Na Carta da semana passada o artigo "A Ressaca das Dívidas" do The Economist esboça bem o pensamento reduzido que pode ter as teorias econômicas.
Não há raciocínio crítico que consiga aceitar que a criação de dívida gere crescimento. Isso é contrário até mesmo aos simples modelos de gerenciamento econômico doméstico que afirmam que a não formulação de dívidas é mais saudável para o bolso.
Para quem assistiu o documentário Zeitgeist (pode ser baixado gratuitamente da internet ou assistido on line) essa afirmação da reportagem chega a beirar infantilidade. Está lá no documentário explicado de maneira não muito simples (principalmente no Zeitgeist Addendum) a razão da criação das dívidas como forma de controle econômico e social.
Cada Um Por Si
Apesar de ser esse o título do artigo de Delfim Netto na mesma Carta não vou me reportar diretamente a ele, mas sim ao absurdo que estamos vendo nas economias estatais de terem uma meta de redução de seus déficits, quando uma grande parte atual destes déficits foram gerados pelo socorro ao setor privado que criou e fomentou dentro de suas entranhas a crise econômica de 2008. Quando na realidade as contrapartidas (que já haviam sido cobradas por Stiglitz e Roubini) do setor privado ficaram dentro de uma linha ridícula, garantindo a permanência de altos salários dos gestores (menos estratosféricos, mas igualmente elevados) e os ganhos dos lucros.
Enquanto a população em geral vai sofrer com as políticas de austeridade dos gastos estatais. Lindo, a socialização da dívida com a permanência da privatização dos lucros.
Impasse Ibérico
O que o Governo de Portugal fez na intervenção da negociação da venda das ações da Vivo (pertencentes à PT) para a Telefónica espanhola nada tem de novidade. Toda essa bobagem de avaliação por parte da legislação europeia deveria ser retaliada com mais dureza pelo Estado de Portugal. Apenas como lembrança em 2005 o Congresso americano vetou a compra da Unocal [companhia de petróleo com base na Califórnia] pela China , com argumentos de segurança nacional, alegando que a aquisição de uma companhia americana pela China diminuiria a produção doméstica dos Estados Unidos.
Em termos de posição econômica estratégia há sempre a necessidade de intervenção do Estado para defender os interesses da sociedade. Lembro que, o empresariado tem como objetivo final o lucro, não atender as necessidades da população. Como isso vai ser atingido não importa, o que importa é atingir a meta.
Mais Valia
Não sei se mudou a situação (pois não acompanhei), mas lembro de recentemente ter lido que Eike Batista havia se transformado em um dos homens mais ricos do mundo e que suas empresas não tinham a produção correspondente a esse crescimento.
Me causou estranheza o homem mais rico do mundo, com diversas empresas que valem bilhões, ter a necessidade de recorrer ao BNDES para solicitar empréstimo para construção do Superporto no Rio de Janeiro. Assim fica fácil ser o homem mais rico do mundo tendo o apoio estatal para investir, ao invés de estar empregando diretamente o seu capital.
Não há raciocínio crítico que consiga aceitar que a criação de dívida gere crescimento. Isso é contrário até mesmo aos simples modelos de gerenciamento econômico doméstico que afirmam que a não formulação de dívidas é mais saudável para o bolso.
Para quem assistiu o documentário Zeitgeist (pode ser baixado gratuitamente da internet ou assistido on line) essa afirmação da reportagem chega a beirar infantilidade. Está lá no documentário explicado de maneira não muito simples (principalmente no Zeitgeist Addendum) a razão da criação das dívidas como forma de controle econômico e social.
Cada Um Por Si
Apesar de ser esse o título do artigo de Delfim Netto na mesma Carta não vou me reportar diretamente a ele, mas sim ao absurdo que estamos vendo nas economias estatais de terem uma meta de redução de seus déficits, quando uma grande parte atual destes déficits foram gerados pelo socorro ao setor privado que criou e fomentou dentro de suas entranhas a crise econômica de 2008. Quando na realidade as contrapartidas (que já haviam sido cobradas por Stiglitz e Roubini) do setor privado ficaram dentro de uma linha ridícula, garantindo a permanência de altos salários dos gestores (menos estratosféricos, mas igualmente elevados) e os ganhos dos lucros.
Enquanto a população em geral vai sofrer com as políticas de austeridade dos gastos estatais. Lindo, a socialização da dívida com a permanência da privatização dos lucros.
Impasse Ibérico
O que o Governo de Portugal fez na intervenção da negociação da venda das ações da Vivo (pertencentes à PT) para a Telefónica espanhola nada tem de novidade. Toda essa bobagem de avaliação por parte da legislação europeia deveria ser retaliada com mais dureza pelo Estado de Portugal. Apenas como lembrança em 2005 o Congresso americano vetou a compra da Unocal [companhia de petróleo com base na Califórnia] pela China , com argumentos de segurança nacional, alegando que a aquisição de uma companhia americana pela China diminuiria a produção doméstica dos Estados Unidos.
Em termos de posição econômica estratégia há sempre a necessidade de intervenção do Estado para defender os interesses da sociedade. Lembro que, o empresariado tem como objetivo final o lucro, não atender as necessidades da população. Como isso vai ser atingido não importa, o que importa é atingir a meta.
Mais Valia
Não sei se mudou a situação (pois não acompanhei), mas lembro de recentemente ter lido que Eike Batista havia se transformado em um dos homens mais ricos do mundo e que suas empresas não tinham a produção correspondente a esse crescimento.
Me causou estranheza o homem mais rico do mundo, com diversas empresas que valem bilhões, ter a necessidade de recorrer ao BNDES para solicitar empréstimo para construção do Superporto no Rio de Janeiro. Assim fica fácil ser o homem mais rico do mundo tendo o apoio estatal para investir, ao invés de estar empregando diretamente o seu capital.
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