"E aqueles que foram vistos dançando foram julgados insanos por aqueles que não podiam escutar a música"
Friedrich Nietzsche

segunda-feira, janeiro 10, 2011

Perplexidade

Como pai que ama seus filhos, não consigo entender e tampouco aceitar as crueldades que são promovidas contra crianças. E aqui não falo da idiotice da Lei da Palmada. Falo de crimes como espancamento, tortura, alienação ideológica e emprego como soldados.
Assisti recentemente o documentário "Promessas de Um Novo Mundo", em que crianças são levadas a posições extremadas em relação à questão judaica e muçulmana. E neste documentário percebe-se como facilmente a infância destas crianças (principalmente as muçulmanas) são roubadas de forma desavergonhada por uma política belicista, que tem apoio e interesses das grandes potências, principalmente a Americana, na manutenção desta situação.
Dentro do país (Brasil), a mais ou menos um ano venho acompanhando mesmo que de forma distante vários casos envolvendo Varas de Família. Alguns acabam se metamorfoseando em casos criminais.
Hoje iniciava-se o julgamento do caso de Joanna Marcenal (quem quiser entender profundamente o caso acesse http://casojoannamarcenal.blogspot.com/
É simplesmente estarrecedor como integrantes da Justiça (pomotores, juízes, psicólogos e outros) foram coniventes com o pai para que este tivesse a guarda da criança (mesmo tendo 103 ações cíveis contra ele, sendo 26 de  agressão e estelionato),  e a mãe impedida de acesso à mesma.
No referido blog existem uma série de vídeos muito interessantes. Em um deles a promotora que era professora do pai (será que existiu favorecimento?) fala mal da mãe em uma aula no Curso da Emerj. Que é isso? É no mínimo uma enorme falta de ética ela está em sala de aula discutindo o caso e emitindo juízo de valor sobre a mãe e favorecendo o pai. E o pior, no mesmo vídeo ela fala que a mãe deveria ter avisado ao pai que a filha teria problemas neurológicos com convulsões, que seriam o motivo das lesões que levaram à morte a criança. Só que o pediatra que tratou a criança desde os nove dias de nascimento desmente essa afirmação ao relatar que a criança nunca teve uma convulsão.
A juíza. Bem, a juíza, solicitou afastamento do caso por foro intimo. Por estar sendo acusada de irresponsabilidade ao ter dado a guarda a um pai com histórico de agressão. Lindo, bela cara de pau. Ela devia era pedir afastamento da magistratura. Pelo que eu saiba o juiz não é obrigado a acatar indicação da promotora, que pelo lido acima foi totalmente "imparcial". Então, que ao analisar o caso ela lembrasse que a promotora era casada com um familiar do pai, e negasse a guarda dentro da documentação comprobatória de ações,inclusive de agressão, contra o pai. 
Outro fato interessante é que a decisão judicial baseou-se em laudo de "Alienação Parental" dada pelas psicólogas ROBERTA M. N. FERREIRA DE CARVALHO e VÂNIA SUELI MAFRA ANIZ, que sofriam ação perpetrada pela mãe. No mínimo há conflito de interesses nesse caso, e as duas jamais poderiam ter tido seu laudo aceito.
Vou transcrever a situação da criança que foi relatada por uma babá contratada para cuidar de três crianças, sendo duas irmãs de Joanna e uma especial (Joanna Marcenal): 

Joanna estava no chão, em um tapetinho, com as mãozinhas e os pezinhos envolvidos com fita adesiva. Ela não podia se mexer. Ela só gemia” relatou a doméstica em depoimento.
“Ela ficava falando: ‘hum hum hum’. Aí eu perguntei para ele(pai): 'mas o que é isso?'. Aí ele(André) disse: 'não se assusta, porque ela teve muita convulsão essa noite. Eu tive que chamar o médico, e o médico me autorizou a fazer isso para que ela não viesse a se machucar, porque se ela ficar com as mãos soltas ela vai se machucar'”.

“Joanna estava suja de xixi e cocô. Deitada no chão, no tapete do closet do quarto do casal André e Vanessa. Estava deitada em cima do xixi. Eu pedi para limpá-la, mas ele(pai)falou que eu não mexesse nela porque ele retornaria e cuidaria dela” “Ela tinha hematomas, pelo lado do tórax. A pele ficava vermelha, meio arroxeada, como se tivesse apertado alguma coisa assim”. “Ela estava sofrendo. Pelo pouco que eu vi, estava sofrendo. Naquele dia eu cheguei em casa, chorei muito, meus filhos não queriam que eu voltasse. Era triste, de chegar chorando em casa. Eu estou chorando até hoje '. 

A minha pergunta é: Os direitos humanos estão lá dando apoio à mãe? Ou por ter promotores, juízes e outros membros da magistratura envolvidos estão fazendo de conta que não é com eles? Ou eles só se mexem para falar de idiotices como a Lei da Palmada?
Como disse no início não aceito de forma alguma uma situação dessas,acho que o pai terá o castigo que merece dentro da cadeia, pois lá existe um ética que funciona muito bem em relação à crimes contra crianças.
Já a juíza CLAUDIA NASCIMENTO VIEIRA, as psicólogas ROBERTA M. N. FERREIRA DE CARVALHO e VÂNIA SUELI MAFRA ANIZ, a procuradora MARIA HELENA RODRIGUES BISCAIA, deveriam ser execradas de suas atuais funções e também serem impedidas de exercê-las no setor privado em qualquer condição, ou seja, que ser virem para arranjar uma atividade econômica que as sustente e onde não possam por em risco a vida de mais nenhuma criança no futuro.
Espero que o corporativismo existente no judiciário não acoberte essas ações desvirtuadas destas (...), (não há palavra que se enquadre, pois não são profissionais, não são humanas e nem são imparciais), pois é  por essas e outras que o judiciário se encontra em tão baixo índice de confiança social (está acima somente dos quesitos: policia, eleições/sistema eleitoral, sindicatos, Congresso Nacional e partidos políticos). 
Que a OAB, tão presente na luta pela democracia e direitos humanos encampe essa luta e pressione para que ocorra o afastamento das atividades profissionais destas "criaturas". 
Que a sociedade se mobilize e faça com que ocorra justiça nesse caso, já que tantos outros não chegam à mídia. Não é possível que se deixe tais pessoas impunes. Todos os envolvidos são culpados da morte da criança. Se não estiveram presente provocando as agressões, permitiram que isso ocorresse, não merecem a menor consideração ou apoio de nenhum setor da sociedade que se diz comprometida com os direitos da vida.

Nenhum comentário: