viomundo - 18 de abril de 2012 às 18:57
por Luiz Carlos Azenha
A arapongagem promovida por Carlinhos Cachoeira através de Jairo Martins, o sargento PM do Distrito Federal que foi agente da ABIN, e por Idalberto Matias Araújo, o Dadá, sargento da Aeronáutica que foi agente do CISA, o Centro de Informações da Aeronáutica — cedido posteriormente para a ABIN — tem uma longa história.
Como muitos de nós leremos sobre ela antes e durante a CPI do Cachoeira, é importante saber se existe um nexo entre as operações mais importantes. Por enquanto, há um esboço a ser preenchido por gravações de áudio e vídeo, das operações Vegas e Monte Carlo — e, eventualmente, das próprias gravações feitas por arapongas que forem obtidas a partir de eventuais acordos de delação premiada ou com a esperada prisão do contador da quadrilha, Giovani Pereira da Silva, que está foragido. Há fortes rumores de que um destacado membro da quadrilha fez acordo com o MPF para entregar todo o esquema.
Uma cronologia básica de ações com a qual promotores e policiais trabalham:
1. Gravação de Valdomiro Diniz;
2. Gravação de Maurício Marinho;
3. Gravação do deputado André Luiz, que pediu propina para abafar CPI dos Bingos na Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro;
4. gravação de personagem importante em campanhas eleitorais do PSDB, que nunca foi utilizada nos esquemas midiáticos de Cachoeira;
5. infiltração na Operação Satiagraha;
6. inflitração na campanha de Dilma Rousseff;
7. Gravação no hotel Naoum, do ex-ministro José Dirceu e autoridades do governo.
Repito, este é apenas um roteiro genérico, que contabiliza apenas operações que tiveram grande repercussão na mídia (com a exceção notada). Outras podem ter sido feitas, abortadas ou engavetadas. Por isso, a importância da delação premiada.
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