"E aqueles que foram vistos dançando foram julgados insanos por aqueles que não podiam escutar a música"
Friedrich Nietzsche

terça-feira, novembro 24, 2009

FEBEAPA 2

Nas esferas das relações internacionais estamos vendo atualmente o Presidente Lula ser muito criticado por receber Mahmoud Ahmadinejad, presidente do Irã. Os críticos alegam que sua negação do holocausto o colocaria como persona non grata.
Nesta semana na Band News ouvi um representante brasileiro da ONU falando sobre o fato, e dizia que se o Brasil quisesse passar uma mensagem de país sério e lutar por uma cadeira no Conselho de Segurança não deveria receber o presidente do Irã. A mídia tem explorado a vinda do presidente iraniano de forma efusiva e evidenciando todas as manifestações em contrário.
De fato Mahmoud Ahmadinejad é uma pessoa controversa. Com suas declarações em relação ao holocausto, ou seu enfrentamento em relação projeto nuclear iraniano o colocam na mira de potencias que desejam a manutenção do status quo do poder mundial.
Não faz muito tempo o Brasil também foi acusado de buscar a fabricação da bomba nuclear, uma vez que “escondia”uma parte do processo de beneficiamento do combustível nuclear. Tal fato na realidade era decorrente da proteção da tecnologia tupiniquim, desenvolvida para ampliar a produtividade das centrífugas nucleares. Modelo por sinal desejado por diversas potencias, que não só produzem combustírvel nuclear como também possuem diversas bombas em seus países e em outros também.
Voltando à questão de país sério. Percebo uma seriedade enorme nas ações de Bush e Blair para invadir o Iraque repleto de armas de destruição de massa. Ou a União Européia instituindo limites para a entrada de estrangeiros. Ou o respeito da China e EUA sobre a decisão de promover a redução da emissão de poluentes no ambiente.
Nesse caso vejo que o Itamaraty e o Presidente Lula estão corretíssimos. O Brasil não deve centrar o seu alinhamento ideológico aos interesses dos páises ricos, evidentemente também não vai esquecer que existem. Mas, a busca de novas relações internacionais, como já havia dado o exemplo Geisel, trás frutos, tanto na independência como no apoio internacional.
O pólo de poder pode estar mudando. A China e a Índia estão demonstrando isso. O Brasil não pode ficar de fora dessa onda de crescimento e nova organização mundial.
A vinda de Mahmoud Ahmadinejad, após a de Shimon Peres e a de Mahmoud Abbas, só demonstram a relevância internacional que o país está angariando com sua linha de largo espectro nas relações internacionais.

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