Hoje pela manhã na Band News Fm, Rosely Sayão estava comentando sobre uma mensagem enviada por uma mãe a respeito da cobrança que seu filho de cinco anos estava recebendo na escola.
Rosely Sayão discorreu belamente sobre o absurdo que a escola (não essa, mas todas, e são todas mesmo - grifo meu) faz com a infância quando cobra introdução de conteúdo.
Esse massacre com a infância, elimina o melhor da criatividade que existe nessa idade, e chegamos lá no Ensino Médio com jovens sem essa ferramenta tão importante para a sociedade e para o próprio autodesenvolvimento.
Particularmente não concordo com a chamada pré-escola. Resisti a levar meus filhos enquanto pude, mas a sociedade de consumo cobra a separação familiar. Todos devem trabalhar, para que o consumo perdure.
Interessante é não se falar o mesmo dos cursos de inglês. Nesses os pais levam seus pequenos filhos com a noção de que devem cedo aprender a lingua universal. Ainda bem que nesses quesitos sou considerado radical por alguns pares. Não aceito a pré-escola, assim como, até o momento nenhum de meus filhos fez curso de inglês. Claro que confio plenamente no modelo adotado dentro do Sistema Colégio Militar, pois já vi resultados em alunos meus, assim como já vejo no meu filho que está no 9º Ano, que ponho a jogar no playstation comigo para que traduza o que se fala, pois de inglês eu não entendo nada.
Saude
Os sindicatos médicos estão promovendo paralisação de atendimento a determinados planos de saude. A tempos gostaria de já ter escrito algo aqui sobre o tema "atendimento na área de saúde".
Segundo os sindicato gaucho, há médicos de sobra. Gostaria de saber onde. Pois o que se vê é uma precariedade generalizada no atendimento. O SUS, bom esse nem vou comentar, mas nos Planos de Saude há o que chamo de "susisação do atendimento". Não há como marcar um atendimento médico em qualquer plano sem que haja uma boa fila de espera, ou seja, se paga caro, mas o atendimento como diria o professor Raimundo "Ó...".
Segundo o sindicato, os médicos recebem muito pouco por paciente atendido, o que resulta na necessidade de que esse tenha vários empregos para poder ter uma renda digna. Bom considerando que um médico recebe (quando mal pago pelo plano de saude) em torno de R$ 33,00 por consulta, ao atender 8 pacientes em 4 horas, o ganho será de R$ 264,00. Levando-se em consideração que nem todos médicos tem remuneração acrescida com sala cirúrgica (o que dá um bom ganho extra), esse mesmo médico ao trabalhar mais quatro horas no outro expediente estará ganhando por dia de trabalho R$ 528,00, totalizando R$ 10. 560,00 ao mês (levando em consideração 20 dias de trabalho, sem finais de semana ou plantões que também elevam a renda).
Apenas a titulo de comparação um professor da rede privada em Porto Alegre no Ensino Médio, recebe R$ 37,14 por hora/aula (não é por aluno, se assim fosse, como no caso dos médicos seria o paraíso) na escolar que tem o primeiro lugar no ranking de pagamento da cidade. Então, esse professor trabalhando 8 horas por dia receberia R$ 297, 12 por dia, o que resultaria em um salário de R$ 5.942,40 mensal. Só que, primeiro, nenhuma escola contrata um professor com uma carga horária cheia dessas; segundo, mesmo tendo essa carga (o que já vai reduzir o valor total, pois esse valor é realidade de uma escola), diferentemente dos médicos o professor vai ter que trabalhar pelo menos mais quatro horas por dia com a elaboração e correção de provas, elaboração de aulas e estudo de atualização. Nesse caso os R$ 297,12 por dia devem ser divididos (sendo romântico) por no mínimo 10. Então, não me venham os médicos falar de remuneração, ou que tem médico sobrando. Menos, muito menos.
O que percebo é um grande crescimento absoluto na população brasileira, sem o respectivo crescimento na área da saúde.
Se pensarmos nas grandes cidades, como por exemplo Porto Alegre (mas creio ser o mesmo nas demais) praticamente não ocorreu expansão no número de hospitais nos últimos dez anos. Bom, se a população cresce e as vagas hospitalares não, o resultado é fila. Fila, para o paciente oriundo do SUS, dos Planos de Saude e em menor grau para o paciente particular, mas esse também não tem atendimento imediato e encara filas.
E assim me vem a cabeça novamente o mesmo questionamento: onde estão sobrando os médicos que o sindicato fala?
Justiça
Muito se tem falado na questões subjetivas da justiça atualmente devido o julgamento do mensalão.
Deve-se acrescentar a essa discussão tecnicista, o elemento social, e esse vem acompanhado da pergunta essencial: qual razão levou a humanidade a criar o sistema judicial?
Quando da existência de pequenos grupos humanos como os clãs, tudo se resolvia por liderança do patriarca. Ao se formarem tribos, o chefe tribal tinha o poder de decidir os desígnios da população de sua tribo. Já quando se formam aglomerações maiores surgem alguns problemas: 1- como fazer com que um vizinho não encare o outro que não é da sua família como inimigo e o mate? 2- como analisar quem tem razão em uma determinada disputa? Bom, só essa duas questões já dão um escelente pano de fundo para discussões, sem falar as demais que deveriam ter sido levantadas, mas, aqui vai a discussão principal que é o fato de que a justiça surge com um meio de solucionar os problemas criminais ocorridos em uma sociedade de desconhecidos. A justiça surge como um forma de proteger a sociedade do crime, dar uma solução de segurança para o meio, fazer com que a comunidade se sinta resguardada contra os que estão tentando usurpar seus direitos que nesse caso são a liberdade e o ganho.
O grande problema atual é que o juridiquês faz com que criminosos sejam soltos porquê não ocorreu deliberação judicial para a "escuta" e isso independe se o criminoso é culpado ou não, que o individuo em cargo de poder possa se utilizar disso e por ter sido pego em escutas clandestinas de um bicheiro, ser considerado o mais inocente dos homens e perseguido por aqueles que não o apoiam, é um juiz se ater ao que está escrito sem perceber o mal social que pode estar fazendo. Isso é claro, não é exclusivo do Brasil, e infelizmente somos amarrados por cortes maiores que professam a mesma idiotice, são engessadas.
Quem se beneficia disso é o crime, e a justiça, bom, a justiça continua criando novos "juridiquês".
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