Por Hiram Reis e Silva, Barcelos, Amazonas, 07 de janeiro de 2010.
“Há mais pessoas que desistem do que pessoas que fracassam”. (Henry Ford)
Em 29 de dezembro de 1.956 pelo desmembramento determinado pela Lei Estadual nº 117, é criado o Município de Santa Isabel do Rio Negro, com sede na vila antigamente chamada Ilha Grande.
Depois do aniversário da cidade (29 de dezembro), conseguimos contatar as autoridades municipais. O Secretário de Educação, Aloísio Oliveira dos Santos, e a Prefeita Eliete da Cunha Beleza nos receberam com muita cortesia e concederam entrevistas que reproduziremos oportunamente. A dinâmica administração do município contrasta com a estagnação e a falta de empreendimentos de São Gabriel da Cachoeira.
Através da prefeita ficamos conhecendo o vídeoreporter Regiandro Albuquerque Góes da Rede Amazônica de TV. O Régis, como é conhecido, serviu na então 1ª Companhia de Engenharia de Construção do 1º Batalhão de Engenharia de Construção (1ª Cia E Cnst/1º Btl Eng Cnst) e é eternamente agradecido ao então Tenente Quintana da 1ª Seção da 1ª Cia E Cnst que o iniciou nos segredos da informática. Hoje, graças a esses passos iniciais, ele é um repórter criativo e capaz de, sozinho, redigir belos textos como roteirista, gravar imagens de vídeo, colocar sua voz pausada e de perfeita dicção e editar, enfim, vídeoreportagens de alta qualidade. O Régis tem tentado contatar seu antigo mestre e repassamos seu e-mail para que isso se torne possível: rederegis@yahoo.com ou rederegis5@hotmail.com.
No nosso primeiro dia em Santa Isabel eu havia assistido extasiado uma reportagem dele sobre a exploração da piaçaba. O roteiro desta fantástica reportagem será reproduzido na íntegra em outro artigo.
- Partida para São Tomé
Com o apoio de nossos amigos da Polícia Militar do Estado do Amazonas transportamos o material para as embarcações que tinham permanecido junto a um posto flutuante no rio. O primeiro lance de oito quilômetros ocorreu sem maiores alterações, com a já conhecida taciturna e muda alvorada do Negro. Na segunda parada, na pequena Comunidade de Serrinha, encontramos alguns moradores descendentes dos Bares, que, em sua maioria, já procuraram migrar espontaneamente para a sede do município, em busca de uma melhor qualidade de vida. O Senhor Dani acabara de pescar duas piraíbas de bom tamanho com o seu espinhel.
Mostrei ao Teixeira aonde eles deveriam me aguardar: Vila Espírito Santo. Cheguei ao local na hora marcada e não encontrei minha equipe de apoio. Aguardei quinze minutos e decidi continuar a descida, sempre pelo canal, na rota da Companhia de Embarcações do CMA. Em uma de minhas fotografias aéreas havia um local conhecido, o sítio São Tomé. Quando visitamos a Prefeita Eliete, conhecemos o Vereador Tami, que havia nos colocado o sítio à disposição. Com a expectativa de ter de ficar sem alimento, todo ele no barco de apoio, resolvi rumar para São Tomé.
O Sítio estava abandonado; o caseiro certamente viajara para passar o final de ano com familiares. Uma mangueira secular, de cujos galhos caiam de vez em quando mangas maduras bicadas pelos japiins, ali estava, imponente. Percorrendo o local, colhi goiabas, cocos, cajus e, enfim, uma infinidade de frutas prontas para serem degustadas por um esfaimado navegador.
Depois de saciar a fome, descarregar o caiaque e transportá-lo para o alto do barranco, fui tomar um revigorante banho. As águas me revitalizavam e eu sentia uma energia fluir pelos meus poros até os músculos cansados da forçada jornada, quando avistei a equipe de apoio, que apareceu a poucas centenas de metros à minha frente.
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