"E aqueles que foram vistos dançando foram julgados insanos por aqueles que não podiam escutar a música"
Friedrich Nietzsche

sexta-feira, julho 15, 2011

Comentários

Recentemente me escapou a oportunidade (por isso a retomo aqui) de comentar a visibilidade positiva proporcionada por Carta Capital ao atual Desembargador Fausto De Sanctis, que tentou (infelizmente para a sociedade) sem êxito por na cadeia um grupo pesado do colarinho branco. Mas, quem sabe, agora como Desembargador e lotado no TRF-3, possa de alguma forma (será que não existe uma mínima brecha legal?) ser indicado para o STF ainda no Governo Dilma. Creio que o ganho para o sistema judiciário do país seria muito interessante, apesar de que grupos como a OAB talvez se opusessem a tal avanço.

 

Cynara Menezes e Leandro Fortes na Carta que ainda está em circulação (até hoje), afirmam que Genoíno é “especialista em assuntos militares”. Gostaria de saber de onde vem tal grau de especialização. Pelo curriculo dele não é. Pois nada encontrei na internet que abonasse tal afirmação, a não ser o desejo do então Presidente Lula de colocá-lo como Ministro da Defesa.

Por slnal, o uso da farda por Nelson Jobim (sem ser militar), como ouvi de certos colegas que conhecem o ideário esquerdista paulista e gaúcho foi bastante bem visto por estes. Bem visto e festejado pela sua representação, mais do que pela imagem (não creio que seja gosto pessoal do Ministro Jobim), uma vez que materializava seu poder de mando sobre os Comandos Militares, exatamente por vestir algo considerado pelos regulamentos internos como de uso exclusivamente militar, o que o MInistro Nelson Jobim não o é.

Então, como se diz no sertão do Ceará (e Genoíno como natural de Quixeramobim, terra de Antônio Conselheiro e criado em Senador Pompeu, terra de minha mãe), “é melhor um mal acordo do que uma boa briga”.

 

Walter Fanganiello Maierovitch, também nesta mesma edição de Carta vem criticando e jogando holofotes sobre a absurda reformulação no Código Penal da questão sobre a prisão preventiva. Em um trecho de seu texto escreveu: “Segundo a nova lei, o juiz só pode decretar a prisão preventiva quando ocorre imputação de crime doloso, cuja pena máxima seja superior a quatro anos. Como se percebe, não se rege a decretação da prisão preventiva, como era antes, pelo princípio da necessidade.”

Para isso a OAB não se mexe, mas para pressionar o Ministro Jobim a respeito de declaração sobre documentos relacionados ao período dos Governos Militares ela rapidamente entra em ação. É claro, que no caso da Lei da Anistia, há maior visibilidade na mídia.

Divida Americana

Ouvi um comentário agora pela manhã do Boechat sobre a dívida americana, em que ele afirmava ser mera questão política o possível calote dos EUA junto aos seus credores e que se o Senado Americano aprovasse, Obama teria o dinheiro para saldar seus compromissos.
A coisa não é tão simples assim. Eles (o Estado Americano) não tem o dinheiro. E Obama consequentemente também não tem o dinheiro. Só que, por idiotice mundial (que já deveria ter sido eliminado desde o fim de Bretton Woods), a economia gira em dólar, então o que acontece é que o Estado Americano emite mais papel para ter dinheiro. Se fizéssemos isso no Brasil, geraríamos um processo inflacionário e uma crise econômica interna que afundaria o país, assim como qualquer outro país do mundo. Mas, como a economia mundial é subserviente aos interesses americanos, eles emitem quanto dólar querem, ampliam cada vez mais sua dívida (mesmo todo mundo sabendo que eles são uma economia deficitária que consome muito e produz pouco para atender suas necessidades) e o mundo aplaude e fica feliz.
Com relação ao corte nos gastos militares proposto por Boechat. Lembre-se Boechat que hoje em dia a industria bélica nos EUA é um dos poucos setores que passou pela crise de 2008 com grande lucro, e consequentemente com seus funcionários sem serem demitidos, e o mais interessante, se Obama quisesse cortar gastos nesse setor perderia apoio até mesmo dos democratas no Congresso Americano, uma vez que, uma grande parte deles é "comprada" pelo lobby desta industria.
Para percebermos bem isso é só pensarmos em algumas notícias recentes. A NASA teve que acabar com o ônibus espacial por ser caro, algo em torno de 2,5 U$ bilhões por passeio no espaço. O gasto americano com armamentos em 2010 foi de 698,281 U$ bilhões. E é claro que uma boa parte deste dinheiro em breve vai virar sucata sem nunca ter sido utilizado. Esta realidade mostra a imoralidade do politico americano, tão grande quanto a dos nossos congressistas que desviam verbas de forma menos camuflada.

terça-feira, julho 12, 2011

Comentários

Sócrates antes de adentrar na questão da rivalidade futebolística entre a Argentina e Brasil, comentou sobre anteriores rivalidades (principalmente fronteiriças) entre os dois países. Em uma delas fala sobre a questão da "Cunha de Palmas", parte dos estados de Santa Catarina e Paraná que a Argentina reivindicava como seu. A Argentina pretendia estabelecer as fronteiras com o Brasil pelos rios Chapecó e  Chopim, supostamente com base no Tratado de Madri de 1750. O Barão do Rio Branco utilizando-se de sua astúcia e inteligência elaborou uma vasta documentação de seis volumes e garantiu o apoio do árbitro americano (Grover Cleveland) mantendo-se assim a área como pertencente ao Brasil. Essa disputa entre Argentina e Brasil, também ocorria no plano diplomático, Estanislau Severo Zeballos (diplomata argentino) foi o mais aguerrido adversário que Rio Branco enfrentou. Durante três décadas a opinião pública argentina anti-brasileira foi influenciada por Zeballos, o que serviu para aguçar a rivalidade entre os dois países. Tanto Rio Branco, como Zeballos, tinham a pretensão que o seu país conquistasse a hegemonia na América do Sul. A primeira desavença entre Zeballos e Rio Branco ocorreu em 1875. 
A titulo de curiosidade em 1943 Getúlio Vargas criou na área o Território do Iguaçu (preocupado com a soberania nas regiões de Fronteira).


Não esperava presenciar algo como ouvi nesta semana, o possível calote da dívida por parte dos Estados Unidos. Apesar da nova chefe do FMI, Christine Lagarde, afirmar neste domingo que um eventual não cumprimento, ou default (não pagamento), por parte dos Estados Unidos em relação a seus compromisso de dívida poderá colocar em risco a estabilidade da economia mundial, e pediu aos políticos americanos que cheguem a um acordo sobre o orçamento.

"Isso, sem dúvida, vai de encontro ao propósito e missão do Fundo Monetário Internacional. Por isso estamos preocupados", enfatizou. Se os políticos americanos não conseguirem um acordo, será "um grande golpe para os mercados de ações e terá consequências muito feias, não apenas para os Estados Unidos, como para toda a economia em geral, porque os Estados Unidos são um  ator muito importante e afeta muito a outros países", explicou.
 
As bolsas de valores pelo mundo estão pintadas de vermelho. Não há um só índice que consiga se livrar dos receios globais de que os Estados Unidos estão próximos de aplicar o maior calote da recente história econômica. Às 12h15, horário de Brasília, o Ibovespa cai 1,6%, os índices na França, Alemanha, Inglaterra e Espanha, que estão próximos do seu horário de fechamento, recuam 3,1%, 1,2%, 1,5% e 3,3%, respectivamente. E os americanos Nasdaq, S&P 500 e Dow Jones estão em baixa de 1,9%, 1,6% e 1,3%, respectivamente.

E a Grécia? Coitada, como primo menos importante fará sua população sofrer em nome do sistema financeiro, ou seja, novamente a socialização dos prejuízos com a privatização limitadíssima dos lucros.