"E aqueles que foram vistos dançando foram julgados insanos por aqueles que não podiam escutar a música"
Friedrich Nietzsche

sábado, outubro 06, 2012

Justiça

Não é só a luta de Lewandowski para soltar a cúpula petista que na atualidade joga contra a instituição do judiciário.

Aqui em Porto Alegre o juiz Mauro Caum Gonçalves, liberou dois “suspeitos” de balear em uma tentativa de assalto, uma médica na saída de um Petshop em frente ao Parque da Redenção às 17 horas.

Para o juiz, o fato de não haver solicitação de prisão preventiva é considerado o bastante para a soltura, além de que o fato do cometimento desse crime não implica necessariamente que o individuo cometerá outro e representa ameaça à sociedade.

Como desabafo o Major da Brigada Militar (é assim que se chama a polícia militar aqui no Rio Grande do Sul) Leandro Luz publicou no facebook a lista dos antecedentes criminais do individou que o juiz considerou não ser ameaça.

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sexta-feira, outubro 05, 2012

A Cartografia e os Rios Jaquirana e Javari

 
Hiram Reis e Silva, Porto Alegre, RS, 04 de outubro de 2012.

A cartografia é o conjunto de estudos e operações lógico-matemáticas, técnicas e artísticas que, a partir de observações diretas e da investigação de documentos e dados, intervém na construção de mapas, cartas, plantas e outras formas de representação, bem como no seu emprego pelo homem. Assim a cartografia é uma ciência, uma arte e uma técnica.
(Antonio Carlos Castrogiovanni)


Nas minhas intermináveis descidas pelos imensos caudais amazônicos tenho a oportunidade de confrontar cartas, mapas institucionais ou não com o terreno, e tenho verificado uma enorme discrepância entre aquilo que é observado no terreno e o que é retratado em documentos “oficiais”. São inúmeros erros em relação à nomenclatura de acidentes naturais ou de comunidades ribeirinhas ou ainda de sua localização real.

Vou tratar hoje especificamente à denominação do Rio Javari e seu formador o Jaquirana que durante tanto tempo foi objeto de estudo e discussão pelas Comissões de Limites, desde o século XVIII, e que os Mapas do IBGE, mostrando uma flagrante alienação histórica, trocam nos seus mapas do Estado do Amazonas e da Amazônia Legal o nome de parte do Rio Jaquirana a montante da foz do dito Galvez por Rio Javari.  Os Mapas Multimodais do DNIT, por sua vez, simplesmente omitem o nome do Rio Javari, talvez para não incorrer no mesmo erro, mas trocam o nome do Rio Batã (ou Bathan), afluente da margem direita o Jaquirana para Basã.

Façamos uma pequena digressão histórica para entendermos esta questão que se origina na Foz do Galvez, coordenadas – 5°10’34,37”S/ 72°53’1,74”O, uma pequena diferença do levantamento realizado por Cunha Gomes que considerou  a confluência do Galvez com o Javari:

     Latitude: 5°10’17,5” Sul.
     Longitude: 72°52’29” Oeste Gw.
     Altitude: 101,6 metros.

















 
-  Comissão Mista Luso-espanhola de 1781

Já em 1781 e 1782 a Comissão Luso-espanhola demarcadora de limites, em virtude do Tratado Preliminar de 1777, tinha dúvidas, e não pode resolver qual dos dois braços era o tronco principal do Javari.

-  Comissão Mista Brasileiro-Peruana de 1866

O Comissário brasileiro Capitão-Tenente José da Costa Azevedo e o Comissário peruano Capitão-de-Mar-e-Guerra Dom Francisco Carrasco subiram o Javari e chegaram em 8 de setembro de 1866 a mais uma confluência, optando, novamente, pela da direita, mais volumosa. A menor foi denominada pelo Comissário peruano de Rio Galvez.

-  Comissão Mista Brasileiro-Peruana de 1874

Deprimido, em estado de estafa, seriamente doente, Tefé caiu de cama. Assim desceu o Rio Galvez até Tabatinga, no Rio Solimões. (TEFFÉ)

A Comissão chefiada pelo Barão de Tefé e Guillermo Blake entrou na Foz do Javari, no dia 17 de janeiro de 1874, com um efetivo de 82 membros, atingindo as proximidades das nascentes do Javari, no Jaquirana, no dia 14 de março de 1874. A Expedição retornou ao Solimões com 55 sobreviventes, 27 haviam sucumbido à febre, à fome, ou às flechas dos Mayorunas.

-  Comissão de 1898

A 377 milhas da Foz do Javari finda a navegação a vapor e entra-se na zona de difícil trânsito. É na confluência do Rio Galvez com o Javari. Este segue então com o nome de Jaquirana até as suas nascentes. (GOMES)

O Ministro das Relações Exteriores, General Dyonizio Evangelista de Castro Cerqueira nomeia o Capitão-Tenente Augusto da Cunha Gomes Chefe da Comissão de Limites determinando-lhe que determine a nascente do Rio Javari.

Cunha Gomes afirma ter corrigido as coordenadas do Barão de Tefé verificando uma diferença de quase quatro segundos. Determinou que o Rio Javari era um prolongamento do Jaquirana e não do Galvez, como suspeitava Thaumaturgo.

Fonte:

CASTROGIOVANNI, Antonio Carlos. Ensino de geografia: Práticas e textualizações no cotidiano – Brasil – Porto Alegre, RS – Mediação, 2000.

GOMES, Augusto da Cunha. Comissão de Limites Entre o Brazil e a Bolivia – Re–Exploração do Rio Javari – Brasil – Rio de Janeiro – Typographia Leuzinger, 1899.

TEFFÉ, Tetrá de. Barão de Tefé, Militar e Cientista, Biografia do Almirante Antônio Luís von Hoonholtz – Brasil – Rio de Janeiro – Centro de Documentação da Marinha, 1977.


- Livro do Autor

O livro “Desafiando o Rio-Mar – Descendo o Solimões” está sendo comercializado, em Porto Alegre, na Livraria EDIPUCRS – PUCRS, na rede da Livraria Cultura (http://www.livrariacultura.com.br) e na Associação dos Amigos do Casarão da Várzea (AACV) – Colégio Militar de Porto Alegre. Para visualizar, parcialmente, o livro acesse o link:



Coronel de Engenharia Hiram Reis e Silva
Professor do Colégio Militar de Porto Alegre (CMPA);
Presidente da Sociedade de Amigos da Amazônia Brasileira (SAMBRAS);
Membro da Academia de História Militar Terrestre do Brasil - RS (AHIMTB - RS);
Membro do Instituto de História e Tradições do Rio Grande do Sul (IHTRGS);
Colaborador Emérito da Liga de Defesa Nacional.

Seringueiros Brasileiros

Hiram Reis e Silva, Porto Alegre, RS, 30 de setembro de 2012.

O PRANTO DO SERINGUEIRO
(Mário Maia)


Não me derrube, seu moço, a seringueira...
O seu leite me serve de sustento.
Já estou velho; mas desde o nascimento
Que esta árvore é minha companheira...
Olhe, é irmã daquela castanheira
Cuja copa procura o firmamento...
Ela também me dá alimento
Que mata a fome da família inteira...



Diferente da exploração do caucho, a “hevea brasilienses” permitiu que o seringueiro se fixasse, pouco a pouco, à floresta. O nordestino “acreanizado” deu início à cultura agrícola. Nos roçados brotava o feijão, o milho e a mandioca enquanto nas várzeas e na terra firme era incrementada a plantação do capim “colônia”, do “gordura”, do “jaraguá” e da “canarana”. O gado boliviano migrou para as novas e atraentes pastagens.

O seringueiro depois de fixar-se à terra deu origem à uma nova raça, a civilização acreana, que perambulava da floresta dadivosa, aos campos e roçados promissores. O acreano não usava as estradas para circular, mas os cursos d’águas. Os mais jovens, desde cedo, navegam pelos Igarapés, Furos e Lagos e aprendem, com os nativos, as ardilosas técnicas da caça e pesca. A acreana, de então, herdeira da rendeira nordestina aprendeu a trançar habilmente os seus bilros da fibra do tucumã. A psique nordestina foi paulatinamente impregnada pelas características psicológicas do caboclo, e, a seleção natural, progressivamente alterou-lhe o DNA proporcionando-lhe uma maior resistência às adversidades do meio hostil. O filho do Sertão estéril e do sol inclemente irmanou-se à terra das águas e da floresta.

- Abertura das “Estradas”

Em outubro de 1905, embarcam no vapor “Rio Branco”, que estava ancorado na “Boca do Acre”, confluência do Rio Acre com o Purus, dois ícones da nacionalidade brasileira, Plácido de Castro e Euclides da Cunha. Plácido de Castro tinha comandado o vitorioso Movimento Revolucionário Acreano, que resultou na incorporação das terras bolivianas ao Brasil. Euclides chefiara a “Comissão Brasileira de Reconhecimento do Alto Purus”, cuja missão era mapear o Rio Purus, desde a foz, no Solimões, até suas cabeceiras, definindo as fronteiras do país com a Bolívia e o Peru.

A viagem da Boca do Acre a Manaus durou uma semana e, neste período, aconteceu o encontro histórico. Euclides da Cunha solicitou a Plácido de Castro que redigisse um histórico da campanha, desde 1902 que culminou com a conquista do Acre. Plácido escreveu os apontamentos a lápis, e manteve longas conversas com o escritor, inclusive sobre a dinâmica da extração da borracha, seu ciclo produtivo e a vida nos seringais. (CASTRO, 2003)

Ao chegar ao Rio de Janeiro, Euclides da Cunha publicou na revista Kosmos (em janeiro de 1906), o artigo “Entre os Seringais” sem, contudo, referir-se à conversa que mantivera com Plácido de Castro. Em 27 de março de 1907, Plácido de Castro, prefeito de Rio Branco, se queixou, indignado, ao Ministro da Justiça, do artigo de Euclides da Cunha. Somente em 1930, os “apontamentos” do herói do Acre foram publicados, na íntegra, como parte do livro “O Estado Independente do Acre”, de autoria de Genesco de Castro, irmão de Plácido. O livro enfrentou dificuldades na sua distribuição, tendo em vista que os assassinos de Plácido permaneciam no poder.

(...) o mateiro lança-se sem bússola no dédalo (Labirinto) das galhadas, com a segurança de um instinto topográfico surpreendente e raro. Percorre em todos os sentidos o trecho de selva a explorar; nota-lhe os acidentes; apreende-lhe a fisiografia complexa, que vai dos igapós alagados aos firmes sobranceiros às enchentes; traça-lhe os varadores futuros; avalia-lhe, rigorosamente, as “estradas”; e vai no mesmo lance, sem que lhe seja mister traduzir complicadas cadernetas, escolhendo à beira dos Igarapés todos os pontos em que deverão erigir-se as pequenas barracas dos trabalhadores.

Feito este exame geral, apela para dois auxiliares indispensáveis – o toqueiro e o piqueiro (trabalhador que auxilia na abertura de estradas abrindo a picada); e erguendo num daqueles pontos predeterminados, com as longas palmas da jarina, um papiri (tapiri), onde se abriguem transitoriamente, metem mãos à empreitada. O processo é invariável. Segue o mateiro e assinala o primeiro pé de seringa, que se lhe antolha ao sair do papiri. É a boca da estrada. Aí se lhe reúnem o toqueiro e o piqueiro – prosseguindo depois, isolado, o mateiro, até encontrar a segunda árvore, de ordinário pouco distante, a uns cinquenta metros. Avisa então com um grito particular, ao toqueiro, que parte a alcançá-lo junto da nova madeira, enquanto o piqueiro, acompanhando-o mais de passo, vai tirando a facão a picada, que prefigura a “estrada”. O toqueiro auxilia-o por algum tempo, abrindo por sua vez um pique para o seu lado, enquanto um outro grito do mateiro não o chame a reconhecer a terceira árvore; e assim em seguida até ao ponto mais distante, a volta da estrada. Daí, agindo do mesmo modo, retrogradando por outros desvios, vão de seringueira em seringueira, fechando a curva irregularíssima que termina no ponto de partida. Ultima-se o serviço que dura ordinariamente três dias, ficando a “estrada” em pique. (CUNHA, 1906)

-  Extração da Borracha

Antigamente, para colher a goma, cingia-se a árvore com um cipó que envolvia o tronco obliquamente a um metro e setenta do solo até o chão onde era colocado um pote de argila. Eram, então, feitos diversos cortes na casca acima do cipó que aparava a seiva e a conduzia até o pote. Este processo de sangria exagerada, conhecida como “arrocho”, acabava por matar a árvore e foi abandonado há muito tempo. Com o passar dos anos, o método tornou-se mais racional visando preservar a integridade da “árvore da vida”. João Barbosa Rodrigues fez o seguinte relato na sua obra “As Heveas ou Seringueiras” editada em 1900:

Arrocho

Consiste o processo do arrocho em circular o tronco da seringueira, a um metro do solo, com um grosso cipó, dispondo-o em sentido oblíquo a unir as extremidades em ângulos a formar goteira. Feito este arrocho, golpeavam a casca da arvore, em toda sua circunferência, em diversas alturas. Assim corria abundantemente o leite que, reunido sobre o cipó, escorria pela goteira indo cair diretamente no vaso que o recolhia. Desta forma a árvore dentro em pouco tempo, morria, faltando-lhe a livre circulação da seiva, pelos golpes que separavam os tecidos e esgotavam-na inteiramente.

Quando eram simples golpes e não havia casca tirada, de um para outro ano, cicatrizavam e estabelecia-se a circulação; mas, ainda assim, pelas sangrias que anualmente faziam, dentro de pouco tempo morria. Foi assim que se acabaram os grandes seringais das margens do Amazonas, do Tocantins, do Jari e das ilhas, assim como os do Baixo-Madeira e Solimões.

Incisões

Posteriormente, foi adotado o golpe do machadinho e proibido, expressamente, o sistema de arrocho que, em muitos seringais, alguns empregam, porque até a eles não chega a ação da justiça. O sistema de incisões também é prejudicial quando dele se abusa, obrigando a árvore a dar mais do que possui, fazendo-se numerosas incisões sem dar descanso e tempo para a completa cicatrização. Alguns, sem necessidade, dão dois e mais golpes para uma tigelinha, o que é prejudicial à vida do vegetal. (RODRIGUES)

Hoje, o seringueiro parte, de seu tapiri, a cada dois ou três dias, de madrugada, carregando todos os seus apetrechos pela “estrada”. Este intervalo, antigamente desrespeitado, permite à árvore se recuperar da última sangria. Ele para, em cada uma das seringueiras, e parte para a extração da seringa que é feita através de pequenas incisões de 25 a 30 centímetros descendentes e paralelas na casca da planta, que começam a uma altura de aproximadamente dois metros acima do solo. Une depois, cada uma das extremidades inferiores dos cortes através de um talho vertical de maneira que o leite escorra dentro do traço para o fundo da cuia. A cuia é embutida na casca cortada para este fim e, eventualmente, pode ser usada uma argila para fixá-la no tronco.

Os cortes são feitos, normalmente, até as onze horas, em todas as árvores da “estrada”, exceto nos meses de agosto e setembro, época da floração. Pelo meio-dia, ele começa a recolher as cumbucas, despejando o látex coagulado nas cuias em um balde, ou então em um saco encauchado (impermeabilizado com látex). À tarde, por volta das catorze horas, volta para o rancho, almoça e inicia a defumação do material recolhido que leva umas duas horas para ficar pronto.

O fogo é feito debaixo da terra para que a fumaça saia por um furo ao nível do chão. A melhor fumaça é a de coco de babaçu mas, no Rio Purus, usava-se para esta operação os frutos da palmeira urucuri; no Rio Autaz, os da palmeira iuauaçu e no Rio Jaú e onde estas palmeiras são mais raras, utilizavam-se madeiras como a carapanaúba e a paracuúba. A bola de borracha (pela) é rodada em volta de uma vara de aproximadamente um metro e meio de comprimento, chamada “cavador”. Para iniciar a bola, enrola-se na vara um “tarugo” de goma coagulada no qual o leite gruda facilmente. O homem vai despejando o leite com uma cuia ou uma grande colher de pau, ao mesmo tempo em que gira o “cavador”, a parte líquida se evapora imediatamente, e forma-se uma fina camada de goma elástica, e a bola vai engrossando, cada dia um pouco mais. Uma “pela” pronta, depois de vários dias, pesa em média 50 quilos, é, então, exposta ao sol, quando toma a coloração escura e assim permanece até ser comercializada.

Fontes:

CUNHA, Euclides da. Entre os SeringaisBrasil – São Paulo – Revista Kosmos, 03.01.1906.

RODRIGUES, João Barbosa. As Heveas ou Seringueiras – Brasil – Rio de Janeiro –Imprensa Nacional, 1900.

-  Livro do Autor

O livro “Desafiando o Rio-Mar – Descendo o Solimões” está sendo comercializado, em Porto Alegre, na Livraria EDIPUCRS – PUCRS, na rede da Livraria Cultura (http://www.livrariacultura.com.br) e na Associação dos Amigos do Casarão da Várzea (AACV) – Colégio Militar de Porto Alegre. Para visualizar, parcialmente, o livro acesse o link:



Coronel de Engenharia Hiram Reis e Silva
Professor do Colégio Militar de Porto Alegre (CMPA);
Presidente da Sociedade de Amigos da Amazônia Brasileira (SAMBRAS);
Membro da Academia de História Militar Terrestre do Brasil - RS (AHIMTB - RS);
Membro do Instituto de História e Tradições do Rio Grande do Sul (IHTRGS);
Colaborador Emérito da Liga de Defesa Nacional.

quinta-feira, outubro 04, 2012

Drones subaquáticos para as guerras dos EUA – Serão eles utilizados contra o Irão?

resistir info – 03 set 2012

por Julie Lévesque

Drone subaquático.A obscurecer os efeitos devastadores dos drones dos EUA que matam civis inocentes por todo o mundo , é com um toque de humor e entusiasmo ligeiramente inadequados que a empresa de consultoria militar Strike Fighter Consulting louva os novos Veículos Subaquáticos Sem Tripulação da US Navy no seu artigo recente "Unmanned Drones Take to the Seas".
"Dá a impressão que os pilotos de drones vão precisar lições de natação.
A Armada dos EUA actualmente está a experimentar uma nova geração de drones subaquáticos nas águas junto a Newport, Rhode Island. A sua esperança é que estes drones venham a ser os primeiros passos (ou o primeiro cachorrinho, se quiser) para um futuro de submarinos autónomos.
Estes drones, que são conhecidos tecnicamente como Unmanned Underwater Vehicles (UUV) poderiam representar uma "alteração do jogo" para a Armada, disse Christopher Egan, administrador de programa no Naval Undersea Warfare Center.
Modelo do drone subaquático.Tudo o que torna os drones aére
os tão eficazes (effective) pode muito facilmente ser aplicado a submarinos. (Dabney B.,Unmanned Drones Take to the Seas , Strike Fighter Consulting Inc, September 19, 2012, ênfase acrescentada.)
De que espécie de "eficiência" estamos a falar aqui?
A guerra com drones tem sido "eficiente" principalmente em matar civis inocentes, incluindo crianças, segundo um estudo da Universidade de Stanford e da Universidade de Nova York.

Segundo o novo estudo, apenas uma em cada cinquenta vítimas do programa da CIA de ataques "dirigidos" ("targeted") com drones em áreas tribais do Paquistão são militantes conhecidos, ao passo que um número entre 2.562 e 3.325 pessoas foi morta no Paquistão entre Junho de 2004 e meados de Setembro deste ano – das quais entre 474 e 881 era civis, incluindo 176 crianças. (The News International (Pakistan), Pakistan. CIA Annihilation From The Air: Drone Warfare's Invisible Dead , September 26, 2012)

Dizem-nos que estes novos "cost-efficient" drones submarinos "poderiam ser utilizados para mapear o fundo do oceano, detectar minas inimigas, colectar informação ou apoiar a guerra submarina [...] A Armada espera que o Razor seja virtualmente indetectável pelos sistemas inimigos". (Dabney B., op. cit.)
No princípio deste ano a Aviation Week publicou um artigo sobre Veículos Subaquáticos Não Tripulados de Grande Deslocação (Large Displacement Unmanned Underwater Vehicle, LDUUV) o qual confirma que a tecnologia drone subaquática não está bem estabelecida. Prevê-se que o novo Large Displacement Unmanned Underwater Vehicle (LDUUV) seja utilizado não após 2014:

O Large Displacement Unmanned Underwater Vehicle (LDUUV) será grande e extremamente autónomo, executando missões a longas distâncias durante meses. Ele actuará como um navio mãe (mothership), posicionando e operando sensores estáticos e móveis para vigilância persistente em águas costeiras. Finalmente, é provável que seja armado. O programa parece ambicioso, mas grande parte da tecnologia já foi demonstrada.
[...]
O LDUUV terá uma grande capacidade de carga útil, tornando-o capaz de libertar sensores, bóias de comunicação, UUS mais pequenos e armas. A ênfase actual da Armada está na vigilância persistente "externa" ("over the horizon"). Contudo, o seu impacto mais significativo poderia ser na guerra das minas, tanto ofensivas como defensivas.
E o LDUUV poderia tornar a colocação de minas mais controlável e clandestina. No conceito de mina transformacional, o LDUUV coloca sensores em rede numa área vasta. Estes rastreiam e identificam todo navio dentro da sua amplitude. Dependendo da situação, qualquer navio pode ser atacado, seja por uma arma ancorada ou por um torpedo vindo do próprio UUV.
[...]
A Armada planeia divulgar um pedido de propostas para o LDUUV em 2014. Em Outubro último o contra-almirante Barry Bruner, o director de guerra subaquática da Armada, indicou que mais de 10 LDUUVs seriam encomendados. O LDUUV está a ser encarado como um ajudante para complementar submarinos tripulados. Contudo, se ele alcançar os objectivos tecnológicos de resistência e autonomia, colocará questões sérias acerca do que exactamente grandes embarcações não tripuladas poderiam afinal das contas não fazer. (David Hambling,
Large Displacement Unmanned Underwater Vehicle Steaming Ahead , Aviation Week, April 1, 2012, ênfase acrescentada.)

Drone EchoRanger, da Boeing.Se esta tecnologia foi ddemonstrada, ela poderá ser utilizada para a guerra subaquática.
Será que submarinos armados não tripulados serão utilizados em "minagens clandestinas" contra o Irão no Golfo Pérsico?
A respeito disto, relatórios confirmam que actualmente (Setembro/2012) estão a ser conduzidos exercícios militares próximos das águas territoriais do Irão e são "destinados a simular a resposta do Irão a um ataque dos EUA-Israel, nomeadamente que acções serão tomadas pelas forças aliadas em resposta à retaliação militar pelo Irão". (Michel Chossudovsky,
“Warship Diplomacy”: A Prelude to All Out War against Iran? , Global Research, September 26, 2012.)
Drones subaquáticos fazem parte dos jogos de guerra, informa a Bloomberg:

"O ''Mark 38 Mod 2,” de 25 mm guiado da BAE Systems Plc (BA/) 25mm guided e o veículo subaquático não tripulado Kingfish estão entre os programas que o Pentágono acelerou este ano sob uma iniciativa "Via rápida" ("Fast Lane") para reagir a armas navais iranianas. Uma das mais sérias ameaças, diz a Armada, são botes iranianos de alta velocidade que podem empregar tácticas de "enxame". ( Bloomberg , September 19, 2012. ênfase acrescentada.)

Uma declaração recente do Director de Investigação do think tank neocon Washington Institute for Near East Policy sugeriu que os EUA deveriam provocar o Irão a "disparar o primeiro tiro".

"Estamos no jogo de utilizar meios encobertos contra os iranianos. Podemos ficar mais sujos com isso [...] Os Estados Unidos – juntamente com muitos parceiros internacionais que pode mobilizar – deveriam mover-se para acções mais contundentes, sejam encobertas ou abertas, publicamente proclamadas ou negáveis". (Patrick Clawson, citado em Michel Chossudovsky, Neocon Washington Think Tank: The US should Provoke Iran into “Firing the First Shot” , September 26, 2012.)

Drones subaquáticos parecem constituir a arma perfeita a ser utilizada em actos de provocação.

28/Setembro/2012

O original encontra-se em www.globalresearch.ca/...

Empresa de aeronáutica russa vai investir na montagem de aviões ligeiros agrícolas em Ponte de Sôr

darussia.blogspot – QUARTA-FEIRA, OUTUBRO 03, 2012

PUBLICADA POR JOSE MILHAZES

 

 A empresa de aeronáutica russa MVEN pretende entrar nos mercados estrangeiros com um avião ligeiro que será montado em Ponte de Sôr e terá como objetivo a venda nos países lusófonos.

Em declarações ao jornal Biznez Online, o diretor-geral da MVEN, Victor Ermolenko, revelou hoje que, até finais de 2012, em Ponte de Sôr será montado o avião "Farmer-2", especializado para trabalhos agrícolas.

"Nós entramos com o projeto e os portugueses com a fábrica e dinheiro para a certificação", acrescentou.

Ermolenko teve dificuldade em prever o tempo necessário para o avião obter o certificado de voo.

"Trata-se de um processo complexo e é difícil falar em prazos. Gostaríamos de fazer isso num ano", declarou.

O preço desse avião ligeiro na Rússia é de cerca de 100 mil euros, três vezes menos do que o de análogos estrangeiros.

A montagem do avião em Portugal ficará a cargo da empresa lusa Aeronáutica, sediada em Ponte de Sôr.

Segundo Ermolenko, "aí já existe um pequeno centro de fabrico de aviões. Nas suas linhas eles começarão a montar também os nossos aviões. Inicialmente, vai tratar-se de montagem e, depois, analisaremos questões de transporte e alfândegas. Começaremos pelo processo de certificação e, depois passaremos às vendas".

"Os nossos parceiros estrangeiros avaliam o mercado dos países lusófonos com uma capacidade para absorver cerca de cem aparelhos. O preço do avião será definido pela parte portuguesa", concluiu.

domingo, setembro 30, 2012

Sobre o Dízimo

Normalmente não publico nada religioso, mas como considero o famoso dízimo    em algumas igrejas como sendo uma forma de exploração absurda de muitas pessoas carentes que retiram do seu sustento para financiar os confortos de  alguns, e que representam uma forma de usura destes sobre os carentes. Fica assim registrado meu apelo à divulgação desses vídeos para abrir a mente dos explorados.