Euronews - 28/05 11:26 CET
A União Africana desautoriza o Tribunal Penal
Internacional, ao exigir o fim do processo contra o presidente e
vice-presidente quenianos, acusados de crimes contra a humanidade.
Os líderes da organização, reunidos em Adis Abeba, aprovaram uma
moção que pede a transferência do caso contra Uhuru Kenyatta para os
tribunais quenianos, a duas semanas do início do processo em Haia.
O presidente da União Africana, Hailemariam Desalegn, criticou o que chama de ‘justiça enviesada’: “a intenção do TPI era de lutar contra a impunidade e a má governação, mas o processo degenerou numa forma de caça racial”.
As críticas ao TPI ocorrem num momento em
que os sete processos em curso no tribunal são todos contra líderes
africanos. Desde a sua criação, que mais de 30 líderes do continente
foram indiciados por crimes de guerra e crimes contra a humanidade,
entre os quais vários chefes ou ex-chefes de estado como Laurent Gbagbo
da Costa de Marfim ou o presidente sudanês Omar Hassan al-Bashir.
Mas na base das críticas da organização está o caso do Quénia, uma
vez que o país aprovou uma reforma judicial em 2010. Uma decisão
considerada insuficiente pelo TPI que decidiu
abrir o processo contra o presidente Keniatta, pela morte de mais de
1200 pessoas durante a violenta campanha para as presidenciais em 2008.
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