"E aqueles que foram vistos dançando foram julgados insanos por aqueles que não podiam escutar a música"
Friedrich Nietzsche

sexta-feira, outubro 15, 2010

Eleições

Como não sou analista político, o que escrevo se resume a comentários pessoais. Mas, dos resultados da eleição recente, dois me surpreenderam. Uma é a derrota de Tasso Jereissati no Ceará e a outra a vitória de Tarso Genro no Rio Grande do Sul.
Com relação à primeira, até agora não consigo entender o que aconteceu. Cacique antigo da política cearense que dominava com maestria o estado, tendo promovido a eleição de diversos companheiros do partido ou não, Tasso não conseguiu repetir a façanha de se perpetuar no poder. Minha dúvida é se a derrota vai se refletir sobre os seus apadrinhado políticos. Cid Gomes foi reeleito, talvez seja um reflexo de que sua perda de poder não é assim tão grande. Além de que outro apadrinhado político que é Ciro Gomes, agora está novamente na linha de frente pró-Dilma (falarei sobre isso um pouco mais).
Agora a vitória esmagadora de Tarso Genro, me surpreendeu tanto quanto a derrota de Tarso. Nesse me arrisco a débitar de sua vitória o sentimento anti-Ieda que existia no estado. Basta lembrar que nas eleições passadas Ieda foi eleita de forma não intencional através do voto anti-PT. Espero que o partido não acredite que a vitória de Tarso tenha sido por mérito.
Partindo para a questão presidencial. Temos nos avizinhando o segundo turno. A tão famosa vantagem de Dilma, já não é tão segura. Lembro-me de Einstein quando disse que só existiam duas coisas infinitas, o universo e a estupidez humana. No caso a segunda me lembra o PT. Não acredito que depois de fazer diversas idiotices seguidas (desde a corrida presidencial contra Collor) que o partido não tenha constituido uma linha de ação mínima que seja, que possa orientar seus candidatos a manter suas vantagens eleitorais.
Como já havia falado aqui antes, o jogo de cena da saída de Ciro Gomes da disputa eleitoral traria mais desvantagens para Dilma do que para Serra. E agora estamos correndo o risco pelas inépcias do partido de ter como presidente José Serra. 
Até quando viveremos da sorte? Porque para mim, depois de tantas tentativas, a eleição de Lula foi pura sorte. Sorte de termos um governo que não soube distribuir a renda, sorte da conjuntura econômica ter desfavorecido o governo anterior e ele não ter sabido responder a altura, sorte do povo ter se cansado das falácias de Fernando Henrique.
Então, por favor, PT, acorde, aprenda a fazer política e nos livre de mais quatro anos de PSDB.

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