Nesse ano de eleições é bom ficar de olho nos candidatos. Esse vídeo apesar de ser uma brincadeira trás embutida uma seriedade fenomenal. Não vamos nesse ano cometer velhos erros do passado, mantendo na direção do país (em todas as esferas) OS ROUBOLATIONS que tanto conhecemos.
"O ensino, como a justiça, como a administração, prospera e vive muito mais realmente da verdade e moralidade, com que se pratica, do que das grandes inovações e belas reformas que se lhe consagrem." Rui Barbosa
"E aqueles que foram vistos dançando foram julgados insanos por aqueles que não podiam escutar a música"
Friedrich Nietzsche
Friedrich Nietzsche
quarta-feira, março 03, 2010
terça-feira, março 02, 2010
Sobre o Ensino Público Superior
Vou abordar outra questão que muito me incomoda, essa conversa mole de que o ensino público superior é gratuito.
Gratuito para quem? Os professores recebem boa remuneração (não a merecida), existem os gastos com laboratórios e aulas práticas. Alguém paga essa conta, nesse caso o imposto dos contribuintes.
As bibliotecas das universidades tem livros em quantidade suficiente para atender a demanda dos alunos necessitados? Ou os alunos tem que esperar a devolução dos livros para em um sistema de rodízio ter acesso?
Quando falo em alunos necessitados, estou falando dos alunos cotistas. Aqueles que tem sido beneficiados com as atuais medidas de inclusão. Em um passado recente os oriundos de escolas públicas sofriam com xerox de livros caríssimos (protegidos por lei autoral) para terem acesso a material de estudo.
No caso de cursos como o direito e medicina, temos a grande maioria dos alunos vindos de classes mais abastadas economicamente. São pessoas que se beneficiam do sistema gratuito (sem a necessidade real de tê-lo) e saem profissionais competentes que vão em sua maioria ganhar altos salários pelo resto da vida.
Que retorno para a sociedade tais profissionais fazem? Quando digo sociedade aqui, não estou falando de quem pode pagar, mas de quem não pode. Pois todos, mesmo os que não podem, pagam impostos indiretos.
Deve-se pensar em um modelo que coloque tais formandos abastados (a universidade sabe quem são) a prestar serviços comunitários de forma gratuita como o ensino que receberam para ue dêem um retorno às populações carentes por pelo menos um ano após a graduação. Assim teríamos mais médicos competentes para atender nos postos de saúde e hospitais, mais advogados para defender os carentes, mais engenheiros para acompanhar fiscalizações de obras, etc.
Nosso modelo de ensino público superior gratuito precisa ser repensado, para que realmente a tal falada extensão universitária possa realmente acontecer.
Gratuito para quem? Os professores recebem boa remuneração (não a merecida), existem os gastos com laboratórios e aulas práticas. Alguém paga essa conta, nesse caso o imposto dos contribuintes.
As bibliotecas das universidades tem livros em quantidade suficiente para atender a demanda dos alunos necessitados? Ou os alunos tem que esperar a devolução dos livros para em um sistema de rodízio ter acesso?
Quando falo em alunos necessitados, estou falando dos alunos cotistas. Aqueles que tem sido beneficiados com as atuais medidas de inclusão. Em um passado recente os oriundos de escolas públicas sofriam com xerox de livros caríssimos (protegidos por lei autoral) para terem acesso a material de estudo.
No caso de cursos como o direito e medicina, temos a grande maioria dos alunos vindos de classes mais abastadas economicamente. São pessoas que se beneficiam do sistema gratuito (sem a necessidade real de tê-lo) e saem profissionais competentes que vão em sua maioria ganhar altos salários pelo resto da vida.
Que retorno para a sociedade tais profissionais fazem? Quando digo sociedade aqui, não estou falando de quem pode pagar, mas de quem não pode. Pois todos, mesmo os que não podem, pagam impostos indiretos.
Deve-se pensar em um modelo que coloque tais formandos abastados (a universidade sabe quem são) a prestar serviços comunitários de forma gratuita como o ensino que receberam para ue dêem um retorno às populações carentes por pelo menos um ano após a graduação. Assim teríamos mais médicos competentes para atender nos postos de saúde e hospitais, mais advogados para defender os carentes, mais engenheiros para acompanhar fiscalizações de obras, etc.
Nosso modelo de ensino público superior gratuito precisa ser repensado, para que realmente a tal falada extensão universitária possa realmente acontecer.
O Trote
É sabido que nas mais diversas Universidades do Brasil os calouros são recebidos com trotes.
Aqui na UFRGS os trotes vão da pintura dos alunos à obrigá-los a pedir dinheiro na rua para resgatar bens que ficaram retidos pelos alunos veteranos. Como nada tem de violento em si, até que é aceitável.
Mas novamente nos vemos a volta com trotes violentos na mídia. Interessantemente de novo na medicina. Lembram do caso do Edison Tsung Chi Hsueh, calouro da USP que morreu na piscina em 1999? Em 2004 morreu também em uma piscina Ulisses Sávio Vasconcelos Peixoto calouro da medicina na Universidade de Cuiabá (Unic). Pois é, parece que a turma da medicina não se contenta com trotes leves, tem que pegar pesado.
No caso da USP o pai, o engenheiro civil Hsueh Feng Ming morreu em 2008 sem ver o caso resolvido, ou pessoas punidas pela morte do filho.
Qual será a razão para tal situação? Bom, nas diversas universidades do país os alunos da medicina são em sua grande maioria oriundos das classes A e B. Nesses casos de trote, tais indivíduos são pessoas que muitas vezes se prevalecem da condição social para escapar impunes dos atos que cometeram. No caso da USP, isso beira o ridículo, uma vez que ocorreu dentro da própria universidade e nenhum aluno foi expulso. Os responsáveis deveriam ter sido, mesmo que a morte tenha sido acidental, foi dentro dos muros da instituição e essa tinha a responsabilidade de punir os responsáveis com a expulsão, não importa se eram formandos de medicina de uma das maiores universidades do país, ou se por acaso, tinham por trás o poder econômico a protegê-los. É uma falha terrível de conduta das nossas universidades essa situação.
Alguns reitores alegam que nada podem fazer com relação à conduta de alunos fora da universidade. Bem, até certo ponto tem razão. Mas, a recepção de um calouro com trote violento deve ser visto com maior responsabilidade.
Se as universidades brasileiras tem autonomia para gerir uma série de questões (por sinal se gabam da tal autonomia), porque não colocar em seus estatutos internos a punição de expulsão aos alunos que realizam trotes violentos? Me passa a impressão que não há real interesse por parte do ensino superior resolver tais questões, talvez por afetar interesses de quem tem o poder.
Aqui na UFRGS os trotes vão da pintura dos alunos à obrigá-los a pedir dinheiro na rua para resgatar bens que ficaram retidos pelos alunos veteranos. Como nada tem de violento em si, até que é aceitável.
Mas novamente nos vemos a volta com trotes violentos na mídia. Interessantemente de novo na medicina. Lembram do caso do Edison Tsung Chi Hsueh, calouro da USP que morreu na piscina em 1999? Em 2004 morreu também em uma piscina Ulisses Sávio Vasconcelos Peixoto calouro da medicina na Universidade de Cuiabá (Unic). Pois é, parece que a turma da medicina não se contenta com trotes leves, tem que pegar pesado.
No caso da USP o pai, o engenheiro civil Hsueh Feng Ming morreu em 2008 sem ver o caso resolvido, ou pessoas punidas pela morte do filho.
Qual será a razão para tal situação? Bom, nas diversas universidades do país os alunos da medicina são em sua grande maioria oriundos das classes A e B. Nesses casos de trote, tais indivíduos são pessoas que muitas vezes se prevalecem da condição social para escapar impunes dos atos que cometeram. No caso da USP, isso beira o ridículo, uma vez que ocorreu dentro da própria universidade e nenhum aluno foi expulso. Os responsáveis deveriam ter sido, mesmo que a morte tenha sido acidental, foi dentro dos muros da instituição e essa tinha a responsabilidade de punir os responsáveis com a expulsão, não importa se eram formandos de medicina de uma das maiores universidades do país, ou se por acaso, tinham por trás o poder econômico a protegê-los. É uma falha terrível de conduta das nossas universidades essa situação.
Alguns reitores alegam que nada podem fazer com relação à conduta de alunos fora da universidade. Bem, até certo ponto tem razão. Mas, a recepção de um calouro com trote violento deve ser visto com maior responsabilidade.
Se as universidades brasileiras tem autonomia para gerir uma série de questões (por sinal se gabam da tal autonomia), porque não colocar em seus estatutos internos a punição de expulsão aos alunos que realizam trotes violentos? Me passa a impressão que não há real interesse por parte do ensino superior resolver tais questões, talvez por afetar interesses de quem tem o poder.
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