Francenildo Santos Costa (ou "Nildo") é um caseiro brasileiro, que obteve notoriedade ao dizer publicamente ter visto o então Ministro da Fazenda Antonio Palocci freqüentar habitualmente uma determinada mansão em Brasília, coisa que o ministro negava com veemência perante a opinião pública e a imprensa.
No local, conforme narrou Francenildo, teriam ocorrido reuniões, churrascos e festas com a presença de garotas de programa, das quais participavam o ministro (que, segundo o caseiro, tinha o apelido de "Chefe") e os seus ex-assessores da prefeitura de Ribeirão Preto, com o suposto objetivo de se fecharem negócios considerados suspeitos e procederem à divisão do dinheiro relativo a tais negócios.
Aos depoimentos de Francenildo perante a imprensa e a Polícia Federal seguiram-se um polêmico indiciamento por lavagem de dinheiro (já arquivado), tido por certos analistas como meio velado de pressão do governo do PT sobre uma testemunha julgada perigosa, além da muito comentada quebra do sigilo bancário do caseiro, que divulgou para a Revista Época extratos bancários sigilosos nos quais constavam certos depósitos em dinheiro. Aventou-se que tais recursos poderiam ter sido pagos ao caseiro pela oposição ao governo federal, mas logo após foi esclarecido que o dinheiro vinha do pai biológico de Francenildo.
O episódio ficou conhecido como Escândalo da quebra do sigilo bancário do caseiro Francenildo.
Os testemunhos de Francenildo e o envolvimento direto de Antonio Palocci e de seus assesores na quebra do sigilo bancário do caseiro foram a principal causa da demissão do mesmo, no dia 29 de março, de 2006. No episódio, também perdeu o cargo o então presidente da Caixa Econômica Federal, Jorge Mattoso, tido como co-responsável pela quebra do sigilo.
O caseiro é tido por certos analistas como exemplo de pessoas de condição social e cultural baixa que colaboraram decisivamente para investigações no Brasil, a exemplo do que já tinha feito o motorista Eriberto França, nos anos 90, durante a investigação que resultou no impeachment de Fernando Collor.
Outro lado
A Caixa alegou ter havido regularidade e legitimidade no episódio da quebra do sigilo bancário de Francenildo.
A Caixa apresentou contestação nos autos da ação ajuizada pelo senhor Francenildo dos Santos Costa, demonstrando a regularidade e legitimidade de todos os procedimentos adotados no âmbito da instituição em relação ao senhor Francenildo. O juiz da causa promoveu duas audiências de conciliação e também concedeu prazos visando à composição amigável entres as partes, iniciativas que resultaram infrutíferas, tendo em vista que Francenildo e seu advogado não aceitaram as propostas da Caixa.
Mais um belo exemplo do crescimento democrático do país. Que soltem-se os rojões para festejar nosso ganho político com esses 26 anos de democracia. Pois, durante os 20 anos dos Governos Militares, com toda certeza, os desvios de conduta da classe politica dirigente do país seriam muito mais brandamente tratados ,e não com o rigor que hoje nossos tribunais e seus parceiros os julgam.
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