"E aqueles que foram vistos dançando foram julgados insanos por aqueles que não podiam escutar a música"
Friedrich Nietzsche

terça-feira, setembro 13, 2011

Rússia irá apoiar adesão da Palestina à ONU

 

A Rússia irá apoiar a adesão da Palestina à ONU, declarou hoje Vitali Tchurkin, embaixador russo nas Nações Unidas, numa entrevista ao canal televisivo Rossia-24.
« Claro que iremos votar a favor de qualquer uma das propostas dos palestinianos, mas devo dizer que nós não os empurramos a agir assim. Nós dissemos que os apoiaremos no que decidirem. Trata-se de uma questão da estratégia política e diplomática deles, eles decidem sozinhos se querem aderir à ONU », acrescentou.
O diplomata russo frisou que essa será « uma das intrigas mais interessantes da 66ª Sessão da Assembleia Geral da ONU, que deverá começar a 21 de setembro.
Segundo Tchurkin, a Palestina pode utilizar duas vias para conseguir a sua independência.
« A primeira via é apresentar o pedido de adesão à ONU. Aqui, o candidato tem de ter a respetiva recomendação do Conselho de Segurança », explicou.  
« Mas aqui a principal dificuldade reside em que os Estados Unidos não escondem que empregarão o direito de veto a essa resolução », precisou.
« Além disso, alguns países membros do CS, que ainda não reconheceram a Palestina, podem abster-se na votação », acrescentou.
Vitali Tchurkin recordou que « no que respeita à Rússia, não temos qualquer problema porque reconhecemos a Palestina em 1968 ».
A segunda possibilidade, segundo ele, consiste na aprovação pela Assembleia Geral da ONU uma resolução sobre o aumento do estatuto da Palestina nas Nações Unidas.
« Hoje, a Palestina é observadora na ONU, mas enquanto formação. Há a possibilidade de conseguir o estatuto de observadora como Estado que não é membro da ONU », assinalou.
« Semelhante desenvolvimento é bem possível e, caso a Palestina consiga esse estatuto, terá a possibilidade de aderir a uma série de importantes institutos internacionais, organizar de forma completamente as suas relações com o FMI e o Banco Mundial », frisou.
« Para que a Palestina percorra com êxito essa vida, ela precisa de receber 129 botos, ou seja, conseguir o apoio de 2/3 dos membros da Assembleia Geral. Hoje, 125 países reconheceram a Palestina e há mais países que simpatizam com ela », concluiu o representante russo.

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