aijesus.blogspot.com - 20 mar 2011
- O Tribunal Europeu dos Direitos Humanos acaba de autorizar a presença de crucifixos nas escolas públicas italianas. O Vaticano considerou "histórica" a decisão -- e em Portugal prepara-se já a luta, proximamente e na Assembleia da República, pelo regresso dos crucifixos às salas de aula
[é curioso que sejam os crucifixos: mais uma prova a favor da minha tese de que o cristianismo é a religião da dor, do sofrimento -- não da ressurreição libertadora].
É, diz-se, a vitória da liberdade religiosa.
- Recordo: o Senado francês aprovou, há meses, por ampla maioria, a proibição do uso da burca, a vestimenta islâmica que cobre totalmente o corpo e o rosto da mulher, e também do véu integral, chamado niqab. A lei prevê uma multa de US$ 185 ou aulas de recuperação. Justificação: a proibição garante os valores seculares da França.
- Há um ano e pico, um referendo convocado pelo Partido Popular Suiço aprovou a proibição de construir minaretes nas mesquitas islâmicas da confederação helvética
[isto apesar de, num total de 150 edifícios, apenas quatro terem minaretes e nenhum dos quatro minaretes existentes ser usado para chamar os fiéis para as orações do dia, o que já era proibido por lei].
Justificação da proibição: os minaretes são "símbolo político-religioso".
É isto a coerência dos vaticaninos
[que com frequência acusam o islamismo de fundamentalista]:tratando-se da defesa de Javé, é a liberdade religiosa que está em questão; se a questão for Alá, é laicidade que prevalece. Se esta atitude vaticanina não é fundamentalista, estamos conversados acerca do que é a tolerância.
Em minha opinião, mais do que uma questão do Vaticano, nesse tipo de situação mostrasse a grande evolução da democracia mundial que aparece em ações como essa, ou nas leis de imigração dos EUA, ou na manutenção de Berlusconni, mentiras para se conseguir desculpas para se ir para a Guerra como Blair fez.
Isso tudo em países que como se escrito por grandes autores, representam importantes "democracias".
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