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Um desabafo contra a indiferença estatal
Hoje perdi a paciência.
Falando com um amigo cujo filho sofre de leucemia e que, portanto, frequenta os corredores dos hospitais, tomei conhecimento da terrível rotina das crianças que fazem tratamento contra a doença, num sofrimento atroz que poderia ser minimizado com um ou dois por cento de qualquer uma das roubalheiras de dinheiro público que são do conhecimento de todos.
Por exemplo, crianças com leucemia, tratadas pelo SUS, fazem frequentes punções na coluna cervical, com aguhas idênticas aquelas que são utilizaas para anestesia peridural (grossas e enormes). A dor é insuportável. Quando a família possui meios, o tratamento é feito com anestesia. Quando não possui, colocam a criança em posição de “conchinha” e aplicam a injeção entre as vértebras, a seco. Esses pequenos tremem só de pensar que o horário da injeção se aproxima.
O Brasil não tem dinheiro para comprar anestesia para essas crianças, e entende que é suficiente dar-lhes o
tratamento básico. Ora, por respeito aos meus amigos, que são dos mais diversos partidos, nunca postei por aqui nada que pudesse indicar uma crítica ou apoio em relação a políticos oposicionistas ou situacionistas.
Assisti em silêncio, como um velho monge zen-budista, tudo o se disse sobre mensalão, superfaturamento das obras do metro de São Paulo (425 milhões), superfaturamento da refinaria de Pasadena (1 bilhão de dólares), superfaturamento das obras do estádio Mané Garrincha ( 430 milhões), empréstimos de dinheiro público para Cuba, Copa do Mundo para aparentar sermos o país que não somos e por aí vai.
Pois bem, quando ninguém estiver olhando nem ouvindo, quando os que roubam e, principalmente, os que os apoiam, estiverem a sós com seus pensamentos e não pensando no dinheiro, na eleição, no partido, nos seus carguinhos em comissão ou na ideologia (de esquerda ou de direita) que a dor dessas crianças seja insignificante, diante da dor das suas consciências.
(Raimar Machado é advogado e professor universitário)
Um desabafo contra a indiferença estatal
Hoje perdi a paciência.
Falando com um amigo cujo filho sofre de leucemia e que, portanto, frequenta os corredores dos hospitais, tomei conhecimento da terrível rotina das crianças que fazem tratamento contra a doença, num sofrimento atroz que poderia ser minimizado com um ou dois por cento de qualquer uma das roubalheiras de dinheiro público que são do conhecimento de todos.
Por exemplo, crianças com leucemia, tratadas pelo SUS, fazem frequentes punções na coluna cervical, com aguhas idênticas aquelas que são utilizaas para anestesia peridural (grossas e enormes). A dor é insuportável. Quando a família possui meios, o tratamento é feito com anestesia. Quando não possui, colocam a criança em posição de “conchinha” e aplicam a injeção entre as vértebras, a seco. Esses pequenos tremem só de pensar que o horário da injeção se aproxima.
O Brasil não tem dinheiro para comprar anestesia para essas crianças, e entende que é suficiente dar-lhes o
tratamento básico. Ora, por respeito aos meus amigos, que são dos mais diversos partidos, nunca postei por aqui nada que pudesse indicar uma crítica ou apoio em relação a políticos oposicionistas ou situacionistas.
Assisti em silêncio, como um velho monge zen-budista, tudo o se disse sobre mensalão, superfaturamento das obras do metro de São Paulo (425 milhões), superfaturamento da refinaria de Pasadena (1 bilhão de dólares), superfaturamento das obras do estádio Mané Garrincha ( 430 milhões), empréstimos de dinheiro público para Cuba, Copa do Mundo para aparentar sermos o país que não somos e por aí vai.
Pois bem, quando ninguém estiver olhando nem ouvindo, quando os que roubam e, principalmente, os que os apoiam, estiverem a sós com seus pensamentos e não pensando no dinheiro, na eleição, no partido, nos seus carguinhos em comissão ou na ideologia (de esquerda ou de direita) que a dor dessas crianças seja insignificante, diante da dor das suas consciências.
(Raimar Machado é advogado e professor universitário)
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