chegando ao ápice de as autoridades argentinas tratarem os adidos militares brasileiros com " visível desconfiança", impedindo-os de visitarem as zonas de combate.12
Essa leitura dos fatos históricos e dos interesses latino-americanos fez com que o sul do Brasil, como em períodos antecedentes, continuasse sendo bem vigiado, e guarnecidos os destacamentos já existentes com grande efetivo. O Rio Grande do Sul teve prioridade de defesa, pois, caso houvesse uma invasão armada ao nosso País, esta se daria pelo sul, organizada pelas forças argentinas.
A Argentina estava sendo instruída pelo Exército alemão e, conforme Mc Cann, em 1933 "os argentinos haviam desenvolvido o Plano Máximo baseado na hipótese de guerra com o Brasil e o Chile".13 Brasil e Argentina disputavam espaços de influência dentro das relações internacionais latino-americanas, como analisa Gordim Silveira:
A relação Brasil X Argentina era uma disputa em torno da configuração de um sistema de poder na América do Sul, sustentado pela transposição ideológica dos padrões das relações entre países capitalistas. (...) é de se notar a maior presença do Exército, centro dos estudos geopolíticos, junto às instâncias de decisão do estado, tanto na Argentina, quanto no Brasil. Na verdade, as Forças ArmadAs constituem-se em sustentáculos fundamentais da retomada do controle do Estado pela oligarquia, no caso Argentino, e do estado de compromisso, levado a efeito pela política varguista, no Brasil.14
Vargas utilizou a fragilidade no meio militar para fortalecer suas relações com o alto comando e fazer com ele alianças. Concomitante às novas contratações das missões francesas, ocorreu uma pesada importação de armamentos novos. Muitos oficiais superiores foram mandados para cursos de complementação no exterior, as promoções foram devidamente regularizadas e respeitadas, e, enfim, Getúlio, após o golpe de 1930 atendeu aos seus próprios interesses políticos e auxiliou nas transformações exigidas pelos militares e pela concorrência externa do exército argentino.
Em 1930, depois de 10 anos de instrução francesa, o exército brasileiro aumentou seu efetivo, contando com oficiais profissionalizados e com o apoio do governo central para importação de armamentos e o pagamento de cursos complementares no exterior. As medidas de Vargas deram novo ânimo ao Exército, pois mantiveram as missões de instrução e passaram a apoiar a Instituição. Daí se justifica a preocupação que o Exército Argentino passou a ter com Exército Brasileiro, em meados de 1933.
A disputa entre ambos países forneceram as bases para a formulação do Plano Máximo argentino, que passou a traçar a concepção operativa e a distribuição de seus cargos, considerando que, "por circunstâncias del momento, deben considerarse adversários de la primera hora a Chile, Brasil, Uruguay y Bolívia".15 O plano, após definir seus pretensos inimigos, passou a justificá-los, e, no caso do Brasil, eis a explicação:
la expansión territorial puede ser un objetivo complementario del Brasil, em uma guerra contra la Argentina, si se tiene em cuenta la situación de Missiones, que aparece introduciéndose como uma cuña em território brasileño, reduciendo la zona de influencia brasileña sobre el Paraguay, impidiendo el usufructo de las cataratas del Iguazú, y sustrayendo yerbatales a esta importante industria del Brasil, seriamente afectada, algunas veces, por medidAs protecccionistas argentinas em favor de la yerba missionera.
la incorporación de Misiones a la soberania del Brasil permitiria a este el domínio de uma de las puestas de salida del Paraguay, com lo que aumentaria considerablemente su influencia sobre este país; y la conquista de aquel território no presenta las seriAs dificultades de Corrientes y Entre Rios.16
Uma possível expansão territorial brasileira era a justificativa para que o Brasil figurasse entre os países que ameaçavam a paz na República Argentina. Os outros países acima referendados não serão analisados por não comporem o foco principal deste artigo. Daí se desenharam os objetivos de guerra e as zonas de ação do Exército Argentino, que, após analisar os fatos e também as distribuições de tropas brasileiras , afirmava:
Nuestro objetivo de guerra debe ser el desgaste y la derrota de las fuerzas brasileñas, com miras hacia uma paz garantizada y com compensaciones por los gastos y perjuicios ocasionados por la contienda; por parte del Brasil, um objetivo semejante, acrecentado por la imediata ocupación del território de Missiones, com el propósito de imponermos una paz em la que, además de las compensaciones mencionadas, reconociéramos su derecho a la poseción de vdicho território y lê acordáramos determinadas ventajas em el usufructo del rio de la Plata y sus afluentes principales.
Em cuantoa la zona ed acción del Ejército y de la aviación del Brasil contra nuestro país, aparte del território de Missiones, al que habrá de destinar uma iracción relativamente poço importante de sus tropas, forzosamente debe pensarse em la región fronteriza de Corrientes, ampliada hacia la de Entre Rios como consucuencia de la alianza com el Uruguay, y com direción general hacia nuestros grandes centros vitales, Rosário e Buenos Aires. (...) com nosotros o contra nosotros nohay neutralidad posible.17
Os argentinos previamente definiram os pontos de ataque, as áreas estratégicas por onde os brasileiros poderiam avançar e, a partir disso, determinaram uma linha de atuação, uma tática de guerra. Os Argentinos justificavam sua hipótese de guerra através da própria área estratégica, pois consideravam que o Brasil poderia ter algum interesse pela região de Missiones.
Acopladas à estratégia, encontravam-se informações importantes sobre os quadros da força brasileira, que era tratada como informes especiais, e aventavam que o Brasil "tinha 9 Divisiones de Ejército (de fuerza cada una de 28.000 homens), 5 Divisiones de Caballería ( de fuerza cada uma de unos 6.500 homens). Efectivo total de combatientes 290.000 homens."18
O Plano Máximo calculava que o tempo que o Brasil necessitaria para deslocar suas tropas e seu material bélico para chegar à fronteira e concretizar a invasão armada era de quatro meses. Os argentinos tinham conhecimento da falta de mobilidade brasileira e também da situação das estradas e ferrovias, por isso foi feita uma estimativa tão larga de tempo para a mobilização em direção ao sul, não esquecendo, contudo, que uma boa parte dos quadros já se encontrava no Rio Grande do Sul. O problema da mobilidade brasileira era significativo, pois, com os armamentos pesados e com poucas vias em condições de transportar o material bélico em segurança e com rapidez, esse fator representava um atraso nas operações de guerra.
Mediante essas análises, o Brasil seria o primeiro país a tomar a dianteira, e declarar guerra, invadindo o território argentino, e logo após integrando-se a ele o Exército Chileno. Então o Estado Maior Argentino começou a preparar sua contra-ofensiva e concluiria convictamente que "la actitud que necessariamente debemos adoptar cuanto antes, es la de una enérgica ofensiva, estratégica contra el enemigo principal, simultaneamente com la defensiva estratégica em los demás frentes."19
O planejamento da distribuição de forças aconteceria da seguinte maneira:
Como consucuencia de la variedad de teatros de operaciones a atender sobre nuestras diferentes fronteras, de lAs grandes distancias que lês separan entre si y de lAs insuficientes y precárias comunicaciones que los unen , No es posible pensar hoy ni lo será por largo tiempo, em um sistema de empleo de nuestras fuerzas "por líneAs interiores", es decir, em la protección por fuerzas menores colocadas em todos los puntos vulnerables, para que la masa`del Ejército, pueda acudir sucesivamente de uno a outro objetivo, después de obtener la decisión sobre cada uno de ellos.20
O Plano Máximo era uma medida de segurança contra um pretenso ataque brasileiro, e após obter informes sobre o exército adversário, passou a preparar seus quadros na defesa dessa ofensiva. As considerações aventadas até aqui compunham a "variante B" do referido projeto. Era na verdade, a segunda alternativa, pois como todo bom plano de guerra, caso uma das variantes traçadas não desse certo, teríamos uma outra estratégia.
A variante A previa uma concentração de forças brasileiras na região central e noroeste do Rio Grande do Sul, tendo com isso a Argentina que deslocar seus destacamentos de defesa para a região nordeste da Argentina. Conforme o documento secreto, o Exército do Brasil estaria assim localizado:
El grueso de sus fuerzas inicialmente em Cacequy y más al oeste donde probablemente se aprestará para defenderse em previsión de um posible avance de fuerzas superiores argentinas. No debe descartarse que transcurrido um tiempo prudencial sean desembarcadas más hacia el oeste, probablemente cerca de Uruguayana21.
A defesa Argentina então concentraria suas forças militares próximas da fronteira com o Brasil, da seguinte maneira:
Las D.C.1, D.C.2, D.C.3 y D.3, imediatamente al Este del Rio Uruguay, cubiendo el sector entre el Rio Ibicuy y la línea\ limítrofe con la República Oriental del Uruguay, manteniendo la masa cerca Uruguayana, para proteger la frontera y la concentración.22.
Os lugares de concentração das forças argentinas estariam em Bomplan, Cabred, Curuzú-Cuatiá com formações especiais, San Jaime e Corrientes com um destacamento de reforço, suas divisões de cavalaria.
Assim como a Argentina possuía conhecimentos sobre a organização das forças terrestres brasileiras, o Brasil também tinha informes sobre as condições argentinas e passou a preparar-se contra um propenso ataque. As missões militares francesas ainda em 1920, sob a chefia do General Maurice Gamelin, já previam a Argentina como uma pretensa inimiga, primeiramente devido às disputas territoriais e às rivalidades pela supremacia nacional, e também pelos componentes históricos que permeavam a vida política das duas nações.
O pensamento brasileiro a respeito da ameaça argentina como uma poderosa inimiga estendeu-se por muitos anos. Mesmo às vésperas da Segunda Guerra Mundial, os brasileiros negaram-se a seguir as instruções americanas em guarnecer o nordeste brasileiro. Eles prosseguiram enviando tropas para o Rio Grande do Sul, pois diante das desordens decorrentes da guerra, a Argentina poderia tentar uma ofensiva contra o Brasil e invadir o território nacional.
A reorganização e profissionalização do Exército Nacional tiveram como objetivo primeiro o realce das forças no contexto latino-americano, e para tal teve como maior rival o poderio e o preparo do Exército Argentino. Enquanto a Argentina desenvolvia e colocava em ação o Plano Máximo, por meio do adestramento de seus destacamentos e do estudo da distribuição geográfica que melhor defendesse a nação contra uma pretensa invasão, o Exército Brasileiro, por sua vez, analisava e colocava a Argentina como sua pretensa hipótese de guerra.
Conclusão
A descoberta do Plano Máximo pelas autoridades brasileiras serviu de estímulo para que, além de permanecer impulsionando o desenvolvimento do exército, também fossem contempladas outras áreas, como por exemplo, as estradas de rodagem e as vias férreas. O Plano Máximo foi uma prova concreta encontrada nos arquivos de Góes Monteiro que demonstrou o clima beligerante que permeava as relações entre o Brasil e a Argentina, e que de certa forma incentivou o Exército Brasileiro a desenvolver seu potencial militar, analisando a impulsão do ponto de vista internacional.
Notas
1 DUVAL, Armando. A Argentina Potência Militar. Rio de Janeiro: Imprensa Nacional, 1922. p. 368-369.
2 POTASH, Robert. El Ejército y la Política en la Argentina (1928-1945): De Yrigoyen a Perón. Buenos Aires: Sudamericana, 1984. p.18.
3 FERNANDES, Heloísa Rodrigues. Política e Segurança. São Paulo: Alfa-Ômega, 1973.
4 ARRUDA, Antonio. ESG: História de sua Doutrina. São Paulo: INL, 1980.
5 A Defesa Nacional, Rio de Janeiro: 15 de Setembro de 1919, Ano VI, N. 71 e 72. p. 03
6 A Defesa Nacional, Rio de Janeiro: 10 de Março de 1919. Ano VI, N. 66. p. 199-201.
7 A Defesa Nacional, Rio de Janeiro: janeiro de 1929, Ano XVI, N. 181. p. 49.
8 A Defesa Nacional, Rio de Janeiro: 15 de Setembro de 1919, Ano VI, N. 71 e 72. p.04.
9 A Defesa Nacional, Rio de Janeiro: janeiro de 1929, Ano XVI, N. 181. p. 50.
10 A Defesa Nacional, Rio de Janeiro: 10 de Março de 1927, Ano XIV, N. 159. p. 97.
11 A Defesa Nacional, Rio de Janeiro: junho de 1926, Ano XIII, N. 149. p.123.
12 MC CANN, Frank Junior. A Nação Armada: Ensaios sobre a História do Exército Brasileiro. Recife Guararapes, 1982. p.67-68.
13 MCCANN, F. Op. cit. Nota 18. p.65.
14 SILVEIRA, Helder Gordim.Argentina X Brasil: a Questão do Chaco Boreal. Porto Alegre: EDIPUCRS, 1997. p. 85.
15 Documento Secreto do Ministério da Guerra Argentino. Arquivo Nacional, Arquivo Góes Monteiro - AS 683.1.1.
16 A Defesa Nacional, Rio de janeiro: junho de 1926, Ano XIII. N. 149. p.02.
17 A Defesa nacional, Rio de Janeiro: junho de 1926, Ano XIII. N. 149. p. 03.
18 A Defesa Nacional, Rio de Janeiro: junho de 1926, Ano XIII. N. 149. p.04.
19 A Defesa Nacional: Rio de Janeiro: junho de 1926, Ano XIII. N> 149. p.07.
20 A Defesa Nacional: Rio de Janeiro: junho de 1926, Ano XIII. N. 149.. p. 07.
21 Plan de Operaciones Maximo, Variante A: Fronteira Noroeste. Arquivo Nacional, Arquivo Góis Monteiro. SA 683.5.5. p.4.
22 Plan de Operaciones Maximo, Variante A: Fronteira Noroeste. Arquivo Nacional, Arquivo Góes Monteiro. AS 683.5.5. p.4.