Ao menos seis milhões de menores são obrigados a levar uma vida de escravo, sofrem de ataques, exploração ou são violentados regularmente, segundo o relatório da Organização Não-Governamental britânica “Save the Children”, publicado neste dia 23 de agosto. A reportagem é do jornal Clarín, 24-08-2007, e foi traduzida pelo Cepat.
O relatório intitulado “Pequenas Mãos de Escravidão”, sustenta que só na Grã-Bretanha há ao menos cinco mil menores escravos do sexo, que são obrigados a se prostituírem para benefício econômico de adultos. Desse total, 75% dos menores obrigados a se prostituírem são meninas.
A publicação do relatório coincide com o Dia Mundial contra a Escravidão, que comemora o bicentenário da abolição do comércio de escravos. Bill Bell, chefe da seção de campanhas da “Save the Children”, declarou que a escravidão infantil “não é um problema do passado”. “Continua havendo milhões de crianças tanto em países ricos como pobres, que são forçados a levar uma vida de escravos”, acrescentou o especialista.
“Atualmente – disse Bell –, há em todo o mundo 1,8 milhão de menores envolvidos no comércio da prostituição, mais de um milhão de menores que trabalham como escravos em minas, e outros milhões mais – alguns de apenas seis anos de idade – que são forçados a trabalhar até 15 horas diárias como trabalhadores domésticos”.
O especialista destacou que esses menores “são tratados como produtos comerciais, prontos para serem emprestados ou vendidos a outros donos sem aviso”. Bell sustentou que “os mandatários do mundo e os doadores internacionais devem agir com urgência para solucionar o flagelo da escravidão infantil, e colocar em prática leis e recursos necessários para erradicar estas práticas terríveis”.
O relatório revelou que 1,2 milhão de crianças e bebês são traficados anualmente em países da Europa Ocidental, América e Caribe, e esclareceu que essa cifra está crescendo. De acordo com “Save the Children”, grupos criminosos vinculados ao tráfico de crianças e adultos ganham até 32 bilhões de dólares por ano.
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