"E aqueles que foram vistos dançando foram julgados insanos por aqueles que não podiam escutar a música"
Friedrich Nietzsche

sábado, outubro 09, 2010

Poesia

Apesar de Jarbas Agnelli não ser o pioneiro nesse tipo de situação,pois, vários compositores do século XX utilizaram analogias entre partituras e imagens de fotos, cartões postais, montanhas, paisagens amplas, gráficos da bolsa, etc, não deixa de ser um belo trabalho e que realmente mostra que podemos encontrar poesia onde menos esperamos. Villa-Lobos escreveu SkyLine em 1939 quando via o contorno de Nova Iorque de seu quarto de hotel, também escreveu a Sinfonia 6: On the Profiles of the Mountains of Brazil. 

terça-feira, outubro 05, 2010

AS VÁRIAS FOMES DA MARINA

José Ribamar Bessa Freire - 31/01/2010 - Diário do Amazonas

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“Ai, meu Deus! / O que foi que aconteceu / com a música popular brasileira”? 
Há pouco, Caetano Veloso descartou do seu horizonte eleitoral o presidente Lula da Silva, justificando: “Lula é analfabeto”. Por isso, o cantor baiano aderiu à candidatura da senadora Marina da Silva, que tem diploma universitário. Agora, vem a roqueira Rita Lee dizendo que nem assim vota em Marina para presidente, “porque ela tem cara de quem está com fome”. Os Silva não têm saída: se correr o Caetano pega, se ficar a Rita come.
Tais declarações são espantosas, porque foram feitas não por pistoleiros truculentos, mas por dois artistas refinados, sensíveis e contestadores, cujas músicas nos embalam e nos ajudam a compreender a aventura da existência humana. Num país dominado durante cinco séculos por bacharéis cevados, roliços e enxudiosos, eles naturalizaram o canudo de papel e a banha como requisitos indispensáveis ao exercício de governar, para o qual os Silva, por serem iletrados e subnutridos, estariam despreparados.
Caetano e Rita Lee foram levianos, deselegantes e preconceituosos. Ofenderam o povo brasileiro, que abriga, afinal, uma multidão de silvas famélicos e desescolarizados. De um lado, reforçam a idéia burra e cartorial de que o saber só existe se for sacramentado pela escola e que tal saber é condição sine qua non para o exercício do poder. De outro, pecam querendo nos fazer acreditar que quem está com fome carece de qualidades para o exercício da representação política. A rainha do rock, debochada, irreverente e crítica, a quem todos admiramos, dessa vez pisou na bola. Feio.
 - “Venenosa! Êh êh êh êh êh! / Erva venenosa, êh êh êh êh êh! / É pior do que cobra cascavel / o seu veneno é cruel.../.Deus do céu! / Como ela é maldosa!”. Nenhum dos dois – nem Caetano, nem Rita - têm tutano para entender esse Brasil profundo que os silvas representam.
A senadora Marina da Silva tem mesmo cara de quem está com fome? Ou se trata de um preconceito de roqueira paulista, que só vê desnutrição ali onde nós vemos uma beleza frágil e sofrida de Frida Kahlo, com seu cabelo amarrado em um coque, seus vestidos longos e seu inevitável xale? Talvez Rita Lee tenha razão em ver fome na cara de Marina, mas se trata de uma fome plural, cuja geografia precisa ser delineada. Se for fome, é fome de quê?
O mapa da fome
A primeira fome de Marina é, efetivamente, fome de comida, fome que roeu sua infância de menina seringueira, quando comeu a macaxeira que o capiroto ralou. Traz em seu rosto as marcas da pobreza, de uma fome crônica que nasceu com ela na colocação de Breu Velho, dentro do Seringal Bagaço, no Acre. Órfã da mãe ainda menina, acordava de madrugada, andava quilômetros para cortar seringa, fazia roça, remava, carregava água, pescava e até caçava. Três de seus irmãos não agüentaram e acabaram aumentando o alto índice de mortalidade infantil. 
Com seus 53 quilos atuais, a segunda fome de Marina é dos alimentos que, mesmo agora, com salário de senadora, não pode usufruir: carne vermelha, frutos do mar, lactose, condimentos e uma longa lista de uma rigorosa dieta prescrita pelos médicos, em razão de doenças contraídas quando cortava seringa no meio da floresta. Aos seis anos, ela teve o sangue contaminado por mercúrio. Contraiu cinco malárias, três hepatites e uma leishmaniose.
A fome de conhecimentos é a terceira fome de Marina. Não havia escolas no seringal. Ela adquiriu os saberes da floresta através da experiência e do mundo mágico da oralidade. Quando contraiu hepatite, aos 16 anos, foi para a cidade em busca de tratamento médico e aí mitigou o apetite por novos saberes nas aulas do Mobral e no curso de Educação Integrada, onde aprendeu a ler e escrever.  Fez os supletivos de 1º e 2º graus e depois o vestibular para o Curso de História da Universidade Federal do Acre, trabalhando como empregada doméstica, lavando roupa, cozinhando, faxinando.  
Fome e sede de justiça: essa é sua quarta fome. Para saciá-la, militou nas Comunidades Eclesiais de Base, na associação de moradores de seu bairro, no movimento estudantil e sindical. Junto com Chico Mendes, fundou a CUT no Acre e depois ajudou a construir o PT. Exerceu dois mandatos de vereadora em Rio Branco, quando devolveu o dinheiro das mordomias legais, mas escandalosas, forçando os demais vereadores a fazerem o mesmo. Elegeu-se deputada estadual e depois senadora, também por dois mandatos, defendendo os índios, os trabalhadores rurais e os povos da floresta.       
Quem viveu da floresta, não quer que a floresta morra. A cidadania ambiental faz parte da sua quinta fome. Ministra do Meio Ambiente, ela criou o Serviço Florestal Brasileiro e o Fundo de Desenvolvimento para gerir as florestas e estimular o manejo florestal. Combateu, através do IBAMA, as atividades predatórias. Reduziu, em três anos, o desmatamento da Amazônia de 57%, com a apreensão de um milhão de metros cúbicos de madeira, prisão de mais 700 criminosos ambientais, desmonte de mais de 1500 empresas ilegais e inibição de 37 mil propriedades de grilagem.
Tudo vira bosta
Esse é o retrato das fomes de Marina da Silva que – na voz de Rita Lee - a descredencia para o exercício da presidência da República porque, no frigir dos ovos, “o ovo frito, o caviar e o cozido / a buchada e o cabrito / o cinzento e o colorido / a ditadura e o oprimido / o prometido e não cumprido / e o programa do partido:/ tudo vira bosta”.
Lendo a declaração da roqueira, é o caso de devolver-lhe a letra de outra música - ‘Se Manca’ - dizendo a ela: “Nem sou Lacan / pra te botar no divã / e ouvir sua merda / Se manca, neném! / Gente mala a gente trata com desdém / Se manca, neném / Não vem se achando bacana / você é babaca”.
Rita Lee é babaca?  Claro que não, mas certamente cometeu uma babaquice. Numa de suas músicas - ‘Você vem’ - ela faz autocrítica antecipada, confessando: “Não entendo de política / Juro que o Brasil não é mais chanchada / Você vem....e faz piada”. Como ela é mutante, esperamos que faça um gesto grandioso, um pedido de desculpas dirigido ao povo brasileiro, cantando: “Desculpe o auê / Eu não queria magoar você”.
A mesma bala do preconceito disparada contra Marina atingiu também a ministra Dilma Rousseff, em quem Rita Lee também não vota porque, “ela tem cara de professora de matemática e mete medo”.  Ah, Rita Lee conseguiu o milagre de tornar a ministra Dilma menos antipática! Não usaria essa imagem, se tivesse aprendido elevar uma fração a uma potência, em Manaus, com a professora Mercedes Ponce de Leão, tão fofinha, ou com a nega Nathércia Menezes, tão altaneira.
Deixa ver se eu entendi direito: Marina não serve porque tem cara de fome. Dilma, porque mete mais medo que um exército de logaritmos, catetos, hipotenusas, senos e co-senos. Serra, todos nós sabemos, tem cara de vampiro. Sobra quem?
Se for para votar em quem tem cara de quem comeu (e gostou), vamos ressuscitar, então, Paulo Salim Maluf ou Collor de Mello, que exalam saúde por todos os dentes. Ou o Sarney, untuoso, com sua cara de ratazana bigoduda. Por que não chamar o José Roberto Arruda, dono de um apetite voraz e de cuecões multi-bolsos? Como diriam os franceses, “il péte de santé”. O banqueiro Daniel Dantas, bem escanhoado e já desalgemado, tem cara de quem se alimenta bem. Essa é a elite bem nutrida do Brasil.
Rita Lee não se enganou: Marina tem a cara de fome do Brasil, mas isso não é motivo para deixar de votar nela, porque essa é também a cara da resistência, da luta da inteligência contra a brutalidade, do milagre da sobrevivência, o que lhe dá autoridade e a credencia para o exercício de liderança em nosso país.
Marina Silva, a cara da fome? Esse é um argumento convincente para votar nela. Se eu tinha alguma dúvida, Rita Lee me convenceu definitivamente.  

P.S. – Uma leitora cricri, mas competente, que está fazendo doutorado em São Paulo (e a tese, quando é que sai?) me lembra que a FAPEAM e a Secretaria de Ciência e Tecnologia do Amazonas constituem o lado sério da atual política estadual, responsável, em 2007, pela primeira lei de mudanças climáticas no Brasil.

Se tivéssemos mais seis meses de campanha e uns dois debates televisivos, acho que a Marina seria capaz até de desbancar Dilma, após esse resultado expressivo que ela teve. 

A História dos Derrotados

Me utilizando de trecho do artigo de Marcos Coimbra na Carta: " É o oposto daquilo que o professor Edgar de Decca, da Unicamp, caracterizou há alguns anos. Escrevendo sobre a Revolução de 1930, ele mostrou que ela entrou para nossa história através da narrativa daqueles que a venceram. Tudo aquilo pelo qual se bateram os derrotados foi ignorado ou desconsiderado. Sobre aquele movimento, nossa historiografia só nos conta a versão dos vencedores. Ninguém mais se lembra do que queria o outro lado. Impôs-se a ele “o silêncio dos vencidos”.
Creio que a história dos governos militares segue a mesma linha. Só lemos a versão dos vencedores. Os militares são os truculentos que impediam a democracia, o desenvolvimento e a melhoria da qualidade de vida da população.
Hoje, 26 anos após os 21 anos dos governos militares, não há democracia (basta ver os eleitos da "Ficha Limpa", casos de corrupção abafados, entre outros), o desenvolvimento (apesar da grande difusão de renda através dos programas do Governo Lula) beneficia principalmente os grandes bancos e grandes grupos empresariais, e a qualidade de vida do brasileiro permanece muito aquém do tamanho de sua economia.
Bom, ou estou ficando louco, ou a história dos vencedores na realidade, é estória. Ficção, que se beneficia da incapacidade de reação dos derrotados (graças a um derrotado que resolveu assumir essa condição ao promover a devolução do poder aos civis). Pois assim, os perseguidos puderam promover sua propaganda e se locupletarem com o 'Bolsa Didatura", passando uma falsa idéia de liberdade e heroísmo. Vários desses senhores e senhoras que pregavam um governo ético, se viram pegos em escândalos de corrupção, que como gosto de frisar, não lembro de ter visto nenhum dos generais que governaram o país saírem ricos do cargo, ou mesmo filhos e parentes, pelo contrário, o irmão de Castelo Branco foi demitido por ter ganho um volkswagen de presente, o presidente lhe ligou e perguntou quando ele iria devolver o veículo, porque demitido da função já estava. 
Percebe-se então uma clara diferença ética entre os 'truculentos' e os "democratas'.
Comparando-se os governos atuais e do período dos "Anos de Chumbo", dois se assemelham em vários aspectos: o de Lula e o de Geisel. Provavelmente por isso Lula tem o apoio que irá conduzir sua  indicada à presidência. 

A eleição do fim da história

A impotência dos vestais do Supremo para fazer valer o espírito da Ficha Limpa explicitou que a corrupção política é parte orgânica de um sistema. Foto: Fábio Nassif

O velho Samuel Wainer aconselhava: cada artigo refere-se a uma só idéia. Duas idéias: dois artigos. Mas no momento há três temas que não podem passar batidos. Por isso, o leitor considere que está lendo três artigos.
O escândalo Erenice provocou uma alteração na correlação de forças políticas. O que parecia um passeio ganha ares de disputa acirrada nestes dias finais de uma disputa eleitoral murcha, montada para impedir o debate dos problemas do povo brasileiro. Explica-se o aumento da tensão entre os candidatos no último debate eleitoral. O clima de vale tudo, com cada lado procurando “demonizar” o outro, camufla a profunda convergência no projeto político dos três candidatos que representam o status quo.
Nesse contexto, o desafio de desnudar o caráter profundamente injusto da sociedade brasileira fica ainda mais difícil, sobretudo, porque exatamente na reta final, quando a população menos favorecida é convocada para a política, os debates de grande audiência encurtam o tempo de fala dos candidatos e transcorrem em clima conturbado e passional. O debate público não pode se transformar numa gincana sujeita às determinações dos grandes meios de comunicação. A política do espetáculo corrompe o debate público e desinforma a população.
É lastimável o desfecho da cassação de registro do candidato Joaquim Roriz, que pleiteia o governo do Distrito Federal. O primeiro dever do juiz é decidir a questão que lhe for apresentada. Procrastinar a sentença tem todas as marcas de manobra destinada a burlar o espírito da lei. Revela ainda um Tribunal fraco, formado, salvo honrosas exceções, por juízes sem coragem de enfrentar os poderosos. A ambigüidade do Judiciário para separar as condenações por crimes anti-sociais de condenações provocadas pela luta social ameaça “criminalizar” a esfera política. A impotência dos vestais do Supremo para fazer valer o espírito da Ficha Limpa explicitou que a corrupção política é parte orgânica de um sistema econômico e de um regime social que corrompe todas as instituições e todas as regras do jogo para impedir que o povo emerja como sujeito histórico capaz de mudar o seu destino.
Apesar das dificuldades postas pela conjuntura política, a candidatura à Presidência do PSOL cumpriu o papel de fazer o contraponto. Pautamos as necessidades emergenciais do Brasil sem as quais não é possível combater a histórica desigualdade social: reforma agrária radical com limitação da propriedade rural; reforma urbana baseada no enfrentamento à especulação financeira para que todos tenham direito à moradia digna; garantir o investimento de 10% do PIB na educação e mais 10% na saúde públicas para assegurar a universalização sem abastardamento destes dois direitos; a redução da jornada de trabalho para 40 horas semanais sem redução salarial e a elevação do salário mínimo em quatro anos para R$ 2 mil, como preconiza o DIEESE. Não aceitamos o fim da história. O fogo da brasa que não se apaga é o mesmo fogo da chama que incendeia.

Plínio Arruda Sampaio

Plínio Arruda Sampaio é formado em Direito pela USP, foi promotor público, deputado federal constituinte e presidente da Associação Brasileira de Reforma Agrária - ABRA.

Uma das coisas que ainda me surpreendem é a imensa cara de pau dos que "defendem" a moralidade solicitando a cassação do Tiririca, quando temos o pessoal do Ficha Limpa liberado. 

PMDB e PT ganham força na Câmara e no Senado

yahoo notícias - 4 de outubro de 2010 21:48

Redação Yahoo! Brasil
O Congresso Nacional passa por uma nova composição de forças nestas eleições. Nas duas Casas do Legislativo cresceu a bancada de parlamentares de partidos aliados do governo Lula. A partir de 2011, serão 402 deputados federais na base de sustentação de eventual administração Dilma Rousseff (PT), segundo levantamento do Congresso em Foco. Hoje, há 380 deputados lulistas na Câmara.
O PT emerge nestas eleições como a maior bancada da Câmara dos Deputados, com 88 assentos, passando o PMDB, agora em segundo, com 79 parlamentares. Os principais partidos da oposição, PSDB e DEM, vêm em seguida, com 56 e 42 deputados eleitos, respectivamente. Juntos, tucanos e democratas perderam 34 cadeiras na próxima legislatura.
Com isso, a maioria folgada do presidente Lula na Câmara hoje seria ainda mais confortável para Dilma, se eleita. Caso o vencedor da corrida presidencial seja o tucano José Serra, o próximo presidente terá de enfrentar uma dura oposição petista.
Senado
Mudança mais radical ocorreu no Senado, Casa considerada uma trincheira da oposição no segundo mandato do presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Tanto é que o presidente se empenhou pessoalmente para derrotar lideranças que lhe impuseram derrotas no Senado, como a extinção da CPMF.
A renovação de dois terços do Senado levou ao encolhimento da oposição. O DEM passará de 13 senadores para apenas seis, a partir de de 1º de fevereiro de 2011. Já o PSDB, que conta com 14 senadores, contará com uma bancada de 11 parlamentares.

Como na Câmara, os partidos da atual base governista foram os que mais cresceram no Senado. O PMDB continuará a ser a maior força da Casa, passando de 17 para 20 senadores. E ainda poderá ganhar ainda mais um parlamentar: Jader Barbalho (PA), que aguarda julgamento de recurso ao STF (Supremo Tribunal Federal) para reverter a decisão do TSE (Tribunal Superior Eleitoral) que impugnou sua candidatura com base da Lei da Ficha Limpa.

PT e PP foram as legendas com maior crescimento proporcional. Com uma bancada de oito senadores, o PT saltará para 14, tornando-se a segunda maior força política do Senado. O PP, hoje representado apenas pelo senador Francisco Dornelles (RJ), passará a contar com uma bancada de cinco parlamentares.

O PPS voltará a ter representatividade no Senado. O ex-presidente Itamar Franco (MG) ficou com a segunda vaga no estado. Ele contou com o apoio formal do ex-governador e agora senador eleito pelo PSDB, Aécio Neves. O mesmo acontece com o PMN que, sem representatividade na Casa, passará a contar com Sergio Petecão (AC).

O PSB passará de dois para três senadores no ano que vem. O PCdoB, por sua vez, passará de um para dois. O P-SOL, representado apenas por José Nery (PA), poderá contar com dois senadores caso Jader Barbalho tenha sua candidatura impugnada pelo STF. O partido elegeu Randolfe Alves (AP) e Marinor Brito (PA).

O PDT, hoje com seis senadores, encolheu para quatro parlamentares. Outro que reduziu sua bancada foi o PTB, passando de sete para seis senadores. Já o PRB terá apenas um senador. O PSC manterá a representação na Casa com um senador: perdeu Mão Santa (PI) e elegeu Eduardo Amorim (SE). O PV deixa de ter representatividade no Senado uma vez que Marina Silva, candidata à Presidência da República, ficará sem mandato e o partido não elegeu ninguém.

Fora da lista
Lula contribuiu para que caciques mais combativos ao governo ficassem de fora da Casa. Entre eles, Tasso Jereissati (PSDB-CE), Marco Maciel (DEM-PE), Artur Virgílio (PSDB-AM), Heráclito Fortes (DEM-PI), Mão Santa (PSC-PI), Efraim Moraes (DEM-PB), Cesar Borges (DEM-BA).
Outras importantes figurinhas carimbadas também ficaram de fora do Senado: Heloísa Helena (PSOL-AL), Raul Jungmann (PPS-PE), César Maia (DEM-RJ), José Carlos Aleluia (DEM-BA), Gustavo Fruet (PSDB-PR) e Germano Rigotto (PMDB-RS).
Veja abaixo a filiação partidária dos 54 senadores eleitos neste domingo, que se somam aos 27 que permanecem nos cargos.