Gostaria inicialmente de explicar que o raciocínio limitado não depende de inteligência, ou melhor de capacidade intelectual. O raciocínio limitado de que falo aqui é aquele limitado não pela capacidade de análise de quem o faz, mas sim, da intervenção da análise ideologizada que impede o real entendimento crítico.
Então, partindo desse princípio, tal raciocínio pode ser feito por intelectuais. E muitas vezes o é, até mesmo por filósofos, sociólogos e tantos outros "ólogos". Quem dirá, nós simples mortais.
Vou explicitar meu pensamento a partir de duas situações.
Em relação à eleição presidencial que se aproxima, existem militares que se deixam iludir pela propaganda negativa da "Dilma Terrorista", e defendem portanto a candidatura de Serra. Mas, se analisarmos friamente os últimos 16 anos (8 de FHC e 8 de Lula), veremos que os oito anos de FHC foram simplesmente terríveis para os militares (quem não lembra da dispensa forçada dos recrutas, entre outras barbaridades), e que Lula (apesar de ser o líder vermelho) injetou recursos nas Forças Armadas e até mesmo propiciou aumento salarial (não o que necessitamos, mas enfim...). Então, partindo dessa premissa corporativista (como a maioria das análises o são), um militar que defende a candidatura de Serra estaria desejando os negros anos de FHC para as Forças Armadas de volta.
No lado oposto, temos a "esquerda" que ao invés de elaborar saídas concretas para os problemas do país, defender realmente uma distribuição mais equânime da Renda Nacional, ficam por aí, criando factóides em relação à Lei da Anistia (isso permite grande visibilidade na mídia), criticando cegamente os anos de Governos Militares que para eles só endividaram e promoveram exclusão, mas todo o processo de industrialização e ampliação das estruturas produtivas surgiram como efeito de mágica, foi um "puff!, taí, de onde veio?
Essas duas linhas de pensamento apenas municiam os radicais de cada lado. Ficamos com incertezas eleitorais (esse negócio de Dilma já ganhou eu só acredito quando ela estiver eleita), uma vez que já vimos várias eleições saírem no lado oposto ao que dizem os institutos de pesquisa eleitoral.
Já afirmei aqui antes que tenho medo de um governo Serra, pois lembro dos anos FHC. E como professor de geografia sei das consequências para a sociedade do modelo de governo implementado na época. E também sei das decepções (não gerais) que ocorreram com o governo Lula. Mas é assim, vivemos em um modelo político (viva a democracia, pelo menos essa que assim chamam) em que o executivo para poder se eleger e implantar suas políticas tem que negociar apoio com os mais variados segmentos políticos e econômicos. Daí surgirem incongruências e desvios do programa da candidatura ao que realmente foi posto em prática.
Como estamos dentro desse modelo ridículo, temos que dançar conforme a música, ou tentar mudar um pouco o ritmo. Mas, se não encontrarmos pontos em comum para defendermos, e, ao invés ficarmos nos digladiando por idiotices a que nada levam, tais mudanças nunca ocorrerão e o Brasil como já foi alertado será o país do futuro (no máximo por mais 20 anos, depois se esgotam nossas possibilidades), e cairemos numa dependência externa massacrante.
Então, partindo desse princípio, tal raciocínio pode ser feito por intelectuais. E muitas vezes o é, até mesmo por filósofos, sociólogos e tantos outros "ólogos". Quem dirá, nós simples mortais.
Vou explicitar meu pensamento a partir de duas situações.
Em relação à eleição presidencial que se aproxima, existem militares que se deixam iludir pela propaganda negativa da "Dilma Terrorista", e defendem portanto a candidatura de Serra. Mas, se analisarmos friamente os últimos 16 anos (8 de FHC e 8 de Lula), veremos que os oito anos de FHC foram simplesmente terríveis para os militares (quem não lembra da dispensa forçada dos recrutas, entre outras barbaridades), e que Lula (apesar de ser o líder vermelho) injetou recursos nas Forças Armadas e até mesmo propiciou aumento salarial (não o que necessitamos, mas enfim...). Então, partindo dessa premissa corporativista (como a maioria das análises o são), um militar que defende a candidatura de Serra estaria desejando os negros anos de FHC para as Forças Armadas de volta.
No lado oposto, temos a "esquerda" que ao invés de elaborar saídas concretas para os problemas do país, defender realmente uma distribuição mais equânime da Renda Nacional, ficam por aí, criando factóides em relação à Lei da Anistia (isso permite grande visibilidade na mídia), criticando cegamente os anos de Governos Militares que para eles só endividaram e promoveram exclusão, mas todo o processo de industrialização e ampliação das estruturas produtivas surgiram como efeito de mágica, foi um "puff!, taí, de onde veio?
Essas duas linhas de pensamento apenas municiam os radicais de cada lado. Ficamos com incertezas eleitorais (esse negócio de Dilma já ganhou eu só acredito quando ela estiver eleita), uma vez que já vimos várias eleições saírem no lado oposto ao que dizem os institutos de pesquisa eleitoral.
Já afirmei aqui antes que tenho medo de um governo Serra, pois lembro dos anos FHC. E como professor de geografia sei das consequências para a sociedade do modelo de governo implementado na época. E também sei das decepções (não gerais) que ocorreram com o governo Lula. Mas é assim, vivemos em um modelo político (viva a democracia, pelo menos essa que assim chamam) em que o executivo para poder se eleger e implantar suas políticas tem que negociar apoio com os mais variados segmentos políticos e econômicos. Daí surgirem incongruências e desvios do programa da candidatura ao que realmente foi posto em prática.
Como estamos dentro desse modelo ridículo, temos que dançar conforme a música, ou tentar mudar um pouco o ritmo. Mas, se não encontrarmos pontos em comum para defendermos, e, ao invés ficarmos nos digladiando por idiotices a que nada levam, tais mudanças nunca ocorrerão e o Brasil como já foi alertado será o país do futuro (no máximo por mais 20 anos, depois se esgotam nossas possibilidades), e cairemos numa dependência externa massacrante.
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