A revista de nº 633 de Carta Capital traz um artigo de Delfim Neto de grande autoconfiança e extrema lucidez.
Autoconfiança por ir contra as idiotices exageradas dos setores ambientalistas que acolhem tudo que o IPCC (como orgão político e forma de se impor pela força me lembra outra sigla) fala sobre o aquecimento global.
Delfim mostra a realidade logo no titulo de seu artigo: "Paranoia e Pererecas".
O artigo denota a imensa paranoia desses grupos que paralisam determinadas obras necessárias ao desenvolvimento (é claro que algumas obras são absurdas e tais grupos às vezes são um mal necessário) tanto econômico, quanto humano.
O problema de tal linha de ação é que uma parcela da população ficará alijada do acesso aos confortos da humanidade. Não foi para isso que o homem desenvolveu a ciência? Para melhorar a qualidade de vida no planeta?
Só que sem acesso à energia, assim como na África, esses grupos humanos terão que utilizar biomassa, ou seja, queima de lenha, que além de ser prejudicial ao seu sistema respiratório (provocando queda na expectativa de vida), também provoca ampliação de derrubada de mata virgem (é claro que em proporções menores do que o agronegócio).
O que me chama atenção é o fato de a maioria desses grupos serem constituídos por pessoas da classe média metropolitana, ou seja, grupos que tem acesso e desfrutam do conforto gerado pelas usinas instaladas em décadas anteriores.
No meu ponto de vista, assim fica fácil ser contra o desenvolvimento.
Voltando ao caso Battisti. Walter Fanganiello Maierovitch em seu artigo diz que Arrigo Carvallina explicou como eram selecionados os "inimigos a punir": a) os que trabalhavam no sistema penitenciário, b) os policiais, c) os magistrados e d) os comerciantes.
Dentro de uma lógica de um movimento de esquerda radical que busca a derrubada do status quo vigente (no caso o aparelho do estado) e da classe que o sustenta (burguesia), os alvos eram muito bem selecionados.
Aqui, os defensores da nossa "Resistência" (que colocaram bombas em aeroportos, cinemas, entre outras ações) que mataram: vigias, jornalistas, bancários (não dono de banco, mas funcionário), engraxates, etc., não consideram criminosos esses, mas Battisti sim. Realmente permaneço sem entender.
Como desabafo, ainda tenho esperanças quando leio em Carta e alguns poucos jornalistas, artigos que buscam desmacararo caso Daniel Dantas. Mas, com Greenhalgh e outros dentro da máquina a ajudá-lo, acho difícial isso passar de mais uma pizza à Brasiliana.
O caso de remessa de lucros por parte das montadoras instaladas no Brasil, que usaram de dinheiro público via BNDES para investimento e as reduções de impostos da politica nacional anticrise, é um verdadeiro absurdo.
Tal qual nos EUA, o Governo auxilia, o povo paga e a elite ganha e esbanja o dinheiro recebido.
Até quando vai permanecer o uso de uma Lei de Remessa de lucros que foi instada em outro momento politico e econômico. Será que continuaremos permitindo tamanha evasão de divisas? Não é o caso de estatizar as empresas, mas pelo menos impor uma maior contrapartida de investimentos no país.
Na edição nº 636, Delfim novamente acerta a mão, ou a escrita, dependendo do gosto de cada um.
Em seu artigo alerta sobre os riscos do controle inflacionário sobre o viés somente do aumento da Selic sem levar em consideração outras causas e soluções tão, ou mais importantes do que essa.
Convém lembrar que a taxa de juros alta incide também sobre as dividas do Governo, e que durante os anos FHC a Divida Interna cresceu fenomenalmente inflada por esse processo.
O artigo de Elias Thomé Saliba sobre o livro que retrata as experiências de William James no Brasil, mostra em uma de suas passagens o velho desejo dos EUA em meter a mão na Amazônia brasileira, que naquela época queriam transformar em uma nação independente para seus escravos libertos, o que acabou acontecendo na África, surgindo assim a Libéria.
Mas, esse desejo vem se reciclando com ações de ONGs, com projetos de corredores ecológicos e reservas indígenas, entre outros (que só na cabeça doentia de alguns são ações premeditadas) que ingenuamente coincidem com grandes reservas de recursos minerais do país, os impedindo de serem explorados.
Esse é um livro que infelizmente vai ficar restrito a poucos leitores.
Sócrates por sua vez entra de "sola" no mundo podre do futebol ao jogar holofotes sobre a política econômica deste esporte. Onde quem manda é o dinheiro e interesses de poucos (para variar o tema) e a torcida, bem, a torcida paga mais do que devia, para ver menos do que merece.
Ontem ouvi rapidamente duas notícias que me chamara atenção na Band News.
Uma sobre uma reportagem em homenagem à semana da mulher, em que a jornalista comentou ter feito algo diferente, buscando homens que executam trabalhos essencialmente femininos, e que localizou no Shopping Iguatemi de Porto Alegre um pedicuro e manicuro, que segundo ela é um expert na atividade.
A outra sobre a questão do uso de energia nuclear no Japão, em que foi comentado a inapropriação desta matriz em um páis com tantos problemas tectônicos. Mas, se pensarmos em termos de recursos, o Japão não deveria existir enquanto nação desenvolvida. Não há muitas alternativas para o governo japonês em termos de matriz elétrica.
Detalhe, a expansão das usinas nucleares (não poluentes) foi uma das grande vitórias de Margaret Thatcher (que acabou dando origem ao famigerado IPCC) para quebrar a força sindical dos trabalhadores de carvão ingleses. O modelo é claro, espalhou-se pelo mundo.
Como dizia Milton Santos, a venda da ciência ao interesses do capital ocorreu cedo demais.
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