Os EUA apostam no "black business"
No momento em que a influência norte-americana sobre o continente negro enfrenta a concorrência da China, ex-militantes pelos direitos civis impulsionam a GoodWorks, uma estranha rede que une governantes suspeitos e homens de negócio ambiciosos
Jean-Christophe Servant
Foi uma bela cerimônia de despedida. Em 19 de dezembro de 2006, Olusegun Obasanjo, presidente da Nigéria que deixava o cargo, foi o convidado de honra de um jantar organizado no grande salão do hotel Waldorf Astoria, em Nova York. Após dois mandatos à frente do gigante da África Ocidental, o ex-general convertido à “democrazy” [1], encontrou por lá amigos muito queridos. Entre eles, os três principais investidores no setor de petróleo do país – Chevron, Exxon e Shell Nigeria –, patrocinadores da noite de “comemoração e homenagem” que reuniu 850 personalidades. Obasanjo preparava-se para deixar o poder, após as eleições presidenciais de 21 de abril de 2007 [2].
Entre garfadas de frango e bolo de chocolate, Hope Masters, filha de Leon H. Sullivan, militante negro norte-americano dos anos 1960, exprimiu seu desejo de ver o presidente nigeriano agraciado por um prêmio Nobel da Paz. A fundação Sullivan está na origem dos mais importantes encontros organizados no continente negro entre empresários privados afro-americanos e africanos. Ausente, o ex-secretário de Estado norte-americano Colin Powell não deixou de enviar uma mensagem de amizade a Obasanjo.
O reconhecimento foi devidamente justificado: o presidente da Nigéria soube atrair os investidores em seu país, ao preço de uma multiplicação dos bancos privados, de uma onda de privatizações e de concessões massivas no setor público. Sua eleição, em 1999, foi precedida de uma viagem de campanha aos Estados Unidos feita a bordo de um jato cedido pela Chevron-Texaco.
A Atlanta de Andrew Young: "modelo para a África da amanhã"?
Para o grande prazer de seus interlocutores, Obasanjo não reclamou de unir negócios à religião. Em seu discurso de agradecimento, no Waldorf Astoria, fez questão de lembrar que foi “Deus quem pôs o petróleo em certas regiões para que sua prospecção garantisse o desenvolvimento delas”. A noite foi também uma espécie de apoteose para seu organizador, Andrew Young, figura emblemática do movimento pelos direitos civis e co-fundador da sociedade GoodWorks International (GWI), com sede em Atlanta. A GWI é um gabinete de consultoria e lobby que, segundo Laolu Akande, correspondente nos Estados Unidos do jornal nigeriano ’The Guardian’, “fez fortuna a partir das relações com Obasanjo”. A GWI faturaria 40% de seus recursos com a Nigéria. “Milhões de dólares”, estimou o ’New York Times’ [3], sem mais detalhes.
É verdade que a rede transnacional da GoodWorks facilita a opacidade de seu faturamento. A GWI realiza missões de “limpeza de imagem” na Nigéria, em Angola, na Costa do Marfim, no Benin e mais recentemente em Ruanda e na Tanzânia. Elas rendem 220 mil euros por ano, por cliente. A empresa trabalha, também, para os maiores grupos norte-americanos — Chevron, General Electric, Motorola, Monsanto e Coca-Cola —, que tentam penetrar nos mercados africanos (ou consolidar sua penetração). Recebe 1,5% do montante dos contratos das empresas. Essa poderosa rede relacional de chefes de Estado e homens de negócios norte-americanos foi tecida durante a longa carreira de Young.
Membro dos conselhos administrativos de várias das 500 maiores empresas norte-americanas, “apóstolo do capitalismo”, segundo a revista “Forbes”, o ex-prefeito de Atlanta entrou para a vida pública ao lado de Martin Luther King, durante a luta por direitos civis. Depois, filiou-se ao Partido Democrata e foi eleito para o Congresso antes de se tornar o primeiro embaixador afro-americano das Nações Unidas, no governo de James Carter. Mas foi sua eleição – depois sua reeleição – para a prefeitura de Atlanta (de 1982 a 1989), então engajada nos preparativos para os Jogos Olímpicos de 1996, que constituiu uma virada em sua vida. Ele transformou a cidade numa das capitais empresariais dos Estados Unidos. Young adora lembrar que essa evolução fez de Atlanta “um modelo para a África de amanhã”.
O jogo duplo dos empresários negros norte-americanos
Nos anos 1980, o democrata Young não hesitou ao fustigar os “milionários negros sem coração, que irão provavelmente ao inferno, e que ganhariam mais votando nos republicanos” [4]. Mais tarde, ele mesmo mudou de lado: passando dos círculos democratas para os “think-tanks” republicanos, tornou-se um dos “magos negros” da diplomacia de influência do governo Bush: “Quanto mais eu lia sobre Paul Wolfowitz [ex-presidente, recém-demitido, do Banco Mundial], mais eu entendia aquilo que temos em comum. Nós tivemos o mesmo mentor, George Schultz [5]. Nós chegamos lá por caminhos completamente opostos, mas nos encontramos com um mesmo objetivo, o de difundir a paz [6]”.
As críticas choveram cada vez mais pesadas sobre Young e seus negócios africanos. Embora as suspeitas e condenações, particularmente azedas, tenham a Nigéria como pano de fundo, elas vão além das relações de “amizade” tecidas com Obasanjo desde o fim dos anos 1970. De fato, a GoodWorks pratica na “Mama África” uma filosofia empresarial resumida pelo slogan: “Doing well by doing good ("Indo bem ao fazer o bem") [7]”. Ela parece exprimir o jogo duplo dos empresários negros norte-americanos, que agem na África Subsaariana desde o fim dos anos 1990: um negócio que se desenvolve a partir dos acordos de "livre" comércio aprovados entre Washington e os “bons alunos” do continente. Como nota Antoine Glaser, diretor de redação do “La Lettre du Continent”, a GoodWorks seria a líder de uma geração de intermediários afro-americanos, prestes a “se impor como a nova alavanca do poder dos Estados Unidos na África”. “Se eles são os primeiros a louvar publicamente os princípios éticos como a transparência na condução dos negócios com a África, também estão ligados diretamente aos mais criticados, como o presidente angolano Eduardo dos Santos [8]. E é uma tendência que vai se reforçar, agora que a concorrência com a China se exacerba sobre o continente”.
Esses homens, que não hesitam ao exibir tanto sua origem como ex-militantes pelos direitos civis quanto suas raízes africanas, na mídia e para a opinião pública africana, estão prestes a se tornar verdadeiros “cavalos de Tróia” na conquista por dividendos de auxílio financeiro em Washington. “De fato, depois da Françafrique", precisa Gleiser, "seria preciso inventar um neologismo para falar da atuação desses consultores afro-americanos nos negócios com o continente, em se tratando tanto de grandes empresas norte-americanas quanto do Departamento de Estado.” Basta verificar onde a GoodWorks abre seus escritórios: exclusivamente nos países que se "beneficiam" de preferências aduaneiras negociadas com os Estados Unidos. "Poderíamos falar agora da ’afro-americanáfrica", continua Gleiser.
Uma guarda negra da recolonização do continente
Antes que a revelação da natureza das relações entre a GoodWorks e a Nigéria despertasse a ira de numerosos editorialistas norte-americanos, a sociedade já estava na mira de manifestantes altermundialistas e dos militantes norte-americanos por direitos sociais. Em 1999, Young aceitou uma missão da Nike em suas usinas do sudeste asiático. De seu “estudo”, ele concluiu que “não há nenhuma prova de maus tratos contra os empregados”. Semanas depois, um relatório independente denunciaria as condições de trabalho “perigosas, desumanas e assombrosas” praticadas pela marca nos países da região.
Em fevereiro de 2006, um novo escândalo, dessa vez com o Wal Mart. Young é acionado pelo número um da rede de varejo para dirigir um grupo de pressão, o Working Families for Wal Mart. O objetivo era o mesmo: restaurar a imagem arranhada do gigante, principalmente em meio à comunidade de negros e “famintos”, “aos quais o Wal Mart doa bons produtos”. Young seria depois obrigado a deixar o posto, ao ser tachado de racista por suas reflexões sobre pequenos comerciantes oriundos de minorias étnicas: “São gente que nos enganam ao nos vender pão amanhecido, carne ruim e legumes passados. Eu acho que eles enganaram demais nossas comunidades. Primeiro havia os judeus, depois os coreanos e agora os árabes. Poucos negros controlam esses negócios.” “Nós ficamos consternados com esse comentário, principalmente vindo de alguém que batalhou, por muito tempo, pela igualdade de direitos neste país”, comentou o porta-voz do Wal Mart.
Em 2007, com as eleições nigerianas e, logo depois de a GoodWorks comemorar seus dez anos, muitos sites afro-americanos intensificaram seus ataques. Prexy Nesbitt, intelectual de Chicago, militante da luta por direitos civis e um dos arquitetos da campanha contra o apartheid sul-africano nos Estados Unidos, nos anos 1970, ressaltou: “Uma certa categoria de negros norte-americanos não tem nenhum senso de suas responsabilidades frente ao continente africano. Eles não têm vergonha alguma, não têm laços e são incapazes de agir. Vemos surgir cada vez mais negros norte-americanos a serviço do sistema. Eles são, de certa maneira, um tipo de guarda desse sistema que visa recolonizar militar e comercialmente a África. Condoleezza Rice [secretária de Estado] é um bom exemplo disso. O mesmo vale para a nova secretária de Estado para negócios africanos [9].”
Ampla teia de relações com governentes e homens de negócio
A maneira como a GoodWorks se introduziu nos círculos de tomada de decisões ao lado de Obasanjo – segundo Young, um homem “que, desde os anos 1960, participou de tudo que houve de bom na África” – constitui outro ponto de polêmica. No aniversário da GoodWorks, Ken Silverstein, jornalista e articulista, um dos maiores especialistas em negócios entre os Estados Unidos e a África, ateve-se às pretensões da GoodWorks: “A prefeita de Atlanta, Shirley Franklin, explicou recentemente que a GoodWorks provava que um capitalismo orientado à coletividade era possível. Se o coletivo a que ela se refere é o de líderes africanos corruptos, de seus amigos norte-americanos e dos meios empresariais, ela tem razão. Mas, se ela tentou nos dizer que a GoodWorks está à altura de seu nome quando tenta atuar no combate à pobreza, não poderia estar mais enganada.”
Entre os dirigentes da GoodWorks estão, entre outros, dois ex-embaixadores afro-americanos na Nigéria: Howard Jeter e Walter Carrington. Sharon Ikeazoar, a responsável pelo escritório da capital (Abuja), é a ex-advogada da filial nigeriana da Royal Dutch Shell. Também ambivalente é o perfil de Carlton A. Masters, atual número um da GoodWorks e co-fundador da sociedade. Jamaicano naturalizado nos EUA, casou-se com a filha de Leon H. Sullivan numa cerimônia em Abuja, com a presença do presidente nigeriano, em junho de 2005. Um privilégio excepcional, disseram outros convidados. Ele até abriu uma empresa na Flórida - Sunscope Investments - em parceria com membros da comitiva do presidente nigeriano.
Um outro passo foi dado no último trimestre de 2006, quando Masters foi indicado, pela Comunidade dos Estados do Oeste da África (Cedeao, com sede em Abuja) enviado especial da para relações com a diáspora africana. Os nigerianos da América já estavam atônitos com o fato de que seu país, que mantém diplomatas competentes nos Estados Unidos, possa acionar – com remuneração anual de US$ 500 mil – uma empresa de lobby como a GoodWorks. Eles foram os primeiros a reagir à decisão: “Nomear um norte-americano para o posto significa que nenhum africano poderia exercer a função?”, perguntou Steve Nwabuzor, presidente da Nigerian Leadership Foundation [10]. O interessado se defendeu: “Eu tenho a intenção de utilizar a nomeação não apenas para atrair a atenção global para as necessidades da África, mas também para estreitar as relações entre os Estados Unidos e os 15 países membros da Cedeao.”
A GoodWorks atribui as críticas que vêm dos dois lados do Atlântico ao vice-presidente nigeriano – e candidato derrotado na eleição de abril de 2007 – Atiku Abubakar, que utilizaria e espalharia as calúnias para atingir fins pessoais. A fortuna de Abubakar também não está livre de zonas sombrias. Por meses, sob a guisa de luta contra a corrupção, uma verdadeira guerra de notas e revelações foi travada entre os meios que apoiavam Obasanjo e aqueles em favor de seu vice-presidente, acusado de malversações financeiras.
A direção da GoodWorks, que não quis responder nossas perguntas, parece embaraçada com as acusações contra seus negócios pan-africanos. E as alegações são cada vez mais diretas. O advogado nigeriano Femi Falana, estima que “Andrew Young não se interessa pelos problemas da Nigéria. Ele só veio para obter um lucro [11]”.
O ex-prefeito de Atlanta é um dos sócios de uma companhia petroleira nigeriana, a Sun Trust Oil, proprietária de uma das refinarias mais promissoras do país, desde 2002. Outro dirigente da GoodWorks, Howard Jeter, está no conselho administrativo da ERHC, criticada pela maneira como obteve várias licenças de prospecção na zona de desenvolvimento conjunto criada entre a Nigéria e São Tomé e Príncipe [12].
“Caso Trafigura”: enfim, a descoberta do fio da meada?
Decerto, o fato de norte-americanos representarem, ao mesmo tempo, um país e as empresas que tentam se instalar ali não é ilegal. Além disso, eles podem fazer negócios pessoais em um país com o qual a GoodWorks mantém contratos. Mas essas ligações, geralmente opacas e propícias a irregularidades, favorecem a pilhagem de recursos tão necesários aos povos africanos.
Na Jamaica, um escândalo recente trouxe à tona a natureza das atividades da GoodWorks. O advogado e deputado Clive Mullings (trabalhista, oposição) à frente de um caso sobre energia e telecomunicação, decidiu revelar todo o jogo internacional de “retro-comissão entre a empresa Trafigura, a GoodWorks e os dirigentes jamaicanos e nigerianos”. Segundo Mullings, foi uma “fraude internacional” com fundos de acordos bilaterais assinados pelas duas empresas públicas petroleiras da Nigéria e da Jamaica durante os anos 1990 [13]. O envolvimento da GoodWorks nessa história complexa remontaria a 2000, um ano depois da chegada de Obasanjo ao poder. “Na época, o governo conservador jamaicano no poder perguntou a Carl Masters, dirigente da GoodWorks, se ele poderia assessorar a Companhia Petroleira da Jamaica [Petroleum Company of Jamaica, PCJ] na obtenção do petróleo da Nigeria National Petroleum Corporation [NNPC]. É estranho sabendo que, desde 1978, a PCJ nunca precisou de tal ajuda.” Foi nesse momento que interveio a Trafigura, companhia financeira petroleira e de fretamento marítimo, encarregada de comprar e transportar esse petróleo. Envolvida num caso parecido na África do Sul, a Trafigura recebia retro-comissões por sua atuação, sob a forma de porcentagem sobre os barris transportados, enquanto a GoodWorks também recebia honorários: 15% da receita da Petroleum Company of Jamaica [14].
O episódio que ficou conhecido como “caso Trafigura” veio à tona quando se descobriu que 460 mil euros haviam sido desviados, a partir de Amsterdã, para a conta de um ministro jamaicano, Colin Campbell. Os representantes da Trafigura encontraram a primeira-ministra Portia Simpson Miller em reunião privada,um mês antes do depósito ser efetuado. “Se o governo classifica essa transferência de fundos como ‘doação’, a Trafigura a chama de ‘transação comercial’ dentro dos trâmites de renegociação de seu contrato que chegava ao fim.” As autoridades holandesas iniciaram uma investigação. O caso levou à demissão de Campbell, então ministro da Informação. Percival James Patterson, ex-primeiro-ministro (1992-2006), que estava na origem do acordo, voltou à direção da GoodWorks. No último encontro organizado pela fundação Sullivan, realizado pela segunda vez consecutiva em Abuja, em 20 de julho de 2006, Young não hesitou ao convidar o presidente norte-americano George W. Bush a participar da próxima reunião, que deverá ser organizada na Tanzânia, em 2008. A GoodWorks também foi contratada pelo governo de Dar es Salaam (Tanzânia), por US$ 375 mil. Nos Estados Unidos, a empresa precisou organizar reuniões destinadas a “rebater as informações negativas publicadas sobre a Tanzânia na imprensa norte-americana”. Azar: a GoodWorks também trabalha para a controversa mineradora canadense Barrick Golds [15], que também atua no país.
Manchadas pela violência e por irregularidades, as eleições nigerianas de abril de 2007 desembocaram no que observadores internacionais temiam: a eleição truncada – mas sem surpresas – de Umaru Yar’Adua, mais do que nunca considerado uma “marionete” do presidente de saída Obasanjo, e novo cliente da GoodWorks. Como lembra o jornalista Laolu Akande, o jantar de gala do Waldorf Astoria foi para Obasanjo e para a GoodWorks a ocasião de “começar a trabalhar a candidatura e a imagem de Yar’Adua. Eles explicaram que Yar’Adua havia respeitado os direitos humanos e impedido a escalada do islamismo radical no Estado que governava, Katsina”.
Enquanto isso, na Jamaica, os olhos vidrados nos dois continentes, a América e a África, Clive Mullings leva adiante sua investigação sobre a GoodWorks. Objetivo: “Religar os pontos e revelar finalmente essa fraude internacional”.
Tradução: Silas Martí
silas.marti@revistaflan.com
[
1] Apelido atribuído à democracia nigeriana a partir das palavras “democracia” e da palavra inglesa “crazy” (louca).
[2] Umaru Yar’Adua, candidato do Partido Democrático do Povo (PDP) e ex-governador do Estado muçulmano de Katsina (norte), foi eleito com 24.638.063 votos, derrotando o general Muhammadu Buhari, candidato do All Nigeria People Party (ANPP, oposição), que teve 6.605.299 votos. O vice-presidente de saída, Atiku Abubakar, ficou em terceiro lugar com 2.637.848 votos
[3] Ler Barry Meier, “ For Us-Nigeria Go-Beetwen, ties yield profit ”, 18 de abril 2007,
[4] “Young Assails Blacks Who Favor President ”, The New York Times, 27 de outubro de 1984.
[5] Ex-secretário de Estado, apoiou a guerra do Iraque e foi administrador da Bechtel, empreiteira contratada para a reconstrução do Iraque.
[6] The Washington note, “ What’s up with Andrew Young’s Groveling for Wolfowitz? ”, 30 de abril de 2007.
[7] www.goodworksintl.com/
[8] Presidente da Angola, José Eduardo dos Santos, freqüentemente associado à corrupção e ao desvio dos fundos de petróleo de seu país.
[9] Citado por Bruce Dixon, responsável editorial do Black Agenda Report, “ Africa, where the next us oil wars will be ”, 28/02/2007
[10] Ler, “Carl Masters named Ecowas Envoy ”, 31/10/2006.
[11] New York Times, ibidem.
[12] Ler Jean-Christophe Servant, “São Tomé e Príncipe: o azar do petróleo”, Le Monde Diplomatique-Brasil, outubro 2006.
[13] Ler “Lifting the veil”.
[14] Baseada na Holanda, a Trafigura Beheer BV é uma petroleira especializada no transporte de matérias primas. É acusada de envolvimento em numerosos escândalos, como o fretamento do Probo Koala, que transportou à Costa do Marfim, em 2006, dejetos despejados, em diversas descargas, na capital, Abidjan. Cerca de 23 mil pessoas foram intoxicadas, sete morreram e 35 tiveram saúde gravemente comprometida.
[15] Primeira em extração de ouro no mundo, a Barrick Gold é alvo de várias acusações, principalmente no continente africano (Congo, Tanzânia etc)