Folha de São Paulo - 11/12/2012
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23h40
A Coreia do Norte realizou nesta quarta-feira um teste bem sucedido de
seu foguete de longo alcance, considerado por muitos países do ocidente
um míssil balístico disfarçado, anunciou a agência oficial de notícias
norte-coreana KCNA.
"O lançamento da segunda versão do nosso Kwangmyongsong-3 do centro
espacial de Sohae (...) em 12 de dezembro foi um sucesso" e "o satélite
entrou em órbita como estava previsto", destacou a KCNA.
O Comando Norte-Americano de Defesa Aeroespacial (NORAD) informou que
"indicações iniciais apontam que o míssil norte-coreano colocou um
objeto em órbita".
A agência sul-coreana Yonhap confirmou que "o lançamento foi bem
sucedido e o foguete de longo alcance completou seus três estágios, como
estava previsto".
"Os estágios do foguete caíram nas zonas anunciadas e o lançamento,
aparentemente, foi bem sucedido", destacaram militares sul-coreanos.
Anunciado no dia 1º de dezembro, o lançamento foi condenado pela Coreia
do Sul -- visto como principal inimigo por Pyongyang--, pelos EUA, Japão
e Rússia, entre outros países, que viam a intenção do país de realizar
testes balísticos de longo alcance que capacitariam o país para lançar
um ataque nuclear a outras nações.
O regime comunista, no entanto, garante que o foguete tem fins
pacíficos, sendo destinado exclusivamente a colocar em órbita um
satélite meteorológico e de pesquisa.
O governo japonês informou que o foguete passou sobre a ilha de Okinawa, mas não foi interceptado pela defesa antiaérea local.
A comunidade internacional não esperava um lançamento imediatamente,
visto que Pyongyang havia indicado ter sofrido falhas técnicas e
estendido a janela de lançamento. A tentativa de um procedimento
semelhante, em abril, fracassou alguns segundos após a decolagem do
projétil.
REAÇÕES
O Conselho de Segurança das Nações Unidas convocou uma reunião de
emergência para esta quarta-feira, a "pedido dos japoneses e dos
americanos".
A reunião, solicitada pelo embaixador japonês Tsuneo Nishida, deve
resultar em uma "forte resposta do Conselho" de Segurança pela ação de
Pyongyang.
As resoluções 1718 e 1874 das Nações Unidas proíbem a Coreia do Norte de qualquer atividade balística ou nuclear.
Segundo a imprensa japonesa, Tóquio, Washington e Seul estão de acordo
em adotar novas sanções no Conselho de Segurança contra a Coreia do
Norte, em níveis equivalentes aos impostos ao Irã.
A chancelaria em Seul condenou "energicamente" o lançamento do foguete Unha-3 e denunciou as "provocações" da Coreia do Norte.
O chefe da diplomacia britânica, William Hague, condenou o teste e
manifestou sua disposição de convocar o embaixador norte-coreano em
Londres.
A China condenou o lançamento do foguete e destacou que Pyongyang "deve
respeitar" as resoluções das Nações Unidas que proíbem o lançamento de
mísseis balísticos.
"Todas as partes envolvidas devem manter a cabeça fria e se abaster de
jogar lenha no fogo para que a situação permaneça sob controle",
destacou a agência oficial Nova China, afirmando que "é hora de
construir a confiança na península coreana".
Com essa a Coreia do Norte impõe mais uma preocupação aos EUA e seus aliados de carteirinha.
Um foguete que atinge a atmosfera em condições de colocar um satélite em órbita, significa tecnologia que pode ser empregada na produção de MIBs. E aí !!! o território americano como um todo seria facilmente atingido. Medinho, essa é a situação americana.
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