"E aqueles que foram vistos dançando foram julgados insanos por aqueles que não podiam escutar a música"
Friedrich Nietzsche

domingo, janeiro 16, 2011

Testes de Israel com vírus atrapalham programa nuclear do Irã

iG São Paulo | 16/01/2011 16:13

Projeto conjunto entre governo israelense e EUA teria fechado um quinto das centrífugas iranianas em novembro


Os serviços de inteligência dos EUA e Israel colaboraram no desenvolvimento de um vírus informático para sabotar os esforços do Irã de fabricar armas nucleares, informa neste domingo o jornal americano The New York Times.
Segundo especialistas militares e de inteligência ouvidos pelo diário, Israel testou o vírus Stuxnet, que aparentemente causou o fechamento de um quinto das centrífugas nucleares iranianas em novembro, além de atrasar a capacidade da República Islâmica de construir suas primeiras armas nucleares.
Foto: AP
Presidente do Irã, Mahmoud Ahmadinejad, visita usina de enriquecimento de urânio a 300 quilômetros de Teerã (foto de arquivo)
As provas foram realizadas no fortemente protegido complexo israelense de Dimona, no deserto de Neguev, que abriga o não declarado programa de armas nucleares do Estado hebreu.
Especialistas e funcionários disseram ao jornal que o projeto para a criação do Stuxnet foi um esforço conjunto entre Israel e Estados Unidos, com a ajuda, consciente ou não, de Alemanha e Grã-Bretanha.
Antes dessas informações, especulava-se amplamente sobre se Israel estaria por trás do Stuxnet. Teerã também acusou Israel e os EUA de assassinar dois cientistas nucleares em novembro e janeiro.
A notícia publicada pelo The New York Times foi divulgada num momento em que o Irã afirma que seu polêmico programa de enriquecimento de urânio avança "significativamente", apesar das sanções de que é alvo objeto.
A informação foi divulgada dias antes da reunião de alto nível entre Teerã e seis potências mundiais (Estados Unidos, França, Grã-Bretanha, Rússia, China e Alemanha) sobre o programa nuclear iraniano em 21 e 22 de janeiro, em Istambul, Turquia.

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