Azenha - 13 de fevereiro de 2012 às 11:23
Sala do Palácio de Justiça de Turim lotada para ouvir a decisão histórica contra os ex-proprietários da Eternit
por Conceição Lemes
Os procuradores de Justiça da Itália acabam de anunciar em Turim a
condenação a 16 anos de prisão dos ex-proprietários da Eternit, o
barão belga Louis de Cartier de Marchienne e o magnata suíço Stephan
Schmidheiny. É o maior processo criminal de todos os tempos por danos a
trabalhadores e ao meio ambiente. O processo diz respeito à morte de
2.500 trabalhadores, vítimas do cancerígeno amianto.
A engenheira Fernanda Giannasi, o maior símbolo da luta contra o
amianto no Brasil, está em Turim, no Palácio da Justiça, acompanhando a
leitura da decisão histórica:
“Há uma hora em pé estamos ouvindo o
nome dos mortos pelo amianto na Itália e a condenação de indenizar toda
esta população sofrida e heróica 30 anos de espera. Estou na sala
principal em lágrimas. Para a Prefeitura de Casale Monferrato, 25
milhões de euros”.
Por aqui (como já havia publicado), houve até estudo científico realizado por douto professor de universidade renomada do país, afirmando que o amianto não era problema. É claro que o dito pesquisador recebia financiamento do setor ligado à industria do amianto.
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