Lula, Tarso Genro e Luiz Fernando Corrêa podem mandar o delegado Protógenes Queiroz para o Quinto dos Infernos, município localizado no entroncamento de Frigideira com Corredor, sub-distritos de Brasília.
. Essa história de gangsters, vazamentos, espetacularização, uso indiscriminado de grampos – isso tudo começou algumas semanas atrás, com o Supremo Presidente Gilmar Mendes e seu melhor amigo, Marcio Chaer, no “Consultor Jurídico” – clique aqui para ler sobre o grau de separação que aproxima Mendes de Chaer.
. Já refletia os temores de Dantas de ser preso.
. O objetivo era desmoralizar a Polícia Federal, para abortar a operação.
. Agora, o Ministro Genro, preocupadíssimo, vai investigar “o vazamento”.
. O que pode ser traduzido por: “Vamos pegar o Queiroz !”.
. O que o jornalista Bob Fernandes revelou no Terra Magazine é gravíssimo.
. A Polícia Federal queria proteger Dantas e boicotar o trabalho do delegado Protógenes Queiroz.
. Clique aqui para ler.
. Fernandes mostra como o chefe da Polícia Federal, Luiz Fernando Corrêa, conhecido como “homem do Dirceu”, tirou o apoio logístico de Queiroz e tentou depositá-lo no corredor, entregue às moscas.
. O mais grave, porém, das denúncias de Fernandes é a possibilidade de o diretor de Inteligência da PF, o delegado Lorenz, ter sido o responsável pelo vazamento de uma reportagem na Folha (da Tarde*), que quase matou a operação e deu origem à batalha judicial de Dantas para se livrar da cadeia.
. Dantas correu à Justiça, porque deveria saber, de dentro da PF, que aquele vazamento era para detonar Queiroz e protegê-lo (Dantas).
. Veja o que diz Fernandes:
Queiroz começa a fingir que a operação faz água. Cede, aceita conversar com a repórter; Andréa Michael, da Folha de S.Paulo. Mas faz uma exigência aos superiores: quer a presença do diretor geral, Luiz Fernando Corrêa, e de Lorenz, o diretor de Inteligência.
Corrêa não vai, manda alguém da comunicação social. Lorenz, presente. Na conversa, o delegado Queiroz contorna, tergiversa, despista, e guarda tudo o que disse e o que não disse.
Sábado, 26 de Abril. Anunciado o acordo das teles, vem aí a BrOi. No caderno "Dinheiro", da Folha, em quase meia página a repórter Andréa Michael relata os contornos de uma operação a caminho, destinada a prender Daniel Dantas.
Domingo, 27 de Abril. A operação está morta.
. Eu conversei com o delegado Queiroz naquela manhã de sábado, assim que li a reportagem de Michael.
. Queiroz ainda não tinha lido a reportagem.
. Eu perguntei: de onde saiu isso ?, quem poderia ter vazado ?
. Queiroz respondeu: “eu sei”.
. E a conversa mudou de rumo.
. Queiroz. Michael e Fernandes sabem: só pode ser o terceiro da conversa: o diretor de Inteligência da PF.
. A mando de quem ?
. Onde estamos ?, caro leitor ?
. Avisar ao quadrilheiro que o camburão da Polícia está na esquina ?
. Sempre achei que o Dr. Paulo Lacerda teve que sair da Polícia Federal porque o Governo Lula sabia que ele ia atrás de Dantas.
. Luiz Fernando Corrêa, indicado por Lula e aceito por Genro, chegou a PF para desmontar a estrutura de Lacerda.
. É ele quem diz isso, como demonstra a reportagem de Fernandes.
. E, agora se vê, tentou dinamitar a investigação de Queiroz.
. Corrêa tem a reputação de ser “homem de Dirceu”.
. Dirceu trabalha para Dantas.
. Foi na administração já de Corrêa que a Polícia Federal considerou que foi um “crime de imprensa” (quá, quá, quá !!!) a “reportagem” que Dantas publicou na Veja com as contas secretas de Lula e Paulo Lacerda no exterior.
. No tempo de Paulo Lacerda, a Polícia Federal era uma Polícia Republicana.
. Hoje, lembra muito a Polícia dos bons tempos do Farol de Alexandria.
. Uma Polícia a serviço dos interesses do Planalto.
. A Polícia Federal de FHC detonou Roseana Sarney, para ajudar a candidatura Serra e culminou com um fax que o agente mandou ao Palácio da Alvorada, diretamente a FHC: “missão cumprida”.
. Clique aqui para ler o que o Conversa Afiada publicou sobre o assunto, a partir do livro de Saulo Ramos. Note-se que nem o Farol nem o presidente eleito José Serra processaram Saulo Ramos.
. (Nos bons tempos do Farol de Alexandria, quando Marcelo Itagiba era Superintendente da Polícia Federal no Rio, sumiram com o delegado Deuler Rocha, que investigava umas falcatruas de Dantas. Rocha foi para Cacha-Prego.
. A remoção de Rocha fez parte do pacote que Dantas negociou diretamente com Fernando Henrique Cardoso, num almoço histórico.
. Os outros pratos servidos no cardápio foram: a destituição de uma diretoria da Previ hostil a Dantas, e a nomeação do ex-sócio de Dantas, Luiz Cantidiano, para presidente da CVM – aquele que deveria “vigiar” Dantas. )
. Lula, Genro e Corrêa morrem de medo do disco rígido.
. E, por isso, se puderem, vão sacrificar Queiroz no altar dos mártires da pátria.
(*) Já estava na hora de a Folha tirar os cães de guarda do armário e confessar, como fez a Folha, que foi “Cão de Guarda” do regime militar. Instigado pelo Azenha – clique aqui para ir ao Viomundo – acabei de ler o excelente livro “Cães de Guarda – jornalistas e censores do AI-5 à Constituição de 1989”, de Beatriz Kushnir, Boitempo Editorial, que trata das relações especiais da Folha (e a Folha da Tarde) com a repressão dos anos militares. Octavio Frias Filho, publisher da Folha (da Tarde), não quis dar entrevista a Kushnir.
. O Delegado Queiroz corre o risco de ser afastado da investigação sobre Dantas e ser mandado para a Ilha do Diabo ?
. O senhor confirma a informação de Bob Fernandes, no Terra Magazine, de que o Delegado Luiz Fernando Corrêa tentou retirar o apoio logístico do delegado Queiroz ?
. O senhor confirma a informação de Bob Fernandes de que foi o Delegado Lorenz quem vazou a informação para a repórter Andréa Michael da Folha de São Paulo com o objetivo de abortar a operação e detonar o delegado Queiroz ?
O Conversa Afiada enviou os e-mails para a assessora de imprensa do Ministro Tarso Genro, Vera Spolidoro, e aos assessores de imprensa do Dr. Luiz Fernando Corrêa, Fagner e Flávia Diniz.