02.05.2011 - 03:57 Por PÚBLICO
Barack Obama anunciou esta madrugada a morte de Osama bin Laden, o mentor dos atentados de 11 de Setembro 2001 em Nova Iorque. O corpo do líder da Al-Qaeda foi entretanto lançado ao mar. Nos Estados Unidos, a morte do homem mais procurado pelas autoridades norte-americanas é celebrada nas ruas.
Obama anunciou a morte de Bin Laden no anos em que se assinalam dez anos sobre o 11 de Setembro
Obama revelou que Bin Laden foi morto numa acção militar dos Estados Unidos em Islamabad, no Paquistão, no ano em que se marcará o décimo aniversário dos atentados. “O corpo de Bin Laden está na posse dos Estados Unidos”, afirmou o Presidente. Mais tarde, media norte-americanos disseram que o corpo tinha sido lançado ao mar. Junto à Casa Branca juntaram-se centenas cidadãos norte-americanos, que gritavam “EUA, EUA…”
“Há quase 10 anos, sofremos o pior ataque de nossa história. Um dia que nunca sairá de nossa memória. Hoje, para as famílias que perderam alguém na guerra contra o terror, podemos dizer que a justiça foi feita”, declarou Obama.
O homem mais procurado da última década pelos EUA foi morto por forças especiais norte-americanas, juntamente com alguns membros da sua família, numa mansão perto de Islamabad, a capital do Paquistão.
A operação em que Bin Laden morreu demorou 40 minutos, notou a BBC. Mas a recolha de informações e planeamento demoraram anos. A mansão onde vivia Bin Laden terá sido identificada no Verão passado: um complexo em Islamabad muito maior do que as da zona, com muros de mais de cinco metros em volta com arame farpado, mas sem telefone ou acesso à Internet. Terá sido construída, acredita a CIA, propositadamente para esconder o líder da Al-Qaeda.
O grande progresso na operação de busca do homem mais procurado pela América terá começado com a localização de um mensageiro de Bin Laden. Os EUA conseguiram identificá-lo há quatro anos, e há dois anos perceberam a área em que ele operava. O mensageiro, tanto mais suspeito quanto as grandes medidas de precaução que adoptava, levou à casa perto de Islamabad - uma casa tão grande, cara, e com tantas medidas de segurança que não estaria destinada apenas ao mensageiro.
Seguiram-se oito meses de recolha de informações, que terminaram ontem com o ataque dos EUA ao complexo, levado a cabo por uma pequena unidade num helicóptero. Bin Laden terá morrido com um tiro na cabeça depois de “tentar resistir” e de uma forte troca de tiros, segundo o diário norte-americano “New York Times”.
O local em que Bin Laden foi encontrado, na cidade de Abbottabad, tinha tido já presença da Al-Qaeda no passado; ainda este ano, lembra o "New York Times", tinha sido detido um importante operacional indonésio que trabalhava como empregado nos Correios locais.
Embaixadas dos EUA em alerta
Os EUA colocaram entretanto as suas embaixadas em alerta, avisando ainda americanos no estrangeiro para serem cautelosos, evocando a possibilidade de ataques da Al-Qaeda em represália.
O efeito da morte de Bin Laden na Al-Qaeda não é claro: especulava-se que seria mais importante como símbolo, mas há também quem diga que o seu papel era ainda muito relevante em termos operacionais. Por outro lado, surge numa altura em que a retórica radical da organização sofreu já com a onda de revoltas no mundo árabe, que no fundo lhe retiraram a sua narrativa de recuperar a honra árabe.
O ataque contra o complexo, a pouco mais de uma hora de carro de Islamabad, foi levado a cabo sem ter sido dada informação ao Paquistão – e poderá assim exacerbar a tensão Washington-Islamabad.
Obama foi o Presidente que ordenou mais ataques com aviões não tripulados contra suspeitos membros da Al-Qaeda em território paquistanês, provocando ira pública e protestos oficiais do Governo. Por outro lado, o Paquistão enfrentará agora perguntas sobre como foi possível que Bin Laden vivesse não escondido nas montanhas numa qualquer zona tribal, mas sim numa mansão luxuosa tão perto da capital do país.
Só os inocentes achavam que o Bin Laden estava em cavernas. Se ele teve treinamento e apoio da CIA para combater os soviéticos no Afeganistão, é óbvio que ele também tinha conhecimento de como se esquivar de quem já o havia treinado. Mas, dez anos? É muito tempo, e como eu gosto de uma teoria da conspiração, acredito que ele tenha sido morto agora por não ser mais útil a interesses maiores do que os da população.
O homem mais procurado da última década pelos EUA foi morto por forças especiais norte-americanas, juntamente com alguns membros da sua família, numa mansão perto de Islamabad, a capital do Paquistão.
A operação em que Bin Laden morreu demorou 40 minutos, notou a BBC. Mas a recolha de informações e planeamento demoraram anos. A mansão onde vivia Bin Laden terá sido identificada no Verão passado: um complexo em Islamabad muito maior do que as da zona, com muros de mais de cinco metros em volta com arame farpado, mas sem telefone ou acesso à Internet. Terá sido construída, acredita a CIA, propositadamente para esconder o líder da Al-Qaeda.
O grande progresso na operação de busca do homem mais procurado pela América terá começado com a localização de um mensageiro de Bin Laden. Os EUA conseguiram identificá-lo há quatro anos, e há dois anos perceberam a área em que ele operava. O mensageiro, tanto mais suspeito quanto as grandes medidas de precaução que adoptava, levou à casa perto de Islamabad - uma casa tão grande, cara, e com tantas medidas de segurança que não estaria destinada apenas ao mensageiro.
Seguiram-se oito meses de recolha de informações, que terminaram ontem com o ataque dos EUA ao complexo, levado a cabo por uma pequena unidade num helicóptero. Bin Laden terá morrido com um tiro na cabeça depois de “tentar resistir” e de uma forte troca de tiros, segundo o diário norte-americano “New York Times”.
O local em que Bin Laden foi encontrado, na cidade de Abbottabad, tinha tido já presença da Al-Qaeda no passado; ainda este ano, lembra o "New York Times", tinha sido detido um importante operacional indonésio que trabalhava como empregado nos Correios locais.
Embaixadas dos EUA em alerta
Os EUA colocaram entretanto as suas embaixadas em alerta, avisando ainda americanos no estrangeiro para serem cautelosos, evocando a possibilidade de ataques da Al-Qaeda em represália.
O efeito da morte de Bin Laden na Al-Qaeda não é claro: especulava-se que seria mais importante como símbolo, mas há também quem diga que o seu papel era ainda muito relevante em termos operacionais. Por outro lado, surge numa altura em que a retórica radical da organização sofreu já com a onda de revoltas no mundo árabe, que no fundo lhe retiraram a sua narrativa de recuperar a honra árabe.
O ataque contra o complexo, a pouco mais de uma hora de carro de Islamabad, foi levado a cabo sem ter sido dada informação ao Paquistão – e poderá assim exacerbar a tensão Washington-Islamabad.
Obama foi o Presidente que ordenou mais ataques com aviões não tripulados contra suspeitos membros da Al-Qaeda em território paquistanês, provocando ira pública e protestos oficiais do Governo. Por outro lado, o Paquistão enfrentará agora perguntas sobre como foi possível que Bin Laden vivesse não escondido nas montanhas numa qualquer zona tribal, mas sim numa mansão luxuosa tão perto da capital do país.
Só os inocentes achavam que o Bin Laden estava em cavernas. Se ele teve treinamento e apoio da CIA para combater os soviéticos no Afeganistão, é óbvio que ele também tinha conhecimento de como se esquivar de quem já o havia treinado. Mas, dez anos? É muito tempo, e como eu gosto de uma teoria da conspiração, acredito que ele tenha sido morto agora por não ser mais útil a interesses maiores do que os da população.
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