"E aqueles que foram vistos dançando foram julgados insanos por aqueles que não podiam escutar a música"
Friedrich Nietzsche

domingo, setembro 12, 2010

Eleições 2010

Estamos nos aproximando do dia 03 de outubro, data de extrema importância para o país, uma vez que estaremos escolhendo quem dirigirá nossos destinos em todos os aspectos nos próximos quatro anos. Falo isso, pois a escolha do presidente é problema menor (apesar de toda a linha ideológica que este(a) trás), mas os acordos políticos de lado a lado deixou pelo menos os principais concorrentes muito próximos. Mas, também há a eleição para o Congresso, e nessa é que realmente a disputa de poder é maior, uma vez que, a principio, o presidente necessita do apoio do Congresso Nacional para aprovar o seu orçamento. Interessante é que o próprio Congresso, assim como o Judiciário, gerem sem nenhum controle externo seu prórprio orçamento. Assim se faz festa no Brasil.

Os que temem a Dilma, me parecem ingênuos, ou ainda não perceberam que ela vai trazer junto à tiracolo o Sarney, o Collor e vários outros segmentos de uma ala política bem diversa do que o PT (que ainda se considera partido) pregava anos anteriores.

O que me preocupa nessa situação é o retorno de quadros internos do PT que não são exatamente pessoas que gostaríamos que voltassem à cena política. No caso me refiro entre outros, mas principalmente a José Dirceu. Sei que alguns orgãos da mídia já falaram que nada foi comprovado em relação à José Dirceu e que ele está livre e inocentado, mas Daniel Dantas também está livre e inocentado e se não engano por um magistrado máximo do mais alta corte do país.

Pode-se alegar em relação aos dois que os casos são diferentes, mas alguém pode provar? Que tipo de julgamento tiveram os dois, foram totalmente isentos ou parciais? Como é dito pela boca do povo, a justiça brasileira só manda para a cadeia ladrão de galinha. Então, considerando o senso popular (apesar de comum), temos razão para suspeitar de tais fatos.

Para mim, tão perigoso como Serra chegar ao poder, é ter de volta aos circulos máximos a figura de Dirceu e outros que foram excluídos no mesmo momento político e em escandâlos relacionados. A faxina que os partidos deveriam fazer (e o PT que pregava a ética acima de tudo) sempre são de faz de conta. Na realidade muitas vezes nem acontecem, os membros passam simplesmente a executar tarefas menos visíveis à população.

Esse é o medo que me dá na vitória de Dilma, mas mesmo assim, prefiro correr esse risco a ter de volta ao poder o PSDB.

O meu mais sincero desejo é que houvesse uma pressão popular sobre o retorno de tais pessoas nos circulos de influência da presidência e do Congresso Nacional, mas infelizmente para mim isso é só um sonho, um sonho que dificilmente se realizará enquanto houver essa (ridicula, sem expressão e sem sentido) democracia, que é tão ou mais fechada que os governos ditatoriais que tantos execram, uma vez que nada podemos fazer em relação à mudança de programas políticos dos candidatos eleitos ou das ações que tais políticos tomam em relação às verbas públicas. Gosto de lembrar que nenhum General que governou o Brasil nos "Anos de Chumbo" saiu do poder rico, como tanto vemos (até mesmo com construção de castelos) nesses nossos 20 anos de democracia (que exemplo de modelo político).

Me desculpem os leitores, mas alguns dias a gente está assim, meio que com o pé esquerdo fora da cama o dia todo.

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