Globalização: Sai o conceito do ‘made in’ e entra o do ‘made by’
Dentre as sutis transformações causadas pela transferência das linhas de produção da Europa para a África e para a Ásia está a provável substituição de um conceito que marcou o capitalismo no século 20: o “made in”, que embutia o conceito de “fabricado em”, como qualificação de produção, pode ceder espaço para outra classificação, o “made by”, uma etiqueta que define a assinatura do criador, isso, pelo menos, entre as grifes de luxo. A notícia é d’O Estado de S.Paulo, 21-2-2007.
A alteração tem relação direta com a percepção do consumidor sobre a nova estratégia das empresas, ensina Maxime Koromyslov. A idéia é esquecer o conceito de local de fabricação e enfatizar a origem da criação dos produtos. O método já é assumido pela Longchamp Paris: “O que importa para o consumidor é o ‘feito por Longchamp’, e não o ‘Made in France’, já que nós garantimos a qualidade idêntica dos produtos”, entende Jean Cassegrain, diretor-geral da grife que leva “Paris” no nome.
Gilles Lipovetisky, filósofo francês e autor de O Império do Efêmero, entre outras obras sobre a importância do luxo para a sociedade contemporânea, disse não concordar que a transferência seja digna das grandes grifes da riqueza mundial. “Marcas que não têm imagem de tradição podem se transferir para o mundo em desenvolvimento, porque não têm uma origem histórica”, diz o teórico.
“Elas são muito diferentes das que vão permanecer'. Lipovetisky vê uma contradição entre a estratégia de construir fábricas em países subdesenvolvidos para baixar custos de produção, mas, ao mesmo tempo, manter o preço final de seus artigos. “Acredito que a globalização terá limites, sob pena de ameaçar a sobrevivência das próprias marcas.”
Dentre as sutis transformações causadas pela transferência das linhas de produção da Europa para a África e para a Ásia está a provável substituição de um conceito que marcou o capitalismo no século 20: o “made in”, que embutia o conceito de “fabricado em”, como qualificação de produção, pode ceder espaço para outra classificação, o “made by”, uma etiqueta que define a assinatura do criador, isso, pelo menos, entre as grifes de luxo. A notícia é d’O Estado de S.Paulo, 21-2-2007.
A alteração tem relação direta com a percepção do consumidor sobre a nova estratégia das empresas, ensina Maxime Koromyslov. A idéia é esquecer o conceito de local de fabricação e enfatizar a origem da criação dos produtos. O método já é assumido pela Longchamp Paris: “O que importa para o consumidor é o ‘feito por Longchamp’, e não o ‘Made in France’, já que nós garantimos a qualidade idêntica dos produtos”, entende Jean Cassegrain, diretor-geral da grife que leva “Paris” no nome.
Gilles Lipovetisky, filósofo francês e autor de O Império do Efêmero, entre outras obras sobre a importância do luxo para a sociedade contemporânea, disse não concordar que a transferência seja digna das grandes grifes da riqueza mundial. “Marcas que não têm imagem de tradição podem se transferir para o mundo em desenvolvimento, porque não têm uma origem histórica”, diz o teórico.
“Elas são muito diferentes das que vão permanecer'. Lipovetisky vê uma contradição entre a estratégia de construir fábricas em países subdesenvolvidos para baixar custos de produção, mas, ao mesmo tempo, manter o preço final de seus artigos. “Acredito que a globalização terá limites, sob pena de ameaçar a sobrevivência das próprias marcas.”
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