Matéria pequena mas muito relevante no caderno de Economia do Estadão, da correspondente na China, Cláudia Trevisan:
Governo chinês vai gastar R$ 289 bi em saúde pública
Primeiro, por mostrar a importância do Brasil ter montado uma rede de proteção social, ainda que precária, graças ao documento que jogou o país definitivamente na modernidade: a Constituição de 1988.
Depois, por uma constatação das autoridades chinesas:
Com o objetivo de criar uma rede de proteção social que leve os chineses a poupar menos e consumir mais, o governo anunciou ontem um plano de investimentos de US$ 123 bilhões (R$ 289 bilhões) na criação de um sistema universal de saúde pública até 2011. Atualmente, a maioria do 1,3 bilhão de chineses não tem seguro-saúde e paga do próprio bolso quando precisa consultar um médico ou se internar em um hospital.
A maioria também não conta tem aposentadoria e paga pela educação dos filhos. Diante da incerteza, as famílias chinesas poupam o equivalente a quase 50% do PIB, um dos índices mais altos do mundo. Segundo o jornal oficial ?China Daily?, editado pelo Conselho de Estado, o projeto está em discussão desde 2006, e o governo gostaria que o consumo interno tivesse maior peso no crescimento do PIB.
Ou seja, além das chamadas externalidades positivas no campo social (impedindo a deterioração familiar), educacional, de saúde, de segurança pública, quando as políticas sociais diminuem insegurança em relação ao futuro, aumentam a propensão ao consumo.
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