Após Belo Monte, o próximo grande projeto hidrelétrico previsto é São Luiz do Tapajós, no Amazonas. Com potência total de 3.136 megawatts (MW), o projeto faz parte da lista de 19 aproveitamentos hidrelétricos na Amazônia Legal incluídos na segunda fase do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC 2). A expectativa do governo é que o leilão de São Luiz seja realizado no ano que vem.
A notícia é do jornal O Estado de S. Paulo, 11-04-2010.
"A Amazônia tem 66% do potencial hidrelétrico ainda não aproveitado no País. É natural que os principais projetos sejam lá", diz o presidente da Empresa de Pesquisa Energética, Maurício Tolmasquim. Ele espera dificuldades menores para aprovação dos novos projetos, pois muitos deles seguirão o conceito de usina plataforma, que reduz os riscos de desmatamentos.
Esse é o caso de São Luiz do Tapajós e de outras nove usinas incluídas no PAC 2 - duas delas em Mato Grosso e o restante na Amazônia. São Luiz está em área de conservação ambiental, mas não há grandes comunidades indígenas - um dos principais entraves a Belo Monte. Ainda este ano, Tolmasquim espera levar a leilão 13 usinas hidrelétricas, a maioria nos rios Parnaíba, no Nordeste, e Teles Pires, em Mato Grosso. Ao todo, terão capacidade instalada de 4.586 MW.
O crescente número de hidrelétricas, diz, vai reduzir ao mínimo a necessidade de operação de térmicas a óleo no País. No plano decenal que será lançado em breve, a EPE vai indicar que, em 10 anos, as térmicas a óleo combustível vão gerar apenas 7% de sua capacidade instalada. No caso das usinas a diesel, a taxa será ainda menor: 1%.
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