Do Estadão
Entidades de imprensa debatem autorregulamentação do setor
Entidades de imprensa debatem autorregulamentação do setor
Vice da ANER defende ideia, que ainda não é a posição oficial da ANJ e Abert, mas já conta com apoio de seus presidentes
Marcelo de Moraes de Brasília – O Estado de S.Paulo
Representantes das entidades de imprensa deram sinal de apoio à proposta de autorregulação do setor. Na 5.ª Conferência Legislativa sobre Liberdade de Imprensa, ontem, na Câmara, o vice-presidente da Associação Nacional dos Editores de Revistas (ANER) e vice-presidente de Relações Institucionais do Grupo Abril, Sidnei Basile, defendeu a ideia como melhor forma de coibir falhas no exercício do jornalismo e evitar que se “confunda o leitor” na mistura de “opinião com notícia”.
“A imprensa tem oportunidade de se configurar como instituição relevante para aperfeiçoamento dos nossos costumes e instituições políticas. Refiro-me à urgência da autorregulação da nossa atividade”, disse Basile.
“Não há outro jeito. Temos encontro marcado com a autorregulação. Tão mais tortuoso e torturado será nosso caminho, quanto mais tempo adiarmos essa convergência da imprensa com seu destino”, acrescentou durante o encontro, aberto pelo presidente da Câmara, Michel Temer (PMDB-SP).
Embora não represente a posição oficial de outras entidades, como a Associação Nacional de Jornais (ANJ) e da Associação Brasileira de Emissoras de Rádio e Televisão (Abert), a autorregulação já conta com apoio de seus presidentes. “Sou francamente favorável. A sociedade veria com bons olhos se tivéssemos essa atitude. Mas reforço: a ANJ está discutindo e deve ter uma posição em breve”, disse a presidente da ANJ, Judith Brito, depois do encerramento da conferência.
“Essa é uma discussão oportuna, especialmente depois do julgamento da Lei de Imprensa. É o passo seguinte que está sendo amadurecido e debatido”, disse o presidente da Abert, Daniel Slaviero.
O deputado José Genoino (PT-SP) criticou a imprensa por buscar “fofoca e escândalo”, classificando de “sadomasoquista” a relação entre Congresso e mídia. “Essa espetacularização gera visão banalizada do Legislativo, que produz leis importantes para a sociedade”, disse o petista, acusado de participação no mensalão do PT.
No painel sobre o papel dos meios de comunicação no aperfeiçoamento da democracia representativa brasileira, o jornalista Eugênio Bucci, ex-presidente da Radiobrás, defendeu a liberdade de imprensa e o direito à informação como um “direito absoluto” para todos os cidadãos.
Comentário
Aqui, o jornalismo praticado pela revista Veja e por Roberto Civita. Estou há dois anos tentando entrar com ações de direito de resposta. Impossível! Na Vara de Pinheiro a juiza se negou a julgar alegando o fim da Lei de Imprensa – um absurdo, visto que o direito de resposta é previsto na Constituição. As ações que abri contra a revista não andam, devido à morosidade da Justiça.
Pergunto: uma empresa como a Abril, de uma pessoa, Roberto Civita, que permite o grau de vilania dos ataques abaixo mencionados, algum dia na vida praticará auto-regulação?
Clique aqui para conferir o jornalismo praticado por Roberto Civita.
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