viomundo - publicado em 25 de julho de 2013 às 14:54
Principais resultados de pesquisa divulgada nesta quinta-feira:
• Popularidade da Presidente Dilma cai de maneira significativa entre junho e julho em razão das manifestações populares.
– Percentual da população que avalia o governo como ótimo ou bom recua de 55% para 31%;
– Aprovação da maneira de governar e confiança na presidente caem, ambas, a 45%.
• Áreas que o governo tem melhor desempenho: Habitação; Combate à fome e a miséria; e Capacitação Profissional;
• Áreas que o governo tem o pior desempenho: Saúde; Segurança pública; e Educação.
• Prioridades para o governo federal: Melhorar os serviços de saúde; Combater a violência e a criminalidade; Combater a corrupção; e Melhorar a qualidade da educação.
Avaliação de governos estaduais
• Governadores mais populares são os dos estados de Pernambuco, Paraná, Ceará e Minas Gerais.
• Governadores menos populares são os dos estados do Rio de Janeiro, Goiás e São Paulo.
• Governadores mais populares são reconhecidos pelas políticas e ações em Educação, Desenvolvimento e crescimento do estado, Geração de empregos, estradas e rodovias.
• Popularidades da Presidente Dilma e dos governadores aparentam ser positivamente correlacionadas.
Manifestações populares
• Apenas 9% dos entrevistados participaram das manifestações e 6% tinham um residente do domicilio que participou.
• 89% dos entrevistados são a favor das manifestações.
• As respostas dos governantes e do Congresso Nacional não foram vistas de maneira positiva pela população. Mais de 30% dos entrevistados reprovaram totalmente essas respostas.
• 34% dos entrevistados pretendem participar de novas manifestações.
• As principais reivindicações são: Maiores investimentos em saúde, Contra a corrupção e Mais segurança pública.
Qualidade dos serviços públicos
• De 13 tipos de serviços, nove foram considerados de baixa ou muito baixa qualidade pela maioria da população.
– O piores avaliados são: Segurança pública; Postos de saúde e hospitais;
Transporte público; e Educação fundamental e ensino médio.
• De um modo geral, a população identifica a responsabilidade da cada nível de governo no suprimento dos serviços públicos, mas parcela significativa defende que todos são igualmente responsáveis ou devem ser igualmente cobrados.
Tributação, disponibilidade e uso de recursos públicos
• 53% da população respondem que a maior parte dos impostos vão para o governo federal;
• 51% acreditam que o governo estadual precisa da ajuda do governo federal para prover serviços públicos adequados.
– No Rio Grande do Sul, Ceará e Santa Catarina esse percentual é de: 73%, 67% e 58%, respectivamente.
– No Rio de Janeiro, 60% da população acreditam que o estado tem dinheiro suficiente.
• 62% da população acreditam que a prefeitura precisa da ajuda dos governos federal e estadual para prover serviços públicos adequados;
• 85% da população reconhecem que o governo federal ajuda os governos estaduais e municipais, mas cerca de 70% acham que ajuda menos que deveria;
• 74% da população acreditam que a presidente e seus ministros, bem como os Governadores e seus secretários utilizam mal ou muito mal os recursos públicos.
– No caso dos prefeitos e seus secretários esse percentual é de 70%.
• 87% da população concordam total ou parcialmente com a afirmação de que “o governo já arrecada muito e não precisa aumentar mais os impostos para melhorar os serviços públicos”;
• 82% concordam total ou parcialmente que “a baixa qualidade dos serviços públicos deve-se mais à má-utilização dos recursos públicos do que à falta deles”;
• 89% discordam total ou parcialmente que “para melhorar os serviços públicos é preciso aumentar os impostos”;
• 91% acham que os impostos no Brasil são elevados ou muito elevados;
• O imposto que mais afeta o orçamento familiar é o ICMS, opção escolhida por 32% dos entrevistados;
• São Paulo, Rio de Janeiro e Rio Grande do Sul, são os estados com o maior percentual de residentes que consideram o ICMS do estado mais elevados que o dos demais estados do Brasil.
Popularidade da presidente Dilma
A popularidade da presidente Dilma caiu sensivelmente entre junho e julho como mostram as três medidas de popularidade desta pesquisa. A queda na popularidade, que se iniciou com o crescimento da inflação, como apurado na pesquisa de junho, se intensificou após o início das manifestações públicas que tomaram conta do país a partir da Copa das Confederações.
O percentual da população que avalia o governo como ótimo ou bom recuou 24 pontos percentuais de 55% para 31%, entre junho e julho. Este também é o percentual dos que consideram o governo ruim ou péssimo. Para 37% dos entrevistados, o governo é regular.
A aprovação da maneira de governar da presidente também caiu fortemente, de 71% para 45%. O percentual de respondentes que desaprovam a maneira da presidente governar alcançou 49%, superando o percentual de aprovação.
A terceira medida de popularidade – se o eleitor confia ou não na presidente – apresentou o mesmo comportamento dos demais indicadores. O percentual da população que diz confiar na presidente caiu 22 pontos percentuais, de 67% para 45% entre junho e julho. O percentual da população que não confia na presidente subiu de 28% para 50%.
A queda da popularidade da Presidente, também se refletiu na comparação entre seu governo e o do ex-presidente Lula. Pela primeira vez desde o início do atual governo, o percentual que considera que o governo Dilma está sendo pior que o governo Lula é o mais alto dentre as opções apresentadas: 46% em comparação com 25% de junho. O percentual que considera os dois governos iguais caiu de 57% para 42%, enquanto 10% consideram o governo Dilma melhor.
Os entrevistados também avaliaram os governadores de seus respectivos estados. Dentre os 11 estados cujos resultados apresentam margem de erro inferior a 4%, os governadores mais populares são os dos estados de Pernambuco, Ceará, Paraná e Minas Gerais. No outro extremo – menor popularidade – têm-se Rio de Janeiro, Goiás e São Paulo.
Na média nacional, 28% da população brasileira considera o governo do(a) governador(a) de seu estado ótimo ou bom. O governo de Pernambuco é considerado ótimo ou bom por 58% da população do estado. No Paraná, o percentual é de 41%, no Ceará de 40% e em Minas Gerais de 36%. No Rio de Janeiro, apenas 12% da população considera o governo ótimo ou bom. Goiás, Rio Grande do Sul e São Paulo vem a seguir no ranking dos piores avaliados, com 21%, 25% e 26%, respectivamente.
Na avaliação da maneira de governar do(a) Governador(a) de seu estado, a média nacional de aprovação é de 42%. Dentre os 11 estados considerados, apenas Rio de Janeiro (com 29%), Goiás (34%) e São Paulo (40%) estão abaixo dessa média. O governador de Pernambuco lidera com folga, com 76% de aprovação, seguido pelos governadores do Ceará (54%), Paraná (52%) e Minas Gerais (50%).
O governador de Pernambuco é o que mais inspira confiança entre seus eleitores: 68% da população do estado confia no governador. Esse percentual cai a 53% no Ceará e 49% em Minas Gerais. No outro extremo têm-se Rio de Janeiro (25%), Goiás (29%) e São Paulo (34%).
A média nacional é 38%.
Cabe ressaltar a situação do Rio Grande do Sul, o terceiro estado dentre aqueles com os piores percentuais de ótimo ou bom na avaliação do governo, mas o quarto com o melhor percentual da população que confia no governador.
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