"E aqueles que foram vistos dançando foram julgados insanos por aqueles que não podiam escutar a música"
Friedrich Nietzsche

domingo, fevereiro 13, 2011

Comentários

Como estou a um bom tempo sem publicar, os comentários também estão bem atrasados.
Como meus leitores sabem sou fã de Carta Capital, mas a falta de tempo me tem feito adquiri-la com maior espaçamento do que gostaria. E nessas poucas leituras andei lendo alguns sinais contraditórios de pensamento. 
Uma das características da personalidade de Dilma que é defendida ,é exatamente sua capacidade de separar seu pensamento pessoal do pensamento de Presidente (na primeira vez que isso foi destacado foi exatamente ainda na campanha, quando da idiotice trazida para a discussão por Serra e esposa sobre o aborto). Nessa linha de raciocínio o fato de Dilma ter solicitado encontro com as mães da Praça de Maio, não significa mudanças na condução da política em relação à Lei da Anistia. Por favor não enxerguem chifre em cabeça de cavalo.
Uma interessante que li em Carta, foi com o titulo "Os Inimigos por Perto" creio eu, que falava sobre o fato de Nelson Jobim ter ficado na pasta da Defesa. Bom, será que quem escreveu realmente acredita nisso? Acredita que a presença de Jobim na Defesa seria um ato empurrado à Dilma? Seria muita inocência, ou não dar crédito à existência de uma "Mão de Dilma".
Acho que alguns ainda não aceitam que Dilma não vai fazer a "guerra" contra os militares que muitos gostariam de ver.

Ainda permanece na baila o caso de Battisti. Bom, quem aqui acompanha minha posição é a de que se o rapaz fez os atentados numa luta de esquerda (que muitos por aqui sem ter disparado um tiro se dizem da "Resistência", resistência que por sinal agora ganha o bolsa ditadura),deveria sim ter direitos preservados. Me desculpe a Itália, mas quem tem Berlusconi a tanto tempo no poder não me parece ter respaldo suficiente para brigar por Battisti.
Lembro-me de quando na época da faculdade  ao ver a turma da "caminhando" ligada ao partideco, que nunca foi de ter um linha de ação mais radical, pensava: olha ali a turma do "faz de conta que eu sou de esquerda". Talvez por isso quando um grupo de esquerda mais radical faça ações (mesmo num Estado "democrático") o pessoal torça o nariz.
Como já disse antes, essa tal "democracia" não é real, e nem todo mundo tem que aceitá-la. E como também já afirmei antes esse raciocínio falho é um intrigante precedente para que alguém queira julgar a "grandiosa resistência" nacional.

Mais uma vez São Paulo dá exemplo do que vem ser uma boa administração pública. A compra de uniformes inadequados para os alunos da rede pública denunciada por Carta, demonstra novamente a falta de compromisso do poder com o povo, e nós, bem, nós "pastamos" na democracia. Quem sabe daqui a quatro anos (se outro for eleito e tiver interesse), talvez situação mude.

Apenas como nota, não entendi Gianni Carta colocar o fato de duas separações serem uma das condições que caracterizam a maluca da Marine Le Pen ser considerada uma mulher moderna. A única coisa que isso me remete é o fato de ou ela não saber escolher bem seus relacionamentos, ou ser desajustada.

Antes que eu me esqueça, ouvi um comentário sobre um artigo (não lembro realmente de quem) do grande mestre Ricardo Fitz, sobre o uso do Presidenta ou Presidente em relação à Dilma. Falava do fato de o sufixo "enta" estar geralmente relacionado à coisas negativas tipo: rabugenta, nojenta, birrenta, etc. Já as que terminam com "ente" teriam caráter positivo como: inteligente, paciente, etc. Acho que vou passar a adotar o Presidente para Dilma, pois creio que por enquanto ela merece.

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