"E aqueles que foram vistos dançando foram julgados insanos por aqueles que não podiam escutar a música"
Friedrich Nietzsche

sexta-feira, dezembro 02, 2011

Primavera Árabe

A Primavera Árabe, como o evento se tornou conhecido, apesar de várias nações afetadas não serem parte do "Mundo árabe", foi provocado pelos primeiros protestos que ocorreram na Tunísia em 18 de Dezembro de 2010, após a auto-imolação de Mohamed Bouazizi, em uma forma protesto contra a corrupção policial e maus tratos. Com o sucesso dos protestos na Tunísia, uma onda de instabilidade atingiu a Argélia, Jordânia, Egito e o Iêmen, com os maiores, mais organizadas manifestações que ocorrem em um "dia de fúria". Os protestos também têm provocado distúrbios semelhantes fora da região.

Até à data, as manifestações resultaram na derrubada de três chefes de Estado: o presidente da Tunísia, Zine El Abidine Ben Ali, fugiu para a Arábia Saudita em 14 de janeiro, na sequência dos protestos da Revolução de Jasmim; no Egito, o presidente Hosni Mubarak renunciou em 11 de Fevereiro de 2011, após 18 dias de protestos em massa, terminando seu mandato de 30 anos; e na Líbia, o presidente Muammar al-Gaddafi, morto em tiroteio após ser capturado no dia 20 de outubro e torturado por rebeldes, arrastado por uma carreta em público, morrendo com um tiro na cabeça. Durante este período de instabilidade regional, vários líderes anunciaram sua intenção de renunciar: o presidente do Iêmen, Ali Abdullah Saleh, anunciou que não iria tentar se reeleger em 2013, terminando seu mandato de 35 anos. O presidente do Sudão, Omar al-Bashir também anunciou que não iria tentar a reeleição em 2015, assim como o premiê iraquiano, Nouri al-Maliki, cujo mandato termina em 2014, embora tenha havido manifestações cada vez mais violentas exigindo a sua demissão imediata. Protestos na Jordânia também causaram a renúncia do governo, resultando na indicação do ex-primeiro-ministro e embaixador de Israel, Marouf Bakhit, como novo primeiro-ministro pelo rei Abdullah.

A volatilidade dos protestos e as suas implicações geopolíticas têm chamado a atenção globa. Uma das grandes preocupações é que o Islã, por muitos anos reprimido por ditaduras laicas, irrompa agora em sua forma radical, cobrindo essas sociedades com um espesso manto de conservadorismo que, em algumas situações, contraria direitos humanos fundamentais. Na Líbia, o governo provisório (CNT) antecipou que a sharia (lei islâmica) será sua fonte de inspiração legal.
No Egito, a Irmandade Muçulmana, grupo mais organizado e favorito para as eleições também inquieta muitos.






















Gostaria de lembra que como postei no dia 08 de novembro o General Wesley Clark deu uma entrevista bastante interessante sobre a possibilidade da Primavera Árabe ter sido "fabricada" dentro do pentágono.

Comentários

Hoje pela manhã estava ouvindo Ricardo Boechat na Band News comentar sobre a decisão da presidente Dilma Roussef de não afastar Carlos Lupi de seu cargo. 
Creio que essa decisão de Dilma foi o seu primeiro grande erro político. De um só vez ela promoveu duas desmoralizações, a do Conselho de Ética da Presidência que decidiu (unânimamente) pelo afastamento, assim como a do próprio Governo, pois manter Carlos Lupi na situação insustentável em que ele se encontra só vai gerar desgaste e sua saída vai ocorrer dentre em breve da mesma forma, ou seja, decisão errada da presidenta.
Por sinal, considero a questão da discussão sobre corrupção no Brasil algo feito ainda de forma leviana. 
Sei que já postei aqui minha contrariedade em relação à ausência de participação nas marchas contra a corrupção no país, enquanto marchas pelas vadias, pela liberação da maconha e tantas outras inúteis ficam simplesmente lotadas, isso sem falar na atuação de crianças mimadas que impedem as aulas na Universidade de melhor ranking do país no mundo e ainda são consideradas por alguns como movimento democrático, é muita falta do que fazer. Não sei que tipo de movimento social ou sociedade está se criando nessas condições, mas de mudança para algo melhor é que não é.
A corrupção tira leitos hospitalares, merenda escolar e vagas escolares de crianças, postos de trabalho, reduz e desastabiliza a segurança pública, agride o meio ambiente pela não atuação dos orgãos competentes ou falta desta pelo reduzido pessoal empregado, reduz a fiscalização dos mais diversos tipos como a da sonegação de impostos, ou seja, é um mal que atinge a sociedade em vários aspectos. Nesse caso um primeiro grande problema é que se existe um corrupto, existe um corruptor, e com toda a certeza o corruptor não está dando dinheiro de presente ao corrupto, ou seja, existe uma vantagem financeira muito grande para o corruptor. A segunda situação é a ausência do corruptor, mas com desvios da verba pública em benefício próprio. Nos dois casos quem sofre é a população, pois vai ter a ausência ou ineficiência dos serviços públicos que deveriam ser prestados.
E é aí que eu não aceito a ausência da mídia em relação a movimentos que lutam pela redução da corrupção no país, enquanto se dá cobertura a movimentos vazios de sentido e amplitude.


Li uma noticia no jornal metro de dois dias atrás que me pareceu brincadeira de mau gosto. Os juizes federais do Trabalho pararam para reivindicar reajuste nos vencimentos, mais segurança e mudanças nas políticas previdenciária e de saúde. Que os juizes tenham mais segurança para que exerçam seu trabalho com dignidade ninguém discute, é uma obrigação o Estado fornecer tal apoio. Agora, manter a previdencia integral, enquanto o judiciário julgou constitucional a retirada desta nos outros setores é no mínimo antiético. Em relação ao salário o juiz federal do trabalho assim como os demais  têm piso salarial de R$ 21,6 mil e podem ganhar até R$ 27 mil por mês, acho que após esses valores não preciso falar mais nada. É uma piada um movimento como esse.


Venho percebendo que a propaganda para desciminalização e liberação da maconha e cocaína (alguns defendem isso também) tem se ampliado bastante no meio político e na mídia. A idiota da Luana Piovani só parou de fumar maconha com a gravidez, e ainda fala disso como se fosse "legal". Bom, mas aonde quero chegar é o seguinte. Em 2005, segundo a Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), o SUS gastou mais de R$ 338 milhões – o equivalente a 30% dos custos hospitalares totais do sistema público de saúde - apenas com a internação de pacientes que apresentavam câncer, doenças respiratórias e cardiovasculares relacionadas ao uso de tabaco, e pelo que eu saiba existe uma campanha pública para a redução do fumo no país. Em uma pesquisa realizada pelo Ministério da Saúde sobre o consumo de  álcool, as mortes relacionadas diretamente a esse consumo cresceram de 10,7 para 12,64 por cem mil habitantes, o que representa 92.946 mortes no período entre 2000 e 2006. Dados especulativos estimam que o Brasil gaste, anualmente, 7,3% do Produto Interno Bruto (PIB) com conseqüências de problemas relacionados ao álcool. E pelo que eu saiba também existe campanha para a redução do consumo de álcool.
O que eu não entendo é... se existem campanhas para a redução de drogas socialmente aceitas, exatamente pelo mal social  e gastos públicos que causam, porque vamos liberar a maconha e a cocaína criando assim mais drogas socialmente aceitas? Existe alguma lógica por trás disso? Eu não consigo ver.
Para mim é a mesma lógica de se ter um limite legal de velocidade no país e se permitir a veiculação na mídia de propagandas com automóveis mostrando exatamente a sua potencia de ultrapassar com facilidade esse limite, ou seja, não existe lógica. 

quarta-feira, novembro 30, 2011

Sanções não devem alterar política do Irã


Do Terra
O Irã considera seu programa nuclear uma fonte de poder e prestígio e sanções mais duras não devem alterar muito a análise de custo-benefício do governo, apesar dos problemas econômicos que causam. A profunda desconfiança das intenções do Ocidente e preocupações de segurança em uma região volátil, onde os Estados Unidos mantêm uma forte presença militar, poderiam ajudar a explicar a determinação do Irã de não voltar atrás e reduzir o programa nuclear que seus inimigos temem ter como objetivo a construção de armas.
Essa determinação pode ter sido reforçada pela queda do líder líbio Muammar Kadafi, que concordou em 2003 em abandonar os esforços para adquirir armas de destruição em massa apenas para ser derrubado depois que seu povo iniciou um levante e as potências ocidentais se voltaram contra ele. O Irã está enfrentando uma nova onda de medidas punitivas depois que um relatório do órgão de supervisão nuclear das Nações Unidas este mês reforçou as suspeitas, rejeitadas por Teerã, de que o país vem desenvolvendo a capacidade de fazer bombas atômicas.
"O programa nuclear do Irã é motivado pela sobrevivência do regime", disse o analista de política internacional Alireza Nader, da RAND Corporation, um grupo de pesquisa norte-americano. "Parece que a República Islâmica tem feito o cálculo de que uma potencial capacidade de fabricar armas nucleares vale o preço de sanções, desde que as sanções não coloquem em perigo o regime."
Se for esse o caso, o mais recente esforço dos Estados Unidos e seus aliados europeus pode fazer pouco para forçar uma mudança de curso por parte do Irã na longa disputa nuclear, que tem potencial de desencadear um conflito mais amplo no Oriente Médio. Ministros de Relações Exteriores da União Europeia se reúnem na quinta-feira para discutir novas sanções ao país, depois que Estados Unidos, Canadá e Grã-Bretanha anunciaram na semana passada medidas contra os setores financeiro e de energia iranianos.
Os líderes iranianos estão respondendo em sua maneira caracteristicamente desafiadora às mais recentes medidas contra o grande produtor de petróleo, que já está sujeito a quatro rodadas de sanções da ONU, bem como ações separadas dos EUA e Europa.
Resistindo ao "domínio" ocidental
Em um sinal da postura intransigente do Irã, um projeto de lei para reduzir os laços com a Grã-Bretanha ganhou aprovação legislativa final na segunda-feira, obrigando o governo a expulsar o embaixador britânico em retaliação às novas sanções contra o país. "A pressão só aumenta a oposição no Irã para entrar em diálogo ou recuar de suas posições, já que isso demonstraria fraqueza que eles acreditam poderia ser explorada pelo Ocidente", disse um diplomata ocidental na capital iraniana.
Os Estados Unidos e seus parceiros europeus aproveitaram o relatório de 8 de novembro da Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA), que disse que o Irã parecia estar trabalhando na elaboração de uma arma nuclear, para tentar isolar ainda mais o país. O relatório também renovou as especulações de que Israel, que vê o programa nuclear iraniano como uma ameaça existencial, poderia lançar ataques preventivos contra as usinas.
O Irã rejeitou o relatório da agência da ONU, que disse ter sido forjado. O país afirma que seu programa nuclear é uma tentativa pacífica de gerar eletricidade.

Radar de Kalininegrado é a primeira resposta ao sistema de defesa antimíssil norte-americano

darussia.blogspot.com - 29 nov 2011

PUBLICADA POR JOSE MILHAZEs


A entrada em funcionamento do radar russo de Kaliningrado mostra que Moscovo está pronta a reagir de forma adequada ao perigo que apresenta o sistema de defesa antimíssil europeu, declarou hoje o Presidente da Rússia, Dmitri Medvedev em Dunaievo, na região de Kalininegrado.
“Espero que os nossos parceiros ocidentais considerem esta medida como a primeira prova de que o nosso país está pronto a dar uma resposta adequada à ameaça que representa o sistema de defesa antimíssil para as nossas forças estratégicas nucleares”, disse ele, numa reunião com o comando das Forças Armadas russas no enclave russo no Báltico.
“Se este sinal não for ouvido, utilizaremos outros meios de defesa, tomaremos medidas severas e instalaremos um grupo ofensivo como prometi a 23 de novembro último”, acrescentou.
Dmitri Medvedev prometeu então instalar no ocidente e sul da Rússia sistemas ofensivos modernos, incluindo a instalação de míssseis Iskander em Kalininegrado, que garantam a destruição das instalações europeias do escudo antimíssil se os Estados Unidos continuarem o seu desenvolvimento.
O dirigente russo exige dos Estados Unidos e NATO garantias por escrito de que o escudo não visa prejudicar a segurança do seu país.
“Não nos satisfazem mais simples declarações de que o sistema a criar por etapas de defesa antimíssil europeu não está virado contra a Rússia. Infelizmente, declarações ocas não garantem a defesa dos nossos interesses”, considerou.
“Se forem dados outros passos, claro que estamos dispostos a dar-lhe ouvidos. Mas, em qualquer dos casos, as declarações ocas são pouco”, concluiu.
Os Estados Unidos tencionam instalar, entre 2015 e 2020, uma terceira zona de posicionamento do seu sistema de defesa antimíssil na Europa. Moscovo a esse projeto, considerando que a instalação de um escudo antimíssil na proximidade das suas fronteiras é uma ameaça ao potencial estratégico russo.
P.S. A julgar  pelas declarações dos dirigentes russos e pelo que a imprensa russa controlada pelo Kremlin escreve, até parece que está iminente uma guerra entre a Rússia e a NATO. 
Acredito que se trata, em grande parte, de campanha eleitoral. Se assim não é, pode-se esperar uma nova corrida aos armamentos, com consequências imprevisíveis. Espero que não se repita o destino da URSS. Uma das razões da sua ruína foi precisamente a corrida aos armamentos.  

terça-feira, novembro 29, 2011

Romario: importante de ser lido

recebido por e-mail – 29 nov 2011

Parte de entrevista do ROMÁRIO ao jornalista Cosme Rimoli - TV Record .

- Você foi recebido com preconceito em Brasília?

Olha, vou ser claro para quem ler entender como as coisas são. Há o burro, aquele que não entende o que acontece ao redor. E há o ignorante, que não teve tempo de aprender. Não houve preconceito comigo porque não sou nem uma coisa nem outra. Mesmo tendo a rotina de um grande jogador que fui, nunca deixei de me informar, estudar. Vim de uma família muito humilde. Nasci na favela. Meu pai, que está no céu, e minha mãe ralaram para me dar além de comida, educação. Consciência das coisas... Não só joguei futebol. Frequentei dois anos de faculdade de Educação Física. E dois de moda. Sim, moda. Sempre gostei de roupa, de me vestir bem. Queria entender como as roupas eram feitas. Mas isso é o de menos. O que importa é que esta sede de conhecimento me deu preparo para ser uma pessoa consciente... Preparada para a vida. E insisto em uma tese em Brasília, com os outros deputados. O Brasil só vai deixar de ser um país tão atrasado quando a educação for valorizada. O professor é uma das classes que menos ganha e é a mais importante. O Brasil cria gerações de pessoas ignorantes porque não valoriza a Educação. E seus professores. Não há interesse de que a população brasileira deixe de ser ignorante. Há quem se beneficie disso. As pessoas que comandam o País precisam passar a enxergar isso. A Saúde é importante? Lógico que é. Mas a Educação de um povo é muito mais.

- Essa ignorância ajuda a corrupção? Por exemplo, que legado deixou o Pan do Rio?

Você não tenha dúvidas que a ignorância é parceira da corrupção. Os gastos previstos para o Pan do Rio eram de, no máximo, R$ 400 milhões. Foram gastos R$ 3,5 bilhões. Vou dar um testemunho que nunca dei. Comprei alguns apartamentos na Vila Panamericana do Rio como investimento. A melhor coisa que fiz foi vender esses apartamentos rapidamente. Sabe por quê? A Vila do Pan foi construída em cima de um pântano. Está afundando. O Velódromo caríssimo está abandonado. Assim como o Complexo Aquático Maria Lenk... É um escândalo! Uma vergonha! Todos fingem não enxergar. Alguém ganhou muito dinheiro com o Panamericano do Rio. A ignorância da população é que deixa essa gente safada sossegada. Sabe que ninguém vai cobrar nada das autoridades. A população não sabe da força que tem. Por isso que defendo os professores. Não temos base cultural nem para entender o que acontece ao nosso lado. E muito menos para perceber a força que temos. Para que gente poderosa vai querer a população consciente? O Pan do Rio custou quatro vezes mais do que este do México. Não deixou legado algum e ninguém abre a boca para reclamar.

- Se o Pan foi assim, a Copa do Mundo no Brasil será uma festa para os corruptos...

Vou te dar um dado assustador. A presidente Dilma havia afirmado quando assumiu que a Copa custaria R$ 42 bilhões. Já está em R$ 72 bilhões. E ninguém sabe onde os gastos vão parar. Ningúem. Com exceção de São Paulo, Rio, Minas, Rio Grande do Sul e olhe lá...Pernambuco... Todas as outras sete arenas não terão o uso constante. E não havia nem a necessidade de serem construídas. Eu vi onze das doze... Estive em onze sedes da Copa e posso afirmar sem medo. Tem muita coisa errada. E de propósito para beneficiar poucas pessoas. Por que o Brasil teve de fazer 12 sedes e não oito como sempre acontecia nos outros países? Basta pensar. Quem se beneficia com tantas arenas construídas que servirão apenas para três jogos da Copa? É revoltante. Não há a mínima coerência na organização da Copa no Brasil.

- São Paulo acaba de ser confirmado como a sede da abertura da Copa. Você concorda?

Como posso concordar? Colocaram lá três tijolinhos em Itaquera e pronto... E a sede da abertura é lá. Quem pode garantir que o estádio ficará pronto a tempo? Não é por ser São Paulo, mas eu não concordaria com essa situação em lugar nenhum do País. Quando as pessoas poderosas querem é assim que funcionam as coisas no Brasil. No Maracanã também vão gastar uma fortuna, mais de um bilhão. E ninguém tem certeza dos gastos. Nem terá. Prometem, falam, garantem mas não há transparência. Minha luta é para que as obras não fiquem atrasadas de propósito. E depois aceleradas com gastos que ninguém controla.

- O que você acha de um estádio de mais de R$ 1 bilhão construído com recursos públicos. E entregue para um clube particular.

Você está falando do estádio do Corinthians, não é? Não vou concordar nunca. Os incentivos públicos para um estádio particular são imorais. Seja de que clube for. De que cidade for. Não há meio de uma população consciente aceitar. Não deveria haver conversa de politico que convencesse a todos a aceitar. Por isso repito que falta compreensão à população do que está acontecendo no Brasil para a Copa.

- A Fifa vai fazer o que quer com o Brasil?

Infelizmente, tudo indica que sim. Vai lucrar de R$ 3 a R$ 4 bilhões e não vai colocar um tostão no Brasil. É revoltante. Deveria dar apenas 10% para ajudar na Educação. Iria fazer um bem absurdo ao Brasil. Mas cadê coragem de cobrar alguma coisa da Fifa. Ela vai colocar o preço mais baixo dos ingressos da Copa a R$ 240,00. Só porque estamos brigando pela manutenção da meia entrada. É uma palhaçada! As classes C, D e E não vão ver a Copa no estádio. O Mundial é para a elite. Não é para o brasileiro comum assistir.

- Ricardo Teixeira tem condições de comandar o processo do Mundial de 2014?

Não tem de saúde. Eu falei há mais de quatro meses que ele não suportaria a pressão. Ser presidente da CBF e do Comitê Organizador Local é demais para qualquer um. Ainda mais com a idade que ele tem. Não deu outra. Caiu no hospital. E ainda diz que vai levar esse processo até o final. Eu acho um absurdo.

- Muito além da saúde de Ricardo Teixeira. Você acha que pelas várias denúncias, investigações da Polícia Federal... Ele tem condições morais de comandar a organização Copa no Brasil?

Não. O Ricardo Teixeira não tem condições morais de organizar a Copa. Não até provar que é inocente. Que não tem cabimento nenhuma das denúncias. Até lá, não tem condições morais de estar no comando de todo o processo. Muito menos do futebol brasileiro...