Ouvi um comentário agora pela manhã do Boechat sobre a dívida americana, em que ele afirmava ser mera questão política o possível calote dos EUA junto aos seus credores e que se o Senado Americano aprovasse, Obama teria o dinheiro para saldar seus compromissos.
A coisa não é tão simples assim. Eles (o Estado Americano) não tem o dinheiro. E Obama consequentemente também não tem o dinheiro. Só que, por idiotice mundial (que já deveria ter sido eliminado desde o fim de Bretton Woods), a economia gira em dólar, então o que acontece é que o Estado Americano emite mais papel para ter dinheiro. Se fizéssemos isso no Brasil, geraríamos um processo inflacionário e uma crise econômica interna que afundaria o país, assim como qualquer outro país do mundo. Mas, como a economia mundial é subserviente aos interesses americanos, eles emitem quanto dólar querem, ampliam cada vez mais sua dívida (mesmo todo mundo sabendo que eles são uma economia deficitária que consome muito e produz pouco para atender suas necessidades) e o mundo aplaude e fica feliz.
Com relação ao corte nos gastos militares proposto por Boechat. Lembre-se Boechat que hoje em dia a industria bélica nos EUA é um dos poucos setores que passou pela crise de 2008 com grande lucro, e consequentemente com seus funcionários sem serem demitidos, e o mais interessante, se Obama quisesse cortar gastos nesse setor perderia apoio até mesmo dos democratas no Congresso Americano, uma vez que, uma grande parte deles é "comprada" pelo lobby desta industria.
Para percebermos bem isso é só pensarmos em algumas notícias recentes. A NASA teve que acabar com o ônibus espacial por ser caro, algo em torno de 2,5 U$ bilhões por passeio no espaço. O gasto americano com armamentos em 2010 foi de 698,281 U$ bilhões. E é claro que uma boa parte deste dinheiro em breve vai virar sucata sem nunca ter sido utilizado. Esta realidade mostra a imoralidade do politico americano, tão grande quanto a dos nossos congressistas que desviam verbas de forma menos camuflada.
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