publicado em 17 de fevereiro de 2013 às 10:18
Foto do Minha Marina
por FrancoAtirador, em comentário aqui
Antigamente, na época em que o acesso à escola e aos tratamentos médicos, no Brasil, era limitado a uma elite sócio-econômica, as campanhas eleitorais – todas demagógicas – sempre incluíam genericamente “Saúde” e “Educação” como “as prioridades das prioridades” no rol de promessas dos candidatos, pois “Doença” e “Ignorância” sempre renderam votos.
Com o passar do tempo, fundamentalmente a partir da Constituição Federal de 1988, a universalização da prestação desses serviços públicos absolutamente essenciais à toda população – ainda que o atendimento estatal e privado, nesses setores, seja vergonhosamente insuficiente até os dias atuais – somada ao advento da concentração populacional urbana nas grandes cidades, causada pela concentração de terras e o êxodo rural, que trouxe indubitavelmente conseqüências drásticas ao cotidiano dos cidadãos, outras demandas como “Segurança” e “Transporte vieram concorrer com aquelas já desgastadas propostas dos candidatos demagogos que costumeiramente prometem, elegem-se e não cumprem as promessas de véspera de eleição.
Porém estes são assuntos que restringem-se às administrações dos estados e municípios.
É claro que, nesse ínterim, as soluções para os problemas econômicos nacionais, que dizem respeito diretamente à vida dos trabalhadores, como “Desemprego” e “Inflação”, também estiveram, estão e estarão na ‘Relação Geral da Demagogia BraZileira’.
Mas, agora, o País encontra-se numa situação de praticamente pleno emprego, de inflação relativamente baixa e com reajustes reais do Salário-Mínimo; o poder aquisitivo e a capacidade de consumo das famílias mantêm-se em níveis razoáveis; a miséria e o analfabetismo diminuem, os níveis de escolaridade aumentam; a mortalidade infantil se reduz e a expectativa de vida cresce.
E, apesar dos reflexos das políticas neoliberais assombrarem o País, até hoje, as perspectivas de desenvolvimento do Brasil, no médio e no longo prazo, são animadoras.
Assim é que, diante da superação nacional de algumas fases agudas de males crônicos – porque não totalmente resolvidos, mas sensivelmente atenuados – surgem os temas “Ambientalismo” e “Sustentabilidade”, na crista da onda das novas gerações, a “New Wave” da juventude planetária que surfa, não navega, nas redes sociais da internet.
Seria impossível criar termos mais genéricos, pois se referem a Tudo e significam Nada.
Na verdade, não passam de símbolos de uma “Nova Política Demagógica”, em contraponto à “Velha Política” onde se colaram as etiquetas “Corrupção” e “Impunidade”.
Convenhamos que realmente está todo mundo de saco cheio de conchavos partidários demagógicos, sem COERÊNCIA IDEOLÓGICA alguma, à esquerda, à direta, ao centro, ao sul e ao norte.
Talvez por isso, até o prestigiado jornalista Mino Carta, mais que reivindicando, está implorando por uma alternativa partidária menos incoerente.
É nessa marola que o PAA (Partido do Ativismo Autoral ou Partido Apolítico Apartidário) vai surfar em 2014, embora, na prática, esteja tentando amalgamar uma massa amorfa, uma frente constituída de uma miscelânea de componentes que, pela generalidade da temática, vão desde a extrema-esquerda até a extrema-direita, muitos de boa-fé, alguns sem-fé e outros tantos de má-fé, quase todos antipetistas.
Vem daí, inclusive, o verdadeiro pavor que está causando à concorrente direita conservadora, financista e impatriótica, agrupada em torno de PSDemB/PPS, diante da possibilidade concreta de ficar de fora do segundo turno da próxima eleição para Presidente da República.
Por enquanto, ninguém da concorrência está se dando conta de que só a Margarina Salva os silva da extinção.
O FrancoAtirador esqueceu que o PAA não trás nenhuma novidade em termos de miscelânea. O atual governo petista é assim. Alia-se à direita (Sarney, Collor, etc.) e tem também membros da extrema-esquerda (apesar de que alguns sairam para o PSOL, e dentre estes a Luciana Genro costuma receber verba da elite empresarial para sua campanha).
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