Jose Milhazes
Caros leitores, cheguei a Moscovo com uma vontade grande de incentivar a publicação de textos no blog, mas é impossível, o calor não deixa fazer nada.
Vivo há 33 anos em Moscovo, mas nunca passei por um Verão assim. O mercúrio dos termómetros está acima dos 30 graus e ameaça continuar a subir até aos 36-38 nos próximos dias. Como não tenho, nem gosto de ar condicionado em casa, nada mais me resta do que aguentar, embora seja muito difícil.
Alguns leitores poderão considerar que estou a exagerar, pois temperaturas dessas registam-se em Portugal, no Brasil, etc., mas aqui é mais difícil suportar essas temperaturas. Ainda bem que os bombeiros têm conseguido, por enquanto, controlar os incêndios nas florestas em torno de Moscovo, porque, caso contrário, o fumo não deixaria respirar completamente.
Em Moscovo, o metropolitano não é salvação, porque a ventilação nunca foi grande coisa e, em algumas estações, a temperatura é de 32 graus. Os russos procuram um pouco de frescura nas fontes, lagos, rios, em qualquer lugar onde haja água fria, mas a falta de cuidado e o excesso de bebidas alcoólicas já mataram 1244 banhistas no mês de Julho.
A onda de calor, que se estende praticamente a todo o país, está a provocar uma das maiores secas na História da Rússia, o que terá sérios reflexos negativos na economia.
Quando conseguir novas forças, darei notícias.
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