A
Rússia irá apoiar a adesão da Palestina à ONU, declarou hoje Vitali
Tchurkin, embaixador russo nas Nações Unidas, numa entrevista ao canal
televisivo Rossia-24.
« Claro
que iremos votar a favor de qualquer uma das propostas dos
palestinianos, mas devo dizer que nós não os empurramos a agir assim.
Nós dissemos que os apoiaremos no que decidirem. Trata-se de uma questão
da estratégia política e diplomática deles, eles decidem sozinhos se
querem aderir à ONU », acrescentou.
O
diplomata russo frisou que essa será « uma das intrigas mais
interessantes da 66ª Sessão da Assembleia Geral da ONU, que deverá
começar a 21 de setembro.
Segundo Tchurkin, a Palestina pode utilizar duas vias para conseguir a sua independência.
« A
primeira via é apresentar o pedido de adesão à ONU. Aqui, o candidato
tem de ter a respetiva recomendação do Conselho de Segurança »,
explicou.
« Mas
aqui a principal dificuldade reside em que os Estados Unidos não
escondem que empregarão o direito de veto a essa resolução », precisou.
« Além disso, alguns países membros do CS, que ainda não reconheceram a Palestina, podem abster-se na votação », acrescentou.
Vitali Tchurkin recordou que « no que respeita à Rússia, não temos qualquer problema porque reconhecemos a Palestina em 1968 ».
A
segunda possibilidade, segundo ele, consiste na aprovação pela
Assembleia Geral da ONU uma resolução sobre o aumento do estatuto da
Palestina nas Nações Unidas.
« Hoje,
a Palestina é observadora na ONU, mas enquanto formação. Há a
possibilidade de conseguir o estatuto de observadora como Estado que não
é membro da ONU », assinalou.
« Semelhante
desenvolvimento é bem possível e, caso a Palestina consiga esse
estatuto, terá a possibilidade de aderir a uma série de importantes
institutos internacionais, organizar de forma completamente as suas
relações com o FMI e o Banco Mundial », frisou.
« Para
que a Palestina percorra com êxito essa vida, ela precisa de receber
129 botos, ou seja, conseguir o apoio de 2/3 dos membros da Assembleia
Geral. Hoje, 125 países reconheceram a Palestina e há mais países que
simpatizam com ela », concluiu o representante russo.
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